quarta-feira, 20 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15995: Os nossos seres, saberes e lazeres (149): O ventre de Tomar (12) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 19 de Abril de 2016:

Queridos amigos,
Há um limite para manter estas séries ao redor de um tema, neste caso o interior de lugares que mereceram a nossa predileção, em Tomar. Uma despedida com bastante sentimento.
Como não perco uma oportunidade para andar a remexer em papéis e traquitana, fui visitar uma loja de velharias, um alfobre atrativo para colecionadores, sobretudo de selos e moedas. Um dos ícones monumentais de Tomar é o Convento de Santa Iria, a beijar o Nabão. Quem lhe viu o exterior não pode sonhar com o descalabro que vai lá dentro, foram séculos a mudar de dono e a extinção das ordens religiosas foi a mais funda das pazadas de cal. E a última imagem não é casual, retrata o modo como abandonamos ao maior desprezo o peso da História.

Um abraço do
Mário


O ventre de Tomar (12)

Beja Santos

Hoje vou passear-me pela antiguidade, melhor dizendo olhar e fazer reparos sobre coisas antigas, algumas delas de valor incalculável. Começo por uma digressão a um estabelecimento onde se vendem móveis, loiças, velharias com ou sem préstimo, livros, muitos deles associados a Tomar, e peças de colecionismo, numismática, filatelia, bilhetes-postais. O estabelecimento mudou de poiso, está dentro de um prédio antigo e o espaço ganhou com as obras, terá sido oficina, tem dimensão para por ali deambular com tempo, ter até conversas com história. Fui atendido por um jovem que se preparou em restauro e gosta de artes decorativas, combinámos que lhe vou emprestar todos aqueles postais que saíam de Tomar desde o século XIX e iam até Angola, isto de ter uma avó tomarense presta-se a memórias. Aliás, sempre que posso vou à feira de velharias, por vezes sou bem-sucedido. Por ignorância, continuo a interrogar-me como é possível a cidade não dispor de um museu municipal, é uma quase ofensa ao passado, sempre presente neste casco histórico por onde andou a mão de um infante-empresário chamado Henrique, ao que parece um expedito administrador da Ordem de Cristo, aqui se ajuntou dinheiro para as caravelas africanas.





Despeço-me, estou alvoroçado, é hoje que vou conhecer por dentro o Convento de Santa Iria, passo vezes sem conta pelas suas paredes exteriores mantidas e andava roído de curiosidade, vejo sempre o monumento fechado, pedi a intercessão da Isabel Miliciano, é hoje que se vai operar a visita. O que leio sobre a história do monumento nem chega a ser rocambolesco, compras e trocas, invasores e depredadores, vida religiosa e vida laica, da época quinhentista ao escombro que visitei, quantas vicissitudes!



Quem vê caras não vê corações. Por fora, um conjunto de fotografias sugestivas deixa o viajante indeciso, parece que está tudo mantido, embora seja percetível que há muitíssimo a fazer com aquele monumento devotado à padroeira da cidade, a igreja é visitável o resto está fechado, aguarda um plano para reaproveitamento de um interior apodrecido, jamais visitara ruínas tão estranhas. E, no entanto, o claustro seiscentista, a respirar o espírito da Reforma, pequeno e austero, é um deleite. Depois começa a viagem a zonas bombardeadas, o caos dos estilos, casas apodrecidas, escritórios que parecem ter sido saqueados, tudo aqui se apresenta. Mostro agora a seguir um lajedo com vários séculos, demorei a encontrar o ângulo possível onde não houvesse excrementos ou sinais de puro vandalismo. Vejam.


Quem nos guia é um senhor paciente que gosta de mostrar aquilo que não se prevê ou antevê no estado geral da ruína. Teríamos visitado a zona de lagares e da vasta autossubsistência do convento e foi-nos indicado uma divisão onde apareceu este nicho e nem vale a pena conjeturar se foi capela ou recanto de oração, esta pedra fala de um passado devoto e diz-me a imaginação que esta pedra grita ao escândalo de tanto abandono, desta incompreensível perdição.


No primeiro andar terá vivido gente com posses e recursos, muito provavelmente aqui instalaram, entre boas madeiras, um lugar aconchegado para conversar, fazer renda e leituras, era o tempo em que se punha vidro colorido nas portadas e não se regateava aformosear as paredes revestindo-as de madeiras.


A viagem chega o fim, será possível? Aqui se tem dito até à exaustão que as viagens não acabam, os viajantes é que fenecem. Neste caso, há que repensar como irá prosseguir a viagem depois de se tocar em tanto ventre e de se ter auferido tantas alegrias e também tristezas, baste vir ao Convento de Santa Iria juncado de tanta ruína, um edifício com uma vista primorosa sobre o Nabão e sobre a cidade, mas é assim a lei dos homens, uma no cravo e outra na ferradura, felizmente que fizeram obras para que não haja derrocada. E despedimo-nos com uma imagem em que um troço de um claustro seiscentista viu embutido umas ferragens Arte Deco, foi afirmado ter sido o arquivo de um banco e um dia partiram apressados, parece ter vindo uma epidemia, deixaram tudo ao abandono. Não conheço nada de mais cruel que deixar a História ao abandono. E muito obrigado pela paciência com que me leram este tempo todo.


Fim
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Notas do editor

Poste anterior de 7 de abril de 2016 Guiné 63/74 - P15947: Os nossos seres, saberes e lazeres (147): O ventre de Tomar (11) (Mário Beja Santos)

Último poste da série de 14 de abril de 2016 Guiné 63/74 - P15974: Os nossos seres, saberes e lazeres (148): A pele de Tomar (1) (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P15994: Agenda cultural (475): Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, amanhã, 21, às 16h00, no auditório da biblioteca municipal da Covilhã: Juvenal Amado apresenta o seu livro "A Tropa Via Fazer de Ti um Homem"; confirmada a presença do prof Pereira Coelho, que foi um dos médicos do BCAÇ 3872, em Galomaro, 1971/72



1. Mensagem de hoje do Juvenal Amado [ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74, autor do  livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem", Lisboa, Chiado Editora, 2016]: 

Amanhã vou fazer a apresentação do livro na Biblioteca de Guimarães no âmbito das comemorações dos 58 anos da Tertulia da Liga Combatentes da Covilhã.

Já tenho a confirmação da presença do dr Pereira Coelho que foi médico do meu Batalhão e posteriormente se dedicou à fertilização in vitro.

Também estou convidado para ir a um encontro nas Caldas da Rainha e tenho o almoço da minha companhia em maio.

Tem sido sempre a andar e os primeiros 200 [exemplares]   já lá vão.

Está a ser giro e está-me a dar muitas alegrias não só no seio dos combatentes . Há muitas senhoras que mo compraram também.

Qualquer camarada que o quiser adquirir basta que entre em contacto pelo blogue, pelo facebook ou pelo meu email.

Mais uma vez obrigado e aceita um abraço, Juvenal.

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Nota do editor:

Último poste da série > 4 de abril de  2016 >  Guiné 63/74 - P15937: Agenda cultura (474): Em Fafe, "terra justa", 4ª feira, dia 6 de abril de 2016: homenagem às nossas camaradas enfermeiras paraquedistas, representadas ao vivo pela Rosa Serra, no âmbito da edição de 2016 do "Terra Justa - Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade"

Guiné 63/74 - P15993: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (12): Quando o mundo é pequeno em Monte Real e todos cabem na Tabanca Grande...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >Crachá do Fernando Faustino


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Fernando Faustino e esposa


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >O homem dos crachás, da comissão organizadora, o Miguel Pessoa (com o seu novo bigodinho 'experimental') e o JERO


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >O António Martins de Matos  (todos somos generais mas ele é mais que general que todos nós...) e  Giselda Pessoa  (Antunes, de solteira), a única camarada presente (!)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Uma esposa que não sei identificar (penso que seja  a Júlia, esposa do  camarada Isolino Silva Gomes, do Porto) e outra que é velha amiga de família, a Margarida Peixoto (Penafiel)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Três bambadinquenses: da esquerda para a direita, o Fernando Andrade de Sousa (Trofa), o José Armando Almeida (Albergaria a Velha)  e o José Fernando Almeida (Óbidos)... O Sousa foi 1º cabo aux enf, na CCAÇ 12, e é a primeira vez que vem ao nosso encontro. Irá ser apresentado formalmente à Tabanca Grande, como membro nº 714.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O David Guimarães (um dos raros "totalistas" dos nossos encontros nacionais, esteve no Xitole, em 1970/72, na CART 2716) e o António Fernando Marques (, da CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71, e membro da Tabanca da Linha, e também presença assídua nos nossos encontros nacionais). As esposas são a Lígia e a Gina, respetivamente. A Lígia (também totalista tal como David) faz parte formalmente da nossa Tabanca Grande. A Gina é uma heroína, pelo seu papel, ao longo do processo de 2 anos de tratamento e convalescença do marido (gravemente ferido em mina A/C, em 13/1/1971), e ao longo do resto da vida, merece as nossas homenagens e deve ser proposta também para figurar na lista alfabética, de A a Z, dos amigos e camaradas da Guiné.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Da esquerda para a direita, Júlia, a esposa do Abel Santos;  e a Dina Vinhal, nossa grã-tabanqueiora, esposa do editor Carlos Vinhal


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Da esquerda para a direita: Diamantino Varrasquinho (veio de Ervidel, Aljustrel, mais o irmão Manuel), António [Sousa] Bonito (Carapinheira, Montemor-o-Velho) e António Estácio (nascido em Bissau, residente em Algueirão, Sintra). O Varrasquinho foi fur mil no Pel Caç Nat 52, no Mato Cão, ao tempo do Joaquim Mexia Alves. Já veio a  três dos nossos anteriores encontros nacionais (2008, 2011, 2013), mas ainda não integra formalmente a nossa Tabanca Grande. A sua "Adega Monte de Cima"  é um das famosas adegas de Ervidel, "locais do culto do vinho e da amizade", segundo notícia da Rádio Voz da Planície.

Em tempo: O ex-fur mil António Sousa Bonito também passou pelo Pel Caç N 52, que esteve no Mato Cão, com o Joaquim Mexia Alves... Originalmente pertenceu à CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo (1971/74),


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Três camaradas (um alferes, o do meio, e dois furriéis) que pertenceram ao BENG 447.

Na lista de inscritos havia pelo menos dois camaradas do BENG 447, com residência em Lisboa:

(i) António Sá Carneiro / Maria de Fátima (BENG 447, Bissau, 1966/1968); (ii) Francisco Vilas Boas (BENG 447 1968/1970)

 Um deles, penso que o António Sá Carneiro chegou amis tarde ao convívio,por um percalço de última hora.  Na conversa com ele, o nosso editor Luís Graça falou-lhe do nome do capitão Fernando de Pinho Valente (Magro), nosso grã-tabanqueiro, que ele não reconheceu, o que faz sentido o Fernando Valente (Magro 9 - um dos seis manos Magro que estiveram no Ultramar - passou pelo BENG em 1970/72... Outro camrada que esteve no nosso encontro foi o Joaquim [Nunes] Sequeira, e que pertenceu ao BENG 447 (1965/67) (Vive em Colares, Sintra).

Em tempo: Diz o António Sampaio:  "Á esquerda do Sá Carneiro, está o Vilas Boas,  de Mondim de Basto. À direita está o Silveira e Castro,  de Lisboa".


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > António Barbosa (Gondomar) e João Rebola, da Tabanca de Matosinhos.  O António Barbosa (Gondomar), não confundir com o homónimo (que é de Santarém) é a primeira vez que vem ao nosso encontro nacional, tal como o João Rebola, o viola do fadista Armando Pires em Bissorã.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Jorge Teixeira,  não confundir com o Jorge Teixeira (Portojo), o grande fotógrafo do Porto, que também esteve presente no nosso encontro. Ambos são de há muito nossos grã-tabanqueiros. O Jorge Teixeira foi fur mil art, CART 2412 (Bigene -Guidage e Barro, 1968/70). O Jorge Teixeira (Portojo) também andou na Guiné pela mesma época: foi fur mil arm pes, Pelotão de Canhões S/R 2054 (Catió, 1968/70).

Em tempo: "Há aqui um pequeno quiproquó, embora sem importância nenhuma, mas... o seu a seu dono. Eu não estive em representação da Tabanca de Matosinhos, mas sim do Bando, o ' Bando do Café Progresso',  bem como o tal Portojo, o outro Jorge Teixeira,  assim como o Zé Ferreira Catió, o Jorge Peixoto e o António Tavares. Muitos outros membros da Bandalheira lá estiveram e bem, mas a titulo individual. Não é para me gabar, mas o Bando já voa... sempre em bando!... Um abraço e foi bom lá ter estado. cumprim/jteix ". [Vd. o blogue do Bando Café Progresso, aqui]



Fotos: © Luís Graça (2016). Todos os direitos reservados


1. Alguns comentários às fotos anteriores (*):

(…) "É um grande fotógrafo, o nosso Miguel, mais um dos nossos, ele e o Manuel Resende. Como quem não quer a coisa, sabe ‘apanhar-nos’, com um certo ar distante, é algo de nós, da nossa intimidade que ele apanha tão bem... Girando de mesa em mesa, discretamente, até com um certo ar displicente, vai-nos apanhando e eternizando... São retratos para a eternidade... Obrigado, Miguel.

(…) Imaginemos que já havia máquinas fotográficas digitais no tempo da guerra... Hoje teríamos milhões de imagens, recolhidas entre 1961 e 1974... Mas não temos, pelo que importa valorizar e divulgar as fotos em papel que ainda vamos conseguindo salvar" (...) (Tabanca Grande / Luís Graça)

(…)" Mas já foram publicadas centenas de fotos,desse tempo, no blogue...não sei mas devo ter enviado muito mais de uma centena...

Ah...mas o que eu gostei muito, foi ver as gentes do inicio, e todas as outras, em amena cavaqueira e felizes no convívio. Belo trabalho dos organizadores, boas fotos, óptima obra a tua, Luís Graça, tem cerca de uma dúzia de anos, eu lá desde 2006…

O tempo passou tão rápido, as rugas acentuaram-se em muitos, as cinturas alargaram, eu ia vendo as fotos e ria-me: ‘gente da pesada’... mais larga e pesada...mas satisfeitos com mais um convívio. Que bom lugar, Joaquim, acertaram no lugar...o Carlos ri-se, feliz e com razão” (…) (Torcato Mendonça)
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terça-feira, 19 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15992: Tabanca Grande (485): Completando o processo de adesão do António Osório, que vive em Vila Nova de Gaia: foi fur mil rec inf, CCS/QG/CTIG (Bissau, Cacine, Gadamael, Cameconde, 1970/72)


António Osório, foto atual. Vive em Vila Nova de Gaia



Guiné > Região de Tombali > Cacine > c. 1970/71 > "Com um motorizada que comprei a um agente da DGS. Ia de Cacine a Cameconde, ida e volta. Adorei Cacine, o sítio mais lindo da Guiné".



Guiné > Região de Tombali > Cacine > c. 1970/71 > "Eu, com três bajuditas".


Fotos (e legendas): © António Osório (2016). Todos os direitos reservados


1. O  António Osório, ex-fur mil Rec Inf, CCS/QG/CTIG (1970/72) esteve em Bissau, Gadamael, Cacine, Cameconde e Bissau.

Faz parte, formalmente, da Tabanca Grande desde 27/12/2011 (*). Para além da foto atual, faltava-nos, pelo menos, mais uma foto do tempo da Guiné.

Já nos encontrámos em pelo menos 3 encontros nacionais, em Monte Real. Tivemos desta vez, em 16/4/2016, a possibilidade de recolher duas imagens do seu álbum fotográfico, para completarmos o seu processo de adesão, segundo as velhas NEP da Tabanca Grande (**)... Mais vale tarde que nunca... Aqui vão as fotos (vd. acima).

2. Recorde-se a apresentação que o nosso camarada fez na altura, secundando o seu pedido para integrar o nosso blogue. Acrescente-se que o Osório é amigo e vizinho do Xico Allen, e também acompanhou, em parte, o percurso do Mário Miguéis da Silva, que é da mesma especialidade e vive hoje em Esposende, Pensamos que os dois já se encontraram ou falaram ao telefone.

(...) Gostava que o meu nome fosse acrescentado à lista dos camaradas que serviram o nosso País na Guiné.

Cheguei às Caldas da Rainha a 6 de outubro de 1969 para frequentar o 1º ciclo do Curso de Sargentos Milicianos [CSM],  ficando apto para a frequência do 2º ciclo em 2/12/1970, em Tavira.

Em 21 de março [de 1970] terminei o 2º ciclo do CSM,  com a classificação de 14,23 valores na especialidade de Reconhecimento e Informações. Mais tarde fui colocado nas Caldas da Rainha como cabo miliciano, instrutor dos cursos de sargentos milicianos.

Em 18 de novembro de 1970 embarquei para a Guiné, no navio "Ana Mafalda", onde cheguei no dia 24 de bnovembro, como furriel miliciano Rec Info, Fui colocado na CCS (Companhia de Comandos e Serviços) do QG/CTIG, em rendição individual.

No dia 25 de novembro rumei a Cacine e mais tarde a Gadamael. A minha vida no primeiro  ano de Guiné foi passada entre Gadamael, Cacine e Cameconde como furriel miliciano,  responsável pelas informações militares, na dependência do Comando-Chefe sediado em Bissau.

No segundo ano rumei a Bissau onde me mantive no Comando-Chefe, Rep Info (Repartição de Informações Militares) até 1 de dezembro de 1972, dia em que,  a bordo de um avião dos TAM, regressei a Lisboa.

Na Repartição Info, tive o privilégio de trabalhar com Firmino Miguel e Almeida Bruno, então majores do exército, hoje generais.

Fui louvado pelo Chefe de Estado Maior QG/CTIG (Ordem de Serviço n.º 279 de 29.11.1972 da CCS/QG), por proposta do Chefe da Repartição de Informações. Foi-me ainda atribuída a Medalha Comemorativa das Campanhas da Guiné pelo Comandante Militar Brigadeiro Banazol, com a legenda “Guiné 1970-71-721 (Ordem de serviço n.º 253 de 28 de Outubro de 1972) da CCS/QG" (...).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O António Osório estava inscrito com mais duas pessoas Ana e Maria da Conceição (Vila Nova de Gaia). 

Foto: © Manuel Resende (2016). Todos os direitos reservados

Guiné 63/74 - P15991: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (11): Fotos de Miguel Pessoa - Parte II


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Os fotógrafos fotografados: Carlos Vinhal e a Maria João, esposa do Manuel Lema Santos


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Carlos Vinhal e Luís Graça


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Dois dos muitos fotógrafos: J. Casimiro Carvalho e Jorge Canhão


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Juvenal Amado, Moutinho Santos (régulo da Tabanca de Matosinhos) e Joaquim Peixoto


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Jorge Teixeira e António Tavares... Se não erramos, é primeira vez que o  Jorge Teixeira, (ex-fur mil art, CART 2412, Bigene -Guidage e Barro, 1968/70) vem ao encontro anual da Tabanca Grande... O António Tavares foi Fur mil da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72) e é nosso colaborador mais assíduo.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Abel Santos, a esposa Júlia e a Dina Vinhal


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  O régulo da Magnífica Tabanca da Linha, Jorge Rosales


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  O Francisco Silva, que vai voltar à Guiné-Bissau, um dia destes, agora como cirurgião...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  António Martins de Matos, o nosso bravo tenente pilav (BA 12, Bissalanca, 1972/74), o olhar distante, pensando talvez em Kandiafara, na Guiné-Conacri, e nas "ameixas" que lá deixou em 18 de junho de 1973, depois de Spínola autorizar o bombardeamento daquela base do PAIGC, que ficou destruída... Tem um escrito para comemorar essa efeméride...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Três homens de Bambadinca: António Fernando Marques, Luís R. Moreira e Luís Graça (e que, por coincidência, voaram os três sob duas minas A/C, à saída do reordenamento de Nhabijões, no fatídico dia 13 de janeiro de 1971).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Idálio Reis, Rui Guerra Ribeiro e Manuel Joaquim (que desta vez não trouxe o seu "minino" Adilan, que estava a trabalhar)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Mais dois bambadinquenses, José Armando F. Almeida (Albergaria-a-Velha) e Luís R. Moreira (Lisboa). Ambos pertenceram ao BART 2917 (Bambadinca, 1970/72).

Fotos: © Miguel Pessoa (2016). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:
Último poste da série > 19 de abril de 2016 > Guiné 63/74 - P15990: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Fotos de Miguel Pessoa - Parte I

Guiné 63/74 - P15990: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Fotos de Miguel Pessoa - Parte I


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família 


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O nosso coeditor Carlos Vinhal e comandante da Op Monte Real 2016


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > António Marques, Luís R. Moreira , a Irene e a Suzel (esposa do José Fernando Almeida, Óbidos ).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Da esquerda para a direita: Virgínio Briote, António Estácio, Idálio Reis e Rui Guerra Ribeiro


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Luís R. Moreira e Sucena Rodrigues (em segundo plano)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Joaquim Mexia Alves e Delfim Rodrigues (de perfil)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Joaquim Mexia Alves (em primeiro plano) e o Manuel Lima Santos (Viseu)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > António Martins de Matos (que chegou a general) e Manuel Resende (que não passou de alferes)...  O Manuel Resende é o fotógrafo privativo da Tabanca da Linha


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Lucinda Aranha e José António (Torres Vedras)... A escritora  Lucinda Aranha Antunes era filha de Manuel Joaquim, empresário e caçador em Cabo Verde (1929/1943) e Guiné (1943/1973), o homem do cinema ambulante que alguns de nós conheceram; está a escrever um livro sobre o pai.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A esposa e o filho do Joaquim Mexia Alves, a Catarina e o André.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Da esquerda para a direita, Jorge Rosales, JERO ("o último monge de Alcobaça") e Francisco Silva.

Fotos: © Miguel Pessoa (2016). Todos os direitos reservados
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