sexta-feira, 10 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8400: Efemérides (50): Penamacor inaugura Memorial evocativo dos antigos Combatentes da Guerra do Ultramar (Carlos Pinheiro)

1. Mensagem de Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro* (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70), com data de 5 de Junho de 2011:

Carlos Vinhal
Junto mail que me foi enviado pelo General Bento Soares acerca da recente inauguração do Monumento Memorial evocativo dos Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar a 1JUN11 em Penamacor, dia do concelho.

Penso que o General não se importará se quiseres divulgar este acontecimento.

Um abraço
Carlos Pinheiro



INAUGURAÇÃO DE MEMORIAL EM PENAMACOR

Minhas Senhoras e Meus Senhores:

É que felizmente, apesar de geograficamente diminuído, Portugal ainda é bastante rico espiritual e culturalmente para que haja muitas maneiras diferentes de cumpri-lo.
Luís Forjaz Trigueiros

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Penamacor
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal
Exmo. Senhor Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes
Exmas Entidades Civis, Militares e Religiosas
Caros Companheiros Antigos Combatentes e seus Exmos Familiares:

Escolhido que foi o Dia do Município para a inauguração que hoje nos reúne, uma primeira palavra será difícil silenciar. É a do legítimo orgulho que sempre nos domina ao evocarmos os ilustres pergaminhos de Penamacor, nobre sede do nosso concelho natal.

Pergaminhos que enraízam nos primórdios da nacionalidade. É D. Sancho I a conceder-lhe foral em1.189 para depois o reformar pela Carta Foral de 1.209. Também no seu reinado é erigido o Castelo – peça fundamental na consolidação da fronteira raiana beirã – e que, decorridas sete décadas, o grande Rei D. Dinis manda reconstruir e reforçar com novas torres e muralhas a cercarem a Vila. Seria mesmo este nosso monarca, o Rei Poeta e Lavrador, que – na sequência do Tratado de Alcanizes (1279) – consolidaria as fronteiras europeias de Portugal. São, aliás, as mais antigas da Europa, como assinalam historiadores – nacionais e estrangeiros – (1). Nessa consolidação, nomeadamente dos limites raianos da Beira, conseguiu D. Dinis a inclusão das Terras de Riba Côa, aquando do regresso duma sua incursão em Castela.

Quer dizer: Penamacor é definitivamente Praça Forte com importância decisiva na defesa da fronteira. E ao longo dos séculos, até aos nossos dias – digamos, até às últimas décadas do séc. XX – teve o privilégio, raro em vilas portuguesas, de manter a presença de unidades militares. Vale aqui um registo de notável coincidência: A Vila-berço do mui ilustre Ribeiro Sanches, médico e cientista de renome europeu, mereceu receber, por volta de 1.814, um dos melhores exemplos da arquitectura hospitalar militar em Portugal. Falo do Hospital Regimental do Batalhão de Caçadores nº 4, o qual foi colocado, de forma integrada, num extremo da muralha. (2)

Pois bem, é esta Vila histórica que mereceu a divisa de “Chave do Reino”, a Praça Forte de secular ligação às Forças Armadas, que hoje inscreve em seus pergaminhos nova página nobilitante.


Senhor Presidente da Câmara:

Vossa Excelência e sua Edilidade tornaram-se credores do nosso reconhecimento e firme louvor com a decisão de mandar construir o Monumento Memorial que vamos inaugurar. É grato registar o célere acolhimento que lhes mereceu a Proposta dos Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar naturais do nosso concelho. A Proposta teve em vista – agora que se completam 50 anos sobre o início do conflito – a prioritária homenagem dos que, nessa Guerra, entregaram à Pátria a dádiva suprema da própria vida. Seja-me permitido evocar um deles, o Alferes Nabais, pela circunstância pessoal de ser meu conterrâneo e tê-lo podido acompanhar à última morada no cemitério da Meimoa. Circunstância mais dramática ainda por ter ocorrido já na fase final do conflito – Fevereiro de 1974. Mas são 25 os filhos deste nosso concelho caídos ao serviço de Portugal. É para todos eles que se dirige nossa ardente e sentida homenagem por terem sabido responder ao chamamento pátrio em cumprimento de um sentimento marcadamente nacional.

Sejamos claros: as Forças Armadas não são catalogáveis em FA deste ou daquele regime político. São antes e tão só, porque da sua essência se trata, o supremo garante da soberania de um Povo. Respondem ao apelo dos superiores desígnios da Nação, desígnios esses que os Governantes curarão de interpretar em cada momento da História.

Consideramos por isso da maior oportunidade as palavras recentemente proferidas pelo Comandante Supremo das Forças Armadas – o Senhor Presidente da República – e que me apraz, neste momento, registar. Cito (3):

“Para lá da memória, impõe-se o reconhecimento de todos os que, pela sua acção na defesa de Portugal, sofreram no corpo e na alma o preço do dever cumprido. São merecedores de todo o nosso profundo respeito”.

E mais adiante acrescentou:

“Às gerações mais novas é importante transmitir o testemunho de quem enfrentou a adversidade ombro a ombro com aqueles a quem confiava a vida e por quem a daria também; o testemunho de quem conhece a relevância de valores como a solidariedade, o mérito e a honra, a família e o país.”


Minhas Senhoras e meus Senhores:

Um País, um Povo, sem memória é um Povo sem Identidade própria e sem História.

Nunca deverá, nunca poderá ser o caso do nosso Portugal, que é rico na História, na Tradição e na Cultura portadora de Valores multisseculares. Daí ter deixado marca indelével no progresso da Humanidade. Regressado hoje à faixa continental, detemos, no entanto, com o contributo insular, a mais extensa ZEE – Zona Económica Exclusiva da Europa, uma valia económica e estratégica que importa assinalar.

Entendemo-nos na Língua de Camões, idioma oficial de seis países, além do nosso, espalhados por três continentes fora da Europa. Falado, sem prejuízo de outros, pelos portugueses da diáspora, juntamente com diversas comunidades falantes do Português, dão expressão universal à nossa Língua.

Em suma: apetece-me dizer com o imortal Fernando Pessoa: “A minha Pátria é a Língua Portuguesa”. Pátria Lusa, que “deu novos mundos ao mundo”, como eloquentemente reconhece o conhecido historiador britânico Toynbee (1889 – 1975) ao afirmar:

“O mundo, no aspecto da história das sociedades e das relações que entre elas se puderam estabelecer, divide-se em dois períodos: antes e depois de Vasco da Gama ou antes e depois dos Descobrimentos”.

Há portanto sobejas razões para nos podermos orgulhar da nossa Pátria, sabendo honrar os seus heróis.

Mas não só heróis. Também nos cabe honrar como digno do nosso orgulho o povo anónimo, derramado pelos dois hemisférios, na sua fidelidade a princípios de sã convivência inter-racial e inter-cultural.

Povo fiel a seus brandos costumes, firme no respeito dos valores humanos e dotado de uma grande capacidade de miscigenação.

Povo colonizador que mereceu o aplauso insuspeito de um sociólogo de elite – o eminente Gilberto Freyre – que estudou e cientificamente estruturou o modelo da nossa presença colonizadora com o imortal carimbo do “Luso-Tropicalismo”.


Senhor Presidente da Câmara:

O que aqui nos traz hoje é um gesto simples e humilde, mas de grande significado. A nossa Vila, por mercê do Executivo a que Vossa Excelência preside, fica mais completa nos seus pergaminhos e em seus valores ancestrais, ao acolher o Memorial de Homenagem a seus filhos Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar.

E é na fidelidade ao sentir Penamacorense que desejo terminar, renovando a saudação que oportunamente dirigi, em quatro singelas estrofes à Nossa…

… NOBRE VILA DE PENAMACOR

 Rezam assim:

Em tempos idos cobriu-se de glória
A Fortaleza da raiana Beira,
Guardada para sempre na memória
De quem a canta ou dela se abeira.

Foral antigo, D. Sancho outorgou
E mandou erigir forte Castelo,
O povo honrado, seu sangue doou
Em defesa da terra: gesto belo.

E do alto da Torre de Menagem
A ordenança, aos vindouros reza
Que seu chão foi lavrado com suor.

Saiba a História prestar homenagem
E lembrar teu passado de grandeza
Oh! Nobre Vila de PENAMACOR!

Tenho dito.
João Afonso Bento Soares
Major General
Penamacor, 1 de Junho de 2011


Notas:
(1) A título de exemplo: Orlando Ribeiro em “Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico” e Michael Harsgor, “Portugal in Revolution”, 1976.
(2) Augusto Moutinho Borges, “O Real Hospital Militar de Penamacor: espaço e memória”. Artigo incluído em “Penamacor – 800 Anos de História” (publicação da CMP).
(3) Discurso do Senhor Presidente da República na Cerimónia de homenagem aos Combatentes, por ocasião do 50º Aniversário do início da Guerra em África. Forte do bom Sucesso em Lisboa, 15 de Março de 2011.
Citação inicial: Intervenção Luís Forjaz Trigueiros no Colóquio “Cumprir Portugal”, promovido pelo Instituto Dom João de Castro e coordenado pelo Professor Adriano Moreira, 1988.


Nota Biográfica (Síntese)

Major General João Afonso Bento Soares

- Estudou em Coimbra, no Liceu Normal D. João III (1º ao 7ºanos), após o que ingressou na Academia Militar em 1959.
- Pertence à Arma de Transmissões do Exército, sendo Licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico (1966).
- Possui o Curso de Comando e Estado-Maior e Grau Académico “Master of Military Art and Science”, EUA em 1982 – 83.
- Foi o 1º Director da Estação Portuguesa de Comunicações por Satélite, do Sistema Nato de Comunicações.
- Possui duas comissões de serviço na Guerra do Ultramar: Guiné (1968 - 70) e Angola (1975).
- Foi Director do Depósito Geral de Material de Transmissões.
- Foi Professor do Instituto de Altos Estudos Militares.
- Foi 2º Comandante da Zona Militar dos Açores e Chefe de Estado-Maior do Comando Operacional dos Açores).
- Foi Chefe de Estado-Maior da Missão de Paz da ONU em Angola (1995 – 96).
- Foi Director do Instituto Militar dos Pupilos do Exército.
- É Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
- É natural da Meimoa (nascido a 2JAN1941). Tem três filhos e três netos.

Barcarena, 2011
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 28 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8345: Efemérides (49): 28 de Maio de 1969: o ataque de 40 minutos a Bambadinca (Carlos Marques Santos / Beja Santos / Luís Graça)

Guiné 63/74 - P8399: Notas de leitura (246): Dias de Coragem e de Amizade, Angola, Guiné, Moçambique: 50 Anos de Guerra Colonial, de Nuno Tiago Pinto (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 27 de Maio de 2011:

Queridos Amigos,
É facto que a ”receita” não é uma surpresa, várias publicações têm agarrado este testemunho depurado, estereotipado a meia dúzia de factos extraídos de uma subjectividade e de uma experiência que cabem nuns linguados de papel, e zás, fica a água-forte de uma memória. Mas é um todo de grande dignidade, uma leitura que nos embacia o olhar e detém o pensamento para aquelas paragens que também calcorreámos. Alguns dos habitantes da nossa esplendorosa tabanca aparecem na máxima pujança, chorei a ler a Giselda Pessoa (que nobreza de carácter!) mas também o sargento Talhadas e todos os soldados sofridos que depõem como heróis anónimos que sabem erguer o cálice das adversidades sem pedinchar o reconhecimento das novas gerações .
Um abraço do
Mário


Tenho corpos estranhos no corpo, passei muita sede, ainda choro pelos meus mortos, estremeço quando oiço o barulho de um helicóptero…

Beja Santos

“Dias de Coragem e de Amizade, Angola, Guiné, Moçambique: 50 histórias da guerra colonial”, de Nuno Tiago Pinto, com prefácio de Carlos de Matos Gomes (A Esfera dos Livros, 2011)*, é uma colectânea de depoimentos contados na primeira pessoa do singular: António Lobato, que foi o militar que mais tempo esteve preso pelo PAIGC; António Heliodoro, que fez a operação Tridente durante 72 dias e 72 noites; Armando Ramos, que conheceu o supersticioso Abna Na Onça, o régulo que enterrava uma galinha branca para saber se se devia ou não ir em operação. José Carvalho, que confessa que na fase final da comissão já estava choné, almoçava e ia para uma loja de um sírio que lhe trazia sempre quatro copos de café e outros tantos de anis…

Para que servem estes testemunhos de gente que combateu e que oferece depoimentos sofridos, memórias de evacuações debaixo de fogo, homens que se deixam fotografar marcados pela amputação, pelo stresse, minados pelas perdas, agradecendo actos de camaradagem e a coragem das mulheres e dos familiares que os ajudaram a renascer?

Falando concretamente da Guiné, por definição, não há dois testemunhos até aparentados, naquele território onde as águas dos rios e das rias expandem ou encurtam permanentemente a superfície dos solos, cada ermo era específico, cada ocaso que ditou um momento de sorte ou uma aparatosa tragédia que não pôde ser vivida por outro ser humano. É pelo todo destas vozes múltiplas que se pode entender como aqueles jovens olhavam a guerra, a desmesura entre a formação militar e a entrada, por vezes tão brusca, no palco dos conflitos, nas tensões da vida de relação, com camaradas e populações civis.

Lendo os depoimentos dos três teatros de operações ainda se consegue afinar melhor o diapasão de que a geografia torna as diferenças mais acentuadas: o piloto Lobato revela que em Maio de 1963, numa aterragem forçada, encontrou o Sul da Guiné já altamente controlado pelo PAIGC; o fuzileiro Heliodoro comove de tão simples e autêntico: “Andávamos por ali quando uma das Companhias foi atacada e perdeu-se no mato. O oficial deles foi pedir ao Comandante Calvão que os fosse buscar e nós fomos. Percorremos a mata toda e conseguimos reunir os homens, que tinham fugido cada um para seu lado. Só ficaram lá dois que tinham sido mortos e armadilhados. Quando os puxámos, por acaso, a cavilha da granada ficou presa na terra e não rebentou. Foi um dia de glória. Por causa disso o meu destacamento foi condecorado com uma Cruz de Guerra”; ou então: “O que mais me custava era ver dezenas de crianças à hora da refeição, separadas de nós por uma vala, a dizer “branco, dá-nos de comer”, com aquelas latas de feijão vazias nas mãos. Mandava-os esperar sempre. Uma vez fui à mesa e disse ao pessoal para porem o que sobrasse numa terrina para dar aos miúdos. O marinheiro “Palmela” respondeu-me mal: “Isso é que era bom. Faço restos quanto quiser”. Virei-me para ele, à frente de todos, e disse-lhe: “Palmela, ou metes lá a comida ou a minha G3 faz serviço”. Ele não duvidou. Nós tínhamos tanto amor à G3 como a um aerograma da namorada. Dormiu todas as noites à minha cabeceira. Era ela que nos salvava a vida”.

Com estes depoimentos é possível ter uma imagem (ainda que pálida) das emoções do combatente, da guerra que se travava, de como há mortes que nunca se esquecem e de como há amputações que deixam a alma pulverizada. Há gente que foi bombardeada pela própria aviação; há gente que guarda do médico salvador a gratidão que sente por Deus; há heróis como o sargento Talhadas que descreve em tom mansinho episódios violentos e que comenta sem uma ponta de sobranceria: “Não me sinto um herói. Sinto-me um soldado português que defendeu a sua Pátria quando ela o chamou”; há gente que praticou heroísmo por não ter perdido a esperança em recuperar a visão ou salvar uma perna; como num coro gigantesco, fala-se da imensa sede que perdura em todas as células dos corpos destes sexagenários, o valor das cartas ou dos aerogramas, as relações amistosas com as crianças, a lavadeira, os picadores; é tocante ouvir a enfermeira Gisela dizer-nos, a propósito de um militar que ao entrar no helicóptero lhe suplicou: “Dê-me a mão que eu vou morrer. Já que não tenho aqui a minha mãe, dê-me aqui a sua mão”. Ainda lhe pedi que me deixasse ver o que se passava. Mas quando abri a camisa vi que ele tinha o peito desfeito por um tiro que lhe tinha entrado pelas costas. Percebi que não podia fazer nada. Não aceder seria tirar-lhe o que mais queria. Dei-lhe a mão e ele faleceu”; a mesma enfermeira Gisela que vai ajudar o piloto Miguel Pessoa, cujo avião tinha sido abatido, ambos se vão apaixonar, afinal não é preciso ler “O Adeus às Armas” para entender que as pessoas podem descobrir o amor ou estabelecer laços afectivos fortíssimos nesses tempos de cólera e de imprevisão.

“Dias de Coragem e de Amizade” fala de tudo isso que aconteceu na guerra por onde andámos (a gente da minha geração) e que está diluído ou é ignorado por estas novas gerações: os traumas, as dádivas sublimes, o recolher restos de um ser humano num saco, independentemente de ser fuzileiro, maqueiro, furriel, caçador africano, piloto, naquela Guiné e nos outros teatros de operações. Aqui está um livro para oferecermos aos nossos filhos, sobrinhos, filhos dos amigos, é importante ver o lanho que atravessa a fronte de António Lobato, ouvir um oficial que não quer contar patranhas e diz que teve uma comissão milagrosa na Guiné, aquele pára-quedista que viveu o inferno de Gadamael e que termina o seu depoimento dizendo: “Lembro-me de todos os que morreram e dos feridos graves. Tal como eles se devem lembrar de mim”.

Ver as fotografias deles com 20 anos e agora com 60, por vezes exibindo as suas próteses, a modéstia do olhar quando o peito ostenta condecorações, há mesmo olhos que conheceram operações terríveis e há até olhares cegos; e há mesmo a descoberta, sempre espantosa, de que esses militares não esqueceram certas datas, certos lugares e, acima de tudo, descobriram, sabe-se lá com que coragem, a contingência dos ocasos felizes ou infelizes e a transparência de agora poder contar a verdade do que passaram e como da dor e da angústia se consegue ofertar, com singeleza, estes deveres de memória.
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 8 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8389: Agenda Cultural (129): Apresentação do livro Dias de Coragem e de Amizade, de Nuno Tiago Pinto, no dia 7 de Junho passado na sede da ADFA (Miguel Pessoa)

Vd. último poste da série de 7 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8384: Notas de leitura (245): O Meu Testemunho, uma luta, um partido, dois países, por Aristides Pereira (7) (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P8398: Carta Aberta ao Presidente da República... Ou uma reflexão sobre o 10 de Junho, Dia dos Combatentes (II Parte) (Comentários dos nossos leitores)



1. Comentários dos nossos leitores ao poste P8040 (*):

José Marcelino Martins (3/4/2011)

Já subcrevi a carta do Mexia Alves, no site da Presidência. Espero não ter sido o primeiro, e faço votos para que não tenha sido o último. Juntos vamos mostrar a nosso orgulho de ter-mos sido/sermos Soldados de Portugal.  Em frente, marche!  

 J.Belo (3/4/2011)
Caro Joaquim. Sinto ORGULHO em ter-te por AMIGO!
Belarmino Sardinha(3/4/2011)

Meu caro Joaquim Mexia Alves,

Tornado publico o teu texto neste espaço, deixa-me dizer: Políticas à parte, embora esta não seja outra coisa que não uma questão política e, mesmo não me revendo neste presidente, reconheço-lhe, como escreves, ter sido um miliciano em Moçambique, razão primeira que o devia colocar-se de imediato ao nosso lado.

Quero, por isso, deixar bem expressa e clara a minha posição. Compreendo a razão que te levou a enviar um texto sem qualquer consulta prévia. Estou até de acordo quando dizes que nunca mais haveria texto, porém, embora nele possa estar implícito, que fique inequívoco não se tratar de qualquer forma saudosista ou de apoio ao anterior regime, ou, a qualquer outro semelhante que se prepare na sombra ou exista no espírito ou pensamento seja de quem for.

Posto isto, estou confiante e apoio a iniciativa. Como disse na altura, nunca fui a nenhum 10 de Junho, mas desta lá estarei presente, assim nada o impeça.

Um abraço
BSardinha
Pedro Neves (3/4/2011)

Camarada Ranger, Mexia Alves,
Subscrevo a totalidade da carta enviada ao Presidente da Republica. Espero que não encontre nenhum "Spam" pelo caminho. Um Abraço
Pedro Neves
Ex Fur Mil Op Esp
C.Caç. 4745 - Águias de Binta
Guiné 73/74
Carlos Cordeiro (3/4/2011)

A carta do Joaquim Mexia Alves merece ter o máximo de assinaturas. Caro José Marcelino Martins, como fizeste para subscrever a carta?
Um abraço,
Carlos Cordeiro
Mário Fitas (3/4/2011)
Caro Joaquim,

És de facto um homem grande e um grande homem. Um grande abraço para ti e para o José Martins que não está só pois também já fiz o mesmo.

Homens desta Grande Tabanca vamos em frente, não queremos benesses mas sim que os nossos olhem para nós com orgulho, não pela guerra, mas pelo que sofremos e dever cumprido.

Do tamanho do Cumbijã um abraço para todos, Mário Fitas
 
Carlos Cordeiro (3/4/2011)

O que fiz foi mandar uma mensagem a dizer que me associava à carta-aberta do Joaquim Mexia Alves. Julgo que é o único modo de fazer. Recebi já a mensagem a acusar a recepção.
Um abraço,
Carlos Cordeiro
António Rosinha (3/4/2011)
Camarigo Joaquim, esta carta é pelo menos uma maneira de tentar tirarmos a "cabeça da areia". Porque cada vez que se tenta contar a história há sempre alguém a mergulhar-nos a cabeça na areia.

É ler o que se escreveu quando o Presidente da República falou em nós recentemente, caiu o Carmo e a Trindade
Manuel Maia (3/4/2011)

Caro Joaquim Mexia,

Esperemos que o teu repto nao tenha caído em saco roto.Vou ser obrigado a encurtar este texto,limitando-me a dizer parafraseando o Mario Fitas,que és um homem grande e um grande HOMEM. E encurto-o porque inexplicavelmente não consigo pôr assentos pois ficam a dobrar... Se alguém me puder valer com informação que um ignorante destas novas tecnologias possa entender,muito agradeço. Só poderei subscrever depois da correcção desta trapalhada...
Jorge Cabral (3/4/2011)

Olá AMIGO! Estou contigo! RESPEITO e DIGNIDADE!
Abraço!
Jorge Cabral
António Martins Matos (3/4/2011)

Caros Amigos: A carta do camarigo Mexia Alves mostra a sua insatisfação perante o que tem ocorrido e uma vontade de mudança, consequentemente, todas as vossas afirmações de apoio ao MA decerto que o sensibilizarão.

Mas, deixem-me dizer-vos, não é isso que se pretende. O que se pretende é um vosso comentário dizendo: “Recebido e compreendido, neste 10 de Junho não vou assistir, vou pôr a minha boina e desfilar”. Imaginem 1 Batalhão de antigos combatentes a desfilar em continência aos nossos camaradas lá inscritos. Muita coisa vai mudar...
Abraço
AMM
Juvenal Amado (3/4/2011)
Como outros também estive presente a quando a troca de ideias entre o Vasco da Gama e o António M. Matos. Vou esconder que nunca participei até à data e não estava a fazer conta de participar no 10 de Junho, uma vez que a data,  na forma como até aqui tem sido celebrada, nada tem a haver comigo.
Antes celebrava uma coisa, hoje celebra outra e tanto uma coisa como outra, não eram de molde a me levar a participar.

No entanto há na proposta do camarigo António M.Matos, que de certa forma o Mexia Alves deu seguimento com a carta aberta em presença, dados novos com que respeitando as várias sensibilidades passo a estar de acordo, pois o direito dos antigos combatentes e suas famílias terem um dia para festejar. A predisposição em combater pela Pátria num combate errado ou não, consoante o crer de cada um, foi uma dádiva da nossa juventude.

Vamos pois reivindicar um dia onde honremos os combatentes, os nossos mortos e as suas famílias se sintam honradas finalmente e para que nunca seja esquecido aqueles dias incertos. Penso que os dois poste se ligam e por isso o meu comentário é referente aos mesmos.

Um abraço para todos e neste caso em especial para o Mexia e António M.Matos.
António Marques (3/4/2011)

Camarigo Joaquim Mexia Alves: Subcrevo a carta enviada ao site da Presidência da República.  Importante estarmos unidos unidos pois apoio esta iniciativa,e fico pronto para dar tudo de mim no que for necessário.

Lá estarei no 10 de Junho como de costume. Estou contigo.
Um abraço
António Marques

Joaquim Mexia Alves (3/4/2011)
Absolutamente de acordo com o António Martins Matos. Importa desfilar e importa fazer chegar ao site da Presidência da República o nosso acordo com sta carta ou não, mas sobretudo com o principio de que queremos desfilar em honra aos mortos da Nação e ao respeito aos combatentes.

Quanto a mim aceito e apoio a liderança do nosso, (com orgulho o digo), nosso General António Martins Matos. Por isso que os comentários sejam então de apoio àquilo que todos, julgo eu, queremos fazer.

Um grande e camarigo abraço para todos

 Mário Fitas (3/4/2011)

Atenção à navegação. Pelo que é explicito pelo António Martins de Matos e pelo Joaquim Mexia, isto não é para simplesmente escrever e dizer que vamos pôr a boina. É para trabalharmos em todas as frentes: Marinha, Força Aérea, Exército e tudo o que mexa: Comunicação Social, Blogs, Organizações, Camaradas, Amigos e Inimigos. Isto é para avançar, que cada um faça um pequeno esforço e movimente todos os meios para demonstração do respeito que nos é devido.

Para todos os Combatentes o fraternal abraço.

Mário Fitas
António Graça de Abreu  (3/4/2011)
 Serei mais um a desfilar a 10 de Junho. Vamos todos engrossar o número, dois ou três batalhões, dois mil homens, não é pedir demais. Abraço,

António Graça de Abreu
José Manuel Dinis (3/4/2011)

Camaradas,
Só quero comunicar que acabei de subscrever no sitio www.presidencia.pt/?action-3 a carta do Joaquim. Claro, a 10 de Junho lá estarei a engrossar a tropa.
Abraços fraternos
JD
Fernando Gouveia  (3/4/2011)

Mexia Alves: Claro que assino por baixo, só que não conseguir descobrir a carta na página da Presidência.
Um abraço.
Fernando Gouveia

C. Martins (3/4/2011)

SUBSCREVO PLENAMENTE A CARTA DO CAMARIGO MEXIA ALVES. PASSEMOS À ACÇÃO.
"BORA LÁ" TODOS A MARCHAR NO 10 DE JUNHO.

C.Martins
Fernando Chapouto (3/4/2011)

Companheiro e amigo subscrevo a tua carta e tmos de uma vez dar um empurrão aqueles que nos ignoram nos temos orgulho em sermos portugueses por isso merecemos todo o respeito
Um forte abraço

F Chapouto
José Eduardo Oliveira (JERO) (4/4/2011)

Camaradas na Guerra / Irmãos na Paz: 
Recebido e compreendido, neste 10 de Junho não vou assistir, vou pôr a minha boina e desfilar”.
JERO

PS-Ganda Joaquim .Que orgulho em ter-te como vizinho e amigo.

Nuno Almeida (4/4/2011)

Subscrevo totalmente. Como DFA sinto plenamente o ostracismo a que foram condenados os Combatentes. Todos os anos ouvimos dizer que somos credores da dívida da nação para connosco... mas assistência para aqueles que acartam com graves sequelas psico-traumáticas...nicles-batatóide!!!

Nuno Almeida - FAP/AL III Guiné 1972
Hélder Valério (4/4/2011)


Caro camarigo Mexia Alves

Texto muito bem escrito. Formulação correcta. Merece o meu apoio. Outras considerações serão feitas noutra ocasião.

Parabéns!
Hélder S.
Sotnaspa (4/4/2011)
Bom dia.

Acabei de fazer copy paste da tua carta para o mail do Sr. Presidente. Venha mais um!
ASantos
SPM 2558
Abreu dos Santos (senior) (4/4/2011)
Apoiado, sem quaisquer reservas.

João Carlos Abreu dos Santos
jose almeida (4/4/2011)

Camarigo Mexia Alves.

Louvo a tua iniciativa mas!!?

Se o Comandante Supremo das Forças Armadas quisesse honrar os Ex-Combatentes, há muito que os podia ter Honrado e Homenageado. Continuo a achar que sua Exª deve andar a viajar por Marte ou Neptuno. Ausentou-se do País, pelo menos Há cinco Anos.

Não desfilo de boina ou de calções  de campanha. Cumpri o meu dever,como recrutado. Quando posso, revejo e reavivo os Ex-Camaradas e Amigos no Memorial que não foi Edificado nem Rectificado pelo Actual Comandante Supremo das Forças Armadas.

Fernando Almeida

2ºSarg.Miliciano na Disp.
Fur.Mil.C.Caç 2590(C.Caç 12)
Guiné 69/71
Um abraço, do camarigo
 Carlos Nabeiro (4/4/2011)

Agora,  meus Senhores? Agora? Depois de treze anos de guerra e de trinta e sete, após o fim das hostilidades? Depois de muitos de nós a contribuir,com as nossas "lamúrias" vítimas de uma guerra que não queriamos,  que era injusta, fomos uns sacrificados? Para que não fossemos apelidados de Fascistas, Reacionários,escondemos a cabeça na areia.

Agora, Camaradas,agora que a nação e o povo se estão borrifando para nós? Nem sabem quem somos,nem o que foi a guerra,nem porque foi. No próximo dia 30 de Abril, em França celebra-se um acontecimento militar que está na memória dos Franceses e bem vivo na vida de todos os militares de todas as nacionalidades e condição social, menos assassinos.

Estes homens eram e são mercenários,  servem uma França que não foi menos colonialista e expansionista que Portugal. Amaram e amam a França como,ou mais,  que o seu  país natal. Não têm bons ordenados, nem boa vida. A seguir à tomada da Bastilha é um dos dias mais festivos, em todo o mundo onde quer que estes homens se encontrem. O povo sai aos Campos Elíseos para ver com orgulho e respeito a sua Legião Estrangeira... Como já adivinharam é deles que falo.

Camaradas, crucifiquem-me, chamem-me nomes ou simplesmente ignorem-me. Sou um modesto e anónimo visitante deste fabuloso blogue, o meu nome, para que conste: Carlos Nabeiro, BCaç 2842 /CCaç.2357, Moçambique-ZOT-1968/70. Não devo nada a ninguém nem tenho que pedir desculpa a ninguém.

Setúbal,4 de Abril do ano do nosso descontentamento. Obrigado a todos.
Jorge Picado (4/4/2011)

Apenas para dizer que graças aos bons ofícios do exímio co-editor Carlos Vinhal, acabo de informar a Presidência da República que subscrevo a excelente exposição do CAMARIGO MEXIA ALVES. Farei os possíveis para comparecer.

Jorge Picado

Manuel Bernardo (4/4/2011)

Sobre a carta aberta referida informo que subscrevo o seu conteúdo, acrescentando o seguinte:

- Lembro a maneira digna como decorreram as comemorações do Dia de Portugal no ano passado, em Faro (minha terra natal), onde se realizou, pela primeira vez, um desfile de antigos combatentes, integrado nas cerimónias oficiais.

- Recordo que há alguns anos, quando estava em discussão a cerimónia de homenagem aos militares falecidos na Guerra do Ultramar, em 10 de Junho, eu e bastantes oficiais (um deles foi o General Ricardo Durão, com tomada de posição pública na Imprensa), se manifestaram a favor de que o Dia do Combatente devia ser o 10 de Junho e não o 9 de Abril. Nesta data incompreensivelmente é comemorada uma derrota na Batalha de La Lys. Assim a proposta de Mexia Alves vem no sentido de se comemorar o Dia do Combatente em 10 de Junho, Dia de Portugal.

Cor Ref Manuel Bernardo
António Carvalho (4/4/2011)

Caro Mexia Alves:

Concordo em absoluto com a ideia: mostrar no 10 de Junho que, obrigados ou não, estivemos lá, mioritariamente pensando que aquele era o caminho certo e prestar homenagem aos nossos camaradas que por lá deixaram as suas vidas, desfilando ante eles.

Um abraço
Carvalho de Mampatá

Amsoares (5/4/2011)
Camarigo Joaquim.

Já subscrevi a carta no site da Presidência. Vamos em frente. Temos de fazer ouvir a nossa voz e a razão que nos assiste.

Um abraço, 
Artur Soares
José Barros (5/4/2011)
Caro amigo

Parabéns pela carta aberta ao Presidente. Já subscrevi a tua carta no site da Presidência. Se formos ouvidos,lá estarei para honrar a memória dos que partiram e mostrar a todos quantos desdenham, que temos orgulho em ser ex-combatentes.
Um abraço
J.Barros
 José Câmara (5/4/2011)

Caro amigo Mexia Alves,

Acabei de subscrever a tua mensagem no site da Presidência. Muitas têm sido as vezes que aqui, nos States, tenho participado nas paradas do dia de Portugal. E continuarei a fazê-lo sempre que tiver oportunidade para tal.

Um abraço amigo,
José Câmara
José Câmara

Desculpem...a americanice "paradas". Deve ser substituída por "desfiles".
José Câmara
João Moura

Subscrevo totalmente a iniciativa. Também já subscrevi no site da Presidência e gostaria que todos dissessem presente nesse dia. Um abraço a todos os Camaradas.

João Moura
Ex-Furriel Mil.CCS/BCAV 2922
Piche - Guiné 1970/72
Luís Dias (5/4/2011)

Camarigo Joaquim Mexia Alves

Concordo contigo plenamente. Só hoje tive possibilidades de vir ao blogue da nossa Tabanca Grande e enviar-te um abraço, daqueles fortes, daqueles feitos com o calor da Guiné, com a convicção de um combatente. O meu obrigado.
Luís Dias

PS -  Apenas um senão, que não tem nada de importante. Tu és Tenente na disponibilidade. Os Alferes foram todos promovidos uns tempos depois. Se consultares a tua folha militar, lá deve estar essa promoção.
Abreu dos Santos (senior) (5/4/2011)

... permita-me o venerável segundo-sargento miliciano na disponibilidade Fernando Almeida, que serviu na CCac 2590/CCac 12 – portanto, camarada-de-armas do fundador/editor-mor deste blogue –, o seguinte reparo.

Quer fazer passar a [errada] ideia, que o «Memorial não foi Edificado nem rectificado pelo Actual Comandante Supremo das Forças Armadas». E que teria esse falso pretexto, a ver para "apreciação da causa"?

Mas não seja por isso! Sucede que, a personificar responsabilidades por actos ou abstensismos, o "actual" Chefe do Estado e (por inerência) Comandante Supremo das Forças Armadas, nos idos da década de 1990, era 'de facto' e 'de jure' o responsável pelo Governo que disponibilizou importantes verbas e apoios, permitindo à Comissão Organizadora e Executiva, presidida pelo general Altino Amadeu Pinto de Magalhães, então presidente da direcção-central da Liga dos Combatentes, concretizar aquele Monumento Nacional Aos Combatentes do Ultramar.

Afinal, ao que veio o seu comentário: subscreve a "Carta Aberta" de autoria do camarada Mexia Alves? não subscreve?

Renovo o meu apoio, sem quaisquer reservas.
João Carlos Abreu dos Santos
(RMA Nov71-Mar74)
 António Paiva (5/4/2011)

Caro Joaquim M Alves

Sobre a tua carta, já assinei por baixo no Site da Presidência.

No 10 de Junho lá estarei.

Um Abraço
António Paiva
antonio barbosa (5/4/2011)

Companheiro Mexia Alves,

Subscrevo e assino por baixo a carta enviada a Sua Ex. o Presidente da Republica, era bom que todos nós tivessemos consciencia de que O QUE NOS UNE É MUITO SUPERIOR AO QUE NOS DIVIDE, nunca por nunca ser deixaremos que meia dúzia de politicozecos de meia tigela consigam aquilo que há muito pretendem que é o alterarem a história de uma NAÇÃO e quer eles gostem ou não nós os COMBATENTES fazemos parte integrante dela, nos próximo 10 de Junho iremos mostrar do que somos feitos e iremos a Belém prestar homenagem aos nossos mortos e desfilaremos com honra e orgulho VIVA PORTUGAL

ANTONIO BARBOSA 
Ex-Alf Mil Op Esp
Guine 73/74
jose almeida (6/4/2011)

João Carlos Abreu dos Santos:  Por lapso disse que sou 2º Sarg Mil na Disponibilidade quando na verdade fui colocado na Reserva Teritorial em 1982.

As verbas avultadas, para erguer o  monumento, foram angariadas por: Ministério da Defesa,Chefe do Estado Maior das Forças Armadas,todos os Ramos das F. Armadas. Donativos individuais de Associações de Combatentes, Núcleos da Liga de Combatentes, Autoridades Locais e Empresas Diversas.
O seu a seu dono.

À questão que me coloca,continuo a afirmar todo o meu apoio à iniciativa do Mexia Alves. Os Ex-Combatentes merecem um dia dedicado à sua memória, Discordo que seja o dia 10 de Junho, que já é o Dia das Comunidades Portuguesas, que muitos que combateram ao nosso lado,estejam na Indía ou Macau, consideram que fazem parte de uma Comunidade.
Fernando Almeida
Abreu dos Santos (senior)  (6/4/2011)

Fernando Almeida,

De facto, o seu a seu dono. E é bom que, tal como eu de há muito o saiba, também conheça e aqui venha de novo escrever sobre a Monumento Nacional, deixando boa nota de quem o financiou: seja, o Ministério da Defesa Nacional, do Governo chefiado por Aníbal Cavaco Silva; sejam, as chefias dos Estados Maiores dos três Ramos das Forças Armadas, de reporte àquele mesmo Ministério, do governo de Cavaco Silva; seja, a Liga dos Combatentes, sob tutela pessoal do ministro da Defesa Nacional, do governo de Cavaco Silva, e os diversos núcleos regionais daquela Liga; sejam, algumas (poucas então existentes) Associações de Veteranos da Guerra do Ultramar. Tudo isso, e muito mais, desde há quase três anos se encontra disponível ao público no sítio ultramar.terraweb.biz/MonumentoNacionalCombatentesUltramar_ReptoAntonioAlmeida.htm#Do_Veterano_de_Guerra

O "10 de Junho", em momento muito anterior ao derrube da Monarquia já era considerado como "Dia de Camões" e "Feriado Nacional". Na sucedânea República, continuou a ser celebrado como Dia de Camões e, também, considerado Feriado Nacional, ao que acresceu a partir de 10 de Junho de 1920, inclusivé, a celebração do "Dia do Combatente": veja-se a sessão solene levada a efeito, naquele dia, na Sociedade de Geografia de Lisboa, presidida pelo maçon António José de Almeida, presidente da República.

Posto o que, nem a data é "invenção" do regime republicano; nem do regime dito "salazarista". Apropriação e manipulação, isso sim, a diluição das cerimónias nacionais desse Dia 10 de Junho, com a adenda "das Comunidades Portuguesas", cuja subjacente ideia (de um governo soarista) nada tem a ver com a devida homenagem aos outros Portugueses, nascidos em outros latitutes e longitudes, que (lembra muito bem) «combateram ao nosso lado».

Quanto ao dia 9 de Abril, nunca foi considerado feriado nacional: é data que tão somente faz parte das celebrações estatutárias da Liga dos Combatentes. Não recorda qualquer brilhante actuação de Portugal e dos seus combatentes. Pelo contrário, recorda a hecatombe da frente portuguesa em La Lys. Já muito se escreveu, e ainda virá a ser escrito, sobre o assunto, sendo estulto aqui estar a expôr opinião quanto àquele infausto acontecimento. Ademais, até ao momento os dirigentes da Liga dos Combatentes (direcção central), à parte honrosas excepções, não viram com bons olhos, sequer apoiaram, pós-25 de Abril, quaisquer celebrações do "10 de Junho" como "Dia do Combatente".

Para saber mais, sugere-se visita ao sítio
ultramar.terraweb.biz/Celebracoesdo10JUN/Celebracoes_EncontrosNacionais_LX

Cpts
JCAS
[ Revisão / fixação de texto: L.G.]
_______________

Nota do editor: