quarta-feira, 24 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4568: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (11): Um modelo de gestão de conflitos: Vasco da Gama, Luis Rainha, Rui Ferreira...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 >Da esquerda para a direita: Luís Rainha, Vasco da Gama, Rui Ferreia e António Carvalho > Um dos passos importantes para a resolução construtiva de um conflito é evitar a fulanização e as situações em que é preciso "salvar a face", tipo "Com aquele gajo, só por cima do meu cadáver"...


Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 >Da esquerda para a direita: António Carvalho, Rui Ferreira, Luís Rainha e Vasco da Gama... Ao fundo, do lado direito, o Francisco Godinho (que mora no Seixal) , ex-Fur Mil, CCAÇ 2753, Madina Fula, Bironque, K3 e Mansabá... (Julgo que não se deu conta desta animada negociação de paz, da iniciativa do Vasco).

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 >Da esquerda para a direita: Luís Rainha, Vasco da Gama, Rui Ferreia e António Carvalho...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita: Luís Rainha, Vasco da Gama, Rui Ferreia e António Carvalho > Diz o provérbio popular: "Os homens conhecem-se pelas palavras e os bois pelos cornos"...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 >Da esquerda para a direita: Luís Rainha, Vasco da Gama, Rui Ferreia e António Carvalho > Fnalmente, o bacalhau da reconciliação e da paz, acarinhado pelo Vasco, testemunhado pelo Carvalho e fotografado pelo Luís Graça...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > (*) Julgo que foi aqui, pela primeira vez, que se encontraram, face a face, o Luís Rainha e o Rui Ferreira, em tempos protagonistas de um conflito, que teve por origem uma troca de nomes no livro do último, Rumo a Fulacunda (2ª edição, Viseu, Palinage, 2003, pp. 106/107). O Luís publicou no nosso blogue uma carta de protesto, o Rui por sua vez reconheceu e procurou reparar o erro (*)... Conversaram então os dois, inclusive, ao telefone.

Isto passou-se em Agosto de 2008. O Carlos Vinhal, que estava nesse mês de serviço, como editor, lidou de maneira impecável e exemplar com esta situação difícil e potencialmente explosiva... O assunto ficou encerrado. Faltava, no entanto, o tête à tête, e o abraço de reconciliação...

O nosso IV Encontro Nacional foi o pretexto para o Vasco, amigo de infância do Luís, pôr os dois a falar e a esclarecer o que ainda havia a esclarecer e dar, por fim, o abraço (ou pelo menos o bacalhau) da paz...

Admirei, aplaudi e registei não só o gesto do Vasco da Gama, como a postura dos dois protagonistas, Luís Rainha e Rui Ferreira... (Na utilíssima presença, diga-se de passagem, do António Carvalho, ex-Fur Mil Enf da CART 6250, Os Unidos de Mampatá, Mampatá, 1972/74, hoje autarca em Gondomar, e habituado também ele a lidar com conflitos e suas sequelas).

Não é fácil, na vida real, gerir conflitos, não fácil a negociação, não é fácil arbitrar conflitos... Fica aqui o exemplo, vivo e didáctico, de que na nossa Tabanca Grande nós fomos capazes, quase sempre, de resolver de maneira construtiva e sem mágoas as nossas pequenas guerras, pessoais ou grupais...

Falo em bacalhau da paz por que tanto o Vasco como o Luís são da Figueira da Foz, cidade com gloriosas tradições na pesca e na conservação do bacalhau. Aém disso, o pai do Vasco era muito amigo do pai do Luís, o Dr. Rainha, médico de saúde pública e autoridade de saúde na Figueira... A amizade entre os dois estava muito para laém das suas posições públicas e políticas. O pai do Vasco era um homem da oposição democrática e republicana. O pai do Luís era um homem do sistema vigente.

É agora a boa altura para convidar o Luís Rainha a formalizar a sua entrada na nossa Tabanca Grande. Segundo elementos apurados pelo Carlos Vinhal que na altura lidou, com sabedoria, lisura e isençã, esta história, o ex-Alf Mil Luís Rainha teve o seguinte percurso militar:


(i) Além do Curso de Oficiais Milicianos, fez um estágio de Educação Física Militar e frequentou também com aproveitamento o Curso de Operações Especiais, em Lamego;


(ii) Foi colocado no Regimento de Cavalaria 7, em Lisboa;


(iii) Incorporado no BCAV 705/CCAV 704, foi mobilizado para a Guiné (1963/66);


(iv) Os primeiros meses passou-os na CCAV 704 e os restantes nos Comandos do CTIG, em Brá;


(v) Foi formado pelos então Major Monteiro Dinis, Cap Nuno Rubim, Alf Mil Justino Godinho, Pombo dos Santos e Maurício Saraiva, Sargento Mário Dias e Furriel Miranda (participantes na mítica Op Tridente, Ilha do Como, Jan/Mar 1964, com excepção dos dois primeiros);

(vi) Foi Comandante do Grupo de Comandos Centuriões, de que fez parte o nosso Amadu Djaló;

(vii) foi contemporâneo dos Alf Mil Cmd António Vilaça, Neves da Silva, Vítor Caldeira, Virgínio Briote e do então Cap Comd Garcia Leandro (hoje Maj Gen, reformado);


(viii) foram-lhe atribuídos dois louvores, um ao serviço do BCAV 705 e outro ao serviço dos Comandos do CTIG atribuído pelo Comandante Militar da Guiné;


(ix) mais tarde foi condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª Classe, por feitos em combate.

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Nota de L.G.:

(*) Vd. postes de:

29 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3155: Ainda o "Rumo a Fulacunda" e o ex-Alf Mil Luís Rainha (Carlos Vinhal/Luís Rainha/Rui Ferreira)

22 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3144: Dando a mão à palmatória (15): Alf Mil Rainha era comandante do Gr Cmds Centuriões (Rui A. Ferreira)

Vd. também:

17 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1285: Bibliografia de uma guerra (14): Rumo a Fulacunda, um best seller, de Rui Alexandrino Ferreira (Luís Graça)

1 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1718: Lendo de um fôlego o livro do Rui Ferreira, Rumo a Fulacunda (Virgínio Briote)

Guine 63/74 - P4567: Memórias do Chico, menino e moço (Cherno Baldé) (2): Cambajú, uma janela para mundo

Guiné > Zona Leste > Contuboel > Tabanca dos arredores > CCAÇ 2479 (1968/69) > Centro de Instrução Militar > Um instruendo, de etnia fula, cuja identificação se desconhece...

A placa rodoviária assinala alguns das povoações, mais importantes, mais próximas, a norte: Ginani (17 km), Talicó (22 km), Canhamina (27 km), Fajonquito (30 km), Saré Bacar (39 km), Farim (96 km)...


Foto: © Renato Monteiro (2007). Direitos reservados.




1. Publicação da segunda de cinco pequenas histórias que o Cherno Baldé, novo membro da nossa Tabanca Grande, nos enviou, com memórias da sua infância e adolescência (*):


CAMBAJU: O primeiro contacto com o mundo exterior

por Cherno Baldé


Em Cambajú, pequeno centro comercial, começou o despertar da minha infância, altura em que, saído da pequeníssima aldeia de Sintchã Samagaya, fundada por meus pais, aterrei-me numa aldeia de muito maior concentração de moranças e de gente.

Cambaju estava situada mesmo na linha da fronteira com o Senegal, o que lhe emprestava um certo ar cosmopolita onde se cruzavam pessoas de várias origens e destinos e um certo movimento de vaivém de pessoas e mercadorias com as suas três ou quatro casas comerciais, algumas pequenas boutiques e o contrabando pra cá e pra lá das duas fronteiras.

O meu pai era encarregado de uma das casas de comércio, e aquele movimento a que não estava habituado, fascinava-me e me prendia a atenção ao lado do meu pai ocupado a atender as pessoas que vinham comprar mercadoria diversa. Ele nunca tinha tempo para mim e as minhas inúmeras perguntas.

Junto ao balcão, havia um velho aparelho de rádio que ora passava músicas do Mali em língua Bambara ora transmitia discursos intermináveis em Surua (Olof). Eu não gostava nem de uma nem de outra, todavia queria saber como é que aquelas pessoas tinham conseguido entrar lá dentro daquela caixa pequena e ficar por lá durante todos esses dias a falar e a cantar sem precisar de água ou comida, era a questão que me intrigava.

Todavia o meu pai não respondia às minhas questões ou porque não tinha tempo a perder comigo ou porque também tinha lá as suas dúvidas não esclarecidas, normais, na altura, para um aldeão iletrado como ele, mesmo trabalhando para gente da cidade. Quando não negociava com os comerciantes ambulantes que traficavam para o Senegal, atendia as mulheres que pediam conselhos sobre a escolha de tecidos para as próximas festas, no meio de risos e galanteios banais.

Ele tinha um jeito especial de atender as mulheres e via-se mesmo que o fazia com muito prazer. As mulheres, também, ao que parece, não eram indiferentes à simpatia do meu pai que todos consideravam um homem bem parecido. Ele raras vezes ficava irritado o que só acontecia quando alguém, de forma inesperada, mudava a sintonia do rádio e sobretudo se calhava que fosse a rádio da Guiné-Conakri onde de repente explodia a voz imponente de Sékou Turé.

Não era segredo para ninguém que as autoridades coloniais portuguesas não apreciavam aqueles que ouviam esta rádio e o meu pai, certamente, fazia parte das pessoas de bom senso. Ele tinha consciência clara da importância da formação escolar, numa altura em que o analfabetismo e o obscurantismo eram dominantes e se fazia sentir a entrada em força da religião islâmica na sua forma mais primitiva e intolerante importada por homens semi-letrados de Futa Toro e Futa Djalon.

Uma vez, ouvi-o lamentar, numa conversa com a minha mãe, a sua condição de analfabeto, pois este facto aprofundava a sua dependência e impotência 'vis a vis' dos seus patrões que vinham executar balanços regulares e que, não raras vezes, elogiavam seu desempenho financeiro, sem qualquer contrapartida, certamente, devido aos enormes lucros acumulados, numa zona de fronteira aberta ao tráfico e contrabando de mercadorias e de câmbio de divisas dos dois lados.

Esta constatação não será alheia ao facto de o nosso pai, insistir mais tarde, apesar da adversidade do ambiente reinante, na nossa educação escolar, já em Fajonquito, para onde o meu pai foi transferido, precisamente para trabalhar numa loja ainda mais importante, em jeito de prenda pela sua dedicação, mas também porque o acesso à localidade de Cambaju estava cada vez mais perigosa devido aos ataques e minas colocadas pelos guerrilheiros na estrada que ligava Fajonquito a Cambajú.

Cherno Abdulai Baldé, Chico
Natural de Fajonquito,
Sector de Contuboel, Região de Bafatá

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Nota de L.G.:

(*) Vd. postes anteriores:

19 de Junho de 2009 >Guiné 63/74 - P4553: Memórias do Chico, menino e moço (Cherno Baldé) (1): A primeira visão, aterradora, de um helicanhão

18 de Junho de 2009 >Guiné 63/74 - P4550: Tabanca Grande (153): Cherno Baldé (n. 1960), rafeiro de Fajonquito, hoje engenheiro em Bissau...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4566: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (10): Obrigado, camarigos!... Obrigado, António Bonito! (Joaquim Mexia Alves)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > (*) O grito do ranger... No grupo, reconheço, da esquerda para a direita, o Luís Raínha, o Casimiro Carvalho, o J. Mexia Alves, o José Pedro Neves, o António Pimentel (de que só se vê a cabeça, entre o Mexia Alves e o Pedro Neves), o Santos Oliveira (de boina), o Benjamim Durães e o Eduardo Magalhães Ribeiro. Cada um da sua época e sítio: o mais antigo é o Santos Oliveira, e o mais pira dos piras, o Eduardo, o nosso pira de Mansoa (embarcou para a Guiné já depois do 25 de Abril de 1974)...

Vídeo (12''), fotos e legendas: © Luís Graça (2009). Direitos reservados

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O homem da massa, graveto, grana, carcanhol, guita, patacão, milho, maçaroca, cheta, caroço, arame, arjã, cacau, pastel, vil metal, tusto, cobres, prata, lecas, nota preta, papel, aquilo-com-que-compram-os-melões (como é rica, ao menos, a língua da gente!)... Na hora da dolorosa, passaram-lhe pelas mãos, dele Joaquim e dos seus ajudantes, cerca de 4 mil aéreos... Não faltou um cêntimo...


O Nelson Domingues (Monte Real / Leiria), membro da nossa Tabanca Grande e hoje advogado estagiário, fez questão de se inscrever no nosso IV Encontro Nacional, homenagenando mais uma vez a memória do seu tio, Manuel Sobreiro, Alf Mil de Minas e Armadilhas, CART 1612 (1967/69), morto numa acidente com um granada defensiva, em Mampatá, em Fevereiro de 1968... Ele é um exemplo extraordinário de dedicação a uma causa, a da preservação da memória do seu tio, o Sobreirito, natural de Leiria.

O Joaquim Mexia Alves, recebendo o patacão de um Homem Grande, António J. Pereira da Costa, que mais uma vez veio ao nosso encontro, com a sua amável esposa, Isabel (esteve na Guiné, entre 1972/74, e nomeadamente em Mansoa: também já a desafiei a escrever sobre esse tempo e lugar...).

O meu querido amigo e camarada da CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71), o ex-Fur Mil Trms, José Fernando Almeida que veio com a sua Suzel (vivem em Óbidos e vão organizar para o ano o convívio da malta de Bambadinca 1968/71, CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 12 e outras subunidades).


O ex-Fur Mil António Sousa Bonito, do Pel Caç N 52, que esteve no Mato Cão, com o Joaquim Mexia Alves...(Aqui à conversa com o Jaime Machado, ex-Alf Mil Cav do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70, que o J. L. Vacas de Carvalho foi substituir...

O Bonito pertenceu originalmente à CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo (1971/74), companhia a que pertenceu ao nosso tertuliano nº 2, o Sousa de Castro, que infelizmente não pôde vir este ano ao nosso Encontro... O Bonito, que vive em Montemor-O-Velho, veio de propósito fazer uma surpresa ao Joaquim... Também falei com ele sobre a CCAÇ 12 do seu tempo... Gostaria de o convidar para ingressar no nosso blogue.

O sempre bem disposto J. Casimiro Carvalho, ex-Pirata de Guileje (CCAV 88350, 1972/74), com outro ranger de Lamego, o nosso Joaquim...


1. Mensagem do Joaquim Mexias, elemento da Comissão Organizadora do Nosso IV Encontro Nacional:

Meus caros camarigos

Já agradeci via mail, ao Carlos Vinhal, ao Miguel Pessoa e ao Luís Graça, a festa linda que tivemos no Sábado dia 20.

Dizia-lhes eu que recebi alguns elogios, mas que todos lhes eram devidos.

Vós, meus camarigos, não fazem ideia do trabalho que o Carlos Vinhal teve na organização e acerto das inscrições, dos nomes das dormidas! Quantos telefonemas e mails a marcar e desmarcar, a dar nomes só com nome próprio e por aí fora!

Vós não sabeis também da dedicação e trabalho do Miguel Pessoa, em não querer que nem um só ficasse sem cartão de identificação e preocupando-se se os nomes dos camarigos, mas também das camarigas, estavam certos!

E ainda foi fazer mais uns cartões para colocar nas portas da Pensão de modo a que cada um “não se enganasse” no seu quarto!

Vós não sabeis que o Luís Graça andou nestes últimos dias por esse Portugal fora, mas sempre deixando uma mensagem, uma lembrança, uma palavra, um estímulo, um elogio!
Sempre com uma calma impressionante, uma sensatez cativante, um apoio permanente!

Por isso lhes enviei a minha mensagem de agradecimento, mas quero, (se eles me permitirem), deixá-la aqui publicamente.

E a vós todos camarigos que responderam á chamada, com o vosso empenho, com a vossa boa vontade em achar tudo muito bem, com as vossas histórias, fazendo história, o meu obrigado também!

E às vossas camarigas, que arrostaram com o sol, que arrostaram com as histórias intermináveis e tantas vezes repetidas, mas que emprestaram a graça e a beleza ao nosso almoço, o meu agradecimento profundo!

E a vós também camarigos, que ficaram por lá, porque não puderam vir certamente, com grande pena vossa e nossa também, o meu obrigado porque estivestes connosco no pensamento, no coração, nas histórias contadas!

Pois é, estes encontros, têm muito de tudo, e sobretudo têm muito de emoção.

O Carlos Vinhal pregou-me uma surpresa como poucas vezes tenho tido! Escondeu-me sempre, colocando apenas parte do nome, a presença no almoço do meu Furriel António Bonito! Ia-me matando do coração!!!

Disse-o então e digo-o agora: Se alguma sanidade mental conseguia manter, devo-o à presença do Bonito, e à sua companhia no Mato Cão!

Não preciso de estar com ele muitas vezes, nem ele comigo, para ambos sabermos que em cada uma das nossas vidas há um quarto, há um espaço, que tem o nome de ambos gravado.

A guerra tem destas coisas, constrói amizades, que vão para além do tempo, do espaço, do encontro.

Obrigado Carlos Vinhal, obrigado António Bonito!

Como a Tabanca não deve ter outra fotografia do Fur Bonito aqui deixo esta no Mato Cão, ao fim da tarde, quando o sol se punha e a melancolia atacava... (Foto à esquerda, do JMA).


Já sei que devem estar a dizer ao lerem isto:
- E o gajo, que não lhe desse para o sentimento!!!

Abraço camarigo do tamanho do sentimento que nutrimos uns pelos outros, por Portugal e pela Guiné.

Joaquim Mexia Alves

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Nota de L.G.:

(*) Vd. último poste da série > 23 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4565: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (9): Em busca de letras de fado, perdidas no restaurante da Quinta do Paúl (José Brás)

Guiné 63/74 - P4565: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (9): Em busca de letras de fado, perdidas no restaurante da Quinta do Paúl (José Brás)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O José Brás (Montemor-O-Novo) e o José Rocha...

Tive muito gosto em reencontrar o José Rocha, ex-Alf Mil, CART 2410, Os Dráculas (unidade que esteve em Guileje, entre Junho de 1969 e Março de 1970). Conheci-o no Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de Março de 2008). É um homem do norte (Penafiel, creio eu). Presumo que se tenha inscrito no nosso IV Encontro à última hora, uma vez que não tinha visto o seu nome na lista dos participantes.

O Vasco da Gama (que veio da Figueira da Foz, que tem estado adoentado, e que perdeu entretanto ums bons 14 quilinhos) em amena conversa com o José Brás, autor da nova série Vindimas e Vindimados. Recorde-se que o José Brás, ex-Fur Mil da CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68, é autor de um premiado romance, de 1986, Vindimas no Capim (Lisboa, Europa-América). Pertenceu aos quadros da TAP, tal como outros camaradas nossos (por exemplo, Mário Fitas e Alberto Branquinho, dois outros escritores (autores com livros publicados...) que honram a nossa Tabanca Grande, a par do Beja Santos, do António Graça de Abreu, o Abel Rei, o Manuel Traquina, o Jorge Cabral, o Rui Ferreira, o Coutinho e Lima, o Manuel Basto, etc. - cito de cor, estou de certo a omitir alguém).


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2009). Direitos reservados

1. Mensagem de ontem enviada pelo correio interno da nossa Tabanca Grande, pelo Carlos Vinhal:

Caros Camaradas e amigos que estiveram no IV Encontro (*)

Atentem por favor ao mail do nosso camarada José Brás e, se alguém tiver em sua posse os textos referidos, por favor façam-nos chegar a ele, pois são importantes.
Agradecemos a pois a vossa atenção.
Um abraço

Carlos Vinhal

2. Apelo, do José Brás

Carlos:

Anteontem em Ortigosa ofereci ao Vasco da Gama um grupo de textos em A4 sob o título genérico “Fado Contraditado”.

Ontem ele informou-me que haviam desaparecido no restaurante, julgando ele que alguém os terá guardado.

Desses 10 textos, 2 farão parte do próximo disco do Carlos do Carmo e outros (não todos) ficarão com uma fadista jovem.

Naturalmente que não tem qualquer problema o desaparecimento e, se foi alguém que gostou, até é bom. Eu mesmo terei muito gosto em oferecer exemplares a quem os pedir. Necessito é de ter a certeza de que não serão mal utilizados uma vez que envolvem terceiros por quem tenho enorme estima.

A esperança é que alguém diga que os tem e que, portanto, estão em boas mãos. Por isso te peço a gentileza de fazer sair isto, dentro das disponibilidades, o mais rápido possível.

Um abraço
José Brás

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Nota de L.G.:

(*) Vd. último poste desta série > 23 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4564: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (8): Gente de Norte a Sul (Luís Graça)

Guiné 63/74 - P4564: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (8): Gente de Norte a Sul (Luís Graça)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > (*) O casal Vinhal, Carlos e Dina (Leça da Palmeira / Matosinhos) numa pose descontraída... O Carlos, bem como o Joaquim e o Miguel, da Comissão Organizadora, estão de parabéns, por que tudo correu sobre rodas, e a comida este ano melhorou, em termos de diversidade e qualidade, relativamente ao ano anterior (dizem os críticos, que eu pouco comi, atarefado como estive em fotografar e interagir com os participantes do evento)...

O António Baptista (o eterno morto-vivo do Quirafo) veio de Matosinhos... O Valentim Oliveira e a sua linda neta, de 16 anos, vieram de Viseu...( O Valentim estava felicíssimo, agora que recuperou do seu problema de saúde).

O Jorge Picado (Ílhavo) e o Idálio Reis (Cantanhede)... Dois engenheiros agrónomos, de profissão...

O Amadu Djaló (Lisboa), o Coutinho e Lima (Lisboa), o Virgínio Briote (Lisboa) e, de costas, o António Carvalho (que veio de Gondomar, com a sua Maria de Fátima.

O Álvaro Basto (Leça do Balio / Matosinhos) que veio de férias, do Algarve com a sua Fernanda, aqui à conversa com o Artur Soares (Figueira da Foz)... Ambos pertenceram à mesma companhia (CART 3492, Xitole, 1972/74)... O Álvaro é, além disso, o régulo da Tabanca de Matosinhos e, nas horas vagas, toca viola.
O Fernando Gouveia (ex-arquitecto na Câmara Municipal do Porto) e a esposa, Regina (Porto)... Desafiei a Regina, que viveu em Bafatá (1968/70) a escrever, para o nosso blogue, histórias desse tempo... O Fernando foi Alf Mil Pel Rec Inf, em Bafatá (1968/70).

O João Seabra (advogado em Lisboa, ex-Pirata de Guileje, 1972/74) em briefing com o tenente general na reserva António Martins de Matos (Lisboa)... (Se não erro, o António é algarvio, e esteve na mesma altura, na Guiné, Bisslanca, BA 12, 1972/74; prometeu voltar para o ano).

Dois homens do mesmo curso da Academia Militar, o Miguel Pessoa (Lisboa) e o Pereira da Costa (Mem Martins / Sintra)... Um foi para a Força Aérea, outro foi para o Exército... O Perereira da Costa, amigo do meu amigo Tony Levezinho, tem-se interessado pelo caso do nosso António Baptista, cujo processo de pensionista está encalhado agora no Ministério das Finanças, ao que me diz o Álvaro Basto, "pai e mãe do Baptista" (sic).

O António Dâmaso, o único representante, no nosso convívio, do prestigiado Batalhão de Caçadores Pára-quedistas, BCP 12... É um alentejano de Odemira... Infelizmente, mal tive tempo de falar com ele... Aproveito para o convidar a aderir, formalmente, ao nosso blogue, com o envio de uma foto de antigamente + 1 história, como mandam as regras...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2009). Direitos reservados
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Nota de L.G.:

(*) Vd. último poste da série > 22 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4562: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (7): Tocámos certinho e dobrámos o Bojador...(David Guimarães)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Guiné 63/74 – P4563: Agenda Cultural (19): 2º Ciclo de Conferências “Memórias Literárias da Guerra Colonial”, 25 Junho (Amílcar Morais, António Brito)

CONVITE
Camaradas Tertulianos,

Trazemos ao vosso conhecimento mais este convite, para a vossa presença em mais uma intervenção, integrada no 2.º Ciclo de Conferências dedicado às "Memórias Literárias da Guerra Colonial”, desta vez proferida pelos nossos camaradas-de-armas Amílcar Ador Morais e António Brito.

Este evento vai decorrer no próximo dia 25 de Junho, pelas 19 horas, na Biblioteca-Museu República e Resistência/Grandela, em Lisboa, onde os oradores falarão sobre o tema: “Um pára-quedista em Moçambique / Um abraço a Moçambique”.

BIBLIOTECA-MUSEU REPÚBLICA E RESISTÊNCIA
ESPAÇO GRANDELLA
Estrada de Benfica, 419
1500-078 Lisboa
Telefone: 21 771 23 10

Um abraço,
José Paulo Sousa
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Nota de M.R.:

(*) Vd. poste anterior, desta série em:

Guiné 63/74 - P4562: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (7): Tocámos certinho e dobrámos o Bojador...(David Guimarães)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O nosso trio musical: Joaquim Mexia Alves, fadista; Álvaro Basto e David Guimarães, violas.

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Na hora da partida: o David Guimarães e a esposa, a Lígia (Espinho), o António Pimentel (Porto) e o Hernâni Acácio Figueiredo (Ovar) ...

Fotos: © Luís Graça (2009). Direitos reservados.

Imagem do Saara Ocidental, a caminho da Guiné-Bissau, depois de passar o Cabo Bojador e o Trópico de Câncer... (*)

Foto: © José Manuel Lopes (2009). Direitos reservados.

1. Mensagem do membro nº 3 da nossa Tabanca Grande, David Guimarães, tão antigo como o Luís Graça, o Sousa de Castro, o A. Marques Lopes...


Mais um sinal forte vindo da nossa Tabanca – a unidade na amizade e a quadra que eu lia bem e ouvia bem (mas era diferente) … Ler estava errado, ouvir estava.

Quando as coisas correm bem como que se diz – que bom, e basta, e vamos partir para outra…

É evidente que me quero hoje referir ao último Sábado onde a festa foi maior ainda – efectivamente a Tabanca está cada vez mais cheia e sempre bonita e de porta aberta – que para o ano aquele espaço que se abriu onde mais convivemos com as rações de reserva (Tipo L – L de luxo) seja ocupado por mais tertulianos e acredito mesmo que vai ser...

Foi um dia, como se costuma dizer, em cheio em que, terminada a operação, cada combatente chegou a casa feliz com a missão cumprida – parabéns à Organização que como sempre esteve impecável…

Quer dizer o ex-Furriel tal tal tal que sou eu – estou feliz por Sábado e a todos por aqui quero mandar aquele abraço, um abraço.

E agora…

Bem coube-me a mim a sorte, e ao Álvaro Basto, de ter a honra de acompanhar o fado Guiné – o Fado que é nosso já e que o Mexia Alves fez o favor de o escrever, e bem, a nosso contento. E, se melhor o escreveu, melhor o diz a cantar, ao ritmo do fado Primavera, claro – é o fado da Tabanca…

E agora: quando lá atrás estávamos a ensaiar, a escolher tons, fazer transposições, a acertar com a voz… aí mesmo eu ouvia o que não está aqui escrito no fado nem deveria estar…

Dobrado o Equador,
Ficou para trás o amor
Que então em ti vivia.


Aqui está escrito uma coisa que não foi escrita pelo Mexia Alves e que urge corrigir – e eu lá nos pormenores… É que nenhum de nós para a Guiné teve de fazer esse percurso – o Equador ficava bem mais abaixo, não muito mas um pedaço mesmo – e lendo dá a impressão que o Mexia foi dar essa volta toda – quando ele diz e muito bem e que além de certo é bem diferente claro.

Dobrado o Bojador,

E assim é que fica o Fado Guiné tal qual o autor o fez – é que do Bojador ao Equador vai então mais um pedaço que da Guiné lá mesmo também… E o que tenho receio é que alguém se acredite que passámos mesmo o Equador.

Vamos lá emendar a letrinha que o Mexia escreveu bem e cantou sempre bem, e quem o transcreve continua a passar mal o dito verso Dobrado o Equador que deve ser Dobrado o Bojador.

Desta vez estive mesmo atento – é que por norma quando tocamos queremos saber o tom e a música e estar com atenção ao andamento e aquele momento em que o fadista faz sinal que vai acabar….

E desculpem qualquer coisinha mas duas violas afinadas, uma em si e outra em lá (Álvaro Basto e eu) a acompanhar o Mexia que se tentava fazer ouvir e o coral das vozes à mistura – até esteve tudo muito certinho e acabou certo…

E quando é o Quinto Encontro?

Um abraço

David Guimarães

2. Comentário de L.G.:

Meu caro David:

Também dei conta do erro (de palmatória), mas não o corrigi logo... Não há dúvida que o J. Mexia Alves diz taxativamente BOJADOR, mas na letra do Fado da Guiné consta, de facto erradamente, o termo EQUADOR...

É um erro grosseiro, sistemático, resultante destas facilidades do Copy & Paste... Obrigado por estares atento, obrigado pela tua prestação musical (tua e do Álvaro), obrigado pelos teus comentários, obrigado pelo teu optimismo...

Perguntas-me pelo V Encontro... Ainda não fizemos o balanço do IV, mas posso dar-te a minha opinião: o mês de Abril é provavelmente o mais indicado para a realização do nosso evento... A partir de Maio, há inúmeros convívios do pessoal de unidades que passaram pela Guiné... De qualquer modo, ainda é cedo para tomar uma decisão... Vamos consultar a Tabanca Grande. Espero que para o ano tenhamos já a dimensão de um batalhão (500/600)...e possamos atingir a cifra dos dois milhões de páginas visitadas... Megalomania ? Não, estamos só a criar resiliência contra a crise...

Até lá, muita saúde e longa vida, mesmo se Deus não nos dá tudo...LG

_______________

Notas de L.G.:

(*) Vd. postes de:

15 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4033: De regresso a Mampatá (Zé Manel Lopes) (1): Da Tabanca de Matosinhos ao Cabo Bojador

15 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4034: De regresso a Mampatá (Zé Manel Lopes) (2): Do Trópico de Câncer à Mauritânia

(...) Continuação da publicação do diário de bordo do nosso camarada e amigo José Manuel Lopes, ex- Fur Mil, CART 6250, > CART 6250 , Os Unidos de Mampatá (Mampatá 1972/74)

(...) 23 de Fevereiro de 2009, domingo:

Partida pela manhã, após visita ao Cabo Bojador, pois quem o quiser passar terá de o fazer para além da dor. Não foi o caso e a viagem prosseguia com agrado de todos. E lá seguimos numa estrada paralela ao Atlântico, do outro lado o deserto, aqui e ali com muitos camelos. Uma vegetação muito pobre, que comem as cabras e bois que vimos pelo caminho? Um aspecto muito negativo, a quantidade de lixo que se encontra nas bermas da estrada.Passamos Dakla e em seguida cruzamos o Trópico de Câncer, justamente quando passavamos ao lado de Elargoub. Por aí o almoço, atum, enchidos e queijo. (...)


O Cabo Bojador, no Saara Ocidental, foi dobrado, pela primeira vez, pelo navegador português, em 1434, e por um grupo de 15 valentes marinheiros portugueses que assim desfizeram o mito do Cabo Não ou do Medo.

A Guiné-Bissau fica no hemisfério norte, portanto a norte da linha do equador...

(**) Vd. último poste de 22 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4560: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (6): De São Miguel, Açores, com emoção e amizade (Tomás Carneiro, CCAÇ 4745, 1973/74)

Guiné 63/74 - P4561: Blogpoesia (49): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (VI Parte): IV Dinastia (Brigantina) (até 1755)

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Cantanhez > Cadique > Destacamento da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610 (1972/74) > O novo cais de Cadique... Guiné-Bissau > Região de Tombali > Cantanhez > Cafal Balanta > Destacamento da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610 (1972/74) > "Foto tirada à partida de Sintex para Cufar ou Cadique em busac de correio e uns frescos... Estava vestido com a minha farda mais usual (fora do regulamento) e, para não destoar, as botas eram dos Fuzas (trpa extraordinariamente especial) a quem troquei (um sargento) por um par meu".

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Cantanhez > Cafal Balanta > Destacamento da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610 (1972/74) > "Parte da frota da Marinha de Guerra do PAIGC, algures no Cantanhez"...

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Cantanhez > Cafal Balanta > Destacamento da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610 (1972/74) > "Eis-me aqui devidamente uniformizado com fardamento do Exército Português, ams pago por mim, e onde até as divisas de bico para baixo lá estavam... Mais tarde, já depois do 25, haveriam de fazer com fizeram com tudo, virando-as do avesso, de bico para cima, ainda a propósito das ditas...

"Felizmente não sou desse tempo embora tivesse apanho um episódio cariacto que relatarei depois noutro local...

"E digo-as que as coloquei para não ser confundido com algum major general. Eram modestinhas mas merecidas"...

Fotos (e legendas): © Manuel Maia (2009). Direitos reservados.

____________


VI parte da História de Portugal em Sextilhas, escritas pelo Manuel Maia, licenciado em História (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74) (*).


QUARTA DINASTIA ("BRIGANTINA")


168-A nova Brigantina dinastia
qu´el rei D.João IV inicia,
de todos mereceu a confiança.
Em Cortes de Leiria se reitera
o apoio que o bom povo já lhe dera
por ser oitavo duque de Bragança...


169-Espanha instiga a lusa fidalguia,
usando o suborno como via
p´ra torpe e vil real conspiração.
Tramóia detectada, a forma achada
foi cepo e gume frio de uma espada,
salvou-se,apenas, bispo, com prisão...


170-É urgente defender a lusa terra,
daí preparativos para a guerra
que el-rei D.João IV impõe agora.
Matias de Albuquerque, indigitado
fronteiro-mor do reino restaurado,
arranca muito firme,sem demora...


171-Em Campo Maior cria um baluarte,
muralhas d´Olivença faz com arte,
prepara armada com mais caravelas.
Dez naus,quatro navetas,três fragatas,
com pinhos,cedros,destas lusas matas,
vilacondense é o pano cré das velas...


172-Empreender depressa a ofensiva,
ficar na rectaguarda à defensiva,
opiniões divergem, cada dia...
Fronteiro-mor avança,peito rijo,
bem junto a Badajoz,até Montijo
que cede ante a surpresa da ousadia.


173-Optou então Matias p´lo regresso
-garante não havia p´ro sucesso-
do ataque a Badajoz, com poucas gentes...
Molligen emboscou seus batalhões
que atacam furiosos,quais leões,
armados totalmente, até aos dentes...


174-Foi grande o dizimar no corpo luso,
deixando em euforia,mas confuso,
o imprudente Paco, distraído...
Reservas que esquecera, o luso tinha,
p´ra usar no seu avanço em toda a linha,
vencendo o que parecia estar perdido...


175-Urgia agora pois recuperar
perdidos territórios d´além-mar
que gentes holandesas usurparam.
D´Angola e S.Tomé se expulsou
piratas que o Brasil também expurgou,
e as terras ao pendão luso voltaram...


176-Colonos não respeitam liberdade
dos índios do Brasil,valha a verdade,
é urgente informar rei do incumprimento.
Do alto do seu púlpito, Vieira,
o padre Jesuíta, vê maneira
de criticar colonos no momento...

177-Com peixes vai fazer analogia
p´ra crítica mordaz que se pedia,
difícil e perigosa, impõe coragem...
Modelo de oratória foi então
de S.tº António aos peixes,um sermão,
colonos entenderam a mensagem...

178-Na teia das palavras a excelência,
é urdida com rigor e minudência,
Vieira quer sedosa e viva a escrita...
Estudo jesuítico é bagagem
do brilhantismo ímpar na linguagem
que o padre em seus sermões sempre exercita...

179-Passavam quatro anos sobre a data
do sacudir do jugo e malapata
do filipino mando em Portugal...
Marquês de Torrecusa vai cercar
a praça d´Elvas,p´ra fazer vergar,
mas lusos resistiram no local...


180-E quando D.João enfrenta a morte,
já o filho Teodósio, mesma sorte
tivera anos antes tão maldita.
Sucede-lhe Afonso, algo incapaz,
feitio airado,um jeito contumaz,
a ter por fado vida de desdita...


181-Catorze anos volvidos e de novo
a ideia de domarem este povo,
assalta os maus vizinhos cá da Ibéria...
Luis de Haro agora é o comandante
da numerosa força sitiante,
disposta a levar Elvas à miséria...


182-Cidade vê colinas ocupadas,
nascerem linhas bem fortificadas,
cercando o velho burgo, totalmente...
Durante o dia bombardeios vários,
co´a peste engrossam óbitos diários,
espectro do desaire é eminente...


183-Seria D.António de Meneses
a agrupar milhares de portugueses
p´ra ajuda aos elvenses, sitiados.
Vitória esmagadora lusitana
obriga Haro a fuga algo temprana,
total a humilhação dos derrotados...


184-Estrondosa esta vitória ganha asinha,
(marquês o fez depois, sua rainha...)
de Cantanhede é conde este Meneses.
D.Sancho Manuel é agraciado
de conde Vila Flor foi titulado
por infligir à Espanha tais revezes...


185-Castela, com João de Áustria, agora,
reverte a seu favor, e sem demora,
vitórias no contexto desta guerra...
Tomando Juromenha,Alter do Chão,
Monforte,Crato,Évora,acha então,
que é tempo de ocupar toda esta terra...


186-Do lado luso surge uma mudança,
pois Marialva deixa a liderança,
ignoram-se as razões do afastamento.
O conde Vila Flor vai p´ro comando
com Jacques Magalhães acolitando
ao lado de Schomberg e seu talento...


187-Caíram eborenses sitiados,
vem tarde Magalhães com seus soldados
bem como Vila Flor,Sancho Manuel.
Ameixial sorriu às lusa gentes,
fazendo os castelhanos mais descrentes
que largam cerco e fogem em tropel...


188-Bem junto a Borba,lá p´ra serra d´Ossa,
Castela,em Montes Claros, sofreu mossa,
pesada e decisiva,a derradeira.
Sete horas foi o tempo da peleja
que mostra um Marialva que deseja
provar supremacia da bandeira...


189-Marquês de Caracena,derrotado,
fugiu p´ra Badajoz, bem humilhado,
largando os presos feitos na jornada.
Os mortos que abandona, são milhares,
cavalos,asnos,centos de muares,
derrota fez ditar a paz selada...


190-Castelo Melhor logo se insinua
na vida do monarca que actua
de forma ao seu cognome fazer juz.
Nas linhas d´Elvas ou Ameixial,
em Montes Claros com vitória tal
que à paz definitiva,isso conduz.


191-El-rei Vitorioso ora retoma
a anglo aliança e paga soma
doando Tanger,também Mombaím.
Pesado dote p´ra irmã Catarina
a quem rumo da Albion determina,
casar-se com rei Carlos foi seu fim...


192-Afonso da cabeça era doente,
não tendo sucessor,por impotente (?),
daí medida imposta p´lo conselho.
O trono lhe é cassado e passa então
p´ras mãos de Pedro que era seu irmão,
p´ra este o conservar até ser velho...


193-A Pedro a força inglesa impõe tratado,
que obriga o reino luso a ser mercado
como absorsor da lã e seus tecidos...
E p´ro vinho do Porto há no momento,
promessa de um mesmo tratamento,
consumidores ingleses garantidos...


194-A Espanha luta pela sucessão,
inglese usam Pedro a peão
no jogo de xadrez que põe a nú,
que apoio ao austríaco intento,
apenas foi manobra de momento
pois ...já lhes serve mais Filipe Anjou...


195-Perdura impasse até surgir o dia
das partes requererem acalmia,
que UTRECHT desenhou em boa hora...
Mudança aconteceu em Portugal,
D. Pedro teve morte natural,
p´ro seu lugar o filho vem agora.

196-Seu nome era João,Quinto na História,
ufano peito tão prenhe de glória
que quer cumprir missão de Portugal.
Combate ao Otomano se sucede,
e entrando em Matapã, ao Papa acede,
destroça turcos em luta naval...


197-Magnânimo explora os diamantes
seguindo o pai que usara os bandeirantes
no avanço do Brasil, por terra adentro.
De Vera Cruz virá grande riqueza
p´ra dar à capital rara beleza
que a impõe na velha Europa,como centro...


198-Partiu então o rei p´ro eterno sono,
ficando D.José,filho, no trono,
sujeito à pombalina influência.
Impõe governação,dura,absoluta,
imprime a violência na conduta,
que aos Távoras tirou a existência.


199-Foi obra de Pombal a atrocdade
révanche ineludível,vil maldade,
manchando obra importante que deixou.
Sentida rejeição de amor sem sorte
gerou,para a família,ódio de morte,
que a História,horripilada, registou ...


200-Um forte abalo arrasaa capital
Lisboa vê ruir,para se mal,
as casas que se esvaem,por sumiço...
Desgraça vai mostrar à evidência
capacidade,engenho,inteligência,
do homem que o rei tinha ao seu serviço...


© Manuel Maia (2009)

[Fixação / revisão de texto: L.G.]

_________


Nota de L.G.


(*) Vd. postes anteriores desta série:

2 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4274: Blogpoesia (43): A história de Portugal em sextilhas (Manuel Maia)

3 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4278: Blogpoesia (44): A história de Portugal em sextilhas (II Parte) (Manuel Maia)

6 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4290: Blogpoesia (45): História de Portugal em Sextilhas (Manuel Maia) (III Parte): II Dinastia, até ao reinado de D. João II

15 de Maio de 2009 >Guiné 63/74 - P4351: Blogpoesia (47): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (IV Parte): II Dinastia (De D.Manuel, O Venturoso, até ao fim)

3 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4456: Blogpoesia (48): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (V Parte): III Dinastia (Filipina)

Guiné 63/74 - P4560: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (6): De São Miguel, Açores, com emoção e amizade (Tomás Carneiro, CCAÇ 4745, 1973/74)


Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Dois camaradas da CCAÇ 4745/73 - Águias de Binta (1973/74) que caiem nos braços um do outro ao fim de 35 anos!!!... O Tomás Carneiro (aqui à direita) veio expressamente da sua terra, São Miguel, para reencontrar-se com o seu amigo José Pedro Neves (e esposa, Ana Maria, primeira foto de cima) (*)

Fotos: © Eduadro Magalhães Ribeiro (2009). Direitos reservados

1. Mensagem do novo membro da nossa Tabanca Grande, Tomás Carneiro, residente em São Miguel - Região Autónoma dos Açores, e que pertenceu à CCAÇ 475/73:


Olá, amigos de ontem, de hoje e para sempre: neste momento ainda sinto um nó na garganta, mas estou teimoso, vou continuar a escrever. O ir [à Ortigosa], com a garantia de encontrar o meu amigo Pedro, deu-me uma força que não resisti, fui por aí fora, no sábado estava com os nervos à flor da pele, porque só conhecia o Pedro, e como falar com os amigos desconhecidos?

Mas estava seguro da minha muleta que era o Pedro,e aquele momento, que jamais esquecerei... u chego ao pé,ele olha-me, eu fico estático, dois palavrões e abraço, choro, tremideira sem articular palavra... Com a Ana foi o mesmo, não sei,fiquei atordoado, passaram-se 35 anos sem nos vermos depois relaxámos com o passar do tempo.

Pois é, meus amigos, aqui estou a agradecer todo o carinho que demonstraram por mim, fico agradecido pela atenção, e que eu possa corresponder às expectativas ontem criadas.

Um abraço para todos os camaradas, obrigado Vinhal pela persistência junto do Pedro, em ela não sei o que sentiria hoje.

telf. 296298757 (casa)
mail: tomascarneiro@sapo.pt

2. A Ana Maria acaba, por sua vez, de lhe mandar o seguinte mail:

Olá, Amigo Tomás.

Posso tratar-te assim?

Hoje quem escreve sou eu, Ana.

Obrigada por teres proporcionado um dia muito feliz ao meu marido.

Também gostei muito de te conhecer, és tal e qual a pessoa que o Zé Pedro me descrevia, pessoa simples e genuína, o Magalhães Ribeiro mandou as nossas fotos,
o que muito agradeço ao amigo de longa data, M.R.

Espero que haja muitos encontros desta natureza, foi um momento muito bonito, agradeço também ao amigo Vinhal, ele sabe o porquê...

Um beijo muito grande para ti, Tomás.
Da amiga Ana.

3. Comentário de L.G.:

No meio de tudo, não fora a insistência do Carlos Vinhal, o Tomás e José Pedro (e já agora, a Ana) ter-se-iam desencontrado... Enfim, tudo está bem quando acaba em bem... Foi uma feliz coincidência e o mínimo que se pode dizer é que o mundo é pequeno e o nosso blogue... é grande.

Quando cheguei a Monte Real, por volta das 11h de sábdo, fui directo à Pensão Rita, para estar com os elementos da Comissão Organizadora do nosso encontro (Carlos Vinhal, J. Mexia Alves e Miguel Pessoa), tendo-me deparado com o Tomás Carneiro que eu não conhecia pessoalmente e que confundi com...o pessoal de serviço na recepção... Imaginem!... Com o seu ar tímido, só mais tarde é que ele se deu a conhecer.... Em suma, uma das muitas histórias de emoção, amizade e camaradagem que aconteceram no sábado passado, no âmbito do nosso IV Encontro... Esta fica aqui sumariamente contada, para mais tarde... recordar. (**)

Vou só pedir ao Tomás mais alguns elementos informativos a seu respeito, e mais a concretamente algumas fotos da época em que esteve na Guiné (1973/74), para que a sua apresentação à Tabanca Grande fique completa. Para, para a o José Pedro e para a Ana (e para o fotógrafo de ocasião), um Alfa Bravo.
______

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 21 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4556: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (2): Os meus agradecimentos (José Pedro Neves, CCAÇ 4745, Águias de Binta )

(...) "Após 36 anos, rencontrar o Tomás Carneiro, que veio de propósito dos Açores - S. Miguel, sem me avisar, e que se colocou junto de mim, quando eu trocava umas palavras com outros camaradas e reconheci de imediato, como sendo um dos elementos da nossa CCaç 4745- Águias de Binta... O Tomás quis fazer-me esta surpresa e conseguiu, uma vez que ele sabia que eu ia ao Encontro Nacional e inscreveu-se à última da hora, para eu não ver o nome dele na lista de presenças e assim conseguir proporcionar o efeito surpresa. Obrigado por esta surpresa, Tomás!!!" (...)



(**) Vd. os outros postes anteriores desta série :

22 de Junho de 2009 >Guiné 63/74 - P4559: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (5): Esse nobre sentimento..., na voz do fadista J. Mexia Alves... (Luís Graça)

21 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4558: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (4): Até nem faltou o Lion Brand, o repelente antimosquito... (Luís Graça)

21 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4557: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (3): Um dia caloroso, em que fizemos novos amigos (Joaquim e Margarida Peixoto)

21 de Junho de 2009 >Guiné 63/74 - P4555: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (1): Muito calor físico e humano... (Luís Graça)

Guiné 63/74 - P4559: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (5): Esse nobre sentimento..., na voz do fadista J. Mexia Alves... (Luís Graça)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O J. Mexia Alves (de pé), o Álvaro Basto (viola) e o David Guimarães (viola) - estes dois, artistas privativos da Tabanca de Matosinhos, a quem agradecemos a borla -ensaiam o momento musical da tarde...

Desta vez falharam outros artistas que podiam ter abrilhantado ainda mais o memorável encontro que foi o deste ano (dizem os participantes...). Refiro-me a Abílio Machado, J. L. Vacas de Carvalho, Jorge Félix, entre outros, artistas de reconhecidos méritos que este ano não puderam comparecer.

A acústica da sala é péssima, o ruído ambiente impróprio para se ouvir o fado mas mesmo assim o fadista (*) vai tudo o que pode para agradar às damas presentes...



Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Joaquim Mexia Alves, cantando o Fado da Guiné (letra do próprio; música do Fado Primavera, de Pedro Rodrigues) . Acompanhamento à viola: Álvaro Basto e David Guimarães, artistas da Tabanca de Matosinhos. A na mesa ao lado, à direita, uma espectadora muito atenta, a bajuda mais nova do nosso convívio, a neta e secretária, de 16 anos, do Valentim Oliveira (Viseu) (**)...

Foto e vídeo (3' 42''): © Luís Graça (2009). Direitos reservados


Fado da Guiné

Letra (original): © Joaquim Mexia Alves (2007)
Música: Pedro Rodrigues (Fado Primavera)


Lembras-te bem daquele dia
Enquanto o barco partia
E tu morrias no cais.

Braço dado com a morte,
Enfrentavas tua sorte,
Abafando os teus ais.
(bis)

Dobrado o Bojador,
Ficou para trás o amor
Que então em ti vivia.

Da vida tens outra margem
Onde o medo é coragem
E a noite se quer dia.
(bis)

Aqui estás mais uma vez,
Forte, leal, português,
Sempre de cabeça erguida.

Não te deixas esquecer,
Nem aos que viste morrer
Nessa guerra em tempos ida.
(bis)

Que o suor do teu valor
Que vai abafando a dor
Que te faz manter de pé,

Seja massa e fermento
Desse nobre sentimento
Que nutres pela Guiné.
(bis)

Joaquim Mexia Alves
Monte Real,
18 de Agosto de 2007

____________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 6 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4288: Espelho meu, diz-me quem sou eu (1): Joaquim Mexia Alves

(**)Vd. postes anteriores desta série :

21 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4558: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (4): Até nem faltou o Lion Brand, o repelente antimosquito... (Luís Graça)

21 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4557: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (3): Um dia caloroso, em que fizemos novos amigos (Joaquim e Margarida Peixoto)

21 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4556: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (2): Os meus agradecimentos (José Pedro Neves, CCAÇ 4745, Águias de Binta )

21 de Junho de 2009 >Guiné 63/74 - P4555: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (1): Muito calor físico e humano... (Luís Graça)

domingo, 21 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4558: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (4): Até nem faltou o Lion Brand, o repelente antimosquito... (Luís Graça)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita, três camaradas do Norte: o Ribeiro Agostinho (Matosinhos) (*), o José Carlos Neves (Leça da Palmeira / Matosinhos) (**) e, por fim, o Fernando Oliveira (Porto) (***)


Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Nada nos faltou, neste dia, nem o calor da Guiné (em sentido físico e figurado) nem o cheiro (inesquecível) do repelente anti-mosquito Lion Brand... Não sei quem trouxe a amostra, mas vi várias nas mãos do António Graça de Abreu e do José Casimiro Carvalho... Neste pequeno vídeo ouve-se várias vozes (Luís Graça, J.Mexia Alves e sobretudo Álvaro Basto que conta aqui uma pequena história com um Lion Brand que pegou fogo aos lençóis da cama...).

E a propósito do Lion Brand, reproduzo aqui um excerto de um poste (****) do Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf, Guidage e Mansoa, 1968/70, e que esteve presente no nosso encontro com a sua Maria Manuela:

(...) Após a aterragem no campo de aviação de Farim e feitas as habituais diligências de apresentação ao respectivo comando, foi-me dito que a coluna militar para Guidage sairia apenas na manhã do dia seguinte.

Nessa noite, se me recordo bem, fiquei instalado num barracão ou num hangar junto do aeródromo. E pela primeira vez tomei contacto com a realidade dos mosquitos na Guiné, que atacam em força e de qualquer jeito. Como no sítio não havia mosquiteiros, a alternativa foi a utilização do Lion (1) durante toda a noite (...).

(...) (1) Aquele nome era a marca de um produto, de cor verde, formatado em tiras finas e em espiral, que se colocava em cima de uma pequena base metálica. Queimando-se a ponta exterior da espiral, então, o produto ardia lentamente e deixava o ar impregnado de um odor que afugentava os mosquitos (...).


Vídeo (1' 02''), foto e legendas: Luís Graça (2009). Direitos reservados

__________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 29 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4098: Tabanca Grande (129): Manuel José Ribeiro Agostinho, ex-Sold Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário, QG/Bissau, 1968/70

(**) Vd. poste de 11 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4322: Tabanca Grande (138): José Carlos Neves, ex-Soldado Radiotelegrafista do STM, Cufar, 1974

(***) Vd. poste de 19 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4214: Tabanca Grande (135): Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné, 1968/70)

(****) Vd. poste de 29 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4265: Estórias avulsas (32): De que me lembro é dos mosquitos e do Lion-Brand (Fernando Oliveira)

Guiné 63/74 - P4557: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (3): Um dia caloroso, em que fizemos novos amigos (Joaquim e Margarida Peixoto)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O Joaquim Peixoto, assinalado com um círculo a vermelho, na segunda fila, entre o Manuel Amaro, à esquerda, e o Manuel Traquina à direita... O Joaquim Peixoto (que esteve em Sare Bacar, na zona leste, junto à fronteira com o Senegal (carta de Paunca), vive em Penafiel, é casado com a Margarida, que também veio ao nosso encontro... Ambos são professores do 1º ciclo do ensino básico...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > A Alice Carneiro, esposa do Luís Graça, em animada conversa com a sua nova amiga Margarida Peixoto, esposa do nosso camarada Joaquim Peixoto... A Alice veio a saber que a Margarida, em 1972, fora professora primário em Passinhos, na freguesia de Paredes de Viadores, concelho do Marco de Canaveses... A Alice nasceu em Candoz, Paredes de Viadores... É caso para dizer: O mundo é pequeno e o nosso blogue... é grande.


1. Mensagem de Joaquim Peixoto (ex-Fur Mil, CCAÇ 3414, Sare Bacar, Cumeré, Brá, Julho de 1971/ Setembro de 1973, uma companhia açoriana, comandada pelo Cap Inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria; Unidade mobilizadora, BII 17) (*)


20 DE JUNHO DE 2009, Quinta de Paúl, Monte Real, Leiria

Dia inesquecível para mim!

Foi a primeira vez que partilhei um convívio com antigos camaradas da Guinè. Tive imensa pena de não encontrar camaradas da minha CCAÇ 3414.

As lembranças, boas e más, de uma guerra já passada vieram ao de cima e acordaram um turbilhar de ideias que pairavam na minha cabeça.

O mau, vivido num clima de medo a uma temperatura quase em ebulição, onde um rebelde e intruso mosquito teimava em picar as nossa peles ainda tão tenras, quase de meninos... Um barulho estranho, no sussuro da noite, despertava-nos dos nossos sonhos quase infantis. Um numero infinito de vivências e emoções estão guardadas na caixa negra do nosso ego.

Esse mau deu lugar a uma alegria imensa, onde pude recordar os bons momentos (que também os houve) e partilhar com os camaradas as experiências vividas hàá mais de 30 anos.

Foi um emaranhado de emoções, foi um recordar de situações, foi um convívio magnífico cheio de calor humano.

As conversas convergiam no mesmo sentido: A GUINÉ. Outros assuntos não tinham aqui lugar.

De longe a longe, parecia que o cheiro a terra barrenta nos entrava pelas narinas e recordava o cheiro inegualável de Bissau, Bafatá, Sare Bacar e tantas outras....

Cerrando os olhos, por breves momentos, as formas perfeitas das bajudas apareciam como num ecrã virtual.

Foi bom. Foi perfeito. Espero voltar.

Obrigado a ti, Luis Graça. Obrigado ao Carlos Vinhal, ao Virgínio Briote, ao Magalhães Ribeiro e ao Mexia Alves.

Obrigado a todos que trabalharam e organizaram este convívio.

Obrigado a todos os camaradas presentes. Obrigado a todos quantos ainda hoje recordam os momentos passados em agonia.

Joaquim Peixoto

2. Mensagem da Margarida Peixoto:

QUINTA DE PAÚL

Bajuda não sou, mas não me importo de ser confundida como tal. Sou a mulher de Joaquim Peixoto, e para mim foi um dia especial, esse que passei com os camaradas do meu marido e respectivas esposas...

Foi um sentir de calor humano, foi a partilha de algo que nunca vivi, mas que, por uma ou outra razão, vai tomando forma na nossa mente, situações que mesmo não vividas por nós, estão vivas nos nossos maridos acabando por fazer parte de nós próprias.

Agradeço a todos quanto trabalharam para este convívio, agradeço a todos os presentes a oportunidade que tive em partilhar um pouquinho das vossas emoções.

Mas tenho de dizer um especial obrigado ao Luís Graça por me ter apresentado à sua esposa, Alice, com quem mantive um diálogo, que por várias e variadas razões foi muitas vezes interrompido, mas tenho a certeza deixou uma marca que irá crescendo com o tempo.

Poucos minutos após nos termos conhecido, parecíamos amigas de longa data e eu, um pouco reservada por natureza, soltei sem preconceitos o que me ia na alma.

"Agarra um verdadeiro amigo com ambas as mãos". Foi um provébio que li algures, há muito tempo, mas que quero acreditar seja verdadeiro, para poder contar com a amizade que iniciei ontem.

Obrigado, Alice, pela sua simpatia, pela sua frontalidade e pela maneira tão franca de se relacionar com as pessoas.

Obrigada pela companhia que me fez. Espero ter correspondido à sua delicadeza e desejo sinceramente que este tenha sido o primeiro de muitos encontros que haveremos de ter, tanto a nível de convívios ligados a ex-combatentes, como a nível pessoal.

Em breve mandarei o nome de alguns dos meus ex-alunos, como foi combinado. Espero, eu e o meu marido, recebê-los em nossa casa o mais rápido possível.

Os laços que nos une e os amigos comuns irão concerteza alargar-se a nós.

Um bem haja pelo dia tão caloroso e um abraço com muita ternura.

Margarida Peixoto

3. Comentário de L.G.:

Agradeço ao Joaquim e à Margarida as amáveis palavras que dirigem à comissão organizadora do nosso encontro: ao Carlos Vinhal, Joaquim Mexia Alves e Miguel Pessoa deve-se o mérito principal deste encontro de convívio dos membros da nossa Tabanca Grande.

Depois, em meu nome pessoal e da Alice, quero retribuir a gentileza e a simpatia com que vocês nos tratam nos vossos mails...Afinal, somos vizinhos e de certo que nos iremos encontrar, mais vezes, em Penafiel ou no Marco de Canavezes.

Por razões que devem compreender, não me foi possível estar mais tempo com vocês. Tinha mais 130 pessoas, entre camaradas, bajudas e mulheres grandes (sic), que estiveram presentes no nosso Encontro.... Fico feliz por saber que a Alice e a Margarida descobriram que tinham memórias em comum... Um Alfa Bravo (abraço) para o meu camarada Joaquim, um beijinho para sua mulher grande, Margarida. L.G.
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Nota de L.G.:

(*) V. postes de:

16 de Março de 2009 >Guiné 63/74 - P4039: O Prémio: Sirvam , em nome da Pátria, uma bica quente a estes rapazes!, dizia o Gen Spínola... (Joaquim Peixoto)

22 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1774: A morte do Fernando Ribeiro: eu ia nessa fatídica coluna e era seu amigo (Joaquim Peixoto, CCAÇ 3414)

Guiné 63/74 - P4556: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (2): Os meus agradecimentos (José Pedro Neves, CCAÇ 4745, Águias de Binta )

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Foi um encontro de muitas emoções... No foto dois açorianos, um velhinho das nossoas lides blçoguísticos e dos nossos encontros (regionais e nacionais), o Henrique Matos, que vive em Olhão (e que foi o 1º comandante do Pel Caç Nat 52, Porto Gole e Enxalé, 1966/68)e o pira Tomás Carneiro (CCaç 4745/73, Águias de Binta, Binta, 1973/74). O Tomás quis fazer uma surpresa ao seu Furriel, José Pedro Neves (de quem, infelizmente, não tenho aqui à mão nenhuma foto tirada ontem no encontro...) (**).

O Tomás tem uma história incrível para nos contar: foi uma das últimas baixas da guerra colonial na Guiné, tendo sido gravemente ferido, em 9 de Maio de 1974, numa emboscada na estrada Jugudul-Bambadinca (se bem percebi)... Esteve dois anos em recuperação no Hospital Militar Principal... Veio de propósito ao nosso encontro, de São Miguel, Açores... Regressou hoje, de manhã... Leitor atento do nosso blogue, conhece o Arsénio Puim. Por convite meu, vai entrar automaticamente, a partir de hoje na nossa Tabanca Grande... Apresentei-o também ao José Zeferino, que teve, em 15 de Maio de 1974, na região do Xitole, um contacto (mortal) com o PAIGC.. (Zeferino, infelizmente falámos pouco, desculpa lá... Fotografar e dar atenção a 130 pessoas em meia dúzia de horas, é obra... De qualquer modo, quero agradecer-te o notável poste teu, que publicámos aqui no dia 17 de Junho) (*).

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2009). Direitos reservados


1. Mensagem do José Pedro Neves, que vive em Lisboa:


Caros Luís Graça, Carlos Vinhal, Virginio Briote, Magalhães Ribeiro e Mexia Alves

Bom dia, camaradas.

Com poucas horas de ressaca do encontro onde estive presente com a minha mulher Ana Maria, na Ortigosa, quero agradece a todos os presentes, a recepção aos piras (eu e a Ana Maria) e salientar o seguinte:

1º- Após 36 anos, rencontrar o Tomás Carneiro, que veio de propósito dos Açores - S. Miguel, sem me avisar, e que se colocou junto de mim, quando eu trocava umas palavras com outros camaradas e reconheci de imediato, como sendo um dos elementos da nossa CCaç 4745- Àguia de Binta... O Tomás quis fazer-me esta surpresa e conseguiu, uma vez que ele sabia que eu ia ao Encontro Nacional e inscreveu-se à ultima da hora, para eu não vêr o nome dele na lista de presenças e assim conseguir proporcionar o efeito surpresa. Obrigado por esta surpresa, Tomás!!!

2º - Agradecer ao Carlos Vinhal a insistência na sexta- feira para eu comparecer no Encontro Nacional, uma vez que na quinta-feira, por razões de carácter particular, tinha enviado um mail a comunicar que não iria estar presente. Obrigado pela tua insistencia, Carlos Vinhal.

3º - Agradecer ao Luis Graça, por ter dado inicio ao que está a acontecer, com a criação deste Blogue. Origado, Luís Graça.

4º- Agradecer ao Magalhães Ribeiro, já velho amigo nestas andanças, nos encontros, da AOE, em Lamego, por nos obrigares a ficar sempre na tua mesa, na companhia da tua Fernanda e na amizade que nos dedicas. Obrigado, Magalhães Ribeiro.

5º- Agradecer e felicitar o Camaramigo Mexia Alves, pela organização do IV Encontro Nacional, na Quinta do Paúl, na Ortigosa. Obrigado, Mexia Alves.

6º- Agadecer a todos os camaradas que estiveram presentes, a oportunidade do conviívio e enaltecer a vontade do Filho de um camarada nosso, falecido na Guiné, em homenagear a memória do Pai, estando presente no nosso Encontro Nacional. Obrigado a todos.

Até sempre
Pedro Neves
Ex-Fur Mil Op Especiais
CCaç 4745-Águias de Binta

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Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 17 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4545: Alguns apontamentos sobre a acção da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4616 - Guiné 1973/74 (José Zeferino)


(**) Vd. postes anteriores:

21 de Junho de 2009 >Guiné 63/74 - P4555: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (1): Muito calor físico e humano... (Luís Graça)

20 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4554: Blogoterapia (109): O que leva 130 a reunirem-se hoje, em Ortigosa, Monte Real, no encontro nacional de um blogue ? (Luís Graça)

Guiné 63/74 - P4555: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (1): Muito calor físico e humano... (Luís Graça)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Sob um sol escaldante lá se conseguiu reunir a maior parte dos camaradas presentes para a foto de grupo... Nem todos os inscritos, do sexo masculino, estão presentes...

Nesta altura, antes do almoço, ainda havia gente a chegar... Era o caso, por exemplo, do nosso querido co-editor, Virgínio Briote, com a sua preciosa carga: a sogra, Irene Fleming, que nesse dia fazia 98 anos, a esposa Maria Irene e o Amadu Djaló, cujo coração, frágil, ia ser posto à prova de um dia cheio de emoções e de uma temperatura escaldante... Que eu saiba, os únicos que não compareceram, por razões de última hora, foram o Xico Allen e o Manuel Amante da Rosa... Salvo melhor informação da comissão organizadora (Carlos Vinhal, J. Mexia Alves e Miguel Pessoa), foram as únicas baixas de vulto da Op Ortigosa 2009...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Foi difícil juntar as bajudas e as tmulheres grandes, todas, para a fotografia de conjunto... Eram mais de três dezenas... Na foto não estão todas...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Em primeiro plano, o Amadu Djaló, que foi uma autêntica vedeta, e de costas o Virgínio Briote; em segundo plano, sentados, o Juvenal Amado e o Santos Oliveira; de pé, Magalhães Ribeiro e o Carlos Vinhal...


Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita, J. Mexia Alves, António Barroso e António Barbosa: estes três camaradas têm em comunhão o terem estado no Xitole e terem pertencido à CART 3492 (1972/74)...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita, a nata da FAP na nossa Tabanca Grande: Miguel Pessoa, Giselda Pessoa, Victor Barata e António Martins de Matos (o tenente general da FAP, na reserva, disse-me ter gostado muito do encontro e prometeu estar presnete na próxima edição)...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita, o Torcato Mendonça, a Ana e o Jorge Cabral... Fiquei muito feliz por ver o casal Mendonça, entre nós: foram há pouco tempo avós, pela primeira vez, e a Ana superou um problema de saúde...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita, o Delfim Rodrigues, o João Carlos Silva e um seu tio, aposentado da Marinha, que tem 8 anos de Guiné...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O José Manuel Diniz (estreante nestas lides) e Jorge Picado (que achei em última forma)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O nosso querido Rui Alexandre Ferreira (autor de Rumo a Fulacunda, 2ª ed., e de Geba, em preparação...) mostrando um documento, de eventual interesse para o blogue, ao Carlos Vinhal, sob o olhar atento da Dina.

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > A irresistível paixão pelos mapas da Guiné: da esquerda para a direita, a Maria Manuela (esposa do José Martins), o Manuel Resende, o José Martins e o Belarminho Sardinha.

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O Fernado Calado, o Alberto Branquinho, o Jorge Cabral e o Ismael Augusto (uma inscrição de última hora). O Fernando Calado e o Ismael Augsuto foram alferes milicianos da CCS do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70): um, foi gestor de recursos humanos; o outro, engenheiros e gestor na RTP; retirados das suas actividades, são hoje docentes universitários nas suas áreas de especialização (Gestão de Recusrsos Humanos, o Calado; multimédia, o Augusto)... Foi, para mim, uma agradável surpresa a sua presença... Aproveitei para lembrar ao Fernando Calado que estou à espera de uma história que ele me prometeu, para o blogue...

Continua


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2009). Direitos reservados