Foto nº 1 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > CCAV 8351 (1972/74) > 1973 > A nossa modesta casinha, com as nossa casernas construídas a pulso, embelezada com as moranças dos operadores, nativos, do pelotão de artilharia e guias. Ele há lá coisa mais bonita!!!
Foto nº 2 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > CCAV 8351 (1972/74) > 1973 > A minha “suite” na nova caserna (eu e o camarada Mourato), embelezada com folhas das revistas ("Penthouse" e outras ) do camarada Martins... Uma “suite” assim nem no Hotel Ritz!
Fotos (e legendas): © Joaquim Costa (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 3 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > CCAV 8351 (1972/74) > 1972/73 > O içar da beleza... Ao fundo, os bivaques que montámos antes de termos a(s) nossa(s) modesta(s) casinha(s) (Foto nº 1).
Foto: © Vasco da Gama (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > 2019 > O nosso forno, que deixamos no Cumbijã em 1974, ainda hoje (2021) a “bombar”. Junto deste, a atual padeira do Cumbijã que coze pão para toda a região. Foto do camarada e tabanqueiro João Melo (cripto da companhia), tirada numa das suas várias visitas em ações solidarias à Guiné. Reproduzida aqui com a devida vénia.
Foto nº 5 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > 2019 > Utensílio do nosso tempo que continua, nos dias de hoje, a cumprir a sua função. Foto do camarada e tabanqueiro João Melo (cripto da companhia), tirada numa das suas várias visitas em ações solidarias à Guiné. Reproduzida aqui com a devida vénia.
Joaquim Costa, hoje e ontem. Natural de V. N. Famalicão,
vive em Fânzeres, Gondomar, perto da Tabanca dos Melros.
É engenheiro técnico reformado.
Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-Furriel mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74) - Parte X (*)
A segunda "visita dos vizinhos” (com novo ataque ao arame)
Durante a visita ao destacamento (Cumbijá, a nossa alegre casinha...), no dia 14 de Abril de 73, Spínola, ao verificar as condições, precárias e degradantes em que vivíamos, garantiu ao nosso comandante de companhia que na próxima LDG (Lancha de Desembarque Grande) para Buba iríamos receber: (i) uma cozinha de campanha, (ii) arcas frigoríficas a petróleo, (iii) chapas de zinco para concluirmos a construção das nossas casernas, (iv) uma equipa de artilharia com os respetivos obuses e outros necessidades menores.
O “Homem Grande” cumpriu a sua palavra e passamos a ter arroz com estilhaços e pão quente (no forno que construímos, foto nº 4), e, imaginem! cerveja (quase sempre fora de prazo), fresquinha e uma caserna nova em folha (Fotos nºs 1 e 2).
Foi festa até às tantas. Um dos pelotões de serviço não foi proibido de beber, mas foi proibido de se embebedar, para garantir a segurança do destacamento.
Com a cerveja fresquinha, o dia de “São Receber” (o pré) passou a ser um dia de risco acrescido, dado o elevado e desmesurado consumo de cerveja. Mas o pessoal de serviço à segurança do destacamento era responsável e não bebia mais que 2 bazucas (garrafas de cerveja de 1 litro), por cabeça.
Foto nº 6 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > CCAV 8351 (1972/74) > O homem da bazuca do meu pelotão (José Carlos), no seu turno de sentinela nos novos postos de vigia
Com a cerveja fresquinha, o dia de “São Receber” (o pré) passou a ser um dia de risco acrescido, dado o elevado e desmesurado consumo de cerveja. Mas o pessoal de serviço à segurança do destacamento era responsável e não bebia mais que 2 bazucas (garrafas de cerveja de 1 litro), por cabeça.
Foto nº 6 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > CCAV 8351 (1972/74) > O homem da bazuca do meu pelotão (José Carlos), no seu turno de sentinela nos novos postos de vigia
Foto (e legenda): © Joaquim Costa (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Já com casernas novas (com o Martins a forrar todo o seu espaço com folhas arrancadas às suas revistas), com camas a sério, com lençóis a sério, com valas no perímetro de todo o destacadamente e postos de vigia bem protegidos com bidões cheios de terra, com a nossa artilharia já operacional, a nossa moral era outra.
Foi já com a casa arrumada (assim é que deve ser) que recebemos novamente a visita do IN (vizinhos)
Ao cair da noite, como sempre faziam para evitar que lhe fizessemos a perseguição, fomos surpreendidos pela visita dos nosso vizinhos, testando as novas instalações, com um grande potencial de fogo de RPG, morteiro e armas ligeiras.
Foi já com a casa arrumada (assim é que deve ser) que recebemos novamente a visita do IN (vizinhos)
Ao cair da noite, como sempre faziam para evitar que lhe fizessemos a perseguição, fomos surpreendidos pela visita dos nosso vizinhos, testando as novas instalações, com um grande potencial de fogo de RPG, morteiro e armas ligeiras.
A nossa resposta foi rápida e sem o perigo de assalto como aconteceu na primeira vez, e, desta vez felizmente (ou infelizmente!?), a minha G3 não encravou ao primeiro tiro. No primeiro ataque ao arame, acredito que a intenção era mesmo fazer o assalto, neste caso foi só para mostrar que estavam dispostos a dar luta. Felizmente tivemos apenas alguns feridos ligeiros. Da parte do IN houve consequências dados os vestígios que detetamos no dia seguinte de manhã numa ação de reconhecimento.
Foto nº 7 > Guiné > Região de Tombali > Cumbijã > CCAV 8351 (1972/74) > O Capitão Vasco da Gama maravilhado com o seu novo Obus 10.5.
Foto: © Vasco da Gama (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
Foto: © Vasco da Gama (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
Mesmo com a casa arrumada; com valas em toda a periferia do destacamento, com duas fiadas de arame farpado, com postos de vigia bem protegidos, com artilharia. e, já mais ou menos “cacimbados”; um ataque ao arame era sempre vivido com a adrenalina nos limites, pois que, embora pouco provável, não deixava de passar pelas nossas cabeças a possibilidade de conseguirem entrar no destacamento, situação dramática com a possibilidade de uma quase luta corpo a corpo. Por tudo isto, terminado o ataque (desde que sem consequências de maior), era ver quem chegava primeiro ao “bar” já que a seguir a um ataque sempre se esgotava o stock da cerveja!
Continua...
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Nota do editor:
(*)Último poste da série > 26 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22225: Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-Furriel mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74) - Parte IX: O primeiro murro no estômago
(*)Último poste da série > 26 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22225: Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-Furriel mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74) - Parte IX: O primeiro murro no estômago