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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Guiné 61/74 - P18299: (In)citações (117): Manifesto de Intelectuais Guineenses sem Filiação Partidária pela Unidade Nacional, Estabilidade e Democracia, datado de Bissau, 1/2/2018 (António Graça de Abreu / PEN Club Português)

Bandeira da República da Guiné-Bissau
1. Através do nosso camarada e escritor, António Graça de Abreu, sócio efetivo (e membro dos corpos gerentes, para o triénio de 2015-2018) do PEN Club Português,  recebemos o pedido, por parte da direção daquela agremiação literária, de divulgação do Manifesto de Intelectuais Guineenses sem Filiação Partidária pela Unidade Nacional, Estabilidade e Democracia, datado de Bissau, 1 de fevereiro de 2018:

(...) A pedido dos nossos colegas da Guiné-Bissau, que estão em vias de constituir um Centro PEN, aqui enviamos um texto que eles nos pediram que divulgássemos por entre os nossos sócios. Evidentemente que a divulgação pode ser extensiva a outras pessoas, nomeadamente ligadas à comunicação social. (...)


Manifesto de Intelectuais Guineenses sem Filiação Partidária
pela Unidade Nacional, Estabilidade e Democracia

Nós, abaixo assinados, cidadãos e intelectuais guineenses, sem filiação partidária,
Vimos:

- Manifestar a nossa profunda preocupação face à degradação do ambiente social e político a que o povo da Guiné-Bissau tem sido submetido nos últimos anos, fruto da disputa político-partidária, protagonizada por uma classe política que não tem medido as consequências dos seus actos quando se trata da luta pelo acesso e conservação do poder;

- Manifestar a necessidade de se promover a paz social e consolidar a unidade nacional, através da estabilidade sociopolítica, do progresso socioeconómico e da defesa dos valores democráticos consagrados na Constituição da República da Guiné-Bissau;

- Trazer ao conhecimento público a percepção geral dos guineenses segundo a qual a Comunidade Internacional, particularmente as Nações Unidas, a União Africana e a CEDEAO, não têm feito, no quadro do seu mandato, o suficiente no sentido de se encontrar uma solução efectiva e duradoira à crise vigente na Guiné-Bissau.

Os legítimos anseios do nosso Povo a uma melhoria das suas condições de vida têm vindo a ser sucessivamente adiados. As cíclicas crises que têm caracterizado a nossa história recente, que em 1998 conduziram a uma guerra fratricida, têm tido um impacto extremamente negativo em todos os sectores da vida nacional, afectando sobremaneira os alicerces de uma das maiores conquistas da Luta de Libertação: a Unidade Nacional.

O ambiente de pobreza e de precariedade extrema – incluindo a intelectual e espiritual – de impunidade e de intimidação que se instalou no país conduziu, por sua vez, a uma conflitualidade crescente, criando feridas profundas na sociedade guineense.

Face aos recentes acontecimentos ocorridos no país, nós, como cidadãos e intelectuais cientes dos seus direitos e deveres, não desejamos a reabertura de tais feridas.

Neste contexto, rejeitando o reacender das hostilidades, e em defesa das conquistas democráticas obtidas e garantidas constitucionalmente,

- Manifestamos a nossa indignação perante os sucessivos atropelos dos direitos e violação das garantias e liberdades conquistadas, que têm sido perpetrados pelos detentores do poder político por intermédio da Polícia, e do poder judicial através dos Tribunais e do Ministério Público;

- Alertamos para uma nova forma de repressão que consiste na usurpação da liberdade de expressão e do direito à informação, censurando conteúdos nos órgãos de comunicação públicos e impedindo o debate livre de ideias num momento delicado da nossa democracia e em que o pensamento crítico e independente se torna uma necessidade imperiosa;

- Repudiamos vivamente a negação do direito de manifestação e de reunião, expresso, por exemplo, no acto deliberado de intimidação, reprovando o cerco à sede de um partido político legalmente constituído, acto inédito na história da nossa democracia;

- Exigimos o respeito das regras básicas que garantem a existência de um Estado de direito.
Enquanto cidadãos comprometidos com a Guiné-Bissau, crentes numa solução pacífica, justa e duradoira:

- Exortamos a Comunidade Internacional presente na Guiné-Bissau, em particular as Nações Unidas, União Africana e CEDEAO, a que apoiem a promoção e protecção de todos os direitos na Guiné-Bissau;

- Apelamos a todos os guineenses, no país e na diáspora, que nunca deixem de lutar pelos seus direitos e que continuem a acreditar que os ideais fundadores do nosso Estado ainda devem ser valores fundamentais da nossa luta pela liberdade e consolidação da democracia, paz e desenvolvimento durável.

Bissau, 1 de Fevereiro de 2018

Nome | Actividade 

Abdulai Sila | Engenheiro, Escritor
António S. Lopes (Tony Tcheka) | Jornalista, Poeta
Aladje Baldé | Biólogo, Prof. Universitário
Abdel-Aziz V. Cruz | Linguista, Escritor
Anaxore Casimiro |  Médico
Carlos Cardoso | Filósofo, Investigador
Carlos Lopes | Economista, Prof. Universitário
Cátia N. Neto | Jurista
Edson Incopté | Gestor de Projectos, Escritor
Fátima Candé | Linguista, Prof.ª Universitária
Helena N. Abrahamson | Jurista, Activista Direitos Humanos
Lassana Sanó | Sociólogo, Activista Ambiental
Miguel de Barros | Sociólogo, Investigador
Patricia G. Gomes | Historiadora, Prof.ª Universitária
Paula F. Cabral | Jornalista, Activista Social
Peter Mendy | Historiadora, Prof. Universitário
Raul M. Fernandes | Antropólogo, Prof. Universitário
Rita Ié | Socióloga, Activista Cívica
Welket Bungué | Actor
_________________

domingo, 12 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14462: Estórias do Juvenal Amado (53): O 25 de Abril faz 41 anos e eu continuo um incorrígel sonhador


"O João Caramba [1950-2013],  eu e o Ivo, em Santa Maria da Feira, pouco tempo depois do nosso regresso"

Foto (e legenda): © Juvenal Amado  (2015). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem de Juvenal Amado (ex-1.º cabo condutor auto, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74)

Data: 8 de abril de 2015 às 23:06

Assunto: O 25 de Abril faz 41 anos

Caros camaradas

A liberdade será porventura um dos maiores anseios colectivos da Humanidade. Tão difícil de alcançar,  julgo ainda mais difícil de manter.

Somos uma geração que lutou por ela, que a abraçou, e que deseja deixá-la às gerações vindouras como um bem supremo, pelo o qual tantos morreram desde o berço da nossa nacionalidade.

Na nossa História tantas vezes perdida e outras tantas vezes recuperada, valeu a pena.

Um abraço

Juvenal Amado

Estórias do Juvenal Amado (53) > Sou um sonhador

Sonho com água a passar límpida debaixo das pontes,
Que no Natal haverá brinquedos para todas a crianças,
Amêndoas na Pascoa,
Que há um fim para a violência,
Que o Homem tem prioridade sobre os interesses,
Que chove sempre na altura certa,
Que o Sol aparece sempre na Primavera,
Que os campos se cobrem de verde,
Que as flores darão sempre lugar aos frutos,
A Natureza vença a destruição,
Que os homens se respeitem,
O branco e o preto sejam símbolos da mesma pureza,
Que no Verão os fogos poupem a floresta,
O Outono seja manso,
O Inverno rigoroso mas que ninguém dê por isso,
Que haja arco-íris em todas as escolas,
Que o desemprego seja uma recordação,
Que a tua mão nunca se canse da minha,
Que os sonhos alimentem os sentidos,
Que o silêncio seja a bebedeira da alma...

O 25 de Abril faz 41 anos 
E eu continuo um incorrigível sonhador.

________________

Nota do editor:

Último poste da série > 26 de agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13534: Estórias do Juvenal Amado (52): Portugal, fábrica de soldados

sábado, 10 de janeiro de 2015

Guiné 63/74 - P14136: (In)citações (73): Vive la Liberté! Vive la France" (Francisco Baptista, ex-alf mil, inf, CCAÇ 2616, Buba, 1970/71, e CART 2732, Mansabá, 1971/72)]


Página de rosto do sítio "Charlie Hebdo", com data de hoje: "Eu sou Charlie" | "Porque o lápis  triunfará sempre sobre a da barbárie... Porque a liberdade é um direito universal... Porque vocês nos apoiam"... [Informação: Charlie Hedbo, o "jornal dos sobreviventes", voltara a sair,  4ª feira, dia 14 de janeiro]



1. Mensagem do nosso camarada Francisco Baptista [, ex-alf mil inf, CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72)]

Data: 9 de janeiro de 2015 15:58

Assunto: CHARLIE HEBDO

A liberdade é um bem inestimável

A França, na revolução de 1789, ergueu essa bandeira bem alto a par da bandeira da igualdade e da fraternidade. Todas essas bandeiras têm sido desfraldadas por esse mundo desde os Estados Unidos , à Rússia e à China, para só falar dos grandes países, com êxitos desiguais.

Dentre os maus tratos que as bandeiras da igualdade e da fraternidade têm sofrido tanto a ocidente, como a oriente, tanto a norte como a sul, parecia que a bandeira da liberdade cada vez mais se erguia e mostrava a toda a humanidade. Liberdade! Liberdade, esse palavra mágica, que os combatentes das melhores causas, gritavam já gravemente feridos, como se fosse um nome das suas mães.

Enquanto houver estados islâmicos e estados demasiado islamizados que financiam as actividades terroristas dos primeiros continuará infelizmente haver mártires nos estados laicos do ocidente ou do
oriente.

É a hora de chorar a morte destes corajosos jornalistas e caricaturistas, pelo preço que pagaram pela sua coragem, sabendo como sabiam que estavam expostos à fúria dos fanáticos religiosos do Crescente.

Porque nesta hora seria uma falta de respeito à sua memória estar a especular sobre outros culpados das suas mortes além dos executantes e mandantes materiais e espirituais a minha análise e revolta não vai mais longe também porque a minha lealdade à verdade não mo permite.

Esta tempo é o desses heróis desarmados de Paris que desafiaram a morte, em campo aberto, todos os camaradas ex-combatentes da Guiné sabem como é difícil encontrar coragem para isso.

Nesta hora em que Paris, essa capital monumental e espiritual da Europa, sofre ainda o rescaldo, que poderá ser ainda mais trágico, do ataque ao Charlie Hebdo devemos dirigir os nossos pensamentos e
orações para todas essas vitimas inocentes e para essa grande capital cultural do mundo que sempre albergou emigrantes, trabalhadores, artistas e intelectuais de todo o Mundo.

Há alguns anos, poucos, li o livro "Samarcanda" do escritor libanês Amin Maalouf. Samarcanda, hoje uma cidade do Usbequistão, é uma cidade histórica, que ficava da nota da seda , portanto entre a
Europa e a China.

Gostei muito do livro pela forma poética e a delicadeza oriental que o escritor imprime às descrições e às personagens, à beleza e encanto das mulheres, mesmo quando resguardadas entre sete véus, à
hospitalidade dos povos do médio-oriente muitas vezes a contrastar com a ferocidade
com que tratavam os inimigos internos ou externos.

Nesse livro tomei conhecimento da "Ordem dos Assassinos", uma seita religiosa ismaelita, que criada e comandada por Hassan Ibn Sabbah, conhecido pelo Velho da Montanha, no século onze, praticava atentados seletivos e com muito êxito entre os opositores maometanos.

Essa seita terá ainda conquistado muito poder politico e territorial nos dois séculos seguintes no Irão e na Síria. Segundo a lenda, pois não há grande confirmação histórica, no século catorze, ter-se-á refugiado na Europa, com a proteção dos Templários, já em tempos aliados ou inimigos.

Ao falar desta seita procuro raízes e compreensão para toda esta desordem social e histórica que criam no nosso espírito estes atentados.

Nos últimos anos já tivemos os ataques às torres gémeas em Nova Yorque, o ataque ao comboio de Madrid, o ataque ao metro de Londres.

Tanta maldade, tantas vidas inocentes.

Na Ásia Menor, no Iraque, Síria , no Paquistão, no Afeganistão e outros países, os mortos sucedem-se aos milhares entre seitas e facções religiosas muçulmanas de cariz mais ou menos religioso, tribal
ou politico . São homens, mulheres, meninos, mais de cem meninos que há tão pouco tempo, os talibãs, esses bárbaros . mataram no Paquistão.

A "Ordem dos Assassinos", continua activa, tanto a oriente, como a ocidente, temos que ter coragem para enfrentá-la.

Vive la Liberté! Vive la France!

Um abraço a todos os camaradas
Francisco Baptista
______________

Nota do editor:

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14010: (In)citações (72): "Vem ver o que custou a liberdade", um colóquio/debate "A resistência na guerra colonial", levado a efeito no passado dia 6 de Dezembro em Á-dos-Loucos (Hélder Sousa)

1. Mensagem do nosso camarada Hélder Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 8 de Dezembro de 2014:

Caros amigos Editores

Em anexo envio um texto, em jeito de reportagem, que fiz sobre um evento a que assisti e participei no passado sábado. Foi interessante, na medida em que foi possível falar de aspectos menos comuns da nossa participação nos 'teatros de operações'.

No caso em questão falou-se essencialmente das experiências do pessoal da CCav 2721, já que os elementos convidados a relatar as suas impressões sobre como foi possível 'resistir' ao pensamento dominante eram dessa Unidade.

Abraços
Hélder Sousa




Caros camaradas

O que hoje trago à vossa consideração é sobre um aspecto pouco abordado aqui no Blogue mas que, no entanto, se bem observado, acaba por ter muitos pontos de contacto com as diferentes realidades que muitos de nós vivemos.

Trata-se de se tentar perceber como evoluíram as consciências, melhor dizendo, como foi evoluindo a consciencialização de cada um relativamente à realidade que foi encontrar e vivenciar nos 'teatros de guerra' e como isso acabou também por não só mudar as suas atitudes individuais como igualmente influenciou colectivamente a nossa sociedade de então. Uma e outra gota de água vão-se juntando a outras, formando riachos, ribeiros, rios e chegando ao mar!

Sobre esta temática foi levado a cabo no passado sábado dia 6 de Dezembro em À-dos-Loucos, próximo de Alhandra, um "Colóquio/Debate" com o sugestivo título de "Vem saber o que custou a Liberdade" que ocorreu nas instalações da União Desportiva e Columbófila de À-dos-Loucos, impulsionado pela URAP (União dos Resistentes Anti-fascistas Portugueses) e integrando as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril.

Para o efeito foi dado conhecimento da experiência e seus testemunhos que vários elementos da CCav 2721 puderam facultar.


Mesa da Presidência: da esquerda para a direita temos o Presidente da Junta da União de Freguesias, Mário Tomé, Bento Luís, Paulo Salgado e Mário Branco


Um aspecto da assistência


Conforme o programa, intervieram o antigo Comandante dessa CCav 2721, Major Mário Tomé, o 2.º Comandante Alferes Paulo Salgado [, membro da nossa Tabanca Grande], o Furriel Mário Branco e o Furriel Bento Luís, que foi o impulsionador e organizador do evento. José Manuel Graça, hoje Coronel reformado e então Comandante do Terceiro Grupo de Combate, foi impedido de comparecer a contas com uma arreliadora dor (ciática?). (Em anexo segue foto da mesa do Colóquio, em que da esquerda para a direita temos o Presidente da Junta da União de Freguesias, Mário Tomé, Bento Luís, Paulo Salgado e Mário Branco).

Das diferentes intervenções e testemunhos ressaltou aquilo que já se sabia, em larga medida. Que a maioria dos militares tinha pouco ou nenhum conhecimento da realidade que foram encontrar. Alguns rapidamente se aperceberam de como Portugal não era tão 'pluricontinental e plurirracial' como lhes diziam. Também rapidamente se questionaram sobre o que afinal (não) se tinha feito em 500 anos de possessão daquele território e daquelas gentes, em que nem sequer a língua era comum.

Do meu ponto de vista, o mais importante do que foi dito foi que se as posturas dos graduados foram importantes para as ‘tomadas de consciência’ das militares, na medida em que potenciaram e promoveram várias práticas que a isso ajudaram, como por exemplo a feitura de um Jornal a que deram o nome de “Tabanca” com textos que suscitaram o interesse dos soldados, com a realização de reuniões de tipo ‘plenário’ onde se discutiam todo o tipo de assuntos e que chegaram a incluir leitura de poesia, a verdade é que a ‘tomada de consciência’ foi sempre um acto individual e tanto mais consistente quanto mais profunda e própria foi essa evolução.

A assistência, que se revelou interessada e interveniente, rondando as três dezenas, colocou várias questões e procurando perceber se a ‘resistência’ que se acabava por produzir em pleno teatro de guerra se era ‘passiva’ ou ‘activa’.

Foram esclarecidos que não há que iludir, estava-se em actos de guerra, era necessário defender a pele e isso implicava disparar. Fazê-lo por gosto ou ‘convicção patriótica’ era outra coisa. Mário Tomé revelou que embora pontualmente questionasse uma ou outra situação antes dessa comissão na Guiné.  foi de facto lá, no Olossato, que ‘chocou com a realidade’ e que percebeu a necessidade de ‘contribuir para a mudança’, ‘resistindo’ à ordem vigente. Paulo Salgado e Bento Luís também deixaram os seus testemunhos, os seus percursos de vida e de como a vivência e convivência com aqueles homens da CCav 2721 também foi importante para as suas vidas.

À questão de se saber o que foi ou não ‘activo’ ou ‘passivo’ foi dada resposta essencialmente pela intervenção do ex-1.º Cabo Moura Marques (também presente) esclarecendo que tudo o que contrariava a ‘normalidade’ institucional era ‘resistência’ e, no seu entendimento, bem ‘activa’. Até a simples denominação do seu grupo de combate como “Os filhos da puta” revelava o estado de espírito que grassava entre os soldados.

Foi recordado também que num determinado momento em que houve um surto de cólera nos países vizinhos e se procedeu a uma campanha de vacinação massiva, a militares e população, a rádio tinha um slogan destinado a fazer passar uma mensagem de confiança e tranquilidade dizendo, “Mantenham a calma que ainda não há cólera na Guiné”, o qual foi rapidamente transformado em “Mantenham a cólera que ainda não há calma na Guiné”, representando isso uma atitude muito mais de desafio à ordem do que uma simples gracinha!

Em jeito de conclusão posso dizer que foi bem entendido que mesmo em condições muito adversas é possível desenvolver-se espírito crítico e estender essa atitude a muito mais pessoas. Daí a perceber-se que no momento actual é necessário e urgente insistir na atitude de resistência ao que nos atropela no presente e compromete o futuro, foi uma conclusão natural.

Gostei muito de ‘ver ao vivo’ o nosso ‘tabanqueiro’ Paulo Salgado que veio de perto do Porto para ver os seus antigos “amigos, companheiros e camaradas”, conforme explicou, acompanhado pela nossa também ‘tabanqueira’ Maria da Conceição. Momentos bem passados e de grande elevação.

Abraços
Hélder Sousa

PS - Fui convidado particularmente para este Colóquio porque sou amigo desde o primeiro dia da EICVFXira do Bento Luís.

Quando a CCav 2721 deixou o Olossato e veio para ‘descansar’ para Nhacra (foi tal o descanso que ainda não estavam a sair das viaturas que os transportaram e já estavam a ser alvo de ataque), fui lá visitá-lo duas ou três vezes, de moto, indo de Bissau com outro Furriel, o Fernando Roque, que igualmente foi convidado pelo Bento a estar presente no Colóquio.
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Nota do editor

Último poste da série de 30 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13822: (In)citações (71): Djarama (obrigado) a este "santástico" blogue por nos proporcionar um espaço de diálogo e de (re)encontro entre o passado, o presente e o futuro (Djuli Sal, neto do Cherno Rachide Djaló)

domingo, 5 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8375: (In)citações (31): Ainda se pode ter medo... E mais do que isso, medo do medo... Na Guiné-Bissau, em muitas partes do mundo... (Cherno Baldé)

1. Comentário do nosso querido amigo Cherno Baldé, algures em Bissau (*): 


Caro amigo e irmão Luís Graça,

"Ainda se pode ter medo... E mais do que isso, medo do medo... Na Guiné-Bissau, em muitas partes do mundo..."


Esta tua frase é profética e retrata exactamente a realidade africana ao sul do Saará nos últimos 100 anos que abrange partes dos Séc XIX e XX, com particular destaque nos países que foram obrigados ou quiseram pegar em armas para lutar,  como foi o caso Guineense.

Durante a época colonial, com o Gen Spínola, tivemos uma certa liberdade de expressão, social e cultural, mas sem independência política. 

Com o PAIGC tivemos a independência tão ansiada mas ficámos privados de toda a liberdade.

O Zé Carlos  é um sobrevivente milagroso de um período atroz de perseguição fisica e verbal cujos resquicios ainda acompanham a nossa vivência. Só quem não viu e assistiu é que não sabe a capacidade que este partido de estado tinha em fazer mal aos outros e que acabou por se voltar contra si mesmo.

Um grande abraço,

Cherno Baldé (**)

___________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 4 de Junho de 2011> Guiné 63/74 - P8372: Os nossos camaradas guineenses (33): O Zé Carlos regressou ao seu mundo, à sua tabanca, à sua morança... (Luís Graça)


(**) Último poste da série > 16 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8283: (In)citações (33): Humberto, é hora de sofreres, uma vez mais, mas é hora também de olhares em frente e pensares que a tua Teresa há-de gostar, no além, se existe, que não esmoreças (Paulo Salgado)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8326: Da Suécia com saudade (29): O nosso blogue e o risco do pensamento de grupo (groupthink) e do politicamente correcto (José Belo)


Imagens retiradas e editadas, com devida vénia, do blogue do José Belo  Lappland to Key West, com um lead muito poético, muito bonito (em português): "As viagens são os viajantes, o que vemos não é o que vemos, senão o que somos"... (Mais uma vez o génio do Fernando Pessoa, poeta de cabeceira do nosso camarada luso-sueco, que já não sabe se é mais tuga, se é mais lapão)... 

Escolhemos estas duas fotos para ilustrar o risco aqui abordado pelo J. Belo  de criação, na nossa Tabanca Grande,  de um pensamento de grupo (em inglês, groupthink)... Este fenómeno (grupal) tem sido estudado pelos cientistas sociais, incluindo os politólogos. Basicamente, ocorre em grupos demasiado homogéneos e coesos (como são por exemplo, os "homens do Presidente", o "comité central" dos partidos políticos ou os grupos de combate de forças especializadas)...  Os membros do grupo tendem a  minimizar  os conflitos, as existência de diferentes perspectivas e opiniões, valorizando o consenso a todo o custo, passando por cima, escamoteando, ignorando ou criticando as saudáveis divergências  individuais (opiniões, valores, conhecimentos...). Em situações-limite, como a frente de batalha, a coesão grupal e o "espírito de corpo" são fundamentais.  Mas o pensamento de grupo pode ter (e tem) consequências negativas, a nível psicossocial e cognitivo:   a pressão para a conformidade e o alinhamento ideológico e comportamental levam, muitas vezes ou quase sempre,  à perda de criatividade individual,  da idiossincrasia de cada um, da autonomia, da liberdade de pensamento e de expressão... Muitas decisões (políticas, militares, económicas...) acaba(ra)m em "desastre" devido possivelmente a este fenómeno... (LG)


1. Mensagem de José Belo (*), ex Alf Mil Inf da CCAÇ 2381, Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70, actualmente Cap Inf Ref, a viver na Suécia, com data de 10 de Maio de 2011:

Caros Amigos e Camaradas:
Como emigrante de muitas décadas, os termos correctos em português começam, estranha e inapropriadamente, a faltar-me de quando em vez. Consequência de todos estes anos sem sequer umas pequenas bacances  na Lusitânia? Daí que, ao tentar descrever alguns companheiros, ainda procurar termo apropriado.

"Guardiões do Templo" será obviamente exagerado. Garantes de purismos ideológicos d'antanho? "Barões" do intelecto entre plebe menos dotada? "Controleiros"? (Isso,  não! Lembra demasiado coisas... de um passado pré-histórico!).

De qualquer modo lá pairam, com autoridades ideológicas várias, procurando sempre... paternalmente (uns mais que outros)... corrigir desvios a umas linhas de pensamentos, e maneiras de estar na vida, para eles mais ou menos centrais. Poucos já se atrevem a, em postes ou comentários, algo escrever que possa vir a provocar estes "puristas do correcto". E para quê? Algumas das controvérsias e debates já foram, desnecessariamente, desagradáveis. ( E, aqui não me refiro aos que sempre procuram, mais ou menos conscientemente, SAIR FORA DOS PARÂMETROS PARA OS QUAIS ESTE BLOGUE FOI CRIADO).

Quem se der ao trabalho de "folhear" páginas antigas do blogue, ficará surpreendido com a continuidade com que alguns destes "guardiões" sistematicamente procuram corrigir as tais opiniões menos... ortodoxas.

E é pena, porque há sempre o perigo de se acabar por cair em monotonias cinzentas de unanimidades sempre obtidas nas sociedades de... "pensamento d' Estado".

Para a existência saudável de um Blogue-Documental,  tão importante como este, terá sempre que ser...VIVO. Haverá que haver o cuidado de permitir aos que não pensam exactamente da mesma maneira a liberdade de se não perfilarem sempre (!) pelo pautado.

Esta tendência de alguns (imbuída?) de corrigir o... "diferente"... torna-nos a todos mais limitados. Alguns destes meus pensamentos poderão parecer a uns quantos como exagerados, injustos e inapropriados, mas surgiram após muitas longas horas de leituras atentas às sucessivas páginas (antigas) do blogue. (As vantagens de se viver na Lapónia Sueca?)

Um grande abraço amigo do
José Belo

Estocolmo / 25 de Maio/2011 (**)
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de > 13 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8263: Controvérisas (123): A guerra. As realidades locais e as bajudas de mama firmada (José Belo)

(**) Último poste da série > 15 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6991: Da Suécia com saudade (28): Da Lapónia à Flórida, mas voltando sempre à nossa querida pátria lusa: As viagens são os viajantes... (José Belo)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7623: In Memoriam (70): Na morte de Vitor Alves (1935-2010). Em memória de um homem honesto. (Mário Fitas)


1. O nosso camarada Mário Fitas, ex-Fur Mil OpEsp/RANGER da CCAÇ 763 “Os Lassas”, Cufar, 1965/66, enviou-nos, em 14 de Janeiro, a seguinte mensagem.
Vitor Alves. Em memória de um homem honesto.
Camaradas,

Anexo, algo do pouco que vi publicado sobre um homem do 25 de Abril

O dedo na ferida!

Porque nós nos calamos?

Como queremos ser respeitados?

Vitor Alves, um dos mais sãos do 25 Abril teve esta projecção mediática apenas e alguns rodapés.

Obrigado António Duarte,

Mário Fitas
Fur Mil OpEsp/RANGER da CCAÇ 763

____________
Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:

segunda-feira, 30 de março de 2009

Guiné 63/74 - P4107: Blogpoesia (35): Tinhas no olhar / sinais seguros de esperança... (José Brás)

1. Mensagem, com conhecimento ao blogue, enviada pelo nosso camarada José Brás (alentejano, ex-Fur Mil da CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68, autor do romance Vindimas no Capim, Prémio de Revelação de Ficção de 1986, da Associação Portuguesa de Escritores e do Instituto Português do Livro e da Leitura), à Cristina Nery, filha e neta de camaradas nossos, investigadora Universidade de Coimbra, que se tem interessado pela poesia da guerra colonial (*).

Aproveitamos para saudar os poetas da guerra colonial, os seus exegetas, os seus estudiosos, os seus críticos , os seus editores e os seus leitores, que hoje se reunem em Coimbra, na velha Universidade de Coimbra, e onde já devem estar os nossos camaradas José Manuel Lopes (Unidos de Mampatá), da Régua, e o Vasco da Gama (Tigres do Cumbijã), da Figueira da Foz (**)... A guerra acabou ! Que vivam os poetas ! LG

Dr.ª Cristina Nery

Há muito tempo longe do ambiente da memória da guerra, ultimamente buscando as gentes que cruzaram os mesmos lugares, juntos ou separados no tempo e no modo, gostaria de estar amanhã em Coimbra mas "o rei manda marchar mas não manda chover".

Envio-lhe aqui alguns textos a que não me atrevo a chamar "poesia", porém sofridos na terra da Guiné.

Cumprimentos
José Brás



2. Blogpoesia (35) > Missa virada

tinhas no olhar
sinais seguros de esperança
quando
numa quente segunda-feira
de verão
em 64
eles vieram à vila
tomar-te o peso
o pulso
a medida do peito
o sonho
o sonho não

à tarde
quando partiram
a tua ficha dizia apenas
João
20 anos
apto para todo o serviço

tinhas na boca
uma leve aragem de troça
e nos olhos
sinais seguros de esperança
quando
numa suave manhã
de maio
em 65
passada a porta d’armas
os muros do regimento
pretenderam
separar-te
do aroma dos pinhais

e o aroma dos pinhais
ardia em ti
nas noites
de Maio de Junho e de Julho
quando
após o cross
a ordem unida
a instrução da mauser
e da guerra subversiva
o sonho retomava o seu lugar
subvertendo o cansaço
a raiva
e a ordem das coisas

nas Caldas da Rainha
os pinhais
tinham o mesmo aroma
dos pinhais do mundo inteiro
e o cansaço
a esperança
e a raiva
subiriam contigo ao Niassa
numa gelada manhã
de Novembro
em 66
no Cais da Rocha

os compêndios
de instrução militar
diziam
que na Guiné
não havia pinhais
queriam convencer-te
que na Guiné
o sonho morrera
e tu sabias da gente
sonhando a liberdade
de armas na mão
na escola da guerrilha
nas clareiras abertas
p’lo napalm

a mata da Guiné
seria o caminho
da tua liberdade
ouviras dizer
que nenhum homem
é livre
enquanto oprime outro homem
e concluíras
que
na mata da Guiné
como nos pinhais da tua terra
o sonho e a luta
libertavam
o homem

tinhas
nos olhos
sinais seguros
de esperança
e o sonho
retomava o seu lugar
subvertendo o cansaço
a raiva
e a frieza da G3
quando
deixaste o quartel
na direcção de Guileje
a caminho do corredor
onde a liberdade se ganhava
e se perdia
em cada passo em frente
em cada morte

tinhas no olhar
sinais seguros
de esperança
e na tua frente
a mata
densa
da Guiné
confundia-se
com os pinhais da tua terra
quando
a mina
te rasgou o peito
no corredor
perto do destacamento
da Chamarra

José Brás, s/d

[Fixação / revisão de texto: L.G.]

___________

Notas de L.G.:

(*) Vd. último poste desta série Blogpoesia > 29 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4100: Blogpoesia (34): Regressei um dia / lavando a alma na espuma das lágrimas... (António Graça de Abreu)

(**) Vd. postes de:

29 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4099: Poetas da guerra colonial, amanhã em Coimbra, com um abraço ao Vasco da Gama (José Brás)

29 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4097: Dar uma aula, em Coimbra, aos poetas que escrevem sobre (mas não fizeram) a guerra (Vasco da Gama)

29 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4093: Agenda Cultural (5): Poetas da guerra colonial em conferência internacional, Coimbra, CES/UC, 30/3/2009 (Cristina Néry)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Guiné 63/74 - P2280: Blogoterapia (35): Freedom first, not security... Primeiro, a liberdade e depois a segurança... (Manuel Lema Santos)

1. Mensagem do Manuel Lema Santos, que é um querido camarada da Marinha, ou melhor da Reserva Naval (1):

Estimados Tertulianos e ex-Camaradas,

A função tempo não perdoa e, infelizmente, não cresce quando necessário. Neste caminho perdi claramente o fio à meada e não tenho acompanhado, como gostaria de fazer, a pedalada do nosso Blogue mas as pessoas têm de fazer opções e eu assumo as minhas.

Entretanto, também decidi simplificar algumas coisas da minha vida profissional nas quais incluo os endereços de correio electrónico. Gostaria que alterassem o meu e passassem a utilizar este de onde envio a mensagem:
mlemasantos@gmail.com

Tenho tido bastantes problemas com o lixo dos servidores da Telepac e estou a diligenciar mudar de operador. Já agora, pedia o favor de o comunicarem, aos restantes elementos da Tertúlia uma vez que tenho a minha lista de endereços mais que desactualizada e até incompleta.

Aproveito, porque li a mensagem do Jorge Tavares (2), para manifestar a minha opinião sobre o assunto e já muitas vezes o fiz quer particularmente quer em até artigos de opinião.

A Internet é um meio único de comunicação, pesquisa, registo, interacção, etc.
Protegê-la sim (todos se devem preocupar com esta vertente), limitá-la nunca, muito menos em comunidades abertas como o fenómeno Guiné em que é desejável que todos os que passaram por aquela vivência possam comunicar com todos os que estão nas mesmas condições ainda que, por opção pessoal ou outra, normalmente até nem o façam.


Tal como a liberdade, limitá-la é uma situação que deve ser devidamente ponderada e avaliada em função dos riscos para a própria Comunidade, que se deseja aberta e universal no debate e troca de ideias.

Não representará directamente o princípio de uma indesejável e mal amada hierarquização da própria comunicação entre tertulianos, filtrando?

Afinal a Tertúlia não se destina a fomentar a Comunicação, Diálogo, efectuando troca de Relatos, Acontecimentos com a finalidade de reescrever a História vivida pelos próprios Tertulianos na Guiné?

Vou regredir no tempo e no espírito com que aderi, partindo do princípio de que não devem comunicar comigo suportando o conceito numa ameaça velada de que o meu endereço de correio electrónico pode vir a ser indevidamente utilizado?

A comunidade de ex-combatentes da Guiné merece melhor!

Um abraço para todos,
Manuel Lema Santos

2. Comentário de L.G.:

Ou não será Armindo Batata, em vez de Jorge Tavares ? Julgo haver aqui uma confusão, ou por minha parte ou parte do Lema Santos. Eu julgo que ele queria referir-se ao Armindo, que nos mandou em 25 de Outubro último, uma mensagem anti-SPAM:

Caros camaradas: A generalidade das mensagens de email que recebo dos membros da tertúlia, contêm os endereços de todos os outros. Os profissionais das listas de email chamarão a estas mensagens 'um figo'. Em consequência, a quantidade de SPAM vem aumentando de forma perfeitamente inusitada. Sugiro que coloquem os endereços em CCo ou BCC de forma a circularem invisíveis na Rede, como está a acontecer com este email que está a ser lido por todos os membros da tertúlia.

Obrigado
Cumprimentos
Armindo Batata


Eis a minha resposta, passados alguns dias (29 de Outubro)... Ao mail dele, eu respondi, ao Armindo, nos seguintes termos:

Armindo:

Tens toda razão... A malta só que tem que actualizar, periodicamentre, a lista de endereços que vai crescendo todas as semanas... Lamento que tenhas decidido sair da lista, mas entendo a tua preocpuação com a
security, first... Este mail vai ser lido por ti e pelo resto da Tabanca Grande, uma vez que estou a usar o Cco (ou BBC, em inglês) para ocultar os nossos endereços... De qualquer modo, estes estão visíveis na página da nossa tertúlia... Quem tem caixa de correio no Gmail, pode sempre denunciar como Spam todas as mensagens suspeitas e/ou indesejáveis. Um Alfa Bravo. Luís


Estou inteiramente de acordo com o Lema Santos: Primeiro, a liberdade, depois a segurança... Alguns procedimentos, simples, devem ajudar-nos a protegermo-nos contra o SPAM, os hackers, os provocadores, os inimigos da liberdade, etc... Mas não entremos em paranóia... Como na guerra, ontem, a sabedoria, o bom senso, a frontalidade e a camaradagem são meio caminho andado para a sobrevivência e o sucesso de qualquer indivíduo ou grupo... Afinal, o nosso objectivo comum é... comunicar uns com os outros (Etimologicamente, do latim communicare, pôr em comum, partilhar...).

___________

Notas de L.G.:

(1) Vd.posts do Manuel Lema Santos:

13 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1842: 10 de Junho: Nós também estivemos lá (A. Marques Lopes / Lema Santos)

21 de Abril de 2006 > Guiné 63/74 - DCCXXIII: Apresenta-se o Imediato da NRP Orion (1966/68) e 1º tenente da reserva naval Lema Santos

16 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1665: Operação Larga Agora, Tancroal, Cacheu, local maldito para a Marinha (Parte I) (Lema Santos)

13 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1586: Debates da nossa tertúlia (I): Nós e os desertores (2): Lema

7 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1571: A Operação Larga Agora, o Tancroal / Porto Batu e as cartas náuticas do Instituto Hidrográfico (Lema Santos)

11 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1420: O cruzeiro das nossas vidas (5): A viagem do TT Niassa que em Maio de 1969 levou a CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (Manuel Lema Santos)

21 de Abril de 2006 > Guiné 63/74 - DCCXXIII: Apresenta-se o Imediato da NRP Orion (1966/68) e 1º tenente da reserva naval Lema Santos