Capa do livro do Francisco Baptista, natural de Brunhoso, concelho de Mogadouro, Terra Fria, Nordeste Transmontano, "Brunhoso, Era o Tempo das Segadas - Na Guiné, o Capim Ardia" (Edição de autor, 2019, 388 pp.)
1. Comentário (*) de Francisco Baptista, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2616 / BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72), natural de Brunhoso, Mogadouro:
Do "Labirinto da Saudade", Camões não pertence a ninguém, mas na medida em que emprestou forma à existência e ao ser ideal da "pequena casa lusitana" e assim a subtraiu à informe existência histórica empírica, a ele pertencemos.
Pela poesia lírica e pelos "Lusíadas", o grande poema heroico português que, ao cantar a história de um passado glorioso nos quer projectar para um futuro venturoso, eu na minha pequenez e humildade, considero-me um filho espiritual da Pátria que ele nos legou.
Do "Labirinto da Saudade", Camões não pertence a ninguém, mas na medida em que emprestou forma à existência e ao ser ideal da "pequena casa lusitana" e assim a subtraiu à informe existência histórica empírica, a ele pertencemos.
Pela poesia lírica e pelos "Lusíadas", o grande poema heroico português que, ao cantar a história de um passado glorioso nos quer projectar para um futuro venturoso, eu na minha pequenez e humildade, considero-me um filho espiritual da Pátria que ele nos legou.
Fernando Pessoa é uma águia que voou muito alto e que por vezes se torna difícil de interpretar, quando o conheci um pouco melhor, já tinha assimilado a lição de Luís de Camões.
Sou transmontano, orgulhoso por necessidade, como todos os homens das montanhas, onde há mais urze, silvas e torga, com raízes fundas nessa terra pobre, que me identifico mais com Portugal quando, raramente, estou lá fora.
Obrigado, José Belo, obrigado, Luís Graça. Gosto destes temas, aquecem-me o cérebro. (**)
Abraço.
10 de agosto de 2022 às 17:15
2. Comentários a este comentário do Francisco Baptista (*):
(**) Último poste da série > 12 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23518: O nosso querido mês de agosto, pós-pandémico: o que é ser português, hoje ? (1) : É estar no mundo como em casa (Telma Pinguelo, Toronto, Canadá, citando o etnólogo Jorge Dias)
Sou transmontano, orgulhoso por necessidade, como todos os homens das montanhas, onde há mais urze, silvas e torga, com raízes fundas nessa terra pobre, que me identifico mais com Portugal quando, raramente, estou lá fora.
Obrigado, José Belo, obrigado, Luís Graça. Gosto destes temas, aquecem-me o cérebro. (**)
Abraço.
10 de agosto de 2022 às 17:15
2. Comentários a este comentário do Francisco Baptista (*):
(i) José Belo:
“Que me identifico mais com Portugal quando estou lá fora”...
Meu Caro Amigo e Camarada Francisco Baptista: Quando o “lá fora” é um aqui, ali e acolá, as identificações tornam-se… esquizofrénicas!
E surge a pergunta de um tal Fernando Pessoa: “Será que alguma vez vou poder compreender o nada que sou?”
10 de agosto de 2022 às 21:30
“Que me identifico mais com Portugal quando estou lá fora”...
Meu Caro Amigo e Camarada Francisco Baptista: Quando o “lá fora” é um aqui, ali e acolá, as identificações tornam-se… esquizofrénicas!
E surge a pergunta de um tal Fernando Pessoa: “Será que alguma vez vou poder compreender o nada que sou?”
10 de agosto de 2022 às 21:30
(ii) Antº Rosinha
O português lá fora é mais português e menos bairrista, se for transmontano pode ir às festas da casa do Minho ou das Beiras, se for algarvio pode ir ao clube transmontano e assim por diante.
Lá fora o "lagarto" pode torcer pelo "Porto", cá é tudo contra o "Norte"... até os comemos!
10 de agosto de 2022 às 22:24
O português lá fora é mais português e menos bairrista, se for transmontano pode ir às festas da casa do Minho ou das Beiras, se for algarvio pode ir ao clube transmontano e assim por diante.
Lá fora o "lagarto" pode torcer pelo "Porto", cá é tudo contra o "Norte"... até os comemos!
10 de agosto de 2022 às 22:24
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Notas do editor:
(*) vd. poste de 10 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23512: Notas de leitura (1473): Eduardo Lourenço (1923-2020): afinal, quem são os portugueses, e o que significa ser português? (José Belo, Suécia)