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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20287: Agenda cultural (707): Curso “A Herança Judaica em Portugal” pela Universidade Lusófona: dias 9, 16, 23, e 30 de novembro, Livraria-Galeria Municipal Verney/ Col. Neves e Sousa, Oeiras


Guiné > c. 1954/55 > Carlos Schwarz da Silva, "Pepito" (Bissau, 1949-Lisboa, 2014), entºao  com "seis/sete anos",  e Clara Schwarz da Silva (Lisboa, 1915- Lisboa, 2018).

Foto do arquivo de João Schwarz da Silva, que vive em Paris, e que edita a página da Web, "Des Gens Intéressants". São três membros da mesma família que fazem parte da nossa Tabanca Grande e têm ascendência judaica, como muitos outros portugueses que ignoram completamente esse facto, a herança (genética) hebraica...

Fonte: Página "Des Gents Intéressants", de João Schwarz da Silva (2017) (com a devida vénia...)


1. Mensagem de Maria José Rijo, técnica superior da CM Oeiras:

Data: 29 out 2019 13:52



Assunto: Curso “A Herança Judaica em Portugal” pela Universidade Lusófona:

Sinopse:

Potenciada pela recente lei que permite aos descendentes dos sefarditas obter a nacionalidade portuguesa, a procura e reencontro com a memória e identidade judaica é hoje um forte ponto de interesse em Portugal. Verifica-se uma intensa dinâmica cultural em torno desta temática com a proliferação de museus e centros interpretativos.

Que lugar dão os portugueses a esse património quase desconhecido que hoje se começa a vislumbrar?

Este curso proporcionará uma abordagem aos aspetos mais importantes e significativos da cultura sefardita, neste reencontro fundamental com a nossa História.



Livraria-Galeria Municipal Verney/ Col. Neves e Sousa, Oeiras


9 Nov, sáb, 15h: Curso Lusófona (1ª sessão) – "A herança judaica em Portugal: A antiguidade da presença na Península Ibérica", por Paulo Mendes Pinto.

16 Nov, sáb, 15h: Curso Lusófona (2ª sessão) – "A herança judaica em Portugal: Sinagogas, Judiarias e Comunidades",  por António Caria Mendes.

23 Nov, sáb, 15h: Curso Lusófona (3ª sessão) – “A Inquisição no património mental”,  por Susana Bastos Mateus


30 Nov, sáb, 11h: Curso Lusófona (4ª sessão) – “As cosmopolitas comunidades da diáspora: Amesterdão e Nova Iorqu",  por Susana Bastos Mateus e Carla Vieira


Preço: 15€ (para todas as sessões)

Informações e inscrições: galeria.verney@cm-oeiras.pt;


Maria José Rijo

Técnica Superior
Livraria-Galeria Municipal Verney/ Col. Neves e Sousa
Divisão de Bibliotecas e Equipamentos Culturais
Câmara Municipal de Oeiras
Rua Cândido dos Reis, nº90-90 A
2780-211 Oeiras

Tel: 21 440 83 29/ Ext: 51505

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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20269: Agenda cultural (706): III Encontros Literários de Montemor-o-Novo, a levar a feito na Biblioteca Municipal Almeida Faria, entre os dias 24 e 27 de Outubro (José Brás)

sábado, 16 de agosto de 2008

Guiné 63/74 - P3134: Blogoterapia (60): Memórias da CCAÇ 555, Cabedu, 1963/65 (Norberto Costa)

1. Mensagem, com data de ontem, do Norberto Gomes da Costa, ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 555, Cabedu (1963/65) (*):


Meu caro Carlos Vinhal,

Começo por te cumprimentar pessoalmente, já que é a primeira vez que a ti me dirijo. Ao mesmo tempo que te agradeço a disponibilidade e o modo como lidaste com o meu texto, bastante extenso, dividindo-o em três partes (**), dando-lhe títulos sujestivos e muito a propósito, revelando, da tua parte, talento na edição de textos. Foi um excelente trabalho da equipa editorial, que, neste momento, parece ser da tua responsabilidade.

Aproveito ainda a oportunidade para agradecer a todos que se me dirigiram, comentando, de algum modo, o que foi escrito sobre Cabedú dos anos 1963, 64 e 65, em particular ao meu amigo Mendes Gomes, colega de Empresa e parceiro de trabalho durante alguns anos e que já não vejo há uns tempos (***).

Um abraço
para ele que é extensivo a todos os animadores do blogue.
Saudações,
Norberto Gomes da Costa

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Notas de L.G.(ainda em férias):

(*) 16 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3063: Notícias da CCAÇ 555 (Cabedu, Out 1963/ Out 1965) (Norberto Gomes da Costa)

(**) Vd. postes de:

11 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3127: Memórias da CCAÇ 555, Cabedú 1963/65 - I Parte: Baptismo de fogo junto à Ilha do Como (Norberto Costa)

12 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3130: Memórias da CCAÇ 555, Cabedú, 1963/65 - II Parte: O nosso quotidiano em Cabedú (Norberto Costa)

13 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3131: Memórias da CCAÇ 555, Cabedú, 1963/65 - III Parte: Cabedú... até ao nosso regresso (Norberto Costa)

(***) Comentário de Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes:

Ó seu pirata Gomes da Costa! Foste um óptimo programador da CGD em Lisboa. Trabalhei contigo, lado a lado, durante anos. E foste meu antecessor na guerra do Como. E nunca disseste nada!...Agora apareces-me aqui com a toga de Historiador!...Fico à espera de mais...

Recebe um grande abraço
Joaquim Mendes Gomes ( o Gómes...como tu dizias)


Recorde-se que o nosso amigo e camarada Joaquim Mendes Gomes foi Alf Mil CCAÇ 728. Sobre a história desta unidade, vd. os seguintes posts:

20 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1194: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (1): Os canários, de caqui amarelo
2 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1236: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (2): Do Alentejo à África: do meu tenente ao nosso cabo

20 Novembro 2006 > Guiné 63/74 - P1297: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (3): Do navio Timor ao Quartel de Santa Luzia

1 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1330: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (4): Bissau-Bolama-Como, dois dias de viagem em LDG

11 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1359: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (5): Baptismo de fogo a 12 km de Cufar

8 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1411: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (6): Por fim, o capitão...definitivo

22 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1455: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (7): O Sr. Brandão, de Ganjolá, aliás, de Arouca, e a Sra. Sexta-Feira

8 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1502: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (8): Com Bacar Jaló, no Cantanhez, a apanhar com o fogo da Marinha

11 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1582: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (9): O fascínio africano da terra e das gentes (fotos de Vitor Condeço)

29 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1634: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (10): A morte do Alferes Mário Sasso no Cantanhez

5 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1646: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (11): Não foi a mesma Pátria que nos acolheu

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Guiné 63/74 - P1722: Provetas, crime e castigo, louvores e punições, erros e perdões (Jorge Cabral)



Cópia do louvor atribuído pelo Comandante do CAOP2 ao Alf Mil Art Jorge Cabral (Fá e Missirá, 1969/71), comandante do Pel Caç Nat 63, transcrito na Ordem de Serviço nº 188, de 9 de Agosto de 1971, do Batalhão de Artilharia 2917 (pag. 774). Classificação Reservado.

Foto: © Jorge Cabral (2007). Direitos reservados

1.Mensagem do Jorge Cabral, de 20 de Abril de 2007:

Amigo Luís,

Continuo a acompanhar o teu / nosso blogue, o qual me ajuda a reconstituir um tempo demasiado importante da minha vida. Claro que escrevemos de nós para nós, sendo muito difícil a quem nunca foi a África, fez a tropa ou viveu a Guerra, entender.

Os meus alunos às vezes espreitam... mas não percebem nada. Como explicar-lhes o que era habitar Missirá?

Há anos, o meu irmão Carlos visitou a Guiné e quis ver Missirá. Conseguiu que o levassem e, lá chegado, imaginando-me ali, chorou...

Fui sempre um paisano incorrigível, desalinhado, marginal, mais do que crítico, um gozador... com óbvia falta de vocação militar. Para que serviam os Serviços Psicotécnicos do Exército? Com que critérios me classificaram como Atirador e depois me fizeram Comandante de Destacamentos?

Devia ter sido Alferes - Básico, e o certo é que se tivesse sido incorporado um ou dois anos mais tarde, acabaria também eu, tal como muitos dos meus Colegas, em Capitão - Proveta (1).

Como tu, ou o Mexia Alves, fui louvado, afirmando-se que "o (meu) trato afável e habilidade para lidar com tropa africana e populações, (me) grangearam grande prestígio".

Alguém nos ensinou essa capacidade para lidar com o outro, para o entendermos, para nos adaptarmos? Não se ensina, nem se aprende, é inata!

Tivéssemos servido entre chineses ou esquimós e os nossos louvores diriam o mesmo.

Excluindo a preparação física, muito pouco de útil, me transmitiram na Recruta e na Especialidade.

Mais ou menos Provetas éramos todos! Nos últimos meses comandei três operações. Numa delas, fui obrigado a tomar decisões complicadas. Como teria agido no início da Comissão?

Na Guerra como no Amor, só a experiência é Mestra!

Quero crer que nenhum Capitão falhou deliberadamente. Alguns obedeceram a ordens absurdas. Não tiveram coragem para desobedecer...

Erros cometemos todos. Lá e cá. Não podemos voltar atrás. Quem foi culpado de, por tibieza ou estupidez, ter contribuido para tão trágicos episódios, certamente sentiu durante todos estes anos, profundo arrependimento e enorme mágoa.

Falar hoje em perdão terá algum sentido?

Abraço Grande
Jorge


PS - Junto, muito amarfanhado, o meu Louvor.

2. Comentário do editor do blogue:

Jorge, amigo e camarada: Estou em total sintonia contigo. Não se nasce soldado. Não se nasce oficial nem cavalheiro. Não se nasce líder nem comandante. Todos fomos provetas, ou pelo menos periquitos. Todos estávamos mal preparados para compreender e fazer aquela guerra. Ou até simplesmente lidar com aquele(s) povo(s). Todos aprendemos, fazendo, errando... Com sangue, suor e lágrimas... quase sempre.

Pessoalmente, tenho dificuldade em ser juiz de quem quer que seja, o mesmo é dizer, condenar ou perdoar. Muito menos ser juiz de ex-combatentes. Só posso falar do que conheci, vivi, testemunhei... Em relação aos combatentes, de um lado e de outro, que morreram, curvo-me perante a sua memória. Outros rezarão por eles. São duas formas de respeito pelos mortos em combate. Esquecer os erros, não esqueço. Erros ou negligências graves dos nossos comandantes que estiveram na origem de morte de camaradas nossos...

Perdoar os crimes (de guerra ou contra a humanidade), tenho muito mais dificuldade, mas felizmente não participei em (nem creio ter sido testemunha de) nenhum... Mas não era sobre isso a que te querias referir, tu que és perito em direito penal.

Crime e castigo, erros, louvores, punições, perdões... Ao menos, temos uma norma (saudável), na nossa tertúlia, que é a da recusa da autoculpabilização e da responsabilidade colectiva. Crime e castigo devem ter sempre um rosto... Nem o povo português nem o povo guineense podem - ontem, hoje ou amanhã - ser acusados de crimes cometidos em seu nome, pelos seus líderes políticos e militares...

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Notas de L.G.:

(1) Vd. posts de:

18 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1674: Efemérides (3): A tragédia do Quirafo: rezar pelos mortos e perdoar aos vivos (Joaquim Mexia Alves)

17 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1669: Efemérides (1): A tragédia do Quirafo, há 35 anos (Paulo Santiago / Vitor Junqueira / Luís Graça)

23 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P980: A tragédia do Quirafo (Parte I): o capitão-proveta Lourenço (Paulo Santiago)

21 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P976: A morte do Alf Armandino e a estupidez do capitão-proveta (Joaquim Mexia Alves)