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sexta-feira, 2 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18371: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XX: o render da guarda do palácio do Governador, aos domingos, "grande ronco"


Foto nº 1 > Bissau > Palácio do Governador – neste caso ocupado pelo general Spínola  [1968-1973] >  Junho de 1969 > Render da Guarda >  Faz parte um destacamento da Marinha (fuzileiros), a força mais vistosa, e uma força do Exército, Infantaria, Cavalaria ou Artilharia, ou dos Comandos, ou Paraquedistas e  bem como a Banda Militar de  Bissau.


Foto nº 2 >  Bissau > Palácio do Governador >  Junho de 1969 > Render da Guarda > A força da Marinha (fuzileiros) na escadaria do Palácio do Governador; 


Foto nº 3 > Bissau > Palácio do Governador  >  Junho de 1969 > Render da Guarda >  A Banda e os fuzileiros, dando a volta ao Palácio em formação 


Foto nº 4 >  Bissau > Palácio do Governador >  Junho de 1969 > Render da Guarda > A força da armada portuguesa logo atrás,  fazendo as honras militares ao Governador 


Foto nº 5 >  Bissau > Palácio do Governador >  Junho de 1969 > Render da Guarda >  As forças  em parada descendo a Avenida da Republica, acompanhada por populares locais que apreciavam estes desfiles e a atuação da vistosa banda militar de Bissau (, constituída exclusivamente por militares do recrutamento local);


Foto nº 6 >  Bissau > Palácio do Governador >  Junho de 1969 > Render da Guarda > Novas fotos com a parada militar pela avenida abaixo, com participação da banda, fuzileiros e população local;


Foto nº 7 >  Bissau > Palácio do Governador  >  Junho de 1969 > Render da Guarda > As forças  em parada descendo a Avenida da Republica, acompanhada por populares locais que apreciavam estes desfiles e a atuação da banda militar africana.


Foto nº 8 >  Bissau > Palácio do Governador >  Junho de 1969 > Render da Guarda > A população local perfilada pela berma da rua principal, para ver e apreciar as nossas tropas, aplaudindo-as à sua passagem. Não esquecer que estava lá também a banda militar africana.

Fotos: © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69), e que vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado. (*)

Assunto - Tema T025 – Render da Guarda no Palácio do Governador em Bissau

(i) Anotações e Introdução ao tema:

Todos os domingos havia uma cerimónia militar com grande envergadura e acompanhada de perto pelas populações locais e militares que se encontravam em Bissau, com "grande ronco",  com vista a mostrar que estava lá um representante do Governo da Republica, e a reforçar a imagem de Portugal.

Tive a oportunidade de assistir algumas vezes ao render da guarda do palácio, por me encontrar em Bissau nesses dias de Domingo de manhã, mas só tenho fotos reais captadas pouco mais de um mês antes de embarcar, de regresso, em Junho de 1969. Nota-se o piso molhado, com poças de água, devido ao tempo de chuvas que era o máximo nessa época.

(ii) Legendas das fotos:

F1 – Mostra o Palácio do Governador da província – neste caso ocupado pelo general Spínola. Faz parte da guarda um destacamento da Marinha, a força mais vistosa, e uma força do Exército, Infantaria, Cavalaria ou Artilharia, ou dos Comandos, Paraquedistas e Fuzileiros, bem  como a Banda Militar, constituída por elementos do recrutamento local.

F2 – A força da Marinha na escadaria do Palácio do Governador;

F3 – A Banda Militar dando a volta ao Palácio. (**)

F4 – A força da armada portuguesa (fuzileiros),  logo atrás,  fazendo as honras militares ao Governador

F5 – As forças  em parada descendo a Avenida da Republica, acompanhada por populares locais que apreciavam estes desfiles e a atuação da Banda Militar.

F6 – Novas fotos com a parada militar pela avenida abaixo, com participação da banda, marinha e população local;

F7 – A parada após ter descido a avenida, volta a subir até ao cima da Rotunda, onde se vê a bandeira e o Palácio do Governador, cor-de-rosa.

F8 – A população local perfilada pela berma da rua principal, para ver e apreciar as nossas tropas, aplaudindo-as à sua passagem. Não esquecer que estavam lá também tropa africana (a banda militar)

Em, 12-02-2018 - Virgílio Teixeira

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».
___________________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 27 de fevereiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18360: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XIX: Visita ao território, do Presidente da República Almirante Américo Tomás, com início em 2/2/1968 - II (e última) parte


Postal ilustrado da época >  A Banda Militar de Bissau

(**) Vd. poste de  29 de setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5030: Memórias e histórias minhas (José da Câmara) (7): Servir Bissau: uma contenda inglória onde o pesadelo e o ronco se misturavam

(...) A guarda ao Palácio englobava as seguintes forças essenciais:

a) - Uma Secção de tropa regular, comandada por um Sargento da Guarda, que tinha a seu cargo os postos de sentinela ao fundo do jardim e ainda um posto de sentinela ao lado direito do jardim. A segurança era feita durante o dia do lado de fora do jardim. Com o render dos postos de sentinela às seis horas da tarde a segurança passava a ser feita do lado de dentro dos muros.

b) - Uma Secção da Polícia Militar, incluindo um sargento e um oficial, que tinha a seu cargo o pórtico principal do Palácio e o portão lateral de serviço geral.

c) - Durante a noite, entre as dezoito e as seis horas, a segurança era reforçada com um elemento da Polícia de Segurança Pública, que ficava encarregado do espaço entre a casa da guarda e do pessoal civil servente do Palácio e o edifício principal.

d) - Também durante a noite, a segurança era ainda reforçada com um cão treinado em segurança e respectivo tratador, na altura um pára-quedista, que tinha a seu cargo o patrulhamento do interior do jardim,

(...) No Domingo de manhã acontecia ronco grande em Bissau.

O atavio militar das Praças da Guarda era o fardamento n.º 2, com cordões brancos nas botas, tendo como armamento a G3. O Sargento da Guarda também vestia o fardamento n.º 2, com luvas brancas e cordões das botas da mesma cor. O seu armamento era a FBP. Durante a cerimónia o carregador na arma estava vazio. Em verdade se diga, os carregadores que estavam nas cartucheiras estavam devidamente carregados.

(...) Para além das Praças da Guarda, as Forças em Parada eram, normalmente, as seguintes: dois Grupos de Combate reduzidos, nesta nossa participação, da CCaç 3327, com fardamento n.º 2 e G3, um Pelotão da Polícia Militar em camuflado e G3, e um Grupo do Destacamento de Fuzileiros Navais em fardamento branco e G3. Os Leopardos (se a memória não me falha essa era a sua sigla e sujeito a correcção) de Bissau, com os seus inconfundíveis turbantes vermelhos, eram a Banda Militar que nos acompanhavam nestas cerimónias.

Após o içar da bandeira e o render da Guarda, as forças desfilavam pela Avenida da República indo destroçar junto ao Quartel da Amura.


(...) Nunca poderei esquecer a atenção e o respeito que os guineenses demonstravam nestas cerimónias. Novos e velhos, homens e mulheres seguiam com muita atenção todos os pormenores do içar da bandeira e do Render da Guarda. Vi muitos deles saudar com continência a Bandeira que subia no mastro, e senti o calor de milhares de palmas quando as nossas tropas acabavam as manobras em frente ao Palácio e desfilavam pela Avenida da República. Nestas ocasiões, devo confessar, não sentia que os guineenses procuravam a sua independência. Quanto muito desejavam a paz, a mesma paz que nós procurávamos. Nós éramos a sua esperança. (,,,)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Guiné 63/74 - P11955: Manuscrito(s) (Luís Graça) (9): Em honra da Lourinhã e da(s) sua(s) banda(s) filarmónica(s)



Vídeo (2' 01'): Luís Graça (2013. Alojado em You Tube > Nhabijoes


Lourinhã > Jardim de Nossa Senhora dos Anjos > 15 de agosto de 2013 >  Concerto pela Banda filarmónica da AMAL - Associação Musical e Artística da Lourinhã. Maestro: João Alberto de Menezes dos Santos.



Vídeo (4' 38''): Luís Graça (2013). Alojado no You Tube > Nhabijoes

Lourinhã > Jardim de Nossa Senhora dos Anjos > 15 de agosto de 2013 > Marcha da Lourinhã, da autoria de António Epifânio Ribeiro.  Banda filarmónica da AMAL - Associação Musical e Artística da Lourinhã. Maestro: João Alberto de Menezes dos Santos

1. A Lourinhã é uma terra, com passado, presente e futuro. É uma terra, por exemplo, que acarinha  os seus antigos combatentes (20 dos quais deram a vida pela Pátria na guerra colonial,  de 1961/74), mas  também as suas crianças e eos seus jovens. Tem três bandas filarmónicas (Lourinhã, Atalaia e Moita dos Ferreiros), todas elas com a sua escola de música.  E todas elas, ao longo do tempo, têm formado e fornecido valiosos elementos para as nossas bandas militares (Arnada, Força Aérea e Exército).

A banda da Lourinhã,  centenária mas extremamente jovem, é um exemplo a ser apontado e elogiado. Em honra desta terra, que me viu nascer, e onde costumo passar férias e fins de semana, insiro hoje dois vídeos que gravei da atuação recente da banda da AMAL.

António Epifâneio Ribeiro, autor da  marcha ".Lourinhanense",  nasceu em 1890 e faleceu em 8 de Fevereiro de 1963. Era natural e residente na Lourinhã. Foi  industrial de sapataria, e amigo do meu pai, Luís Henriques (1920-2012) (que faria hoje 93 anos, se fosse vivo).

O Epifânio Ribeiro [, que eu ainda conheci bem, já bastante surdo, tocava pratos na banda!...]  dedicou-se à música desde os seus 12 anos, tendo sido um grande músico e compositor na Banda dos Voluntários da Lourinhã e antiga Filarmónica Lourinhanense. Tem nome de rua na sua terra natal (Confrontações: Rua da Bica).

Confesso que, tal como o Chico Buarque, tenho uma fascínio por bandas, e eme especial por ver a banda  passar... Enfim, devaneios de verão...

2. Sobre a Banda filarmónica da Lourinhã, hoje da  AMAL [, imagem do brasão à esquerda]

Morada: AMAL
Largo Praça José Máximo da Costa
2534 - 500 lourinhã

A Banda da Lourinhã foi fundada em 2 de Janeiro de 1878, com a designação de Filarmónica Lourinhanense, sendo seu fundador e primeiro Maestro o Anacleto Marcos da Silva (1850-1930).

Na década de 1930, a Banda passou a designar-se Banda dos Bombeiros Voluntários da Lourinhã.

Em 1988 constituiu-se a AMAL - Associação Musical e Artística Lourinhanense, que passou a  integrar a banda local.

Durante os seus 135 anos de existência conta, no seu currículo, com inúmeras atuações um pouco por todo o país. Destacam-se os concertos realizados na ex-Emissora Nacional; nas Ruínas do Carmo; no Auditório, ao ar livre, da Fundação Calouste Gulbenkian; no Teatro da Trindade; na Expo-98, entre outros.

No ano de 1990 a Banda deslocou-se à cidade de Augsburg na então Alemanha Ocidental, onde participou num festival de Bandas Civis, com mais de 150 congéneres de vários países da Europa. Nas provas em que foi atribuída pontuação, a Banda ficou classificada em 1ª categoria com mérito na prova de desfile.

Voltou a deslocar-se à Alemanha, no ano de 1993, para participar nas festas da cidade de Calw, onde fez diversas atuações naquela região, tendo obtido grande êxito.  Por sua vez, em Maio de 2003, efetuou-se, de um modo honroso, a terceira deslocação da Banda ao estrangeiro, desta vez a Ecully – França, ao abrigo do protocolo de geminação existente ente a vila da Lourinhã e esta cidade francesa.

A Banda deslocou-se ao estrangeiro, pela quarta vez, no mês de Maio de 2011, a Deuil-la-Barre, nos arredores de Paris, também ao abrigo do protocolo de geminação existente entre a vila da Lourinhã e a vila de Deuil-la-Barre, exibindo-se com muito agrado de todos.

Através dos tempos teve na sua Direção Artística vários regentes de que se destacam os Maestros:

Anacleto Marco da Silva (1850-1930), seu fundador;

Francisco Baía; Carlos Franco; Belmiro de Almeida;

Manuel Maria Baltazar (1927-1992) [, que eu conheci bem, era meu conterrâneo e meu vizinho, chefe da banda da armada de 1976 a 1987, reformado da marinha, com o posto de capitão-tenente, vd foto à direita];

Élio Salsinha Murcho e, atualmente,  João Alberto de Menezes dos Santos (n. 1964).

Atual presidente da direção da banda da AMAL:
Fernando Gonçalves (telemóvel de contacto: 963846641). Email: amalourinhanense@net.sapo.pt

Fonte: Adapt. de Município da Lourinhã > Banda da Associação Muscial e Artística Lourinhanense

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Nota do editor: