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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18777: Fotos à procura de...uma legenda (106): "As sobras do rancho da tropa"... e as latas de conservas, "made in Portugal", que as crianças levavam à cabeça (Valdemar Queiroz / Museu de Portimão / Virgílio Teixeira)


Foto nº 1 A


Foto nº 1

Guiné > Região de Cacheu > São Domingos > CCS/BCAÇ 1933 > 1968 > "As sobras do rancho da tropa"... [as crianças da vizinhança que vinham, de lata, à cabeça, recolher as sobras dos ranchos e das messes dos nossos aquartelamentos; na foto, pelo menos três delas trazem latas, amarelas, de vários tamanhos,  de conservas de peixe, da marca (branca) "Manos" ou "[Her]manos", da empresa conserveira de Portimão La Rose - Feu Hermanos, fundada em 1902]


Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




1. Mensagem, com data de 22 do corrente,  do Valdemar Queiroz [ex-fur mil, CART 2479 /CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70]:

Assunto: Esclarecimento de uma curiosidade

Boa tarde Luís Graça.

Antes de mais os meus cumprimentos e bom regresso de férias.

A interessante fotografia 'rancho dos pobres' [foto nº 1], do Virgílio Teixeira (*), dá pano para mangas. Eu, que sempre fui bom observador, descobri o... 'MANOS' na lata amarela à cabeça do rapaz ao lado da rapariga de vestido branco [vd. foto nº 1A].

Depois lembrei-me do Museu de Portimão, quase todo ele inserido na antiga Fábrica de Conservas Feu Hermanos.

Depois contactei com o Museu para esclarecimento da minha curiosidade.

Parece muito provável que o djubi tenha à cabeça uma peça de museu.

Luis, se achares interessante publica esta minha troca de emails, com o Museu de Portimão, para esclarecimento da minha curiosidade.

Um grande abraço
Valdemar Queiroz


2. Mensagem de 21 do corrente, enviada pelo Valdemar Queiroz ao Museu de Portimão:

Assunto: Esclarecimento de uma curiosidade

Exmos. Senhores

Boa tarde.

Antes de mais quero enaltecer o extraordinário desempenho para a Cultura a actividade do Museu de Portimão.

Assisti há dias, na RTP2, ao programa 'Visita Guiada' no Museu de Portimão e fiquei encantado.

Agora e por razões de frequentador/comentador no Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, cujo principal conteúdo é o convívio/recordações dos tempos passados na guerra colonial, na Guiné, e não só, surgiu uma curiosidade sobre a extraordinário fotografia 'o rancho dos pobres', de autoria do ex-alferes miliciano Virgílio Teixeira (*).

A fotografia, do ano de 1968, é uma chapa do que habitualmente acontecia: crianças de lata na mão à espera das sobras do rancho da tropa.

Esta fotografia, embora comovente, não representa aparência real e apenas tem um ar sério por se tratar de 'vamos a estar quietos para todos ficarem na foto', bem pelo contrário do que, agora, acontece com as crianças engaioladas nos EUA.

Mas a fotografia levantou-me a curiosidade de me parecer que o rapaz mais crescido, que está ao lado da rapariga de vestido branco, ter à cabeça uma lata amarela de conservas Feu Hermanos. Será?

É esta curiosidade que eu gostava ficar esclarecido e ter um motivo, não só para enaltecer o Museu de Portimão, mas também dar a conhecer que na fotografia aparece um rapaz com uma peça de museu á cabeça.

Agradeço a Vossa melhor atenção.

Os meus respeitosos cumprimentos.

Valdemar Queiroz da Silva


Foto da página inicial do sítio Museu de Portimão (que está instalado na antiga fábrica de conservas La Rose - Feu Hermanos. fundada em 1902). Foto reproduzida com a devida vénia...

[É um dos museus portugueses mais premiados, a nível nacional e internacional, tendo-lhe sido atribuídos, desde a sua abertura em 2008, tendo ganho nomeadamente o Prémio “Museu Conselho da Europa 2010”, atribuído pelo Conselho da Europa, o Prémio “DASA – Mundo do Trabalho 2011”, primeira edição deste prémio atribuído na cidade de Dortmund, na Alemanha.]

3. Resposta do Museu de Portimão:

Boa tarde,  Valdemar Silva,

De facto parece ser uma das latas produzidas pela Feu Hermanos, só é pena que o braço do jovem não permite mais leitura, mas tendo em conta que a política de exportação para África era mais "marca branca" do que enviar outras marcas prestigiadas como era o caso da "La Rose", é bastante provável. E obrigado pelos elogios que nos coloca!

Votos de um bom fim-de-semana.

Com os melhores cumprimentos,

Pedro Branco
Museu de Portimão
Rua D. Carlos I – Zona Ribeirinha
8500-607 Portimão

Portugal

Tel: +351 282 405 232 | Fax: +351 282 405 277
museu@cm-portimao.pt
www.cm-portimao.pt


4. Comentário do editor:

Parabéns, Valdemar, és um grande observador, ou não fosses um "comercial", batido, treinado e experimentado... Pois claro que vamos publicar... Ampliando a foto, não há dúvida que a lata, amarela, que o miúdo (o "djubi", à esquerda da miúda de branco) leva à cabeça, ostenta as letras da marca "MANOS" (ou "[HER]MANOS"... Inclino-me mais para a primeira hipótese, "MANOS", e de se tratar de um lata de atum, talvez de um quilo... A lata que a "bajudinha" leva à cabeça, embora também de cor amarela, parece ser de outra marca, e de outro produto...

A indústria conserveira portuguesa sempre ganhou com as guerras... Muito conserva de peixe (atum, cavala e sardinha...) se consumiu nos nossos "ranchos", de todas as maneiras e feitios, acompanhadas com feijão, arroz, massa, esparguete,  etc. Hoje adoro conservas de peixe ("portuguesas", que são as melhores do mundo, e um autêntico produto "gourmet"...), mas durante anos não suportava sequer o seu cheiro... O que chegava à Guiné, no tempo da guerra,  devia ser o que não se exportava... 

Já mandei ao Virgílio Teixeira, em primeira mão, para ele poder comentar. Ab, Luis


5. Comentário do Virgílio Teixeira, com data de 23 do corrente:



Olá, Luís.

Obrigado pela prioridade. Realmente esta foto não vai ficar por aqui.

Acho que o Valdemar Silva tem olho clínico, para mim isto é mais uma das 1000 fotos que estavam no baú das recordações que iriam para o lixo um dia, quando passasse para o lado daqueles "que da lei da morte se foram libertando"...

Sucintamente, já não tenho duvidas de que se trata dessa peça de museu, já vi na página do Museu de Portimão, caixas muito parecidas e a cor amarela e o tipo de letra não deixa margem para dúvidas. Mas vou mais longe, acho que estão lá mais 3 latas dessas, só que não se percebe o nome, mas o estilo é o mesmo.

Como foram lá parar à tropa conservas de tanta qualidade? Não sei. Eu nunca vi, mas eram latas grandes para servir nas messes e cantinas, não era uso individual. Posso adiantar,  por exemplo, que poderão ter vindo da África do Sul, país de onde vinha tanta coisa que não havia em Portugal, as águas Perrier, a Coca Cola, todas as bebidas e tabaco do mais caro na altura no mundo, bem como, tanta lata de conservas de frutas, ananás, pêssego, pêra,  tudo em calda, isso lembro-me bem, comia muita fruta dessa.

Se não era da Africa do Sul, poderia ser de outro país europeu para onde a marca exportava, e porque eram latas de qualidade, pela amostra que vemos, ali na foto estão 4 dessas espécies.

Vamos explorar mais este assunto, e podes á vontade publicar no Blogue, podem vir mais comentários para chegarmos lá, e ainda vamos mandar para o Museu de Portimão a foto representativa daquilo que agora vou chamar de «As sobras do rancho da tropa na Guiné" (**).
Vou mandar cópias disto para a minha nora, pois ela é especialista em Museus etc.... Pode ser que ela nos dê uma ajuda, e assim o nosso trabalho nunca será esquecido. 

Ab, Virgílio





Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > 2006 > "Laranjada Convento / Mafra / Marca registada"... Restos arqueológicos de uma guerra... e que hoje figuram no Núcleo Museológico Memória de Guiledje. Foram-nos enviadas pelo nosso saudoso amigo e grã-trabanqueiro Pepito, o o engº Carlos Schwarz da Silva (1949-2012), na altura diretor executivo da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau.

Na imagem pode ler-se: "Composição: Sumo - Popa e óleo de laranja - Açúcar granulado - Água esterelizada / Corado artificialmente / Fabricado por Francisco Alves & Filho Lda / Venda do Pinheiro"...

Houve muita gente, na Metrópole, a ganhar dinheiro com a guerra, a começar pelos industriais do sector agroalimentar ... Ainda conheci o Sr. Francisco Alves e um dos seus filhos, quando trabalhei na administração fiscal em Mafra, em dezembro de 1973, num "jantar de Natal" que ele ofereceu ao "pessoal das Finanças", como era da tradição: foi na fábrica, em Venda o Pinheiro, tudo muito bem "regado", eu, que era "novato" no ofício e na repartição, não me membro de ter bebido "produtos da casa"... Constava que o seu sucesso, nos negócios, tinha começado no tempo da guerra de Espanha (1936-1939)...

Uma das marcas famosas da firma era a Laranjinha C, cuja história, ao que parece, remontava  já  a 1926, "ano da fundação da empresa Francisco Alves e Filhos, na Venda do Pinheiro", e "em que o empresário Francisco Alves começou a produzir pirolitos, para além de outros refrigerantes".

(...) "As garrafas da empresa ostentavam a forma da mole granítica de Mafra e a designação de Convento, mas apesar da fama conquistada, só ocasionalmente, a distribuição das bebidas ultrapassava os limites do concelho de Mafra. Com o final da 2ª Guerra Mundial, a empresa dá o grande passo e lança no mercado a Laranjina C, com a sua garrafa original e distribuição a nível nacional. A marca Larangina C, teve um período de ouro, com publicidade constante na televisão, um grande prémio de ciclismo, e chegou a patrocionar a equipa de ciclismo do Sporting.  No ano de 1970, através de um acordo com a multinacional Gesfor, é introduzida em Portugal a marca TriNaranjus, um produto natural, SEM BORBULHAS e com verdadeiro sumo de fruta. Nesta altura, a família Alves vê-se forçada a optar por uma das marcas produzidas. Em 1990, a empresa da família Alves, foi adquirida pelo grupo Cadbury-Schweppes Portugal, SA." (...)

Na Guiné (como de resto nos outros Teatros Operacionais), o "ventre da guerra" obrigava, por seu turno, a uma tremenda logística... Quantos camaradas nossos não terão morrido ou sofrido para que esta garrafa de laranjada "Convento de Mafra" chegasse a Guileje, no sul da Guiné ? Ou as latas de conservas da marca "[Her]Manos" chegasse a São Domingos, no norte ?

5. Comentário de LG:

Virgílio, já descobrimos outras marcas de produtos portugueses, usados pelas NT... Por exemplo, a laranjinha C e outros refrigerantes, em garrafas que ficaram enterradas sob as ruínas do quartel de Guileje,  arrasado pela nossa aviação... Deves lembra-te de mais marcas, de fornecedores das NT, até pelas tuas funções, para além das que já mencionaste, oriundas da África do Sul (a Coca-Cola, a Fanta, etc.).

______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 19 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18758: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXXVI: História e imagens de São Domingos: fotos de 1 a 8

(***) Último poste da série > 21 de junho de 2018 Guiné 61/74 - P18762: Fotos à procura de...uma legenda (105): O 'rancho dos pobres'... (Virgílio Teixeira / Luís Graça / Cherno Baldé / Valdemar Queiroz)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13179: Efemérides (158):Inauguração de um Monumento aos Combatentes do Ultramar do Concelho de Portimão, levado a efeito no passado dia 9 de Abril de 2014 (Arménio Estorninho)

1. Em mensagem do dia 12 de Maio de 2014, o nosso camarada Arménio Estorninho (ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, CCAÇ 2381, IngoréAldeia Formosa, Buba e Empada, 1968/70), enviou-nos a sua reportagem da inauguração de um bonito Memorial aos Combatentes do Concelho de Portimão.

O Núcleo de Lagoa/Portimão da Liga dos Combatentes, comemorou várias efemérides e uma inauguração, muito importantes na vida dos Portugueses e dos Combatentes Lagoenses e Portimonenses.

Assim, no passado dia 9 de Abril, cerca das 10 horas, em Lagoa no Jardim do Combatentes da Grande Guerra, onde se situa o Monumento aos Combatentes do Ultramar, foi levado a efeito uma comemoração preleminar do Dia do Combatente “Batalha de La Lys.”

Foto 1 – Lagoa – Jardim dos Combatentes da Grande Guerra – Parada junto ao Monumento aos Combatentes do Concelho de Lagoa. 

Foto 2 – Lagoa – Jardim dos Combatentes da Grande Guerra – Major Oliveira do RI 1 - Tavira; Dr. Águas da Cruz, Presidente da Assembleia Municipal de Lagoa e Sr. Jaime Marreiros, Presidente do Núcleo de Lagoa-Portimão. 

Foto 3 – Lagoa – Cemitério Municipal – Sarg. Chefe Ref. Fernando Rodrigues depositando flores na Campa de Família do Domingos Ramos, Capitão da FA POOC.


Nesta mesma data, pelas 15 horas, aconteceu um dos mais importantes acontecimentos da vida do Núcleo de Lagoa/Portimão da Liga dos Combatentes. Um sonho concretizado, ou seja, o da inauguração do Monumento ao Combatente, o qual é um marco decisivo de demonstração de vivacidade e de presença deste Núcleo na Cidade de Portimão. O local de implantação do Monumento é a Rotunda do Sapal, em frente ao edifício da Câmara Municipal de Portimão.
Também marcaram a sua presença: Associação de Paraquedistas do Algarve – Albufeira; Delegação de Fuzileiros do Algarve; Núcleo de Faro; Núcleo Lagos e Núcleo de Olhão da Liga dos Combatentes. 

Foto 4 – Portimão – O Presidente da Comissão de Honra ao Monumento, Coronel Ref. Jaime Marques, dando início à Inauguração e Homenagem ao Combatente Portimonense.

Foto 5 – Portimão – Implantação do Monumento aos Combatentes do Concelho de Portimão. Na cerimónia de inauguração do Monumento, o Presidente do Núcleo Lagoa/Portimão da LC, Sr Jaime Marreiros, discursou e começou por agradecer e mencionar a presença de todos. 

Foto 6 – Portimão – Inauguração do Monumento ao Combatente – O Presidente do Núcleo de Lagoa-Portimão, Sr. Jaime Marreiros, tecendo considerações. 

Srª Presidente da Câmara Municipal de Portimão, Drª Isilda Gomes; 
Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Portimão, Dr. Francisco Florêncio; 
Sr. Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes, Gen. Chito Rodrigues; 
Srs. Presidentes de Câmaras; 
Srs. Autarcas; 
Entidades Civis Militares e Religiosas; Srs. 
Convidados; 
Combatentes…! 

Foto 7 – Portimão – Panorâmico da assistência na inauguração do Monumento ao Combatente. 

Hoje é um dia histórico para os combatentes do Ultramar, suas famílias, e para a Cidade de Portimão. 
Estamos aqui a comemorar duas efemérides e uma inauguração, muito importante na vida dos Portugueses e dos Combatentes Portimonenses: 
Em 28 de Julho de 1914 inicia-se a Primeira Grande Guerra Mundial, comemorando-se este ano o centésimo aniversário desse acontecimento; 
Comemora-se o 40º Aniversário da Revolução do 25 de Abril; 
Hoje, aqui e agora, comemora-se a inauguração deste Monumento aos Combatentes Portimonenses na Guerra do Ultramar. 

… Para os Portimonenses passará também a ser um dia de comemoração pela construção do Monumento que recorda os seus heróis desconhecidos, caídos em defesa da Pátria, honrando as Forças Armadas de Portugal e a Cidade que os viu nascer. 

Foto 8 – Portimão – Memorial dos Combatentes naturais do Concelho de Portimão, falecidos na Guiné. 

Foto 9 – Portimão – Memorial dos Combatentes naturais do Concelho de Portimão, falecidos em Angola. 

Foto 10 – Portimão – Memorial dos Combatentes naturais do Concelho de Portimão, falecidos em Moçambique. 

…Seguindo-se uma dissertação sobre agradecimentos a Sócios do Núcleo e a várias Individualidades, sem os quais este Monumento não seria possível:
- Sócio José Rosa Sampaio, na pesquisa de nomes; 
- Sócio José Alberto Lélis Cruz, na construção da obra; 
- Sócio Francisco Vieira da Silva, na disponibilidade de colaboração; 
- Coronel Jaime Sequeira Marques, por presidir à construção da obra; 
- Presidente da Câmara M. de Portimão Drª Isilda Gomes, colocou ao dispor do núcleo toda a parte logística que foi possível; 
- Ao ex-Presidente da C.M. de Portimão Dr. Manuel da Luz, por abrir as portas para um processo de instalação; 
- (Dirigindo-se aos familiares presentes, (em momento de comoção disse) sei quão difícil e doloroso é perder aqueles que nos são tão queridos e que partiram na flor da vida em defesa da Pátria. Estejam eles onde estiverem estarão sempre nos nossos corações e nas nossas memórias. 
… Não posso terminar sem recordar com saudade um homem grande portimonense que foi Presidente deste Núcleo, que foi um militar íntegro, humanista, reconquistador de Nambuangongo, Héroi Nacional e que hoje estará satisfeito por saber que foi feita justiça nesta Cidade. 
Bem haja Sr. Coronel Armando da Silva Maçanita. 

Viva o Núcleo Lagoa/Portimão…! 
Viva a Liga dos Combatentes…! 
Viva Portimão…! 
Viva Portugal…!

Foto 11 – Portimão – O Presidente de Honra do Núcleo Lagoa/Portimão, Sr. Paulo Neto, tecendo o historial da vida do Núcleo de Portimão. 

O Presidente de Honra do Núcleo de Lagoa/Portimão da LC, Sr. Paulo Júdice Neto, tomou a palavra para tecer o historial da vida do Núcleo de Portimão, desde a data de 1987/88 em que um grupo de Combatentes o decidiu criar.
… O primeiro requisito para qualquer organização é o Presidente. Assim, quando a grande figura de Militar e Portimonense, Cor. Armando Maçanita nos disse sim, tivemos resolvida a questão.
… A Liga de seguida criou o Núcleo de Portimão que começou a funcionar predominantemente, em mesa do estabelecimento “Casa Inglesa.”
… Entretanto funda-se uma Sede provisória, cedida gratuitamente em prédio cheio de irregularidades e dívidas às Finanças. 
… Mas não se pode forçar a natureza das coisas, nem a qualidade das pessoas. Fomos chamados à realidade do encerramento da Sede, selada a porta por decisão Judicial ou Fiscal. 
… Por respeito ao Coronel Maçanita, que quis persistir, e também por nosso brio pessoal, transferimo-nos para Lagoa, onde tínhamos a nossa mais firme base de apoio. Estava encerrado o primeiro ciclo da vida deste Núcleo. Muito obrigado por me terem escutado…! 

Foto 12 – Portimão – General Chito Rodrigues Presidente da DC da Liga dos Combatentes, discursando. 

O General Chito Rodrigues Presidente da DC da Liga dos Combatentes, teceu algumas considerações sobre as dificuldades exístentes em muitos ex-Combatentes, na falta de apoio na saúde, na comida, no lazer dos sem abrigo e os que se batem pela sua perene…
… Têm aumentado os combatentes e as famílias carenciadas e vulneráveis e, consequentemente, tem aumentado o esforço de apoio indespensável;
Hoje é um dia de festa, de luta, de coragem e de determinação da honra da defesa do País… 
… A 1ª Grande Guerra era por seis dias e levou cinco anos. Hoje Militares Portugueses batem-se no Afeganistão, na Bósnia e outros teatros de operações; 
Deve dar-se um momento de tolerância àquele Militar que foi fuzilado porque passou para o inímigo… 
… Cristo do capim são todos aqueles Militares que viram os Camaradas morrerem. 

Foto 13 – Portimão – Em Parada um Pelotão do Regimento de Infantaria de Tavira (RI 1). 

O Poeta Popular Nautílio Martins, em lembrança do seu irmão, o 1.º Cabo José Manuel Lopes Martins, falecido em combate na Guiné, em 1966, fez a leitura de uma quadra, sendo extraída uma estrofe:

Foto 14 – Portimão – O Poeta Popular Nautílio Martins, lendo a quadra com o titulo “Lembrança de Um Irmão.” 

Foste um dos milhares 
Perdidos pelos familiares 
Numa guerra incompreendida 
Cumprindo aquilo que lhes ordenaram 
Com heroicidade lutaram 
E deram a própria vida.

Que a paz e a compreensão 
Sejam valores da Nação 
E na Pátria nossa terra 
Nunca em algum momento 
Se erga um monumento 
A lembrar uma nova guerra.

Foto 15 – Portimão – Monsenhor Dr. Coronel Luís Cupertino, no uso da palavra.

Coronel na Ref. Capelão Luís Cupertino teve a sua intervenção tecendo várias lembranças sobre os acontecimentos havidos aquando como Alferes destacado no Batalhão 1858, Guiné 1965/67;
Como Tenente no Batalhão 12 no Comando de Sector de Carmona, Angola 1969/72;
No Posto de Capitão Capelão exerceu funções de Professor da Academia.

Foto 16 – Portimão – A Presidente da Câmara Municipal de Portimão, Drª Isilda Gomes, na sua intervenção.

 A Presidente da Câmara Municipal de Portimão, Drª Isilda Gomes, tendo tomado a palavra, começou por agradecer a presença de todos na Cidade de Portimão, para assistirem à inauguração do Monumento ao Combatente;
... Dissecando sobre os Militares que estiveram nas várias frentes de guerra, evocando os jovens que deram a sua vida e que ainda é do antes do 25 de Abril, tendo perdido muitos amigos;
…. Seu avô combateu na Batalha de La Lys, tendo escrito em verso o seu passado;
…. Não vamos apelar às guerras, agora são novas as dificuldades e vamos vencê-las.

Viva Portimão…!
No fim da cerimónia cantou-se o Hino Nacional.

Com um abraço
Arménio Estorninho
____________

Nota do editor

Último poste da série de 22 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13177: Efemérides (157): Como é que a revista Plateia e o seu correspondente local, João Benamor, 1º sargento e cartunista, "viram" o baile dos finalistas da Escola Técnica de Bissau em 5/6/1965... e as perturbações da "ordem pública", provocadas por uma "bando de energúmenos", possivelmente influenciados pelos relatos das tropelias dos "teddy boys" de Liverpool... (Virgnio Briote)