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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23296: Convívios (928): 48.º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha, Algés, 19 de maio de 2022 - Parte I: os "bandalhos" que se estão a tornar clientes...


Foto nº 1 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 >  Foto de  grupo, começando pelo lado esquerda, o Zé Ferreira, o Manuel Resende, o Mário Fitas e o Jorge Teixeira. Do lado direito, outro "bandalho", o José Sousa que veio integrado na "deputação" do Norte, o José Diniz de Sousa Faro, o Domingos Robalo, o António Duque Marques... O camarada, a seguir, de camisa amarela, estou com dificuldade em identificá-lo... Apesar de diversas desistências de última hora, com medo da sexta vaga da  Covid, a ala compôs-se e tudo parece ter corrido bem. 

Foto nº 2 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 >  Dois dos escritores de O Bando: tão bem dispostos quanto talentosos, o  Francisco Baptista e o José Ferreira

Foto nº 3 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 >  José Ferreira. Eduardo Moutinho Santos e Eduardo Campos (com ar de quem já está meio "covidado": foi um dos que adoeceu, a seguir)...

Foto nº 4 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 >  Outro dos escritores de O Bando, António  Carvalho, e o seu "assistente", o Zé Manel Cancela.

Foto nº 5 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 >  O bandalho-mor, o Jorge Teixeira, encantado por vir à terra dos mouros, e o seu assssor jurídico, Ricardo Figueiredo.

Foto nº 6 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 > Mais dois ilustres "bandalhos", o Fernando Súcio e o José Sousa.


Foto nº 7 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 > "Volta, Armando (Pires)... estás perdoado", parece querer dizer o Miguel Rocha, tendo à sua esquerda o Manuel Macias, cujo sorriso, tranquilizador, vale por mil palavras: "Armando, temos saudadrs tuas"-


Foto nº 8 > Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela De Ouro > 48º Convívio  > 19 de maio de 2022 > Faltaram também casais com "new look": o nosso Jorge Ferreira, vinte anos mais novo, e a sua nova companheira...

Fotos (e legendas): © Manuel Resende (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



1. Conforme foi notícia aqui no blogue (*), ao fim destes dois anos e tal de pandemia de Covid-19 que nos obrigaram a ficar sozinhos e tristes em casa,  a Magnífica Tabanca da Linha, com sede em Algés, Oeiras, abriu as suas portas de par em par, para receber os seus magníficos tababanqueiros e convidados, no "reservado" do Restaurante Caravela de Ouro.  

Estavam inscritos cerca de 9 dezenas de convivas, mas houve desistências de última hora devido  à nova vaga de Covid-19 que veio  estragar a nossa primavera de 2022...

Este convívio contou com uma belíssima representação do Porto, oriunda da mais famosa tertúlía literária, memorialística, cultural, recreativa, gastronómica, almocarística, jantarística e escursionista lá do Norte,  registada originalmente sob o nome de Bando do Café Progresso, das Caldas à Guiné e, mais familiarmente conhecida nas redes sociais como os "Bandalhos". O bandalho-mor é  o Jorge Teixeira.

Com fotos do Manuel Resende (o régulo e o homem dos sete ofícios da Magnífica Tabanca da Linha) damos aos nossos leitores uma primeria ideia do que foi este 48º Convívio. O adjunto, Armando Pires, embora ali a dois passos (mora em Mira Flores) optou por ficar em casa, acautelando a sua saúde. Mas a sua ausência foi notada e sentida...

(Continuação)
___________

Nota do editor:

(*) Útimo poste da série > 19 de maio de 2022 > Guiné 61/74 - P23276: Convívios (927): A Magnífica Tabanca da Linha reabre hoje, em Algés, no Restaurante Caravela de Ouro, ao fim de mais de dois anos de pandemia... Uma luzidia representação do Porto, de "O Bando" (incluindo 3 escritores), vem animar este 48º convívio, já histórico...

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23276: Convívios (927): A Magnífica Tabanca da Linha reabre hoje, em Algés, no Restaurante Caravela de Ouro, ao fim de mais de dois anos de pandemia... Uma luzidia representação do Porto, de "O Bando" (incluindo 3 escritores), vem animar este 48º convívio, já histórico...


Uma foto de família, já antiga, do "Bando do Café Progresso, das Caldas à Guiné", tirada por ocasião dos seus 10 anos de existência... Legenda: "Em 10/11/2017,  o Bando em Mogadouro, a caminho de Vila For". 

Na altura ainda eram vivos o Jorge Teixeira (Portojo) (o quinto da fila de trás, a contar da direita, se não erro), e o Joaquim  Peixoto (o terceiro da primeira fila, a contar da direita). 

Mas, já agora, aqui ficam os seus nomes, da esquerda para a direita: 1ª fila: João,  Jorge Teixeira, António Tavares, Zé Manel Cancela, Xina, Valdemar,  José Ferreira (o que único que usa chapéu... preto), Cibrão, Joaquim Peixoto,  António Carvalho e Fernando Súcio; 2ª fila: Jorge Lobo, um elemento não identificado (por detrás do Cancela), Ricardo Figueiredo, Alberto, Eduardo Campos, Freire, Manuel, e António Pimentel... 

Grande parte deles são também membros da Tabanca Grande, mas faltam aqui nomes como o Eduardo Moutinho. Não sabemos quem tirou a foto

Foto: página do Facebook do Bando (2017), com a devida vénia


1. Ao fim destes dois anos e tal de pandemia de Covid-19 que obrigaram a fechar as nossas Tabancas e a impedir os nossos convívios regulares, a Magnífica Tabanca da Linha, com sede em Algés, Oeiras, abre as portas de par em par (, do "reservado" do Restaurante Caravela d' Ouro) (*) para receber cerca de 9 dezenas de convivas, os "magníficos" do costume, os "meninos da Linha", mais uma luzidia representação do Porto, a mais famosa tertúlía literária, memorialística, cultural, recreativa, gastronómica, almocarística, jantarística e escursionista resgistada originalmente sob o nome Bando do Café Progresso, das Caldas à Guiné e, mais familiarmente conhecida nas redes sociais como os "Bandalhos", agora sem pouso certo (deixaram o Café Progresso e voltaram à vida nómada). O Bando, apesar de tudo, tem um chefe que é o Bandalho-Mor, Jorge Teixeira. 

Eis a lista dos "Bandalhos" que ainda vinham há um bocado no comboio da manhã que há de chegar a Santa Apolónia, e que o António Carvalho me confirmou pelo telemóvel. Diga-se, de passagem, que não é uma simples representação dos "Bandalhos", é uma verdadeira "deputação":

  • António Carvalho (escritor)
  • Eduardo Campos
  • Eduardo Moutinho Santos (régulo também da Tabanca de Matosinhos)
  • Fernando Súcio
  • Francisco Baptista (escritor)
  • Jorge Teixeira (Bandalho-mor)
  • José António Sousa
  • José Ferreira da Silva (escritor)
  • José Manuel Cancela
  • José Sousa
  • Ricardo Figueiredo 

Estão 3 limusines em Santa Apolónia à espera dos "Bandalhos" para os levar até magnífica mesa da Tabanca da Linha.  É tudo gente que vem por bem, apesar do seu indisfarçável (e às vezes truculento) "humor tripeiro": além de 3 escritores, já consagrados, o grupo incluiu dois juristas,  cujos préstimos estão sempre disponíveis para as pequenas e grandes ocasiões, o Eduardo Moutinho Santos e o Ricardo Figueiredo. 

Só soube  há dias do evento, ao falar ao telefone com o meu vizinho Humberto Reis e depois ontem  com o António Carvalho, o Manuel Resende (régulo da Magnífica Tabanca da Linha), o Jorge Ferreira e o Manuel Gonçalves (que vai lá estar com a sua companheira e a minha querida amiga Tucha, e uma neta), e ainda pelo anúncio que o Francisco Baptista aqui fez no blogue:

(...) "No próximo dia 19, irei com alguns camaradas do Porto, ao almoço da Tabanca da Linha, que, tendo como Régulo o camarada Manuel Resende, cada vez ganha mais fama pelas bebidas e cozinhados que revigoram o corpo, aquecem a alma e ajudam a criar um alegre convívio, que todos os ex-combatentes da Guiné apreciam.

Tal como eu dois outros camaradas (António Carvalho e José Ferreira da Silva) levaremos livros , eu já li os três e gostei muito, experiências diferentes, estilos diferentes, mas todos interessantes." (...).

Pessoalmente bem gostaria de partilhar as alegrias deste convívio, hoje 5.ª feira, e dar um abraço fraterno, repleto de saudades, a toda a rapaziada fixe que vai lá estar, de Norte a Sul. Razões de saúde (estou em convalescença e recuperação, depois de uma recentíssima artoplastia total ao joelho esquerdo). Mas o abraço vai na mesma, virtual, com uma especial saudação ao régulo da Magnífica Tabanca da Linha, Manuel Resende... Espero que, apesar do espaço amplo e arejado do restauarnte Caravela D'Ouro, todos se saibam proteger uns aos outros, usando a máscara sanitária que já faz parte desde março de 2020, da nossa indumentária... (LG)

PS - Ainda bem que o nosso talentoso e transmontano Francisco Baptista também já leu o livro que escreveu e que tem vindo a apresentar a vários públicos.  Diz que gostou (do dele, e dos outros). E eu também posso acrescentar que gostei... e estou sempre a incentivar a malta para escrever.



Um excelente cartão de visita dos Bandalhos... porque nem só de pão vive o homem (e muito menos o camarada que comprou bilhete para as Caldas e foi parar à Guiné). (**)

2. Ainda sobre o historial dos "Bandalhos"... Na sua página do Facebook lê-se:


(...) Tudo começou porque em 10/11 de Abril de 1967, um grupo de ex-camaradas do Porto se encontrou nas Caldas da Rainha no RI5. Seguiram a 24 de Junho para a EPA, em Vendas Novas de onde debandaram a 12 de Setembro.

Quase todos se reencontraram em Paramos/Espinho a 25 de Setembro. Laços de amizade foram-se cimentando. A partir de Fevereiro/Março de 1968 debandaram de novo: Lamego, Gaia, Tomar, Santa Margarida, Torres Novas foram alguns dos destinos.

Até que chegou a Guiné e muitos outros destinos nos separaram. Regressados todos entre Maio e Junho de 1970, alguns de nós víamo-nos por aí, até que o tenaz Fernando Jorge Teixeira, mais conhecido por Presidente JTeix.45, conseguiu ir reunindo um pequeno grupo, que hoje só faz desgraças por onde passa. O Bando não é enorme, mas tem correspondentes e muitos amigos e ex-camaradas com percursos idênticos.

Bandalhos desde Janeiro de 2009, a sua História pode ser vista e lida em http://bando-do-cafe-progresso.blogspot.pt/ (...)
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Notas do editor:

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Guiné 61/74 - P22540: Agenda cultural (783): Foi dia de festa na Tabanca dos Melros, em Fânzeres, Gondomar, o dia 11, em que o António Carvalho lançou ao mundo o seu livro - Parte I: mais de 80 presenças!

Foto nº 1 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  > Na mesa, da esquerda para a direita, o autor, o nosso editor Luís Graça (que fez as despesas da apresentação da obra) (*) e o Zé Manuel Lopes (Josema) que teceu palavras de elogio  e grande estima pelo seu camarada e amigo, o "Carvalho de Mampatá", e leu um dos seus poemas, "Calor, cansaço, suor...", datada de junho de 1974, escrito em Mampatá.

Foto nº 2 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  > Na mesa, da esquerda para a direita, o autor, o nosso editor Luís Graça, a Ana Carvalho (filha do autor) e o Zé Manuel Lopes (Josema) que   leu um dos seus poemas, "Calor, cansaço, suor...", datada de junho de 1974, escrito em Mampatá.



Foto nº 3 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos" > Momento musical, uma amiga, canta três conhecidas cancões do seu reportório brasileiro, acompanhada à viola por um sobrinho do autor,,. Na mesa, ao centro, o Jorge Teixeira, o "bandalho-mor" de "O Bando do Café Progresso: das Caldas à Guiné" (tertúlia), que desempenhou aqui o papel de "caixa" do autor (, ficando à sua guarda a venda dos livros).

Fotos: © Fernando Súcio (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Foto nº 4 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  >  Sessão de autógrafos > O autor e o Joaquim Costa (ex-fur mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74): os dois estiveram em Nhacobá...



Foto nº 5 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  >  Sessão de autógrafos > Da direita para a esquerda, o autor, o Ma e o Jorge Teixeira e o Manuel Carmelita (ex-fur nil radiomontador, CCS/BCAÇ 3852, Aldeia Formosa, 1971/73).



Foto nº 6 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  > Sessão de autógrafos > O Eduardo Moutinho Santos (ex-Alf Mil da CCAÇ 2366, Jolmete e Quinhámel;  e ex-Cap Mil Grad, cmdt da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70).



Foto nº 7 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  > Sessão de autógrafos > O António Pimentel (ex-al mil rec inf, CCS/BCAÇ 2851, Mansabá e Galomaro,1968/70), ao centro, apresenta ao autor um dos seus condiscípulo do tempo do Colégio da Mealhada. Há meio século que nºao me se viam!


Foto nº 8 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  >  Dois históricos da nossa Tabanca Grande, o Manuel Carvalho ("Necas", mano mais velho do autor) e o Zé Teixeira, régulo da Tabanca de Matosinhos.(A família Carvalho teve três filhos na "guerra do ultramar", dois na Guiné e um em Angola).


Foto nº 9 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  >  O
Fernando Súcio (ex-sold cond auto, o Pel Mort 4275, Bula, 1972/74), habitual frequentador da Tabanca dos Melros e membro de "O Bando do Café Progresso".

 

Foto nº 10 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos"  > Duas grandes senhoras: a Fátima Carvalho e a Margarida Peixoto, curiosamente ambas professoras primárias" (hoje aposentadas). 



Foto nº 11 > Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos" > Almoço, servido pela equipa do nossso grã-tabanqueiro Gil Moutinho, ex-fur mil pil, BA12, Bissalanca, 1972/73, é um dos régulos da Tabanca dos Melros; recorde-se que ele mantém a parte agrícola da sua quinta e faz a gestão do restaurante Choupal dos Melros, especializado em eventos (casamentos, batizados, festas)... 

As "entradas" form servidas na antiga eira, um belíssimo e grande espaço, com latada, meses de pedra e espigueiro,  permitindo  a concentração de mais de 70 pessoas... Enfim, um evento, impensável há um mês atrás, por causa da pandemia de Covid-19...A inscrição de tanta gente no almoço também é indicativa da crescente confiança dos portugueses...e da necessidade de voltarmos a conviver nas nossas tabancas... Pormenor que diz muito sobre o espírito da Tabanca ds Melros: toda a gente se serviu dos "comes & bebes", sem qualquer controlo "administrativo", depois o pessoal sentou-se, no interior, nas mesas do restaurante... e no final cada um foi à sua vida, depois de pagar à saída: o Gil Moutinho tinha uma lista, a lápis, com os nomes dos inscritos, e que um dos seus colaboradores  ia riscando,  após o ato de pagamento...

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2021). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do António Carvalho, ex-fur mil enf, CART 6250, "Os Unidos de Mampatá", Mampatá, (1972/74), membro da Tabanca Grande desde 13/9/2008, nascido e residente em Medas, Gondomar:


Assunto - Um Caminho de Quatro Passos"

Data - 13 set 2021 18:11  


Caro camarada Luís Graça:

Se nunca tive dúvidas quanto ao interesse do nosso blog, que tão bem soubeste criar e desenvolver, no dia da apresentação do meu livro pude confirmar os benefícios que decorrem ou podem decorrer, para qualquer combatente, da sua existência. 

A acrescer a esta ideia saliento a tua generosidade, quando aceitaste fazer a apresentação do meu livro, apesar de alguma debilidade física que te dificulta a mobilidade, Obrigado, Luís, não só por esse teu trabalho intelectual, mas também pela divulgação do evento de modo empenhado e exaustivo.

O evento teve a participação de mais de oitenta pessoas, tendo ficado para almoçar mais de setenta. Vendi perto de sessenta livros, só nesse dia. 

Caberá, em maré de agradecimentos, não esquecer o excelente serviço prestado pelo nosso amigo, também combatente da Guiné, Gil Moutinho. Devo também agradecer o papel de tesoureiro desempenhado, sem mácula, pelo Presidente do Bando, o Jorge Teixeira.

Obrigado, Luís, obrigado, blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

2. Comentário do editor LG:

António, o prazer foi todo meu meu, mas também era a minha obrigação, estando por ali perto,  naquela semana: da Tabanca de Candoz, Marco de Canaveses, à Tabana dos Melros, em  Fânzeres, Gondomar, são cerca de 60 quilómetros: o Fernando Súcio, vindo da Campeã, Vila Real, deu-me boleia desde a portagem de Marco de Canaveses, e estou-lhe grato pela sua generosidade, tornando possível a minha comparência na tua festa. Em boa verdade, fiz menos de vinte quilómetros no meu carro, que deixei junto à portagem de acesso à A4... (Confesso que não tenho conduzido nos últimos tempos, devido aos meus problemas músculo-esqueléticos.)

António,  a divulgação de iniciativas como esta não é nenhum privilégio, muito menos um favor ou um  frete, é um direito teu, é um obrigação nossa. Tu és membro da nossa Tabanca Grande, és um antigo combatente, és nosso amigo  e camarada, escreveste um livro que tem mérito e o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné limita-se a cumprir a sua missão, que é justamente a de estar ao serviço dos seus membros, e ajudar a partilhar as suas memórias, os seus escritos, as suas histórias, as suas fotos. Foi o que fizemos.

Deixa-me também dizer-te que fiquei feliz por reencontrar tantos bons amigos e camaradas, frequentadores habituais da Tabanca dos Melros, de O Bando do Café Progresso e da Tabanca de Matosinhos, e conhecer pessoalmente alguns dos nossos novos grã-tabanqueiros, como foi o caso do Joaquim Costa. 

Por outro lado, foi um privilégio estar contigo, a tua família, a tua esposa, as tuas filhas e o teu neto (e em especial a tua filha Ana), o teu mano "Necas", o nosso mui querido amigo e camarada Manuel Carvalho ... Constatei que és um homem com muitos amigos e admiradores na tua terra, uma boa parte deles acorreram a este evento, no passado dia 11, sábado, na Tabanca dos Melros. 

Estou ainda de acordo contigo, uma palavra de agradecimento tem de ficar aqui registada ao Gil Moutinho, régulo da Tabanca dos Melros, que ajudou também a abrilhantar a tua festa.

E não leves a mal que volte a recordar que o teu livro pode ser adquirido, ao preço de 15,00 Euros (portes incluídos, no território nacional ou estrangeiro). Os pedidos devem ser dirigidos ao autor, António Carvalho:

 Email: ascarvalho7274@gmail.com | Telemóvel: 919 401 036

(Continua)

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Guiné 61/74 - P21192: In Memoriam (368): José Barreto Pires (1945-2020): "termina uma vida, nasce uma saudade", a de um homem bom, grande camarada e indefetível barrosão, que muito amou a sua aldeia, Gestosa, Couto Dornelas, Boticas... Era membro da primeira hora da nossa Tabanca Grande.


José [Manuel] Barreto Pires (1945 - 2020): "termina uma vida. nasce uma saudade": é com estas singelas palavras, deixadas na sua página do Facebook, que a família, conterrâneos,  colegas, camaradas e amigos se despedem deste homem  bom, grande camarada e indefetível barrosão,  que, profssionalmente. foi economista e quadro superior do Bamco de Portugal (, com trabalho feito, na éra da cooperação, com alguns PALOP).

No TO da Guiné, foi alf mil, da CART 2412 (Bigene, Guidage e Barro - 1968/70)

Tinha casa no concelho de Torres Vedras. Morreu ontem de doença prolongada, do foro oncológico. (*)





José Barreto Pires, "Zé, o morgadinho de Gestosa" (, na expressão do José Ferreira da Silva), nasceu há 75 anos, em Gestosa, Couto Dornelas, Boticas... :Era casado com a professora primária Maria da Luz Pires. O casal não tinha filhos.  O poema "A minha terra", de José Barreto Pires, em coautoria com a sua sobrinha Clara Pires (, doutorada em gestão, professora do ensino superior), musicado por outro filho da terra, António Teixeira (, também ele da colheita de 1945 e antigo combatente da guerra do Ultramar, residente em Cabeceiras de Basto), pode ser aqui visualizado.

Vídeo 5' 43'' > You Tube / António Teixeira (com a devida vénia...)



1. Os "bandalhos" Jorge Teixeira e José Ferreira da Silva, e o nosso coeditor Carlos Vinhal, já ontem prestaram a devida homenagem a um dos bravos da Guiné que acaba de nos deixar (*). Era membro da primeira hora da nossa Tabanca Grande (*) e pertencia igualmente ao grupo "O Bando [do Café Progresso]", de que é "secretário-geral" o Jotex [Jorge Teixeira].

Em jeito de derradeira homenagem. ficam aqui dois excertos de postes do José Barreto Pires, publicados em 2006 no nosso blogue:

(...) Amigos Tertulianos, é com grande satisfação que, doravante, me considero aderente à nossa Congregação e, em sequência, recebo e darei todas as informações possíveis e disponíveis.

Na sequência do almoço-confraternização [do pessoal da CART 2412] de sábado p.p. [20 de Maio de 2006], após ter vadiado algum tempo por terras transmontanas, viajei para Alenquer, onde resido, e a viagem foi agradável, porquanto a boa disposição, decorrente de algum descanso e boas recordações, dificilmente poderia ter outro desfecho.


Obrigado pelas demais informações, que confirmo na sua generalidade. De facto, de Binta para Guidage apenas conheci a picada mencionada. Julgo estar certo que se outra existiu e/ou existia, corresponderia aos designados corredores que os Nativos ( dos quais, alguns... ditos Turras...) utilizavam para o transporte das suas mercadorias, essencialmente no sentido

Norte-Sul.

Quanto à célebre península do Sambuiá, porque as pisei, sempre em circunstâncias especiais, porquanto tratava-se de terreno considerado deles (Nativos), não subsiste dúvida da existência das picadas referenciadas.


Mas, sobre esta problemática, gostaria de questionar: Como será hoje? Circular-se-à, embora com dificuldade, claro, entre as diversas localidades, através das referidas picadas? Como seria interessante ver e saber como se apresentam esses locais e os respectivos meios de circulação, nos dias que correm!!!


Estou certo, por razões óbvias, que o momento certo e adequado já expirou há muito tempo...De qualquer forma, eis-me totalmente disponível para, integrando um grupo fixe, dar umas voltas por essas bandas. (**)

__________________

(...) Tertuliano desde de alguns meses a esta parte, tenho me remetido quase ao silêncio, não obstante de ter apreciado bastante os duelos estabelecidos e as notícias transmitidas.Entre os imensos temas trocados,impressionaram-me sobre maneira os de alguns dias atrás sobre Telegrama e Guidaje, não fosse eu um homem de Guidaje, ou melhor dito, que não tivesse andado efectivamente por essas bandas...

De facto, integrei a CART 2412, que comandei mais de 50% do tempo que permaneceu em terras de Guiné. Fomos alcunhados como Os sempre diferentes e de facto eramos, pelo que indo ao desafio do Telegrama, porque existem imensas coisas para contar, julgando-me, de certa forma, apresentado, passarei a colaborar, semanalmente, com um episódio dos imensos vividos nessa experiência que, de facto, não é minha...nem é tua...mas foi de todos nós...Segue para a semana... (***)


__________________


À  viúva, à sobrinha e demais família, bem como aos amigos e camaradas, deixo aqui a minha solidariedade na dor pela perda do José Barreto Pires.

O editor Luís Graça


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Notas do editor:

terça-feira, 21 de julho de 2020

Guiné 61/74 - P21190: In Memoriam (367): José Manuel Barreto Pires (1945-2020), ex-Alf Mil da CART 2412 (Bigene, Guidage e Barro - 1968/70) (Jorge Teixeira / José Ferreira da Silva)

IN MEMORIAM


José Manuel Barreto Pires (1945-2020)
Ex-Alf Mil; CMDT do 2.º GComb da CART 2412 - "SEMPRE DIFERENTES"


1. Mensagem emotiva do nosso camarada Jorge Teixeira, (ex-Fur Mil Art, CART 2412, Bigene - Guidage e Barro, 1968/70), com data de hoje, 21 de Julho de 2020, dando a triste notícia do falecimento do seu camarada, e também Bandalho, José Manuel Barreto Pires, ex-Alf Mil da 2412:

Amigo Vinhal

Uma triste notícia.

Se fizeres o favor de a publicar em meu nome pessoal, da CART 2412 e do Bando, agradeço, mas só tenho isto:


Morreu ontem, dia 20-07-2020, o nosso camarada, mas acima de tudo um grande amigo e companheiro, José Manuel Barreto Pires, que foi Alferes Milº Cmdt do 2º GComb da CART 2412 SEMPRE DIFERENTES..

À família enlutada, especialmente à sua digníssima esposa Maria da Luz, apresentamos em meu nome pessoal, da sua CART 2412 e do Bando do Café Progresso, de que ele orgulhosamente fazia parte, as nossas mais sinceras condolências.

Paz à sua alma. Que descanse em paz.

Comentário que publiquei no facebook:

Estou completamente destroçado. Em tão pouco tempo, dois grandes amigos, companheiros e bons camaradas, o Mário Vale e agora o José Barreto Pires. As minhas muito sentidas condolências. Os meus sentimentos à esposa Maria da Luz, sobrinha Clara Pires e demais familiares. Paz à sua alma. Que descanse em paz.

Amigo Carlos, desculpa, estou completamente destroçado e não tenho cabeça para mais nada, aliás nem me estava a lembrar se não fosse o Zé Ferreira.

Altera se quiseres e compõe como melhor entenderes.

Obrigado e um abraço.
cumprim/jtex

********************


Alf Mil José Barreto Pires

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2. Por sua vez, o nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), enviou-nos, também hoje, e ainda a propósito do falecimento do nosso camarada, uma mensagem em que lembrava uma visita a Gestosa de Boticas, à casa do Barreto Pires, nas encostas da Serra do Barroso, texto e fotos publicados no P20932 de 2 de Maio de 2020:[1]

Em 27 de Abril de 2020, no Blogue Luís Graça, foi publicado o texto “Confinamento II”, em que José Ferreira, se referia assim divertidamente ao isolamento do seu amigo, entusiasta da pesca da truta, nas fraldas do Barroso:


Curioso é o confinamento em Gestosa de Boticas, nas encostas da Serra do Barroso. O José Bandalho Pires, que é o Morgado e dono de quase toda a aldeia, impôs-lhe o seu total isolamento (mais rigoroso que em tempos de grande nevão). Todavia, obriga ao convívio diário de todos os seus 9 habitantes. Desde então, as lareiras têm funcionado continuamente, com as respectivas panelas de ferro ao lume, consumindo os artigos de fumeiro com que ornamentam as cozinhas.


Quando o convívio é bom,
Merece o fabrico do pão!

********************

3. José Barreto Pires, ex-Alf Mil da CART 2412, apresentou-se à tertúlia no dia 26 de Maio de 2006.[2]

À família enlutada, aos seus camaradas e amigos em geral, a tertúlia deste Blogue apresenta as mais sentidas condolências.
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Notas do editor

[1] - Vd. poste de 2 DE MAIO DE 2020 > Guiné 61/74 - P20932: Boas Memórias da Minha Paz (José Ferreira da Silva) (9): “Operação Confinamento II"

[2] - Vd. poste de 26 DE MAIO DE 2006 > Guiné 63/74- P803: Tabanca Grande: José Barreto Pires (CART 2412)

Último poste da série de 9 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21156: In Memoriam (366): José Maria da Silva Valente (1946-2020), ex-Fur Mil Art da CART 1689 / BART 1913 (Fá, Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69) (José Ferreira da Silva)

domingo, 10 de maio de 2020

Guiné 61/74 - P20961: Estórias avulsas (98): Histórias do vovô Zé (2): História da Carochinha, contada em confinamento, em homenagem à D. Virgínia Teixeira e ao Senhor Jotex (José Ferreira da Silva, ex-Fur Mil Op Esp)

1. Em mensagem do dia 9 de Maio de 2020, o nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), enviou-nos esta versão bem a seu modo da conhecida História da Carochinha, dedicada à esposa do Jotex e ao marido da esposa do Jotex.


Histórias do vovô Zé

História da Carochinha, contada em confinamento

Em Homenagem
À Dona Virgínia Teixeira e ao Senhor Jotex


Era uma vez uma jovem cadela chamada Carochinha, vinda duma família respeitável dos confins de Vila Nova de Gaia, onde vivia abastadamente junto de seus entes mais queridos. Rebelde e muito fogosa, ela vivia, na ânsia do luxo e da boémia. Sempre contrariada, fugiu de casa, atravessou a ponte e logo se deixou embrenhar nos esquemas e prazeres da noite.

Iludida com o seu poderio social e económico, apaixonou-se por um “Cão Grande”, tipo “Papa do Norte”, já maduro e bem conhecido pelos seus dotes desportivos e culturais (muito querido no seio das raças pobres e minoritárias) e, também, pelo negócio de frutas e chocolates. Foram tempos breves, mas vividos muito intensamente. Rapidamente se familiarizou com o luxuoso ambiente de cães poderosos, onde se destacavam “Tóbi” e o “Tabeco”, investigadores de prestígio. Foram tempos de ouro. A Carochinha passeou pelo Mundo inteiro. Chegou a ir ver o Papa a Roma, onde foi abençoada e acarinhada.
Porém, insaciável nos seus desejos, a Carochinha, a quem nada faltava, da sua sorte muito abusava. Por isso, viu-se repentinamente, controlada e insatisfeita.


Expulsa do condomínio das Antas, a despeitada, incentivada por cães e cadelas de Lisboa sem pedigree, veio para a praça pública acusar o “Cão Grande” de práticas sociais pouco correctas e, até, das suas fraquezas físicas, nomeadamente da sua excessiva produção de flatulência malcheirosa.

No Real Canil do Império, a Carochinha virou vedeta do Jet Set e do Show Business. Colaborou em tudo que lhe pediram, cuspindo ódio e rancor no “prato de quem tanto lhe deu de comer”, sem um mínimo de vergonha ou de respeito. Utilizada abusivamente pelos cobardes e invejosos nas suas investidas habituais contra a naçon tripeira, cedo se apercebeu que ali, o seu reinado terminara. As honrarias e amizades que lhe prestaram esfumaram-se em pouco tempo.

Voltou ao norte. Trouxe, como paga de uma história mal contada e de um filme de mau gosto, apenas um cãozinho criado pelo “Grande Chefão”, que era alegadamente ligado à corrupção, à droga e ao mundo dos pneus. Tudo bem compensado com uma rede de padres, missas e macumbas ao redor de uma catedral dominadora do mundo da política, da Justiça e da Comunicação Social.

Veio à boleia e passou pelas Caldas, onde a reconheceram e lhe deram um souvenir local.
Regressou à baixa Portuense onde, numa noite louca, o seu cãozinho se excedera a lamber as botas de um Ilustre Jurista nortenho, por sinal cliente assíduo daquela rua e daquela zona, muito activa no métier (e no tirer). Diríamos que aquela atracção se identifica com a célebre frase do “amor à primeira vista”.
Coincidências do diabo! Não é que a senhora esposa desse Ilustre Doutor, se havia condoído pela situação de uma vizinha que acolhera dois outros cães expulsos recentemente? Nada mais nada menos que os ex-influentes “Tóbi” e “Tabeco”, cuja nova patroa do condomínio das Antas (uma jovem brazuca), deles se desfizera cruelmente.

A Senhora, que era uma Rainha no lar e uma Santa na sociedade, impôs desde logo uma habitação condigna aos seus protegidos (camas, colchões e cobertores, em pequenos quartos climatizados etc., etc.). Para gente de posses, não havia problemas.
Porém, havia uma pequena questão: - Que fazer do cãozinho que o seu marido, alegadamente encontrou à saída do seu escritório?
(Coitadinho, tão pequenino e tão desprotegido!)
“Tóbi” e “Tabeco” foram logo para a casa de férias no campo e o cãozinho protegido assumiu o seu manhoso papel de meiguice, sabiamente fingida junto do seu patrão. Condicionado pela sua presença, o Doutor dava a ideia que vivia com medo que o cãozinho falasse.


Como andava sempre dentro do carro, um dia “chateou-se” com a boleia dada a um amigo que, ao vê-lo de coletezinho vermelho, chamou-lhe “Orelhas”.

Ao ouvir esse nome, que lhe era muito familiar, o “Orelhas” ripostou agressivamente com o tal amigo e, perante alguma achega do patrão, ele peidou-se sonorosa e malcheirosamente e… descaradamente. Não contente com tudo isto e analisados outros pormenores, o Doutor, resolveu atribuir-lhe um nome mais compatível. Passou a chamar-lhe Dr. Simplício Merdinhas. Mais tarde, os filhos do patrão, só o tratavam por Rex. Mas não levou muito tempo para lhe ser corrigido o tal apelido para Rex Fodelhão.
Como a bondosa patroa tem muitos afazeres, nem se apercebe do quanto é chocante ver-se a diferença de tratamento dado pelo dono ao tal “inocente” cãozinho “Orelhas” e aos outros.

Com a cobertura do patrão, o “Orelhas” impõe-se vergonhosamente

A Carochinha foi apanhada numa ronda (Ramona), mas foi salva por uma associação protectora dos animais e ficou à guarda de uma sensível senhora da Rua da Alegria.
A Carochinha descobriu, lá em casa, um saco azul com dinheiro. Não se pode falar nisso, mas é voz comum que o marido da senhora é chefe de um “Bando” qualquer. Agora, menos viciada na vida fácil e desejosa de se submeter ao aconchego de um lar, a Carochinha só pensa em libertar-se. Quer casar. Então vem para a janela apregoar para todos os cães que lá passam:
 - Quem quer casar com a Carochinha, tão rica e bonitinha?


Num dia desses, o senhor seu dono, acordou mais cedo e, ao ouvir o pregão, veio observar o desfile de cães que iam passando por baixo da janela.


Eram cães com bom aspecto. Porém, com poucas hipóteses de conquistar a Carochinha. Aquela passagem por Lisboa, a humilhação de voltar às origens e a necessidade de constituir uma família séria, moldaram-na para uma nova vida.


E foi assim que a Carochinha escolheu o cão mais rafeiro que passou por baixo da janela. E como ele estava ferido, mereceu ainda mais carinho por parte da patroa, que o tratou e curou com muito amor.

Estão a ser felizes e vamos ver se têm muitos cãezinhos e… cadelinhas.

José Ferreira
(Silva da Cart 1689)
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Nota do editor

Vd. poste de 4 DE MARÇO DE 2019 > Guiné 61/74 - P19549: Estórias avulsas (93): Histórias do vovô Zé (1): As nossas andorinhas (José Ferreira da Silva, ex-Fur Mil Op Esp)

Último poste da série de 23 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P20006: Estórias avulsas (97): quando ia ficando soterrado no abrigo do canhão s/r, 82-B10, de fabrico russo... Salvei-me por um triz... Afinal, ainda não tinha chegado a minha hora! (Martins Julião, ex-alf mil, CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72)

quarta-feira, 18 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20744: Boas Memórias da Minha Paz (José Ferreira da Silva) (1): "Op Lampreia", levada a efeito no passado dia 12 de Fevereiro de 2020, pelo "Bando do Café Progresso - das Caldas à Guiné", em Penafiel

1. Em mensagem do dia 18 de Março de 2020, o nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), enviou-nos a primeira Boa memória da sua paz, neste caso da "Op Lampreia", levada a efeito no passado dia 12 de Fevereiro de 2020, pelo "Bando do Café Progresso - das Caldas à Guiné", em Penafiel.


BOAS MEMÓRIAS DA MINHA PAZ

1 - Op Lampreia


Há mais de onze anos que o pequeno grupo de ex-combatentes auto-denominado “Bando do Café Progresso - das Caldas à Guiné”, reúne, em convívio, todas as segundas quartas-feiras de cada mês.

Inicialmente, reunia na “Sede”, mas logo diversificou a iniciativa e avançou para oportunas deslocações/visitas, na procura de boa gastronomia, boas paisagens e bons conhecimentos da nossa história.
Sempre bem complementado por agradáveis e excelentes convívios.
O grande mentor desta iniciativa foi o falecido e saudoso Jorge Portojo, Homem muito ligado às belas imagens e interessantes histórias da sua cidade do Porto, bem como de toda a região nortenha.
Desde então, são já largas dezenas de eventos, bem aproveitados e bem vividos, sempre em ambiente de camaradagem excelente.Comemos as fartas feijoadas, o bacalhau à maneira, as tripas, os rojões, o cozido, o cabrito, a cabra velha, o sável, a lampreia, as enguias e tudo o que mais que possa ser apreciado da nossa patriótica e caseira gastronomia.
Claro que há programas que muito gostamos de repetir. E para que se tornem mais atractivos, enriquecemo-los com outras actividades sócio-culturais diferentes. Desta forma, vamo-nos entretendo saudavelmente, gozando os derradeiros tempos desta “comissão terrena”, com alegria, amizade e óptimo ambiente.



Desta vez, a 12 de Fevereiro, fomos à lampreia e ao sável lá para os lados de Rio de Moinhos, onde nos presenteou com a sua simpatia, o anfitrião José Manuel Cancela.
O ponto de encontro e de partida para estas deslocações costuma ser junto ao Estádio do Dragão. Não é por imposição do “Papa” nem por ordem do nosso “Presidente Vitalício”. Nem todos somos da mesma “religião” (há um ou dois infiéis, um “boavistoso” e outro da “cruz de Cristo”), mas esse lugar tornou-se no mais central e mais funcional para as nossas deslocações para “Além-Minho” e arredores.


A saída para Penafiel estava marcada para as 11H00, mas fomos interceptados por jornalistas da TVE que queriam saber a opinião do nosso Bando sobre a possível candidatura de San Iker Casillas à presidência da Federação Espanhola de Futebol. Todos manifestámos amor e a admiração pelo nosso Grande Casillas e aproveitámos para lhe desejar que, nessa nova função, sirva também de exemplo aos “maiores” do nosso futebol.
Em Rio de Moinhos, enquanto esperávamos outros camaradas, aproveitámos para disfrutar da deslumbrante paisagem, a partir da Capela de Nª Sª dos Remédios.



Tirada a foto de grupo, mesmo com as ausências do costume, entrámos para o Restaurante Do Paço. Como sempre, cada um senta-se onde quer ou se sente melhor. Também como vem sendo hábito, inicia-se a comezaina com as tradicionais entradas, para sossegar o apetite. A lampreia estava espectacular. O sável também. Apesar de ainda ser um pouco cedo para a dita (e mais cara!), comemos em abundância.



Após o almoço, partimos para Galegos a fim de visitarmos o Castro do Monte Mozinho, onde fomos honrados com a presença da Drª. Rosário Marques, que nos guiou e nos ilustrou com uma fascinante aula de História e Arqueologia.
https://www.youtube.com/watch?v=B13tRp-uV24


O Castro do Monte Mozinho já era habitado há cerca de 1000 anos quando por aqui apareceram os Romanos. Estes fizeram agrupar ali gentes dos vários castros vizinhos, dando início a uma romanização por mais de 600 anos.


O Castro estende-se por uma vasta extensão, ainda longe de ser totalmente explorada. Nesta foto vê-se uma campa com ossadas.


Não existem indícios que mostrem ter havido guerras ou revoltas durante esse período romano .


Digamos que estamos aqui perante a avenida principal que nos levaria à acrópole/praça/recinto central, ponto de encontro e de maior defesa.


Ao castro tradicional de casas de palha, arredondadas, foram se juntando, ordenadamente, as casas romanas em formato rectangular e, supostamente, cobertas com telha.


A Drª. Rosário Marques, Técnica da Câmara Municipal de Penafiel, deu-nos uma excelente aula de história e arqueologia.


Há 70 anos alguém encontrou um pote com 1500 moedas do Sec.V, o que despertou uma ambiciosa procura de mais achados valiosos. Assim se deu início à descoberta deste conjunto monumental de grande interesse arqueológico.


Fala-se que ali, na parte mais alta, havia uma grande estátua de um chefe guerreiro nortenho do tempo da era castreja (que não é o que figura acima com boina). Perguntámos se ele poderia ter alguma ligação com o tal Pinto da Costa, mas não obtivemos confirmação. De assinalar a reacção imediata de desagrado da parte de um "infiel", possivelmente mais ligado aos tempos da ocupação mourisca.


Nas óptimas instalações de apoio ao Castro Mozinho, recebemos imensa informação de grande interesse.


O Presidente do Bando esteve muito activo nos pedidos de esclarecimento e não só.


Foi, também, explicado que, quando as populações se foram afastando do castro, deslocando-se para junto de terras de melhor cultivo e maiores rendimentos, alguns indígenas se fixaram em Boelhe, junto à margem direita do Rio Tâmega e se tornaram famosos na criação e roubo de cabritos.

José Ferreira
(Silva da Cart 1689)
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