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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7220: Tabanca Grande (252): Jochen Steffen Arndt, estudante do programa de doutoramento da Universidade de Illinois em Chicago, EUA

1. Mensagem de Jochen Steffen Arndt*, estudante do programa de doutoramento da Universidade de Illinois em Chicago, EUA, com data de 1 de Novembro de 2010:

Exmos. Senhores,

Li no blogue a seguinte mensagem: "Fica aqui também o convite para ele integrar a nossa Tabanca Grande (e mandar-nos uma foto sua), à semelhança do que fizemos com a Tina Kramer, também alemã, doutoranda em etnologia, e que entende o português, coisa que não acontece com outro doutorando, que apoiámos, o Ten Cor da Força Aérea dos Estados Unidos, Matt Hurle."

Muito obrigado pelo convite. Gostaria de aceitá-lo (no entanto admito que não sei se tenho de subscrever em algum lugar no site?). Também anexo uma foto minha a este email.

Muitos cumprimentos,
Jochen S. Arndt
PhD Student
Department of History (MC 198)
913 University Hall 601 South Morgan Street
University of Illinois at Chicago
Chicago, IL 60607-7109



ForgottenAfricanSoldiers.org é, como se pode ler no site criado por Jochen Arndt, um projecto de pesquisa académica, cujo propósito é chamar a atenção para a vida, acções, experiências e memórias dos africanos e mestiços que serviram nas forças armadas ou nos serviços policiais da República da África do Sul ou das colónias portuguesas em África entre 1961 e 1994.


2. Qual a melhor forma de apresentar o nosso novo tertuliano, se não com as suas próprias palavras ?!


Primeiro comentário no Poste 7200:

Caros Membros do Blogue,

Concordo plenamente. Os interesses e a segurança dos ex-combatentes tem de ser protegidos. Tive consciência disto desde a primeira hora. Eu acho que é possível para os soldados que o desejam de ficar anónímos. Não se trata de uma solução óptima do ponto de vista académico, mas tendo em conta a situação no terreno é preciso manter esta opção em aberto.
Cumprimentos,
Jochen Arndt

Pensando melhor, acho que vale a pena dar mais detalhes sobre o meu projecto embora ainda se encontre numa fase inicial.

I.
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer aos administradores do blogue por terem publicado o meu pedido. Acho que este blogue e outros deram aos ex-combatentes um meio fantástico de ficar em contacto com camaradas com os quais passaram momentos importantes e formativos das suas vidas. Para os historiadores,  como eu, os blogues também são importantes porque permitem abrir vias de comunicação com pessoas que podem fornecer informações que só eles possuem porque estiveram lá na altura e viram as coisas com seus próprios olhos. Neste contexto, também gostaria de aproveitar esta oportunidade e agradecer àquelas pessoas que responderam ao meu pedido. Eu estou consciente do facto que sem a colaboração delas e de outros ex-combatentes este projecto não vai ter pernas para andar.

II.
No entanto as dificuldades são muitas e talvez impossíveis de superar. Mas não quero desistir já porque acho que,  sem a perspectiva dos soldados de origem africana que combateram lado ao lado com soldados de origem europeia, a historiografia da guerra do ultramar vai ficar incompleta. Embora esteja apenas no início da pesquisa e tendo mais perguntas do que respostas, acho que a perspectiva dos soldados de origem africana é fundamental para compreender melhor o carácter do colonialismo português, a dinâmica da guerra do ultramar, e os problemas pós-coloniais que afectam a Guiné-Bissau. Uma coisa que é certa, a meu ver, é que rótulos  como "colaborador, traidor, ou reacionários" obscuram muito mais do que revelam e fazem pouco para ajudar os ex-combatentes (soldados africanos e guerrilheiros africanos) a  verem-se uns aos outros como simples seres humanos.

III.
Gostaria também aproveitar esta oportunidade para explicar melhor um dos objectivos do estudo. O meu objectivo não é julgar o propósito da guerra, de investigar uma campanha ou uma operação. Para mim o objectivo importante é compreender melhor como o que às vezes é chamada “a africanização” da guerra do ultramar afectou os soldados portugueses (de origem africana) e os soldados portugueses (de origem europeia). Admito que eu gostaria de dar mais atenção ao lado dos soldados de origem africana porque penso, como tenho dito em cima, que a historiografia da guerra do ultramar não lhes deu a atenção que merecem. Também acho que é muito importante perceber melhor por que os soldados de origem africana lutaram por Portugal, enquanto outros tomaram o lado dos movimentos anti-coloniais. Acho que as respostas podem complicar o nosso entendimento do colonialismo e do nacionalismo anti-colonial em África.

Para atingir estes dois objectivos, acho que não seja necessariamente preciso falar com os ex-combatentes africanos sobre coisas delicadas que aconteceram durante a guerra, mas será preciso tentar reconstruir a formação das suas identidades como “africanos” e como “portugueses.” Neste contexto será preciso falar com eles sobre muitos factores que moldaram as suas identidades. Estes factores podem estar relacionados com a guerra mas podem estar relacionados com muitos outros factores (educação, religião, etnia, etc.). No entanto admito que penso que a experiência de guerra molda a identidade de qualquer pessoa. Por isso seria também importante falar com eles sobre esta experiência. Mas isto não tem de significar que detalhes delicados tenham de ser revelados.

Para mim seria mais interessante saber como soldados de origem europeia e de origem africana se relacionaram durante a guerra e como ambas as partes experimentaram este relacionamento. Neste contexto a experiência de combate é importante, mas também os festejos, as cervejas bebidas juntas, os jogos de futebol jogados juntos, as prendas trocadas, as conversas, as brincadeiras, os convívios (etc.). O facto de os ex-combatentes europeus e africanos às vezes ainda manterem laços de amizade, mostra, a meu ver, que estas experiências tiveram algo de especial que contribuem para um entendimento preferencial entre europeus e africanos.

IV.
Penso que entrevistas com ex-combatentes em Portugal e na Guiné-Bissau são fundamentais para se compreender melhor estes aspectos. O problema da língua vai ser significativo, mas gostaria de salientar que é habitual contratar intérpretes para entrevistas deste tipo. Os historiadores que pesquisaram o contributo de soldados africanos para a primeira e a segunda guerra mundial utlizaram intérpretes (Joe Lunn, Memoirs of the Maelstrom: A Senegalese Oral History of the First World War; Gregory Mann, Native Sons: West African Veterans and France in the Twentieth Century; Nancy Ellen Lawler, Soldiers of Misfortune: Ivoirien Tirailleurs in World War Two).

O problema da segurança dos ex-combatentes é um problema que me preocupou desde do início do projecto. Eu acho que é possível para os ex-combatentes que o desejam ficar anónimos. Não se trata de uma solução óptima do ponto de vista académico, mas tendo em conta a situação no terreno é preciso manter esta opção em aberto.


Finalmente gostaria de aproveitar esta oportunidade para explicar melhor quem eu sou.

Sou alemão. Vivi durante sete anos em Vila Nova de Gaia trabalhando para uma empresa alemã na Senhora da Hora, Matosinhos.  É por isso que, como o Paulo disse, tenho saudades das francesinhas.

Depois fui para os EUA para estudar.
Sou casado com a minha esposa Sheri desde 2004.


Agradeço mais uma vez aos administradores e participantes do blogue por esta oportunidade de falar sobre este projecto. Se ele merecer a vossa ajuda, por favor não hesitem de contactar-me com quaisquer perguntas.

Muitos cumprimentos,
Jochen Arndt



3. Comentário de CV:

Caro Jochen Arndt:

Antes que me esqueça, os meus parabéns pelo seu português escrito que merece nota 8 em 10.

É desde agora tertuliano do nosso Blogue, com o nº 459, o que muito nos honra. Como vê as formalidades são mínimas.

Pelo que diz, viveu em Vila Nova de Gaia e trabalhou na Senhora da Hora. Eu vivo em Leça da Palmeira, localidade que deverá conhecer, não pelas praias já que as de Gaia são bem melhores, mas pelos inúmeros restaurantes que por aqui se podem encontrar e onde se come muito bem, especialmente peixe.

Para possível ajuda às suas pesquisas, não terá no nosso blogue, infelizmente, muita informação relativa ao outro lado da luta armada na Guiné, o do PAIGC, relatada na primeira pessoa, derivado aos condicionalismos daquele país e resultante dificuldade de acesso das pessoas à informação de uma maneira geral e à informática principalmente.

Em Portugal, no nosso grupo etário (60/70 anos) isso faz-se sentir, imagine-se como será na África lusófona, Guiné-Bissau em particular.

Como afirma, só através de entrevistas, no local, poderá recolher informação credível. Tanto quanto prova a nossa experiência nos contactos havidos na actualidade, o povo guinéu é colaborante e pacífico para os estrangeiros. Quem lhes falar em português ainda é recebido com mais carinho e consideração.

Os antigos combatentes do PAIGC têm para connosco, ex-combatentes portugueses, a maior cordialidade. Quando camaradas nossos visitam a Guiné-Bissau, não são raros os encontros entre antigos inimigos, e nas trocas de impressões revivem-se operações em que cada um dos lados tomou parte. Um abraço sela sempre o facto de não se terem matado por um acaso de guerra.

Momentos marcantes são aqueles em que antigos camaradas guineenses reconhecem os seus companheiros portugueses, e a emoção e comoção atingem o limite das lágrimas. Até a população consegue lembrar-se de militares portugueses que por lá passaram há mais de quatro décadas.

Caro Jochen Arndt

Receba um abraço de boas-vindas, e sempre que precise não hesite em nos contactar, porque dentro das nossas possibilidades terá a melhor colaboração.

Pelos editores e pela tertúlia
Carlos Vinhal
__________

Notas dos editores:

(*) Jochen Steffen Arndt completou a sua licenciatura em Administração de Empresas e Marketing Internacional, em 1995. Depois de ter vivido e trabalhado na Alemanha, Portugal e Estados Unidos entre 1996 e 2005, entrou para o programa de mestrado em História, na Stephen F. Austin State University, programa que acabou com sucesso em 2007. Está actualmente no terceiro ano do programa de doutoramento em História Africana, na Universidade de Illinois em Chicago, onde a sua investigação se centra na relação entre o colonialismo, a violência e a formação da identidade. Arndt publicou artigos em revistas científicas como A Revista de História do Mississipi e O Jornal de História Militar. Colabora também frequentemente na publicação online Do olho de Clio.

Vd. postes de:

30 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7192: O Mundo é Pequeno e o Nosso Blogue... é Grande (30): Forgoten African Soldier / O Soldado Africano Esquecido (Jochen Steffen Arndt, Universidade de Illinois em Chicago)

31 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7200: O Soldado Africano Esquecido / Forgotten African Soldier (2): Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Esp do Pel Caç 52 e da CCAÇ 15 (1971/73)

Vd. último poste da série de 26 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7178: Tabanca Grande (251): José Manuel Marques Pacífico dos Reis, Coronel Cav Reformado, CCAÇ 5 e CIM/Bolama (Guiné, 1968/70)

domingo, 31 de outubro de 2010

Guiné 63/74 - P7200: O Soldado Africano Esquecido / Forgotten African Soldier (2): Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Esp do Pel Caç 52 e da CCAÇ 15 (1971/73)

1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves (, foto à esquerda, algures na Guiné, entre 1971 e 1973:


Data: 19 de Outubro de 2010 09:18
Assunto: Pesquisa Académica sobre Soldados Africanos


Meus caros camadas editores:


Reencaminho mail que recebi do Senhor Jochen Steffen Arndt, pedindo-me ajuda para um trabalho que descreve no seu mail e aqui me escuso de repetir.


Julgo que poderá ser divulgado na Tabanca Grande onde há camaradas que, por muito mais dedicados aos números e estatísticas do que eu, poderão dar uma mais concreta ajuda a este trabalho, caso, meus camaradas editores,  achem que o devemos fazer.


Com um abraço amigo do
Joaquim Mexia Alves

2. Resposta do Joaquim Mexias Alves ao investigadorJochen S. Arndt:


Exmo. Senhor Jochen Steffen Arndt:

Agradeço o seu mail e desde já me disponibilizo para o ajudar no seu trabalho, em tudo aquilo que eu possa saber sobre o assunto.

Com efeito comandei o Pel Caç Nat 52, de soldados guineneses de diversas etnias, e depois comandei durante uns tempos a CCaç 15 que era formada por guinenenses da etnia Balanta.
De qualquer modo e como penso ser do seu interesse e do interesse do seu trabalho, vou dar conhecimento desta troca de mails entre nós aos editores do blogue onde estão reunidos diversos combatentes da Guiné, http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/, e onde há camaradas meus que o poderão ajudar bem melhor do que eu, pois têm acesso mais fácil aos números estatisticos que refere e deseja conhecer.

Fico obviamente à sua disposição.
Com os melhores cumprimentos
Joaquim Mexia Alves

3. Mensagem, de 18 do corrente, de Jochen S. AArndt, enviada ao nosso camarada Joaquim: [com correcções do português, introduzidas por L.G.]




Exmo. Senhor Joaquim Mexia Alves,


Meu nome é Jochen Steffen Arndt. Sou [assistente de investigação] e estudante no programa de doutoramento da Universidade de Illinois em Chicago, EUA. Encontrei recentemente o seu site na internet e seu artigo publicado no journal Correio da Manhã no dia 10 de Julho 2010. Este artigo foi de grande interese para mim por que trata também de soldados africanos que [fizeram] parte das forças portuguesas no ultramar. Mais especificamente foi de grande interese para mim porque estou realizando um projeto de pesquisa académica sobre soldados e [milícias] africanos que serviram com as forças portuguesas na África entre 1961 e 1974.


As questões que norteiam meu projeto são (...) (vd. poste P7192) (*).


Dado este contexto, e como o Senhor Alves serviu juntamente com tropas africanas no Pel Caç Nat 52, perto de Bambadinca, eu gostava de perguntar se estaria disposto a participar neste projecto, partilhando [comigo] as suas experiências, memórias e, talvez, seus contactos.


Por enquanto eu estabeleci contactos através do site ultramar.terraweb, com alguns veteranos europeus e africanos. Seria de grande interesse o Senhor Alves [poder] juntar-se a este projecto.

Agradeço-lhe sinceramente por [me dispensar] o seu tempo. Por favor, não hesite em contactar-me com quaisquer perguntas.


Atentamente,


Jochen S. Arndt
PhD Student
Department of History (MC 198)
913 University Hall 601 South Morgan Street
University of Illinois at Chicago
Chicago, IL 60607-7109

3. Comentário de L.G.:

Eu já dei o meu acordo de princípio em relação à colaboração dos membros do nosso blogue, a título individual,  com este investigador e com este projecto. Fazendo eu próprio parte da comunidade científico, e sendo oriundo das ciências sociais e humanas, tenho a obrigação de contribuir, também eu, para o desenvolvimento de domínios científicos como a história, e em particular, a história contemporânea (portuguesa, europeia, africana...). 

Infelizmente não tenho actualmente quaisquer  contactos pessoais com os antigos soldados guineenses que integraram a CCAÇ 12 (da qual fiz parte, entre Maio de 1969 e Março de 1971). Não me correspondo com nenhum deles nem sei onde vivem, com uma única excepção. No entanto, os seus nomes estão publicados no nosso blogue.

As informações que publicamos no nosso blogue são públicas. Naturalmente que os nossos textos e imagens estão sujeitos a direitos de autor. Mas podem ser citados em trabalhos de investigação científica ou outros propósitos desde que estes não sejam comerciais. Pedimos apenas que nos dêem conhecimento desse uso.

A colaboração com este investigador e com este projecto é, em princípipio, feita a título individual, e tem um propósito académico. O nosso blogue (que abriu uma nova série, O Soldado Africano Esquecido / Forgotten African Soldier, inspirado no título da página do Jochen, ForgottenAfricanSoldiers.Orgmas que já tinha e tem a série Os Nossos Camaradas Guineenses, entre outras), o nosso blogue - dizia -  gostaria de poder acompanhar os progressos feitos pelo autor e sobretudo aproveitar o ensejo para expor e discutir a actual situação dos antigos militares, do recrutamento local, que integraram as Forças Armadas Portuguesas no CTIG. Na realidade, não se trata do Soldado Africano Desconhecido (que também o houve, na Guiné) mas de um Soldado Africano Esquecido.

Por outro lado, gostaríamos de ver acautelados, acima de tudo, os interesses e os direitos dos nossos antigos camaradas guineenses que venham a aceitar ser entrevistados no âmbito deste projecto de doutoramento. Esses interesses devem ser devidamente protegidos. Nomeadamente achamos que a sua identidade e local de residência (dentro e fora da Guiné-Bissau)  não devem ser revelados, de modo a proteger a sua identidade e segurança. Muitos deles já sofreram demais, foram perseguidos, discriminados, presos e até mortos.


A mediação da nossa Liga de Combatentes também pode ser útil. No entanto, é bom não esquecer que há um contencioso com o Estado Português (por causa de reparações e pensões) que poderá dificultar e até inviabilizar os contactos com os nossos antigos camaradas guineenses. Não me parece, por outro lado, que esteja muito activa a AMFAP - Associação dos Ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas, da Guiné-Bissau. Não conheço os seus dirigentes nem sequer os seus estatutos... 



No que diz respeito ao Jochen Steffen Arndt, sabemos que é alemão, ou de origem alemã, que é ainda jovem, que teve um avô no exército alemã, na frente russa, e que trabalhou em Portugal, mais exactamente em Vila Nova de Gaia, durante sete anos, pelo que fala e escreve (presumo) o português (, para além do inglês e do africânder, as três línguas que ele usa no sítio do projecto). Gosta de francesinhas, diz-nos o Paulo Salgado, e tem boas recordações do nosso país. Não sabemos as razões, pessoais ou outras,  por que decidiu entretanto continuar os seus estudos e doutorar-se em história numa universidade americana. Essas razões poderá ele ter a gentileza de nos dizer, se for caso disso. 



Fica aqui também o convite para ele integrar a nossa Tabanca Grande (e mandar-nos uma foto sua), à semelhança do que fizemos com a Tina Kramer, também alemã, doutoranda em etnologia, e que entende o português, coisa que não acontece com outro doutorando, que apoiámos, o Ten Cor da Força Aérea dos Estados Unidos,  Matt Hurle.


_____________


Notas de L.G.: 

(*) Vd. poste de 30 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7192: O Mundo é Pequeno e o Nosso Blogue... é Grande (30): Forgoten African Soldier / O Soldado Africano Esquecido (Jochen Steffen Arndt, Universidade de Illinois em Chicago)

Guiné 63/74 - P7198: O Soldado Africano Esquecido / Forgotten African Soldier (1): O que podemos fazer pelos nossos antigos camaradas guineenses ? (Carlos Silva / Luís Graça / Paulo Santiago)



Guiné > Saltinho > Pel Caç Nat 53 > 1971 > O Alf Mil Paulo Santiago, de bigode e barrete fula na cabeça, ladeado, à sua direita, pelo 1º Cabo Verdete, e à sua esquerda pelos Sold Samba Seidi, bazuqueiro, e Abdulai Baldé, um dos seus fiéis guarda-costas. O Paulo é autor, entre outras, da série Memórias de um Comandante de Pelotão de Caçadores Nativos, de que se publicaram até agora 17 postes, salvo erro. Tem, além disso, a experiência de instrutor de milícias, em Bambadinca.




Foto: © Paulo Santiago (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.




1. Comentários ao projecto Forgotten African Soldier (*):




(i) Carlos Silva:


Já expliquei ao nosso amigo Jochen todas essas dificuldades que o Luís Graça aponta e mais algumas. Espero que ele compreenda agora.


Mesmo a sugestão do Luís Graça de reencaminhar para a AD,  tenho dúvidas que resulte, pois só se for que o Pepito consiga alguns contactos com antigos combatentes do PAIGC.


Dos nossos,  presumo que seja muito difícil, mesmo aqui no nosso País.


Quantas entrevistas é que o Luís Graça consegue ou conseguiu, até hoje,  dos soldados da CCaç 12 a que ele pertenceu ? Já conseguiu alguma?


Para mim, já expliquei ao nosso amigo Jochen que o projecto é excelente mas muito arrojado para o levar por diante. Espero que tenha bom êxito.


Aqui em Bissau 2 eu contacto com muita malta e já assisti pessoalmente a negas dadas por eles a pedidos de entrevistas.  Eu estava ao lado deles. Com isto não quero dizer que não haja alguém que alinhe. Falo com dezenas e trabalhei/trabalho para dezenas. Sou muito conhecido em Bissau 2 e na Guiné.


(ii) Luís Graça: 


Tens razão, Carlos, os obstáculos são muitos. Tu conheces, e melhor do que eu, o terreno, a actual Guiné-Bissau, a realidade da diáspora, o processo de diabolização dos guineenses (fulas, manjacos, e outros) que foram "colaboracionistas"... Não conheço o Jochen, nem sei se é americano de origem... Não me parece em todo o caso um daqueles americanos com uma visão etnocêntrico do mundo, e que nada sabe de geografia... Pelo menos, viveu em Portugal, conhece Portugal...


Quanto à ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, dirigida pelo nosso amigo Pepito, é a única que eu saiba que tem trabalho feito na preservação da memória da guerra colonial / luta de libertação. Com o apoio da televisão comunitária TV Klelé, foram feitas entrevistas, gravadas em vídeo, a talvez uam dúzia (ou mais) de antigos guerrilheiros do PAIGC que combateram no sul, e nomeadamente em Guileje. Essas entrevistas, em geral, são feitas em crioulo.


(iii) Paulo Santiago:


Carlos e Luís, não queiram já pôr o Jochen perante um imenso mar de dificuldades. A tarefa a que se propõe é complicada, mas é exequível, penso eu. Claro que só posso falar de ex-militares do Pel Caç Nat 53 com quem contactei em 2005 e 2008 e sabendo onde moram na actualidade (são apenas meia dúzia).


Já troquei vários mails com o Jochen, e no último disse-me andar a tentar contactar a AMFAP (Associação dos ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas) (**), em Bissau, da qual não tenho contacto. se tiverem esse contacto,  ele agradece. Ele não quer entrevistar ex-guerrilheiros do PAIGC,apenas ex-militares das NT, mas está muito interessado em falar com um dos meus mais fiéis guarda-costas que em 1998/99 andou com o Ansumane Mané.


O Jochen já me pôs o problema dos cuidados a ter quando chegar à fala com esses ex-militares, como isso  poderá ser encarado pelas autoridades da Guiné-Bissau. Dei-lhe a minha perpectiva.


Fora do contexto, o Jochen tem grandes saudades das francesinhas que comeu durante a sua estadia no Porto


______________


Notas de L.G.:


(*) Vd. poste de 30 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7192: O Mundo é Pequeno e o Nosso Blogue... é Grande (30): Forgoten African Soldier / O Soldado Africano Esquecido (Jochen Steffen Arndt, Universidade de Illinois em Chicago)


(**) Selecção de notícias na Net relacionadas com a Associação de Ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas (AMFAP), da Guiné-Bissau:


(i) Ex-militares guineenses das FAP querem dialogar com Lisboa


NL - Notícias Lusófonas, 29-Apr-2004


A Associação de Ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas (AMFAP) da Guiné-Bissau entregou uma carta na embaixada de Portugal em Bissau em que pede uma reunião com representantes do Ministério da Defesa português, disse hoje fonte oficial.


O encarregado de Negócios da missão diplomática portuguesa na capital guineense, João Queirós, indicou que a carta foi entregue pelo presidente da Associação, Regino Veiga, em representação dos milhares de ex-combatentes guineenses que combateram ao lado das tropas portuguesas na guerra colonial (1963/74).


Segundo fontes oficiais, cerca de 15.200 alegados ex-combatentes reivindicam uma pensão do governo português pelo seu envolvimento no conflito na então província portuguesa da Guiné.


João Queirós esclareceu que a carta, recebida também na presença do adido militar adstrito à Embaixada de Portugal em Bissau, coronel João Araújo, seguirá para o "competente destinatário", neste caso, o Ministério da Defesa português.


O diplomata português, sem adiantar pormenores, assinalou ter-se limitado a receber a carta das mãos de Regino Veiga e que, no acto, ficou vincada a necessidade de as duas partes manterem "canais abertos de diálogo".


Fonte do Ministério da Defesa guineense confirmou hoje à Lusa que a questão será abordada na reunião anual dos ministros das Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), marcada para fins de Maio em Bissau.


Liga dos Combatentes portugueses apoia guineenses que serviram no exército colonialpublicado




RTP > 18 de Março de 2008


Gabú, Guiné-Bissau, 18 Mar (Lusa) - A Liga dos Combatentes (LC) de Portugal ofereceu hoje 6,7 mil euros aos membros da Associação de ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas da localidade guineense de Gabú, a 206 quilómetros leste de Bissau.


O dinheiro, entregue numa cerimónia simbólica pelo presidente da LC, o major-general Carlos Manuel Camilo, vai ajudar na construção de um poço e na compra de bombas de águas para a agricultura, utilização doméstica e alimentação dos animais na localidade de Oukmaundé, a primeira localidade onde colonos portugueses viveram quando chegaram à vila de Gabú, no século XV.


(...) Presente na cerimónia de entrega do cheque simbólico doado pela Liga dos Combatentes de Portugal, o régulo (autoridade tradicional) de Oukmaundé, Moreira Dauda Embaló, disse que o gesto significa que "afinal Portugal não esqueceu os seus combatentes".
 
"Dignificação é o primeiro passo para o reconhecimento daqueles que deram tudo pela causa portuguesa", afirmou Moreira Embalo, que espera outras iniciativas em prol "daqueles que serviram à Pátria lusa durante a sua juventude".
 
Já no final da cerimónia, Mussá Seidi, um antigo soldado que serviu no exército colonial.  disse à Lusa que "a ajuda e a festa foram bonitas, mas o melhor mesmo era receber um documento oficial de reconhecimento de Portugal".
 
O velho agricultor Mussá Seidi assumiu assim uma das mais antigas reivindicações dos ex-soldados do exército colonial, ainda sem resposta das autoridades portuguesas. (...)

(iii)  Liga dos Combatentes - PASSADO, PRESENTE E FUTURO > Arquivo de notícias > 20OUT2007 - A Liga dos Combatentes de Portugal assinou um protocolo de cooperação com o Instituto de Defesa Nacional (IDN) da Guiné-Bissau, que prevê, entre outras questões, a dignificação dos locais onde se encontram sepultados militares portugueses mortos em combate.(...)
 
(...) "f. Promove acções que se traduzam no aprofundamento de relações com a Associação de Combatentes da Liberdade da Pátria (ACLP), Associação dos Deficientes das Forças Armadas da RGB (ADFA/RGB) e Associação de Ex-militares das Forças Armadas Portuguesas (AMFAP).

sábado, 30 de outubro de 2010

Guiné 63/74 - P7192: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (30): Forgotten African Soldier / O Soldado Africano Esquecido (Jochen Steffen Arndt, Universidade de Illinois em Chicago)

Brasão da CCAÇ 3 (a que pertenceram entre outros os nossos camaradas A. Marques Lopes e João Manuel Félix Dias, em épocas diferentes): Amando e Defendendo Portugal / 3th Company Coat of Arms: Loving and  Defending Portugal... 
Cortesia de /Courtesy of  João Manuel Félix Dias (CCAV 2539, CCAÇ 3, 1969/71)


1.  Mensagem de um leitor do nosso blogue,  norte-americano (mas que conhece Portugal), Jochen S. Arndt, doutorando em História Africana, Universidade de Illinois, Chicado (*):

Date: 2010/10/21
Subject: Pedido de Ajuda para um Projecto de Investigação sobre Antigos Soldados Africanos

English version [Versão Portuguesa em baixo]

Dear Professor Luís Graça and Members of the Editorial Board,

My name is Jochen Arndt and I am a doctoral student at the University of Illinois,  Chicago,  in the USA. I have recently found your website and your blogue on the internet. Both your website and blogue are of great interest to me because I am engaged in a academic research project whose purpose is to draw attention to the African soldiers and militias who served with the Portuguese forces in Africa between 1961 and 1974.

I hope that you agree with me when I say that the historiography of the colonial wars has to some extent forgotten the numerous African soldiers who served with the Portuguese colonial forces in Africa. It is not so much that they have not been mentioned at all, but rather that their personal stories, motivations, and experiences have been largely neglected by historians. In other words, historians, if they have tried at all, have looked at these soldiers through the existing archival records such as official documents and reports. Since these archival records include little personal information about the soldiers, we know actually very little about why these African soldiers joined the Portuguese forces and fought for them. As a result, they remain "outside" of history. I believe that it is their interest as well as the interest of history to bring them back "into" history.

In order to achieve this, it is necessary to construct a new archive that includes as many personal accounts of African soldiers as possible. How many? This is difficult to say. However, to give you an example, a project is currently under way in Britain to create such an archive of personal accounts for African soldiers who served in Southern Rhodesia. The researchers there are trying to collect 120 personal accounts. Wouldn't it be fantastic if we could achieve a similar number for the African soldiers who served with the Portuguese forces in Guinea?

What is the best course of action to achieve this goal? I have created the website
http://www.forgottenafricansoldiers.org  (**) as a means of opening a channel of communication with as many African veterans and European veterans who served with African soldiers as possible. I hope that both European and African soldiers will provide me with personal accounts and, more importantly, will help me establish a database of contact information. The database of contact information will be crucial for the second phase of my research plan when I will travel to Portugal and Guinea-Bissau to conduct personal interviews with these veterans.

I believe that together these interviews and the written accounts will form the cornerstones of the new archive. Perhaps it will also include copies of pictures, copies of personal letters, etc. Researchers will then be able to use this new archive to write histories of these African veterans, the colonial wars in Portuguese Africa, and the period of decolonization.


I have recently been in contact with Paulo Santiago (Pel Caç Nat 53), Virginio Briote (Comandos), Amadú Bailo Djaló (Comandos), Ibrahimo Djaura (CCAÇ 19), and Joaquim Alves (Pel Caç Nat 52, CCAÇ 15). They have been very helpful. I hope that I can interest you and the broader community of your blogue in this project as well. I think your blogue would be an excellent way to get in touch with a larger number of European and African veterans.

I am looking forward to hearing from you. Please feel free to contact me with any questions that you may have.

Kind regards,

Jochen S. Arndt
PhD Student
Department of History (MC 198)
913 University Hall 601 South Morgan Street
University of Illinois at Chicago
Chicago, IL 60607-7109


[Versão portuguesa, corrigida por L.G.]


Exmo. Professor Luís Graça e Co-editores,

Meu nome é Jochen Steffen Arndt. Sou estudante do programa de doutoramento da Universidade de Illinois em Chicago, EUA. Encontrei recentemente o seu site e também o seu blogue na internet. O seu site e o seu blogue são de grande interese para mim porque estou a realizar um projecto de investigação,  académica, sobre os soldados e os milícias  africanos que serviram com as forças portuguesas em Africa entre 1961 e 1974.

Talvez concorde comigo quando digo que a historiografia das guerras coloniais tem em certa medida esquecido os numerosos soldados africanos que integraram as forças portuguesas em África. Não quero dizer que eles tenham sido completamente ignorados, mas sim que a suas histórias pessoais, motivações e experiências têm sido largamente ignoradas pelos historiadores. No entanto, este problema tem em grande medida a ver com a estrutura dos arquivos históricos existentes: os documentos e os relatórios oficiais incluem poucas informações sobre os soldados, as suas vidas, e as suas experiências.


As questões que norteiam o meu projecto são os seguintes: Porque é que esses soldados e alistaram nas forças de segurança das colónias portuguesas? Quais foram as suas experiências antes, durante e após o período de conflito? Quais são as suas memórias do tempo de vida militar ? Como é que eles sobreviveram no período pós-colonial? O objectivo deste projeto de pesquisa é encontrar respostas para estas e outras perguntas e usá-las como fonte de material para estudos sobre estes assuntos.

A fim de realizar este objectivo, precisamos de recolher o maior número possível de relatos pessoais de soldados africanos. Quantos? Isto é difícil de dizer. No entanto, para dar-lhe um exemplo, há um projecto em curso na  Grã-Bretanha para criar um tal arquivo, com referência aos soldados africanos que serviram na Rodésia. Os investigadores  vão lá tentar  recolher 120 relatos pessoais. Não seria fantástico se pudéssemos atingir um número semelhante de relatos pessoais de soldados africanos que lutaram com as forças portuguesas na Guiné?

Qual é o melhor curso de ação para atingir este objectivo? Eu criei o site
http://www.forgottenafricansoldiers.org  (**) com vista a abrir uma via de communicação com veteranos de guerra,  europeus e africanos. Na primeira fase do meu projecto, eu gostaria  recolher relatos pessoais de veteranos africanos e também de veteranos europeus que comandaram ou enquadraram soldados africanos. Nesta fase, eu também gostaria de poder criar uma base de dados que incluisse nomes e contactos de veteranos africanos. Numa segunda fase, penso viajar até Portugal e África para realizar entrevistas orais com os ex-comnbatentes africanos e também com alguns antigos combatentes europeus.

Dado este contexto, gostava de perguntar se o Senhor Luís Graça os co-editores estariam dispostos a participar neste projecto, utilizando o seu blogue com um meio de chamar atenção para este estudo e a sua finalidade.

Por enquanto eu estabeleci contactos através do site
ultramar.terraweb com alguns veteranos europeus e africanos. Entre eles encontram-se  Paulo Santiago (Pel Caç Nat 53), Virgínio Briote (Comandos), Amadú Bailo Djaló (Comandos), Ibrahimo Djaura (CCAÇ 19), e Joaquim Mexia Alves (Pel Caç Nat 52, CCAÇ 15). Seria de grande interese se outras pessoas puderem dar apoio a este projecto com seus relatos e contactos.

Agradeço-lhe sinceramente a atenção dispensada. Por favor, não hesite em contactar-me e fazer as perguntas que entender.



Atentamente,
Jochen S. Arndt (...)
 

2. Comentário de L.G.:

Caro Jochen:

O nosso blogue pretende ser também uma ponte com os guineenses, os que lutaram contra nós e os que lutaram ao nosso lado. Tentamos há anos recolher e divulgar as suas histórias de vida. A tarefa não é fácil, apesar dos nossos contactos, nomeadamente com os nossos antigos soldados africanos, em Portugal e na Guiné. Uma parte deles foi morta ou já morreu. Outros emigraram ou voltaram às suas aldeias. Estão dispersos, estão doentes, são pobres, falam mal o português, expressam-se em crioulo. Conseguir 120 entrevistas é um objectivo muito ambicioso. Precisas de apoio logístico e de recursos financeiros e humanos, incluindo uma boa equipa no terreno. Sugiro que contactes a ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, como parceiro local credível e com trabalho feito na preservação da memória da guerra colonial / luta de libertação. Da nossa parte, tens as portas abertas da nossa Tabanca Grande. Boa sorte para o teu projecto. Luís Graça & Camaradas da Guiné.


Dear Jochen:

Our blog also aims to be a bridge with the Guineans, for those who have fight both with us and againts us. We are also trying to collect and disseminate their life stories. The task is not so easy, despite of our contacts, including with our former African soldiers living in Portugal and in Guinea-Bissau. Some them have been executed after independence; other have died due to poverty and disease. Others have emigrated or are returning to their villages. They are scattered, ill, and poor, barely speaking Portuguese.  Getting 120 interviews is a very ambitious goal. You need a lot of  logistical support, and financial and human resources, including a good research team  to carry out the field work. I suggest that you will also contact the NGO AD - Action para o Desenvolvimento [, Action for Development,], as a credible local partner, with work done in preserving the memory of colonial war / national liberation struggle. 

On our side, we are ready and pleased to open to you and to your research team the doors of our Tabanca Grande [, Large African Village]. Good luck to you as a project leader. Luís Graça & Comrades of Guinea-Bissau.

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Notas de L.G.:

(*) 16 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7135: O Mundo é Pequeno e o Nosso Blogue... é Grande (29): Atenção, Tony Grilo, Canadá, notícias da malta da CCAÇ 1427 (Cabedu, 1965/67)


(**) ForgottenAfricanSoldier.org é um projecto de pesquisa académica. O coordenador do projecto é Jochen Steffen Arndt, o qual completou a sua licenciatura em Administração de Empresas e Marketing Internacional, em 1995. Depois de ter vivido e trabalhado na Alemanha, Portugal e Estados Unidos entre 1996 e 2005, entrou para o programa de mestrado em história,  na Stephen F. Austin State University, programa que acabou com sucesso em 2007. Está actualmente no terceiro ano do programa de doutoramento em História Africana,  na Universidade de Illinois em Chicago,  onde a sua investigação se centra na relação entre o colonialismo, a violência e a formação da identidade. Arndt publicou artigos em revistas científicas como A Revista de História do Mississipi O Jornal de História Militar.  Colabora também frequentemente na publicação online Do olho de Clio.