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domingo, 21 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4558: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (4): Até nem faltou o Lion Brand, o repelente antimosquito... (Luís Graça)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita, três camaradas do Norte: o Ribeiro Agostinho (Matosinhos) (*), o José Carlos Neves (Leça da Palmeira / Matosinhos) (**) e, por fim, o Fernando Oliveira (Porto) (***)


Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Nada nos faltou, neste dia, nem o calor da Guiné (em sentido físico e figurado) nem o cheiro (inesquecível) do repelente anti-mosquito Lion Brand... Não sei quem trouxe a amostra, mas vi várias nas mãos do António Graça de Abreu e do José Casimiro Carvalho... Neste pequeno vídeo ouve-se várias vozes (Luís Graça, J.Mexia Alves e sobretudo Álvaro Basto que conta aqui uma pequena história com um Lion Brand que pegou fogo aos lençóis da cama...).

E a propósito do Lion Brand, reproduzo aqui um excerto de um poste (****) do Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf, Guidage e Mansoa, 1968/70, e que esteve presente no nosso encontro com a sua Maria Manuela:

(...) Após a aterragem no campo de aviação de Farim e feitas as habituais diligências de apresentação ao respectivo comando, foi-me dito que a coluna militar para Guidage sairia apenas na manhã do dia seguinte.

Nessa noite, se me recordo bem, fiquei instalado num barracão ou num hangar junto do aeródromo. E pela primeira vez tomei contacto com a realidade dos mosquitos na Guiné, que atacam em força e de qualquer jeito. Como no sítio não havia mosquiteiros, a alternativa foi a utilização do Lion (1) durante toda a noite (...).

(...) (1) Aquele nome era a marca de um produto, de cor verde, formatado em tiras finas e em espiral, que se colocava em cima de uma pequena base metálica. Queimando-se a ponta exterior da espiral, então, o produto ardia lentamente e deixava o ar impregnado de um odor que afugentava os mosquitos (...).


Vídeo (1' 02''), foto e legendas: Luís Graça (2009). Direitos reservados

__________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 29 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4098: Tabanca Grande (129): Manuel José Ribeiro Agostinho, ex-Sold Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário, QG/Bissau, 1968/70

(**) Vd. poste de 11 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4322: Tabanca Grande (138): José Carlos Neves, ex-Soldado Radiotelegrafista do STM, Cufar, 1974

(***) Vd. poste de 19 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4214: Tabanca Grande (135): Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné, 1968/70)

(****) Vd. poste de 29 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4265: Estórias avulsas (32): De que me lembro é dos mosquitos e do Lion-Brand (Fernando Oliveira)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Guiné 63/74 - P4265: Estórias avulsas (10): De que me lembro é dos mosquitos e do Lion-Brand (Fernando Oliveira)

1. Mensagem de Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf, Guidage e Mansoa, 1968/70, com data de 22 de Abril de 2009:

Amigo Carlos,

Já vi a minha apresentação na Tabanca e o texto que te enviei na altura. Obrigado pela tua disponibidade.

Hoje envio-te outro texto [já foi publicado no meu
blogue
no dia 14 deste mês], que fica ao teu dispôr, se considerares que é de publicar e, em caso afirmativo, quando achares coveniente, ok?

Este texto, como o outro que te referi no mail do pedido de admissão, também têm como objectivo a procura dos meus camaradas da especialidade. Vamos lá ver se consigo algum contacto.

Um abraço e saúde, sempre!
Fernando Oliveira


A minha tropa [2]

Guiné -> Guidage -> Nov.68 a Fev.69 [1]

Corria o mês de Setembro/68, na altura dava formação a recrutas em Vila Real, quando tive conhecimento da minha mobilização para a Guiné em rendição individual. E foi também deste modo que a mobilização saiu em sorte à maior parte dos meus camaradas de especialidade, todos eles colocados de norte a sul do país em diversas unidades militares. Com mais cinco ou seis, que, entretanto, foram deslocados para outros destinos ou funções, tínhamos feito parte do pelotão de RecInfo, em Tavira, durante o último trimestre do ano anterior.

Após uma viagem de cinco dias a bordo do Uíge, eu e os outros vinte e poucos daqueles camaradas, promovidos a furriéis milicianos por antecipação, por força da mobilização para o Ultramar, desembarcámos em Bissau na tarde de 28-10-1968.

Foi-nos dada formação militar específica durante duas semanas no SIM/CTIG em Bissau, com vista à criação de uma rede do serviço de informações por toda a Guiné. Findo esse período, tomámos, então, conhecimento dos sítios para onde cada um de nós seria deslocado, sendo notório para todos que a separação operacional do grupo começava naquela altura.

A mim, calhou-me ser enquadrado no destacamento de Guidage, situado no norte, junto da fronteira com o Senegal. Aos meus camaradas saiu-lhes a colocação individual em vinte e tal aquartelamentos ou destacamentos das nossas tropas na Guiné.

Um ou dois dias depois daquela comunicação, fui transportado, de manhã cedo, ao aeroporto militar de Bissalanca, perto de Bissau. E passado pouco tempo estava instalado dentro de um Dakota para um voo até Farim. Fiz a viagem sentado num dos bancos de cordas, existentes de cada lado do interior do avião.

Após a aterragem no campo de aviação de Farim e feitas as habituais diligências de apresentação ao respectivo comando, foi-me dito que a coluna militar para Guidage sairia apenas na manhã do dia seguinte. Nessa noite, se me recordo bem, fiquei instalado num barracão ou num hangar junto do aeródromo. E pela primeira vez tomei contacto com a realidade dos mosquitos na Guiné, que atacam em força e de qualquer jeito. Como no sítio não havia mosquiteiros, a alternativa foi a utilização do Lion (1) durante toda a noite.

Com uma noite mal dormida, na manhã seguinte apresentei-me junto do militar responsável pela coluna que ia sair de Farim. E não refiro que ia sair para fazer o trajecto de Farim até Guidage, pois recordo vagamente que o destino final do grosso desta coluna foi outro e que, pelo caminho, num cruzamento de picadas (2) estava à nossa espera uma coluna vinda de Guidage. Mas, como digo, a esta distância de 40 anos, a lembrança não é firme (3). Recordo ainda que a coluna saída de Farim era composta por um comboio extenso de viaturas, com vista ao transporte de militares, civis e abastecimentos diversos. Na cabeça da coluna e um pouco distanciada das restantes, creio que seguia uma viatura anti-minas, precedida de soldados a picar o caminho para detectar minas enterradas no chão. Não me lembro quantas horas demorou esta deslocação terrestre, nem sei se avistei Guidage ainda naquela manhã ou se a tarde já tinha avançado.

O certo é que cheguei ao destacamento de Guidage. Em que dia?... Não me recordo, sei apenas que estávamos em Nov/68.

Notas:

(1) Aquele nome era a marca de um produto, de cor verde, formatado em tiras finas e em espiral, que se colocava em cima de uma pequena base metálica. Queimando-se a ponta exterior da espiral, então, o produto ardia lentamente e deixava o ar impregnado de um odor que afugentava os mosquitos.

(2) Designação dada aos caminhos ou trilhos de terra, que serviam de acesso entre povoações e/ou instalações das nossas tropas ou do inimigo. Uns mais largos, outros mais estreitos, todos de difícil trânsito, quer pela possibilidade de colocação de minas por parte do inimigo, quer pelos efeitos alagadores da época das chuvas.

(3) Neste texto, como em outros que tenciono escrever a respeito da minha tropa na Guiné, há certas imprecisões acerca de alguns factos ou de datas. E agora não os posso confirmar, porque, devido às voltas e reviravoltas da minha vida pessoal, já não existem as centenas de cartas, aerogramas e fotos que enviei de lá durante dois anos.

__________

Notas de CV:

(*) Vd. postes de:

19 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4214: Tabanca Grande (135): Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné, 1968/70)
e
21 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4225: Estórias avulsas (30): Periquitos empoleirados numa GMC (Fernando Oliveira)

Vd. último poste da série de 22 de Abril de 2009 : Guiné 63/74 - P4235: Estórias avulsas (31): Recordar aos poucos ou circuncisão espectacular (Hélder Sousa)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Guiné 63/74 - P4225: Estórias avulsas (9): Periquitos empoleirados numa GMC (Fernando Oliveira)

Segunda parte da mensagem de apresentação do nosso camarada Fernando Oliveira (*), ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné 1968/70), com data de 10 de Abril de 2009:

A minha tropa [1]

Guiné -> Out.68 a Dez.70 -> 26 meses [1]

Há cerca de três meses, vi na televisão parte de uma reportagem desenrolada em Guidage, no norte da Guiné, a respeito da identificação, para posterior trasladação, dos restos mortais de soldados que no início dos anos 70, devido a situações dramáticas vividas lá na altura da guerra colonial, tiveram de ser sepultados naquela zona [procedimento ao arrepio do que era normal, ou seja, o envio dos corpos para a metrópole e a sua entrega aos familiares].

Lembrei-me, então, que estive na Guiné durante 26 meses da minha tropa, e que dois ou três deles foram passados naquela povoação. Recordei também algumas das peripécias que lá vivi ou presenciei. E recordei ainda a boa sorte que me acompanhou durante todo aquele tempo.

Cheguei a Bissau em finais de Outubro/68, após uma viagem de uma semana a bordo do "Uíge". Na época, este navio de passageiros estava requisitado para o transporte de tropas destinadas ao Ultramar e, por isso, seguiam a bordo mais de dois mil militares. E, destes, a grande maioria era constituída por soldados rasos que viajaram nos porões em péssimas condições.

N/M Uíge (1954/1974) pertencente à Companhia Colonial de Navegação.

Com a devida vénia a
http://navios.no.sapo.pt/

O meu grupo viajou em camarotes e era constituído por vinte e poucos furrieis milicianos das Informações, especialidade que tínhamos tirado juntos em Tavira no fim do ano anterior. Fomos todos mobilizados em rendição individual para a Guiné [numa altura em que já estávamos esperançados de não ir para o Ultramar, visto que um mês depois outra fornada de milicianos terminaria a especialidade].

Como aquele navio era de grande calado, teve de ficar ao largo do porto de Bissau. O transporte das tropas para o cais foi feito em barcaças. A meio da tarde, o meu grupo chegou ao cais, todos vestidos com fardas de camuflado, novas a estrear, compradas umas semanas antes no Casão Militar. [E, por causa dessas fardas novas, os militares chegados pela primeira vez à Guiné eram apelidados de periquitos].

Fomos, então, os vinte e tal, distribuídos por viaturas Unimog e GMC [viaturas militares de caixa aberta e banco corrido ao centro] a caminho do Quartel General. A mim e a mais cinco, calhou o transporte numa velhinha GMC. A meio do trajecto, a nossa viatura avariou e... nem para a frente, nem para trás. O soldado que a conduzia apanhou uma boleia e foi ao QG arranjar outro meio de transporte, enquanto nós, os seis periquitos, ficámos à espera, sentados no banco central da gê-éme-cê.

Entretanto, o tempo ia passando e... nada! O transporte alternativo tardava. E o tempo continuava a passar. Eram mais ou menos seis da tarde e... de repente, anoiteceu! E nós, os periquitos, acabados de chegar a Bissau, sentados na GMC, às escuras numa estrada sem luz, estávamos ali todos cagadinhos de medo. Olhávamos em redor e apenas conseguíamos vislumbrar vultos a passar a pé ao lado da viatura. Seriam turras?... [designação dada aos combatentes das forças de libertação que o regime salazarista chamavava de terroristas].

Após duas horas e tal de espera, finalmente chegou o condutor com outra viatura. E, já noite feita, lá nos conduziu ao QG.

Mas, daqueles caguefes e de algumas cuecas borradas, já ninguém nos livrou!

Fernando Oliveira
ex-Fur Mil Rec Inf
Guiné 1968/70
__________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 19 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4214: Tabanca Grande (135): Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné, 1968/70)

Vd. último poste da série de > 18 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4206: Estórias avulsas (29): Fur Mil Aguinaldo Pinheiro, o morto-vivo do BART 1913 (Jorge Teixeira)

domingo, 19 de abril de 2009

Guiné 63/74 - P4214: Tabanca Grande (135): Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné, 1968/70)

1. Mensagem de Fernando Oliveira, ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné 1968/70), com data de 10 de Abril de 2009:

Camaradas Luís Graça, Virgínio Briote e Carlos Vinhal,

[à att. especial de Carlos Vinhal]

De acordo com as condições estipuladas no blogue da Tabanca, venho solicitar-vos a minha admissão ao grande grupo de ex-comabatentes da Guiné.

Para esse efeito, e tendo em conta o preço de ingresso [...?], junto duas fotos tipo passe [uma antiga e outra mais recente] e uma história [ou seja, no essencial, a da minha chegada a Bissau no final de Out/1968]. Incluo ainda um resumo muito sintético e esquematizado das minhas andanças na tropa.

Aqueles textos e as fotos ficam ao vosso dispôr para o destino que vos aprouver. Entretanto, digo-vos que o primeiro daqueles textos já o publiquei o ano passado no meu blogue, onde poderá ser encontrado através do link:

http://tretaseoutras.blogspot.com/2008/07/minha-tropa-1.html

No blogue ainda há um outro post [que, por razões de extensão, foi lá divido em três partes], relativo ao tempo da especialidade tirada em Tavira e intitulado o "pelotão das carecadas". Se achardes que poderá ter algum interesse para a Tabanca, depois dizei-me, ok?

Posto isto, fico à espera da vossa decisão da minha admissão à Tabanca.

Mas, se me permitis, ainda não termino esta mensagem [daí a minha chamada de especial atenção para o Carlos Vinhal].

É que o Carlos, ao ler esta parte final do mail, creio que vai lembrar-se de mim e que fômos quase vizinhos durante vários anos em Leça da Palmeira. Ou seja, os nossos pais moravam em ruas paralelas, ambas com nomes de aviadores dos anos 20. E a minha mãe ainda reside lá.

Estive em Março, pela primeira vez, no almoço de confraternização do pessoal de Matosinhos (*) [por indicação do Júlio Santos e do Ribeiro Agostinho] e, na altura, trocámos algumas impressões.

Carlos, já estás a topar quem sou?... Creio que sim.

Depois daquele encontro na sala do Mauritânia, andei a fazer pesquisas no blogue da Tabanca para enquadrar algumas das minhas memórias relativas à Guiné. É que, devido às voltas e reviravoltas da minha vida pessoal, não disponho das centenas de cartas e aerogramas que escrevi quando lá estive. Apenas me restam algumas fotos que os meus pais guardaram no albúm de família e que, agora, tenho andado a digitalizar.

Daquelas pesquisas, já encontrei registos relativos ao período e aos sítios que estive na Guiné. Depois de dois ou três meses em Guidage, fui mandado para Mansôa, onde estive entre Fev/69 e Nov/70. Na altura, estava lá um BCAÇ que acabou a comissão logo a seguir e foi rendido pelo BCAÇ 2885. E é deste BCAÇ 2885 que tenho as minhas maiores recordações. Também já encontrei fotos e nomes, através dos quais, agora, constato que as minhas memórias estão a "viver" alguns dos acontecimentos daquela altura. E, por isso, vou tentar contactos directos por email, por exemplo com o César Dias, ex Fur Mil da CCS do BCAÇ 2885. Mais tarde, dir-vos-ei alguma coisa acerca disto.

Já vai longo este email. Certamente haverá outras oportunidades para "conversarmos", ok?

Antes de terminar, quero manifestar-vos o meu maior apreço pelo trabalho extraordinário que desenvolveis na Tabanca, com vista a tornarem "vivas" as memórias dos ex-combatentes da Guiné. E por isso, o meu grande obrigado e bem hajam!

Para vós, camaradas, aqui deixo um forte abraço.
Fernando Oliveira
ex-Fur Mil RecInfo

P.S.: Ao escrever acima "Fur Mil" por baixo do nome, senti-me estranho. É que há cerca de 40 anos que não o fazia...


2. A minha ‘tropa’

Nome: Fernando Oliveira [ex-Fur Mil RecInfo]
Morada actual: Porto
Data nasctº: 11/12/1945

Resumo das minhas andanças na tropa:

- Jul a Set/67: recruta no RI5, nas Caldas da Rainha, como soldado miliciano
- Out a Dez/67: especialidade de RecInfo no RI6, em Tavira, idem
- Jan a Set/68: formação de recrutas no RI13, em Vila Real, como cabo miliciano
- Out/68 a Dez/70: colocação na Guiné em rendição individual, como furriel miliciano:
- 23 a 28/10: viagem de Lisboa para Bissau a bordo do Uíge
- 28/10 [de tarde]: desembarque em Bissau
- Nov/68: 2 ou 3 semanas em formação no SIM/CTIG, em Bissau
- Nov/68 a Fev/69: colocação em Guidage [não recordo a Unidade]:
- viagem de Bissau para Farim em Dakota
- deslocação de Farim para Guidage em coluna militar
- permanência em Guidage de Nov/68 até Fev/69
- Fev/69 a Nov/70: colocação em Mansôa [inicialmente, no BCAÇ???? durante 2 ou 3 meses, e, depois, no BCAÇ 2885 que o rendeu:
- deslocação de Guidage para ...(não me recordo de ter voltado a Farim) em coluna e, nessa altura, encontro-me com o Rui Almeida, amigo de adolescência de Leça da Palmeira que, numa coluna em sentido contrário, se dirigia para Guidage onde tinha sido colocado
- permanência em Mansôa adstrito à CCS do BCAÇ 28885, com actividade desenvolvida na sala de operações
- Dez/70: no SIM/CTIG em Bissau à espera do regresso à metrópole
- aguardo em Bissau transporte para a metrópole (a previsão apontava que seria a bordo do Carvalho Araújo)
- como o navio estava atrasado, foi dada hipótese de viajar de avião (pagando o excesso)
- em 07/12/1970 viajo num avião da TAP de Bissau para Lisboa


3. Comentário de CV:

Caro Oliveira, bem-vindo à Tabanca Grande.

Fiquei contente por te ver entrar porta dentro, neste Blogue que se quer sempre activo e com gente continuamente a aderir ao nosso projecto.

Como sabes, a finalidade desta página é deixar algo que permita, no futuro, recolher experiências de ex-combatentes que, com mais ou menos eloquência, disseram o que viveram e o que sentiram durante a sua campanha na Guiné. Operacionais ou não (que se entende por operacional?), todas as colaborações são bem-vindas, pois cada uma delas é um ponto de vista diferente ou um modo diferente de ter visto a guerra.

Nós somos velhos conhecidos de Leça, de ruas paralelas, (Brito Pais, a tua, e Sarmento Beires, a minha). O que nos diferenciava era o núcleo de amigos que não era o mesmo.

Por curiosidade encontrei esta preciosidade na internete, mais propriamente em Rua Onze.Blog, uma gravura com os dois aviadores lado a lado, memorizados nas nossas ruas.

Os aviadores portugueses Brito Pais (1884-1934) e Sarmento de Beires (1892-1974). Bilhete postal editado em 1924.

Com a devida vénia a Rua Onze.Blog


Foi com muito prazer que te vi no Convívio dos ex-combatentes da Guine do Concelho de Matosinhos (*), durante o qual, aliás, trocamos impressões, mas também te quero ver no IV Encontro Nacional desta Tertúlia, em Ortigosa.

Uma parte do teu anexo irá ser publicada noutro poste para não tornar este muito longo. Estás devidamente apresentado e pronto para colaborares connosco. Iremos espreitar o teu Blogue e se precisarmos de te roubar alguma coisa, pedir-te-emos autorização para tal. Uma das normas deste Blogue é o respeito ao direito de propriedade, intelectual, neste caso, logo não fazemos aos outros o que não queremos que façam a nós.

Em nome da Tertúlia, deixo-te um abraço de boas-vindas.
Da minha parte um abraço especial de vizinho para vizinho.
CV
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 14 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4030: Convívios (100): III Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, dia 7 de Março de 2008 (Carlos Vinhal)

Vd. último poste da série de 16 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4194: Tabanca Grande (134): Mário Migueis da Silva, ex-Fur Mil Rec Inf (Guiné 1970/72)