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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9952: Blogpoesia (188): Aos bravos de Bambadinca reunidos no sábado, dia 26, no Porto (Luís Graça)



Porto > 26 de maio de 2012 > 18º convívio do pessoal de Bambadinca (1968/71) > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70), CCAÇ 12 (1969/71)e outras subunidades adidas.

Foto: © José Fernando Almeida (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


Seis quadras dedicadas aos bravos de Bambadinca

O bravo de Bambadinca
já não vai à Transmontana (1),
hoje é no Porto que ele trinca
o seu belo cachão de anha...

Anha ou anho (2), tanto faz,
diz ele p'rá sua bajuda,
- Sempre bravo, já não rapaz,
ainda coiso sem ajuda!

Viva a CCAÇ doze,
nharra, nobre, mui valente,
que o Zé Turra nunca ouse
vir cá meter-se c'a gente! (3)

Viva o velho Batalhão
que fez a Lança  Afiada (4),
aquilo não foi uma op'ração,
foi uma grande...vacada!

Pilotos de engenhos voadores (5),
foram homens de c...ões,
trolhas, heróis, condutores,
os que ergueram Nhabijões!

Viva o resto dos Adidos (6),
dos morteiros aos cavaleiros,
uns brancos, outros nativos,
todos fixes, todos porreiros!

___________

(1) Restaurante de Bafatá onde a malta de Bambadinca ia comer o famoso bife com batatas fritas e ovo a cavalo...Um pequeno luxo para quem tinha 30 quilómetros de estrada alcatroada entre Bambadinca e Bafatá em meados de 1969...

(2) Anho com arroz de forno: uma das especialidades da cozinha duriense.

(3) Bambadinca sofreu um ataque de envergadura em 28 de maio de 1969... Enquanto a CCAÇ 12 esteve como lá, como subunidade de intervenção ao serviço do BCAÇ 2852 e depois do BART 2917, entre julho de 1969 e março de 1971, a sede do setor L1 nunca foi atacada ou flagelada.

(4) Op Lança Afiada: uma das maiores operações realizadas na Zona Leste, ao tempo do BCAÇ 2852, coordenada e comanda pelo cor Hélio Felgas (Agrup 2957, de Bafatá,  em março de 1969... Um dos seus resultados mais visíveis foi a destruição  muitas toneladas de arroz e do abate ou saque de muitas cabeças de gado, nos subsetores do Xime e do Xitole, em zonas controladas pelo PAIGC.

(5) Referências às duas minas A/C que foram acionadas pelas NT à saída do reordenamento de Nhabijões, em 13 de janeiro de 1970, provocando um morto (o sold cond Soares, da CCAÇ 12) e muitos feridos graves (da CCAÇ e 12 e da CCS/BART 2917).

(6) Referência aos Pel Caç Nat 52, 54 e 63; Pel Mort 22106 e 2268; Pel Rec Daimler 2046 e 2206...
____________

Nota do editor:

Último poste da série > 15 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9905: Blogpoesia (187): Descansa em paz, Iero Jaló... Poema de Luís Graça, com dedicatória ao Zé Carlos Suleimane Baldé, nosso novo grã-tabanqueiro

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9111: O nosso fad...ário (2): Fado Tudo isto é tropa (Gabriel Gonçalves, ex-1º Cabo Cripto, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)

1. Mensagem, com data de hoje, do Gabriel Gonçalves (ex-1.º Cabo Cripto, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71), respondendo ao nosso pedido para enriquecer a coleção de letras de fados do nosso tempo de Guiné (*)

Luís:


Já que  estamos em maré de fados (**), junto um fadinho, de que não sei quem é o autor. Também não me lembro como o aprendi, (isto já é o PDI a falar), mas  é bastante giro, pois retrata bem a nossa triste vida, na tropa! 


Já agora, dei-me ao luxo de alterar a última quadra; onde se lê : Cuidado, substituí por "azar" e para rimar : "estás a lerpar"! Achei que era mais giro. 


De resto, acho que este fado é anterior ao nosso tempo, porque fala em botas cardadas. No nosso tempo as botas já não tinham cardas! E,  pronto, espero que gostes, e se achares engraçado, podes publicar!


Um grande abraço
GG


2. Comentário de L.G.:


Meu caro Arcanjo São Gabriel... Não sei por que te fizeram santo... Talvez porque, simbolicamente, nos ajudaste a nós, operacionais da CCAÇ 12, a dar de beber à dor... Sempre foste um grande senhor e um grande camaradão... Com a tua viola e a tua bela voz, animaste muitas das nossas  noites, quer no bar de sargentos de Bambadinca, quer  também no nosso quarto (conhecido por quarto das p..., como dizia o Humberto Reis, não por elas terem autorização de  lá entrar, mas por ser o quarto da rebaldaria,  só habitado por anjos e arcanjos: eu,  o Humberto Reis, o Tony Levezinho, o Joaquim Fernandes e  o José Luís Sousa - o madeirense...)... Tenho, temos, para contigo, uma dívida de gratidão.  E mais grato estou ainda por me teres enviado esta letra de fado que tu cantavas, nós cantávamos,  nesses tempos, juntamente com outras que já recuperámos e que fazem parte do Cancioneiro de Bambadinca... Um Alfa Bravo. Luís Graça (aliás, Henriques)


3. Letras de fado > 


TUDO ISTO É TROPA


Com música de "Tudo isto é fado" (Letra: Aníbal Nazaré; Música:  Fernando Carvalho; criação de Amália Rodrigues).[Clicar no atalho para ver e ouvir vídeo no YouTube]
  
 I
Perguntaste-me outro dia
O que era a vida militar,
Eu disse que não sabia
Mas estava-te a enganar.

             II
Sem saber o que dizia,
Menti-te naquela hora,
Eu disse que não sabia
Mas vou-te dizer agora.

Refrão

Botas cardadas, mal engraxadas, sempre a marchar.
Batendo a pala, como um magala, sem refilar.
Toda a semana, numa má cama, sem ter cachopa.
Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é tropa.

              III
Se pensas tomar chuveiro,
E andar bem asseado,
Perde a esperança, companheiro,
Pois vais ser desenganado.

              IV
Quando limpas a espingarda,
Quer tenhas ou não cuidado, [azar]
Vais sujar de massa a farda,
E depois ser castigado, [ estás a lerpar].

Refrão

Botas cardadas etc etc


[ Recolha: Gabriel Gonçalves, Lisboa]


_________________

Notas do editor:

(*) Mail enviado ontem, internamente, a todos os membros da Tabanca Grande:


Amigos e camaradas, aos que gostam e aos que não gostam de fado:

Tocava-se e cantava-se o fado na Guiné, nas noites quentes e longas da Guiné... Violas, havia sempre, pelo menos uma, ao lado da G3... Violistas, dois ou três... Guitarras eram mais raras... Não tenho ideia de visto ou ouvido alguma, ao vivo, em Bambadinca ou noutros aquartelamentos por onde passei...(Talvez houvesse em Bissau). Vozes para cantar o fado, mesmo desafinadas, havia muitas...

Numa companhia como a minha (CCAÇ 2590/CCAÇ 12) que tinha apenas 50 militares metropolitanos (os restantes eram do recrutamento local), lembro-me bem de malta que tocava e/ou cantava à viola ou acompanhado à viola...

Dos violistas, lembro-me logo do GG (Gabriel Gonçalves, 1º Cabo Cripto, lisboeta); do Zé da Ila (Fur Mil At Inf José Luís Vieira de Sousa, madeirense do Funchal); do Joaquim João dos Santos Pina (também Fur Mil At Infr, algarvio de Silves)... Todos eles tinham viola... O 1º Cabo Escriturário Eduardo Veríssimo de Sousa Tavares tocava acordeão (e acho que também arranhava a viola). 

Mas o que tinha mais cultura fadista era o nosso GG, companheiro inseparável de muitas noitadas e tainadas... Depois havia mais malta de outras subunidades: estou-me a lembrar do J. L. Vacas de Carvalho (hoje, também fadista amador), do Abílio Machado (, fundador do grupo Toque de Caixa), do David Guimarães(, agora ligado ao fado de Coimbra), etc. O Álvaro Basto e o Jorge Félix, que também tocam viola, só os conheci através do blogue.

O Joaquim Mexia Alves já não é do meu tempo de Bambadinca (Sector L1) mas sei que este era fadista apreciado e requisitado no TO da Guiné... Aliás, é autor de mais fados, para além do Fado da Guiné, que ele escreveu em 2007 para todos nós, seus camaradas e amigo... É autor nomeadamente da letra do fado Montemor é Praça Cheia, com música do Manuel Maria, e que foi gravado pelo Nuno Câmara Pereira, num disco de 1992, editado pela EMI- Valentim de Carvalho. (Vou ver se recupero um vídeo que fiz em Pombal, em 28 de Abril de 2007, por ocasião do nosso II Encontro Nacional, com a dupla J.L. Vacas de Carvalho / J. Mexia Alves).

Vem tudo isto a propósito de quê ? 

Do Fado, agora Património da Humanidade... O nosso modesto, discreto mas nem por isso menos valoroso contributo para a celebração deste evento (a inscrição do fado na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade, segundo decisão tomada em 27 do corrente durante o VI Comité Intergovernamental da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, a UNESCO), poderia bem ser, daqui a uns tempos, a oferta, ao Museu do Fado, de letras de fados cantados e tocados no nosso tempo, na Guiné (com a identificação das respetivas músicas, em geral fados tradicionais ou então em voga na época)... 


 Julgo que faz falta, no Museu do Fado, um secção sobre a fado e a guerra do ultramar (ou colonial, como queiram)...

Fica então aqui o meu/nosso apelo para raparmos o fundo ao baú das nossas memórias, e desencantarmos mais letras (e eventualmente músicas) do nosso fad...ário! 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7325: Parabéns a você (177): Tony Levezinho, um grande camarada, um amigo do peito (CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Santa Margarida, Contuboel e Bambadinca, 1969/71) (Luís Graça)

Tavira > CISMI > Almoço do dia do Juramento de Bandeira > Tony Levezinho de lado (elipse encarnada) e César Dias de frente (elipse azul).
Foto de César Dias


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > CCAÇ 12 (Julho de 1969/Março de 1971) 

Foto nº 1 > Saltinho, época das chuvas, 1969 > O Tony Levezinho na Ponte General Craveiro Lopes, inaugurada em 1955.

Foto nº 2 > Eu (de costas) e o Tony Levezinho na margem direita do Rio Corubal, no Saltinho, época das chuvas, 1969


Foto nº 3 > O Rio Corubal, magnífico, com os seus rápidos, visto da ponte do Saltinho, 1970 (?)


Foto nº 4 > Xitole,  Meados de 1970 >  O Fur Mil Enf Coelho, José Alberto Coelho, da CCS/BART 2917, mais o Arlindo Roda, o Tony Levezinho e o António Branquinho (três  Fur Mil At Inf, da CCAÇ 12),  por ocasião de mais uma coluna logística. Foto tirada junto ao monumento aos mortos da CART 2413.

Foto nº 5 > O Tony Levezinho observa o Arlindo Tê Roda a segurar um pequeno jacaré pelo rabo.... Não tenho a certeza onde foto foi tirada: em princípio num aquartelamento ou destacamento junto ao Rio Corubal (Saltinho) ou ao Geba (Xime)...



Foto nº 6 > A estrada (alcatroada) Bambadinca-Bafatá... Em pleno coração fula (regulado de Badora),  um rebanho de vacas atravessam pachorrentamente a estrada...


 Foto nº 7 > 1970 (?) > Foto tirada nas proximidades de Bambadinca, com um bando de miúdas


Foto nº 8 > Quartel e vila de Bambadinca > População local passeando junto aos edifícios do comando e instalações de oficiais e sargentos (lado esdquerdo); capela e secretaria da CCAÇ 12, do lado direito


Foto nº 9 > Bambadinca, 1970, ao te,po do BART 2917 (1970/72) > O edifício das messes e quartos de oficiais (à esquerda) e sargentos (à direita). Em dia de chuva, meados de 1970.


Foto nº 10 > Bambadinca > Messe de sargentos > A> malta da CCAÇ 12... O Levezinho está de pé, junto ao bar; à sua frente, e sentados da direita para a esquerda, 1º Srgt Cav Fernando Aires Fragata (deixou-nos ao fim de algum tempo, para seguir o curso de oficias, em Águeda); o Joaquim A. M. Fernandes; o Arlindo Teixeira Roda;  o 2º sargento Conceição, da CCS do BCAÇ 2852 (diz o Almeida);  2º sargento Inf José Martins Rosado Piça; eu, Henriques, atrás de mim, o Fur Mil Trms, José Fernando Gonçalves Almeida Almeida; os outros dois, da ponta, não são reconhecíveis... 

Créditos fotográficos: Arlindo Teixeira Roda (Fotos nº 1, 2, 3, 4, 5 e 10) e Benjamim Durães (Fotos nº 6, 7, 8 e 9)




Algarve > Vila do Bispo > Sagres, Martinhal  > 11 de Junho de 2010 > O Tony Levezinho e o neto ... Foi uma visita tipo rapidinha que eu e a Alice fizemos ao Tony e à Isabel,  na sua acolhedora casa no barlavento algarvio. Como já aqui referi, deu apenas para matar saudades, beber um café e um digestivo e celebrar a nossa velha amizade que teve a Guiné como berço. Com promessas (e sobretudo ameaças) de lá voltar, com tempo e vagar (que é uma coisa que a gente hoje não tem e que pensa que vá ter quando se reformar...)(LG)

Foto: © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados



1. Para o Tony com um xicoração, meu, muito especial; um Alfa Bravo, também especial, do resto da malta da CCAÇ 12 que por aqui pára na Tabanca Grande; votos de parabéns dos meus co-editores e dos demais camaradas que te conhecem ou conheceram no TO da Guiné... 63 aninhos é obra, mas seis e três são nove, e fora nada ?!... Qual quê! É já uma  vida, dois terços de uma vida, bem puxada mas bem vivida...(*)

Os teus anos (cuja data que eu nunca esqueço, por razões que tu sabes e que eu já publicitei, aqui, no nosso blogue, em 24 de Novembro de 2006, quando fizeste 59...) (**) são apenas um pretexto para:  (i) reavivar as nossas memórias dos bons e maus momentos de Santa Margarida, Contuboel e Bambadinca, (ii) reforçar a nossa bela camaradagem e amizade (que já tem mais de 40 anos, e começou no Campo Militar de Santa Margarida) e, enfim, (iii) celebrar a vida e a esperança no futuro (dos nossos filhos e netos, do nosso povo, do nosso país, do nosso planeta)... 

Sei que és um "tabanqueiro" pouco assíduo, mas hoje quis-te fazer um surpresa com um conjunto de dez imagens retirados dos velhos diapositivos dos nossos camaradas Arlindo Roda (CCAÇ 12) e Benjamin Duarães (CCS/BART 2917),  convertidos para formato digital e editados por mim... É a nossa prenda, minha, do Roda  (que não vejo desde o nosso 1º encontro, em  Fão, Esposende, 1994) e do Durães (com quem tenho estado mais frequentemente, nos últimos encontros da malta de Bambadinca). E, claro, é também uma prenda do nosso blogue. 

A  última imagem (foto nº 10) está desfocada, mas também não temos muitas fotos em grupo... Naquela época, o flash era um luxo...Muitas das fotas de interiores são de má qualidade... Não quis, no entanto, de seleccionar esta imagem do nosso "bar e messe", em Bambadinca, onde dávamos de "beber" à dor, à saudade, à irreverência e à rebeldia... Voltei lá, a Bambadinca, em Março de 2008: não tive "coragem" de revisitar as nossas antigas instalações, fiquei à entrada, na parada, mas lembrei-te de ti e dos nossos restantes camaradas de Bambadinca (da CCAÇ 12, do BCAÇ 2852, do BART 2917, e subunidades adidas que lá estiverem connosco: Pel Rec Inf, Pel Rec Daimler, Pel Mort, Pel Caç Nat, Intendência, Engenharia ...).

Uma outra pequena prenda: eu sei que a nossa memória já não é o que era... Mas, mesmo assim, já reconstituímos a letra, de que tu foste o principal autor, e em que gozávamos com o 1º Sargento Brito, da CCS/BART 2917 (hoje, major, reformado, vivendo em Coimbra), e com os nossos Baldés... Aqui vão os versinhos, reconstituídos,  com a ajuda do Humberto Reis e do Gabriel Gonçalves.

Espero que gostes das nossas prendas. Que passes um belo dia com a tua Isabel, os teus filhos e o teu neto. Até à próxima, por aqui, em Lisboa, ou em Martinhal.

Brito... que és militar!

Letra: Tony Levezinho
Música: Fado "Povo que lavas no rio" 
[Música: Fado Victória; Letra: Pedro Homem de Melo; criação de Amália Rodrigues, 1961]



Brito, que és militar,
Que vieste p'rá Guiné,
Em mais uma comissão,
(Bis)
Na CCS ficaste,
Para aturar o Baldé,
A pedir-te patacão.
(Bis)

Fui ver à secretaria,
Por ouvir a gritaria
Que fazia confusão:
(Bis)
- Mim quer saco de bianda!
- Põe-te nas putas, desanda,
Que a mim cá têm patacão!
(Bis)

Filho da puta e sacana
É o que eles te chamam,
Tenho a mesma condição
(Bis).
- Mim quer saco de bianda!
- Põe-te nas putas, desanda,
Que a mim cá têm patacão.
(Bis)

Mamadús,  eu vos adoro,
se for preciso eu choro,
mas Patacão... é que não!
(Bis)

________


Notas de L.G.:


(**) Vd. também  poste de 
24 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5332: Álbum fotográfico de Vitor Raposeiro (Bambadinca, 1970/71) (1): Em dia de anos do Tony Levezinho, lembrando o nosso Novembro negro (CCAÇ 12, 1969/71)