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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13944: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte XVIII: jullho de 1973: (i) mais um ataque, no Rio Geba Estreito, em São Belchior, a seguir ao Mato Cão, à uma embarcação civil, a "Manuel Barbosa"; (ii) colocação, em Bambadinca, da CCAÇ 21, como unidade de intervenção do CAOP2, comandado por Abdulai Jamanca; (iii) pemetração na mítica mata do Fiofioli.


Guiné >  Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Xime > Rio Geba > c. 1968 >  Passagem de um barco civil, a caminho de Bambadinca, através do Rio Geba Estreito.  Fotos Falantes II, álbum do Torcato Mendonca. alf mil art, CART 2339 (Mansambo, 1968/69).

Foto: ©  Torcato Mendonça  (2007). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG]




1. Continuação da publicação da História do BART 3873 (que esteve colocado na zona leste, no Setor L1, Bambadinca, 1972/74), a partir e cópia digitalizada da História da Unidade, em formato pdf, gentilmente disponibilizada pelo António Duarte (*)

[António Duarte, ex-fur mil da CART 3493, a Companhia do BART 3873, que esteve em Mansambo, Fá Mandinga, Cobumba e Bissau, 1972-1974; foi transferido para a CCAC 12 (em novembro de 1972, e não como voluntário, como por lapso incialmente  indicamos); economista, bancário reformado, formador; foto atual à esquerda].


O destaque do mês de julho de 1973 (pp. 61/63) vai para:

(i)  o ataque, no Rio Geba Estreito, em São Belchior, a seguir ao Mato Cão, à embarcação "Manuel Barbosa" (, ligada a uma comercial de Bissau, se não erro); o barco, civil,conseguiu chegar a Bambadinca com um ferido;

(ii) a colocação, em Bambadinca, da CCAÇ 21, como unidade de intervenção do CAOP2; era inteiramente composta por quadros e praças do recrutamento local, sendo comandada pelo cap cmd graduado Jamanca;

(iii) a CCAÇ 21 entra na zona de Mina / Fiofioli.


Jullho de 1973: (i) mais um ataque, no Rio Geba Estreito, em São Belchior, a seguir ao Mato Cão, à uma embarcação civil, a  "Manuel Barbosa"; (ii) colocação, em Bambadinca, da CCAÇ 21, como unidade de intervenção do CAOP2, comandado por Abdulai Jamanca; e (iii) as NT penetram na mítica mata do Fiofioli

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13590: História do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74) (António Duarte): Parte IX: outubro de 1972: (i) no final das chuvas, e ao fim de dez meses de comissão, o primeiro ataque a um barco civil, o "Mampatá", no Rio Geba Estreito, à 1 hora da noite, de que resultaram feridos, 1 militar e 3 civis; (ii) Spínola no encerramento do 3º turno de instrução de milícias; e (iii) 37 balantas de Mero recebem instrução militar...



Guiné > Zona leste > O Rio Geba... o estreito (do Xime para montante) e o largo (do Xime para jusante)... c. 1970, no tempo seco... O rio era navegável de Bissau até Bafatá!... Mas normalmente, as embarcações (civis) iam até Bambadinca... As LDG ficavam pelo Xime, mas chegavam a Bambadinca, pelo menos até a 1968... Dois pontos vulneráveis do percurso eram a Ponta Varela (na margem esquerda do Rio, entre a Foz do Corubal/Ponta do Inglês e o Xime), e o Mato Cão (entre o Xime e Bambadinca, no troço serpenteante do Geba Estreito).

Fotos do álbum do Humberto Reis, ex-fur mil op esp (CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)


Fotos: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Continuação da publicação da história do BART 3873 (Bambadinca, 1972/74), a partir de cópia digitalizada da história da unidade, em formato pdf, gentilmente disponibilizada pelo António Duarte.

[António Duarte, ex-fur mil da CART 3493, companhia do BART 3873, que esteve em Mansambo, Fá Mandinga, Cobumba e Bissau, 1972/74; foi voluntário para a CCAÇ 12 (em 1973/74); economista, bancário reformado, foto atual à esquerda].

Destaque, no mês de outubro de 1972, para:

(i) no final das chuvas, e ao fim de dez meses de comissão, o primeiro ataque a um barco civil, o "Mampatá", no Rio Geba, de que resultaram feridos, 1 militar e 3 civis [foi um ataque no Rio Geba Estreito, no subsetor de Bambadinca,  às 1h15 da noite!);

(ii)  Spínola, mais uma vez, presente no CMIL de Bambadicna, nestte caso no encerramento do 3º turno de instrução de milícias;

e (iii) 37 homens de Mero (incluindo o chefe da tabanca) começaram a ser treinados, por sua inicaitiva, no CIMIL (Centro de Instrução de Milícias) de Bambadinca... (Esta tabanca balanta era, desde sempre,  conotada como simpatizante da guerrilha).


Outubro de 1972: no final das chuvas, e ao fim de dez meses de comissão do BART 3873, o primeiro ataque a um barco civil, o "Mampatá", no Rio Geba Estreito, de que resultaram vários feridos, 1 militar e 3 civis...








 (Continua)
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Guiné 63/74 - P9543 : As novas milícias de Spínola & Fabião (3): Comandante de Companhia de Instrução de Milícias, no CIMIL de Bambadinca, em set/out de 1973 (Luís Dias)



 Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > Centro de Instrução de Milícias (CMIL) > Setembro/outubro de 1973 > Formatura de inspeção. O Cmdt da Companhia de Instrução era,  na altura, o Alf Mil At Inf Luis Dias, da CCAÇ 3491/BCAÇ 3872 (Dulombi e Galomaro, 1971/74), tendo como adjunto o Fur  Mil Gonçalves, do seu pelotão dorigem, e como comandantes dos pelotões os seus 1ºs cabos atiradores.

Foto: © Luis Dias (2012). Todos os direitos reservados.



Guiné > Zona Leste > Sector de Galomaro > CCAÇ 3491 (1971/74) > "Chegada a Galomaro da CCAÇ 3491 [, pertencente ao BCAÇ 3872,] no dia 9 de Março de 1973. No jipe podemos ver o Alf Luís Dias, atrás o Fur Baptista, do 1º Gr Comb, e ao lado, a sorrir, um guerrilheiro do PAIGC que, no dia anterior, se tinha entregado a uma patrulha nossa na área do Dulombi. A arma é uma Shpagin PPSH 41, no calibre 7,62 mm Tokarev, mais conhecida por 'costureirinha' e com a particularidade de ter um carregador curvo de 35 munições, em vez do habitual tambor de 71".

Foto (e legenda): © Luis Dias (2012). Todos os direitos reservados.

1. Texto do Luís Dias, com data de 26 do corrente:Caros Camaradas,

Conforme foi referido no post P9526 pelos editores, eu fui um dos comandantes da Companhia de Instrução de Milícias, no CIMIL de Bambadinca, administrado pelo Comando do BART 3873 [, Bambadinca, 1971/74,] nos meses de Setembro e Outubro de 1973.

No meu tempo, a companhia tinha como comandante 1 alferes (Luís Dias), como 2º comandante 1 furriel (Gonçalves) e como comandantes de pelotão 1º cabos atiradores. O chefe de secretaria era um sargento do BART 3873.

A Instrução administrada era razoavelmente rigorosa e os milícias mostravam-se interessados nas informações técnicas recebidas e aplicados nos exercícios configurados para adaptar a teoria à prática.

A espingarda automática, FN, de origem bela (produzida pela Fabrique National), inicialmente na guerra colonial, em Angola, em 1961, antes da G3.


O único e grave problema que tivemos foi o de praticamente toda a instrução ter sido efectuada com a espingarda automática HK G3 e perto do fim foram estas armas substituídas por espingardas automáticas FN FAL, o que originou alguma confusão (os milícias não conheciam a arma e ficaram desconfiados que era inferior à G3). Isso obrigou a treino extra de adaptação à arma que, como sabemos, funciona de forma diferente da G3.

Também houve alguma discussão com o responsável pela distribuição das armas ligeiras (Tenente-coronel da Engenharia), porque este referia que as armas distribuídas aos milícias eram novas e nada inferiores à G3, tendo eu retorquido que as armas não eram novas, mas recicladas, para parecerem novas, como lhe mostrei, ao exibir algumas delas que não obstante terem as coronhas de madeira pintadas de novo, conseguia-se perceber: "Angola tantos de tal", ou nomes diversos, etc. (tudo escrito por canivete ou objecto semelhante na coronha das armas), além de que sofriam bastantes interrupções de tiro, devido ao regulador de gases.

As milícias eram essenciais na defesa imediata das tabancas onde se encontravam instaladas, bem como no acompanhamento em operações das unidades operacionais aquarteladas nas suas zonas. Dado o seu contacto diário com a população forneciam informações bastas vezes sobre as deslocações do IN na zona.

Na nossa área de intervenção, o armamento individual das milícias era composto por espingardas automáticas HK G3, morteiros 60mm, granadas de mão ofensivas e defensivas e dilagramas. Julgo que em uma ou duas das tabancas onde eles estavam instalados e para defesa da mesma, estava atribuído um morteiro 81mm.

Devo salientar a grande bravura de muitos destes elementos dos pelotões de milícias (elementos das etnia fula), porquanto os ataques que sofriam do IN eram, normalmente, ataques directos nocturnos, efectuados já muito perto do arame e a sua resposta era quase sempre muito eficaz e acabado o ataque perseguiam o grupo do PAIGC. Enquanto o ataque se produzia era normal outros pelotões de milícia, das tabancas mais perto, tentarem interceptar e emboscar o IN na sua retirada, ou auxiliar a tabanca atacada.

Estes ataques produziam, normalmente, baixas entre a população e às vezes também nas milícias, mas também produziam baixas significativas nas forças do PAIGC, como a do ataque à tabanca de Campata.

Em Março de 1973 o Batalhão de Caçadores 3872 [Galomaro, 1971/74], tinha o seguinte dispositivo:

CCS – Galomaro (Sede do Batalhão);
Pel Mil 256 – Deba;
Pel Mil 289 - Umaro Cossé;
Pel Mil 304 - Contabane;
Pel Mil 315 – Cansonco;
Pel Mil 316 – Pate Gibel;
Pel Mil 317 – Cansamba;
Pel Mil 318 – Campata;
Pel Mil 353 – Bangacia;
Pel Mil 354 – Sinchã Maunde Bucô;
Pel Mil 368 - Dulô Gengele

CCAÇ 3489 – Cancolim;
Pel Mil 290 – Cancolim;
Pel Mil 347 - Anambé;

CCAÇ 3490 – Saltinho;
Pel  Caç Nat 53 – Saltinho;
Pel Mil 287 - Cansamange;

CCAÇ 3491 – Dulombi/Galomaro;
Pel Mil 288 – Dulombi;
Pel Mil 373 – Dulombi.

Um abraço.
Luís Dias

 2. Comentário do editor

Para um batalhão (c. 500 homens, metropolitanos) havia 15 pelotões de milícias e 1 Pel Caç Nat,  ou seja, perto de outros 500 homens,  guineenses, em armas... Grosso modo, a proporção era de 1 para 1 no setor de Galomaro, ao tempo do  BCAÇ 3873. Isto dá uma ideia do elevado grau de "militarização" do chão fula (grosso modo, zona leste, do Xime a Buruntuma), bem como do esforço de "africanização" da guerra...

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Nota do editor:

Postes anteriores  da série:

24 de fevereiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9526: As novas milícias de Spínola & Fabião (1): excerto do depoimento, de 2002, do Cor Inf Carlos Fabião (1930-2006), no âmbito dos Estudos Gerais da Arrábida (Arquivo de História Social, ICS/UL - Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) 

25 de fevereiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9532: As novas milícias de Spínola & Fabião (2): O CIMIL (Centro de Instrução de Milícias) de Bambadinca, criado em 5 de Agosto de 1971, ao tempo do BART 2917

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Guiné 63/74 - P9532: As novas milícias de Spínola & Fabião (2): O CIMIL (Centro de Instrução de Milícias) de Bambadinca, criado em 5 de Agosto de 1971, ao tempo do BART 2917


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > Centro de Instrução de Milícias (CMIL) > Setembro de 1973 > A Instrução de tiro na carreira de tiro, que era perto da ponte do Rio Udunduma, na estrada Bambadinca-Xime.



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > Centro de Instrução de Milícias (CMIL) > Outubro de 1973 > Parada de final de instrução no CIMIL de Bambadinca. Em 1º plano, o Pel Mil 388. O Cmdt da Companhia de Instrução era o Alf Mil At Inf Luis Dias,  da CCAÇ 3491/BCAÇ 3872 (Dulombi e Galomaro, 1971/74) e o 2º Cmdt era o Fur Mil Gonçalves, da mesma companhia.



Fotos: © Luis Dias (2008). Todos os direitos reservados.



Guiné-Bissau > Zona Leste > Bambadinca > CIMIL > Carreira de tiro > 1971 > O Alf Mil Cav José Luís Vacas de Carvalho, comandante do Pel Daimler 2206, foi também instrutor de tiro de "duas ou três companhias de milícias", numa altura em que aumentava a escalada da guerra e se intensificava o esforço de africanização das NT. "Eu estou atrás do General Spínola. Ao meu lado direito está (parece-me) o Fabião e logo a seguir o Polidoro Monteiro. E atrás, de óculos escuros, parece-me ser o Tomé".

Foto: © J.L. Vacas de Carvalho (2006) Todos os direitos reservados.

Desenho: Tony Levezinho (1971) para a capa da História da CCAÇ 12.










1. Este era o Dispositivo militar do BART 2917, sediado em Bambadinca (Setor L1), durante o período de junho de 1970 a março de 1972. Podia ser calculado em cerca de 1350 homens, metade dos quais do recrutamento da província (CCAÇ 12, Pel Caç Nat 52, 53 e 54, 2º Pel Art, mais companhias de milícias). A população que vivia no setor era estimada em 20 mil (5 mil sob controlo do PAIGC, e os restantes 15 mil sob controlo das NT).


Em 5 de Agosto de 1971 foi criado o Centro de Instrução de Milícias (CIMIL) de Bambadinca.  Por lá passaram, como instrutores, camaradas nosso como o Paulo Santiago, o Luís Dias, o Vacas de Carvalho... 


Em 25out71, foram sediar em Candamã e Enxalé, os Pel Mil (Pelotões de Milícias) 308 e 309, respetivamente,  formados no  CMIL. 


Em 25dez71 após o término do 3º Turno/71 da instrução de Milícias em Bambadinca foi sediar no Enxalé o GEMIL 310 (Grupo Especial de Milícias),  formado neste CIMIL,  o qual  já tinha formado, além dos GEMIL 309, 310 e PMIL 308 atribuídos, ao seu Sector, os seguintes para outros sectores: os PMIL  315 e 316 para o Setor L-5,  GEMIL 323 para o Setor L-4. 


Em 17jan72 dava início à  instrução de pelotões de milícias para Deba, Campada e Ponta Augusta de Barros.

O BART 2917 também prestou o seu apoio ao Centro de Instrução de Comandos Africanos quando em funcionamento em Fá Mandinga.