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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25152: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (105): Na Morte do Coronel Nuno Rubim (Alfredo Pinheiro Marques / Centro de Estudos do Mar)

Cor Nuno Rubim (1938-2023). Foto de Luís Graça (2006)

1. Ainda a propósito do falecimento do Coronel Nuno Rubim, recebemos a seguinte mensagem com data de 31 de Janeiro de 2024, enviada pelo Director do CEMAR, Doutor Alfredo Pinheiro Marques:
De: CEMAR
Date: quarta, 31/01/2024 à(s) 11:17
Subject: Na Morte do Coronel Nuno Varela Rubim

Prezado Doutor Luís Graça, e demais responsáveis do Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné":
Nesta mensagem e na seguinte remetemos um reencaminhamento das mensagens que enviámos para a lista de "mailing" do CEMAR acerca do falecimento do nosso Ex.º Amigo Coronel Nuno Varela Rubim, e em que nos socorremos de, e citámos, muita da informação que, pela V. parte, disponibilizam no vosso Blog (uma vossa iniciativa meritória, e merecedora dos maiores elogios, e pela qual felicitamos, e desejamos os melhores votos de continuidade do bom trabalho)


Com as melhores e mais cordiais saudações, e votos de tudo de bom neste novo ano 2024
Alfredo Pinheiro Marques
Director do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque - CEMAR
(Figueira da Foz do Mondego - Praia de Mira)


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2. Início da mensagem reencaminhada:

De: INFORMAR
Assunto: Na Morte do Coronel Nuno Varela Rubim
Data: 30 de janeiro de 2024, 01:01:12 WET
Para: mail@cemar.pt

NA MORTE DO CORONEL NUNO VARELA RUBIM

Só agora tomámos conhecimento, através de notícias publicadas no Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (o principal fórum de informação e discussão sobre a história da Guerra portuguesa no teatro de operações da Guiné-Bissau), na "Revista de Artilharia", e em outras fontes, da triste notícia do falecimento do nosso Ex.º Amigo, Coronel de Artilharia, Comando, na situação de reforma, Nuno José Varela Rubim (1938-2023), historiador militar que tivemos a honra de contar no número dos membros do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR - Centro de Estudos do Mar, e pelo qual sentimos, e manifestámos, sempre, uma extraordinária admiração e um profundo respeito, em termos científicos e em termos humanos.

Nuno José Varela Rubim - a que as populações africanas chamaram o "Capitão Fula" (e cuja morte ocorreu, agora, no passado dia de Natal… em 25.12.2023) - foi um homem extraordinário, e com uma vida invulgar, e extraordinária, de heroísmo, de coragem, de lucidez e de inteireza.
Uma vida apontada, ao mesmo tempo, quer para o serviço militar quer para a compreensão do mundo e do seu país: para a História e para a investigação histórica. Provindo de uma tradição familiar apontada para o serviço do Exército Português, e mais concretamente para a Artilharia, ele veio a ser um militar de grande coragem, detentor de uma folha de serviços invulgar, e um historiador de grande lucidez e criticismo, o mais competente nas matérias específicas de História Militar a que se dedicou. De grande coragem científica, para além da coragem pessoal e humana.

Em nove anos em África, com quatro comissões de serviço, foi um dos militares mais condecorados do Exército Português no terrível teatro de operações da Guiné-Bissau, o mais duro e difícil para os Portugueses, na segunda metade do século XX. Comandou, lá, em comissões de serviço sucessivas, como Capitão, duas Companhias de Caçadores (CCaç 726, e CCaç 1424), e uma Companhia de Artilharia (CArt 644), e foi o criador, formador, e comandante, lá, dos "Comandos da Guiné" do Exército Português, entre 1964 e 1966.
As Companhias que comandou estiveram localizadas no aquartelamento de Guileje (Guiledje), na parte desse território que foi a mais problemática para os Portugueses, nas regiões do "Corredor da Morte" de Guileje, Gadamael e Guidaje, e das Matas do Cantanhez, e de Madina do Boé (onde, por fim, em 1973, o PAIGC acabou por proclamar unilateralmente a sua independência). Nessas regiões tiveram lugar alguns dos momentos mais penosos para o Exército Português. Nomeadamente quando, em Maio de 1973 (alguns anos depois de Rubim já lá não ser comandante), esse aquartelamento de Guileje chegou a ser abandonado pelas tropas portuguesas, e ocupado temporariamente pelas tropas do PAIGC (o único caso desse tipo, nas guerras africanas portuguesas da segunda metade do século XX).
Depois disso, entre 1972 e 1974, Nuno Varela Rubim ainda desempenhou também funções no Quartel-General português em Bissau, em serviços secretos de informações, transmissões e criptografia (CHERET), e já então promovido ao posto de Major (e, nessas funções, os serviços portugueses conseguiram decifrar os códigos das comunicações militares dos países vizinhos).
Esteve presente, desde o primeiro momento, lá, na Guiné, na conspiração do "Movimento dos Capitães" que levou ao 25 de Abril de 1974.
Depois, em Portugal, nas convulsões políticas do pós-25 de Abril, esteve envolvido nas difíceis situações que confluíram no 25 de Novembro (1975), no seguimento do qual viu a sua carreira militar ser bloqueada, e esteve preso em Custóias e em Caxias. Alguns anos depois, reconstituída essa carreira, e concedida a mais do que merecida promoção a Coronel (sem ter tido que ser, como então disse, "a título póstumo"…), foi passado à reserva e veio a dedicar-se sobretudo à sua paixão pela História e pela investigação de temas militares, sobretudo de História da Artilharia.

Foi Director de Investigação no Museu Militar de Lisboa, exerceu funções de docência na Academia Militar, na Universidade de Lisboa, etc. (de facto, exerceu-as em toda a espécie de escolas, desde escolas universitárias até humildes escolas primárias e profissionais). Publicou na "Revista de Artilharia" e em outras revistas militares. Organizou exposições e instalações museológicas de grande significado e qualidade (Museu da Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas, Artilharia da Fragata Dom Fernando II e Glória, Artilharia do Forte de Oitavos em Cascais, etc.). Deu-nos a honra de, na Figueira da Foz, ter sido um dos membros do Conselho Consultivo e Científico do nosso Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR), desde Novembro de 2012.
Teve, sobretudo, um interesse muito especial, e competente dedicação, à história do "Príncipe Perfeito", o Príncipe e Rei Dom João II "próprio e verdadeiro coração da República" (nomeadamente à sua invenção do tiro naval rasante), à arquitectura naval, e às fortificações marítimas costeiras (Torre de Belém, etc.).

Na primeira década do século XX (em 2006-2008) — em parceria com a organização de cooperação AD-Acção para o Desenvolvimento, com o supracitado Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné" dedicado aos combatentes portugueses e guineenses da guerra da Guiné-Bissau, e com entidades oficiais desse país independente de Língua Oficial Portuguesa —, Nuno Rubim esteve presente na celebração no Projecto Guiledje, de reencontro entre Portugueses e Guineeenses, nas suas várias vertentes ("triunfo da vida sobre a morte, da paz sobre a guerra, da memória colectiva sobre o esquecimento e o branqueamento da historia"...).
Esteve presente, nomeadamente, no Simpósio Internacional de Guiledje, em Março de 2008, em Bissau (onde foi um dos oradores), e na criação de um Núcleo Museológico de Guiledje (Guileje), para o qual construiu carinhosamente, pelas suas próprias mãos, e levou consigo, para oferecer, um precioso diorama constituído por um modelo à escala 1/72, de grandes dimensões, do aquartelamento português de Guileje tal como ele era na década de 60 do século XX (1966), quando ele próprio, e muitos dos combatentes de ambos os lados dessa guerra, lá haviam estado, e lá haviam combatido.

O Coronel Nuno José Varela Rubim teve um carinho muito especial pela Guiné, e pelas suas gentes, onde havia vivido durante uma década. E teve como esposa uma Ex.ª Senhora africana, de lá originária, que agora deixou viúva, e à qual devemos apresentar as mais sentidas condolências.

Quando, em 2008, voltou à Guiné, e regressou a Guileje e Mejo, foi reconhecido e acarinhado por muita gente que ainda se lembrava dele de há 41 anos atrás (!), e se lembrava da sua sensibilidade e proximidade com as populações locais, que logo então haviam dado origem ao seu cognome de então, de "Capitão Fula".

E, em Bissau, visitou o cemitério, onde estão sepultados centenas de militares do Exército Português, e alguns desconhecidos, e alguns pertencentes a Companhias que por ele haviam sido comandadas.

Muita informação sobre este notável militar e historiador português, e homem de grande carácter, pode ser encontrada em muitas das páginas do tão meritório Blog na Internet, criado por Luís Graça, que já aqui citámos "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (em https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com).


Filmes com parte da sessão do Simpósio Internacional de Guilege, em Março de 2008, em Bissau, com Nuno Varela Rubim e Carlos Matos Gomes, ambos Coronéis, Comandos, do Exército Português, em que o primeiro explica o isolamento em que foi deixado cair o quartel português de Guileje e o aparecimento no teatro de operações da Guiné dos mísseis terra-ar Strela que iriam mudar o curso da guerra, e o segundo explica o agravamento da situação militar no ano de 1973 para as tropas portuguesas, nas vésperas do 25 de Abril de 1974:

https://www.youtube.com/watch?v=rd8O523REL4
https://www.youtube.com/watch?v=CceUuqHQCc4


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"HISTÓRIA, MEMÓRIA E EXEMPLO DO PASSADO, PARA LIBERTAÇÃO DO FUTURO"

"(…) Ser ignorante do Passado é como ser uma criança para sempre (…)”… [ Marco Túlio Cícero, 106 a.C - 43 a.C]
"(…) Que os homens não aprendem muito com as lições da História é a mais importante de todas as lições que a História tem para ensinar (…)”… [ Aldous Huxley, 1959 ]

https://www.youtube.com/user/CentroEstudosDoMar


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Centro de Estudos do Mar - CEMAR
Rua Mestre Augusto Fragata, 8 - Buarcos
3080-900 - FIGUEIRA DA FOZ - PORTUGAL
e-mail: cemar@cemar.pt
tel.: (351) 969070009
(telemóvel)
tel.: (351) 233434450
(chamada para a rede fixa nacional)

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Nota do editor

Vd. post anterior de 8 de Fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25149: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (104): O Coronel Nuno Varela Rubim e o CEMAR (Centro de Estudos do Mar)

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Guiné 61/74 - P19967: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IX: O 'bu...rako' do Cachil (set 1965 / jan 1966)



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. set 1965  >  Cachil, na ilha do Como, um "resort" de muitas estrelas: a cozinha (1).




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. set  1965 >  Cachil, na ilha do Como, um "resort" de muitas estrelas: a cozinha (2).


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Cachil, na ilha do Como: aspeto parcial das instalações (1).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Cachil, na ilha do Como: aspeto parcial das instalações (2).




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  > Da esquerda para a direita, João Sacôto, João Bacar Jaló e Cap Alexandre... No espaldão do morteiro 81  (1)


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, João Sacôto, João Bacar Jaló e Cap Alexandre... No espaldão do morteiro 81 (2)


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, alf João Sacôto, alf Gonçalves, João Bacar Jaló e Cap Alexandre (1).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, alf João Sacôto, alf Gonçalves, João Bacar Jaló e Cap Alexandre (2).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, João Bacar Jaló, cap Alexandre e alf Sacôto (1)




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, João Bacar Jaló, cap Alexandre e alf Sacôto (2)




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Da esquerda para a direita,  cap Alexandre,  João Bacar Jaló e alf Sacôto (1).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Da esquerda para a direita,  cap Alexandre,  João Bacar Jaló e alf Sacôto (2).

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do João Gabriel Sacôto Martins Fernandes, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66). Trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil). Foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.


Estudou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG) . Andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente. É natural de Lisboa. É casado. Tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas). É membro da nossa Tabanca Grande desde 20/12/2011. Tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue.


2. Neste poste mostramos algumas fotos que documentam a passagem do alf mil João Sacôto pelo destacamento do Cachil, na ilha do Como, um dos famigerados "bu...rakos" do CTIG. (*)

Lembre-se que a CCAÇ 617 esteve em Catió de 1 março de 1964 até 22 de setembro de 1965, altura em que assume a responsabilidade do susector do Cachil, por troca com a CCAÇ 728. Será rendida pela CCAÇ 1424, em 16 de janeiro de 1966. Regressa a Bissau, aguardando embarque para a metrópole.

A última companhia a passar pelo Cachil foi a CCAÇ 1620, do nosso camarada Manuel Cibrão Guimarães, de 20 de março de 1968 a 1 de julho de 1968, altura em que foi extinto o aquartelamento e o subsetor do Cachil (**), por ordem de Spínola, por manifesta falta de condições de habitabilidade e segurança: por exemplo, não havia água potável; o abastecimento era feito a partir de Catió, através de uma lancha, que vinha num dia, na maré-cheia, e só podia regressar no dia seguinte... Era um verdadeiro inferno na época das chuvas, um piores lugares do TO da Guiné, a par de Beli, Madina do Boé, Cameconde, Sangonhá, Ponta do Inglês e outros "resorts"... bélico-turísticos.

Temos mais de 70 referências ao mítico topónimo Cachil.

A primeira subunidade a ocupar o Cachil, depois de ter participado na Op Tridente (Ilha do Como, jan-março 1964),  foi a  CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65), dos nossos camaradas José Botelho Colaço,  Francisco Santos e Rogério Leitão (1935-2010), membros da nossa Tabanca Grande.

 À CCAÇ 557 também pertenceu  o José Augusto Rocha (1938-2018), director da Associação Académica de Coimbra, em 1962, expulso da universidade por 3 anos, preso pela PIDE e mobilizado mais tarde para a Guiné,  enfim, um camarada cuja tribuna só podia ser "político.ideológica": foi defensor, como advogado, de muitos presos políticos do Estado Novo...Recusou delicadamente, ainda em vida, o meu convite para integrar a nossa Tabanca Grande. Morreu, vai fazer um ano, em 12 de julho de 2018.

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Vd. postes anteriores:

28 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19628: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VII: Catió e arredores: contactos com a população civil

20 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19604: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VI: Em Príame, a tabanca do João Bacar Jaló (1929 - 1971)

3 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19546: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte V: Catió, o quartel e a vida da tropa

28 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19539: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IV: Catió: as primeiras impressões

17 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19502: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte III: O meu cão Toby, que fez comigo uma comissão no CTIG, e que será depois ferido em combate no Cantanhez

10 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19488: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte II: Chegada a 15/1/1964 e estadia em Bissau durante cerca de 2 meses

4 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19468: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte I: A partida no T/T Quanza, em 8/1/1964

(**) Vd. poste de 26 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18257: Memória dos lugares (372): Cachil, na altura da extinção do aquartelamento, em 1 de julho de 1968 (Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, CCAÇ 1620, Bissau, Cameconde, Cacine, Sangonhá, Cacoca, Cachil e Bolama, 1966/68)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16160: O que dizem os Perintreps (Nuno Rubim) (5): Mais três fotos do tempo do "capitão fula", cmdt da CCAÇ 1424 (jan 1966 / dez 1966)


Foto nº 1  > Nuno Rubim, "o "capitão fula"


Foto nº 2 > O malogrado  mil inf, António Joaquim Alves de Moura, sentado nas alegadas ruínas de uma escola, em Guileje, que nunca terá chegado a ser construída


Foto nº 3 > Material capturado ao PAIGC em Salancaur

Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 1424 (1966) 

Fotos (e legendas): © Nuno Rubim (2016). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem, 12 de maio último, do Nuno Rubim, cor art ref: 

[ Foto à esquerda, Nuno Rubim (2007); tem duas comissões no TO da Guiné, a última no QG, já como major. na primeira comissão comandou duas das unidades que passaram por Guileje: a CCAÇ 726 (out 1964/jul 1966) e a CCAÇ 1424 (jan 1966/dez 1966); trabalhador incansável, é também um bom amigo e um grande camarada, a que pedimos informação e conselho sobre as coisas e os feitos da Guiné; é membro da nossa Tabanca Grande desde 10 de junho de 2006]

Caro Luis: Sobre os Perintreps de 1974, já sabes,  não estão ainda trabalhados, tal como sucede com outros anos. Além disso ando cheio de trabalho. De futuro necessito saber : (i) data do acontecimento; (ii) local, (iii) sector do Batalhão; (iv) designação da Companhia cujas forças se envolveram na acção.

Não me agradeças, faz-se o que se pode, mais a mais para um camarada e amigo de longa data... Pena não ter menos uns vinte anos ....

Junto mais umas fotos da CCaç 1424, tiradas no que me diziam (duvido ) serem ruínas de uma antiga escola que nunca foi construída. Talvez algum camarada da CCaç 726 possa fornecer alguma achega,

Na foto nº 1,  o sobredito "capitão fula". Na foto nº 2 as alegadas ruínas com o malogrado Alferes Moura [alf mil inf, António Joaquim Alves de Moura].  Por detrás está o médico, de que não recordo o nome, que veio a Guileje apenas uma vez, vindo da sede do Batalhão em Buba.  Na foto nº 3, tens uma perspectiva geral do material capturado em Salancaur.

No próximo email. vou falar dos “Postes Français" no rio Cacine, que o Pélissier me deu a conhecer e eu consegui identificar.

Abraço
Nuno Rubim

2. Comentário do Virgínio Briote (*)

Meu "Capitão" Rubim, que foi assim que o conheci e juntos andámos pelo Oio mais que uma vez, fomos ao Piai (Canquelifá), eu sei lá que sítios mais. Passaram mais de 50 anos, a memória é como um filtro, ficaram-me imagens, algumas até menos importantes. Mas agora que recordou esse episódio de Chinchim Dari, subitamente veio-me à memória de que ouvi falar na morte do Alves de Moura. Por volta desse dia, estava eu já em Bissau, a entregar no QG o Guião da Cª Comandos do CTIG.

Fico-lhe grato, Coronel Rubim, por avivar factos que foram a nossa vida.
V Briote
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Nota do editor:

(*) Vd. último poste da série > 17 de maio de 2016 > Guiné 63/74 - P16098: O que dizem os Perintreps (Nuno Rubim) (4): A um mês do 25 de abril de 1974, o IN ataca Canquelifá durante 4 dias, com um grande potencial de fogo, e faz violenta emboscada no itinerário Piche-Nova Lamego a coluna auto (Perintrep 12/74, relativo ao período de 17 a 24/3/1974)

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16077: O que dizem os Perintreps (Nuno Rubim) (3): Mais três fotos da "minha" CCAÇ 1424... Numa delas o alf mil inf António Joaquim Alves de Moura, natural de Padronelos, Montalegre, que morreu em combate, "a meu lado com um tiro no coração", a 4/9/1966, em Chinchim Dari, entre Mejo, a sul, Nhabocá, a norte, e Salancaur, a oeste... mais 4 topónimos do nosso martirológio de Guileje


Foto nº 1 > Guileje > 1966 > CCAÇ 1424 > "O meu grupo de assalto"...


Foto nº 1 A >  O malogrado alf mil inf, António Joaquim Alves de Moura,
morto em combate a 4/9/1966. É a única fotografia que dispomos dele, no blogue e na Net. É um dos 75 alferes mortos no TO da Guiné.


Foto nº 2 >  Guileje > 1966 > CCAÇ 1424 > "O grupo de apoio"


Foto nº 3  > Guileje > CCAÇ 1424 > "O grupo de segurança" (milícias)


Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 1424 (1965/67)


Fotos (e legendas): © Nuno Rubim (2016). Todos os direitos reservados.

1. Mensagem do Nuno Rubim, com data de ontem:

[, foto à direita: o Nuno Rubim, hoje cor art ref, e um talvez o maior especialista em Portugal de história da artilharia... O Nuno tem uma documentação, em suporte digital e em papel, absolutamente fabulosa sobre o TO da Guiné, onde fez duas comissões, no princípio e no fim da guerra... Na primeira comissão comandou duas das unidades que passaram por Guileje: a CCAÇ 726 (out 1964/jul 1966) e a CCAÇ 1424 (jan 1966/dez 1966); tem além disso a coleção completa, digitalizada, dos  Perintreps, daí o título desta sua nova série; trabalhador incansável, é também um grande amigo e camarada, a que pedimos informação e conselho; é membro da nossa Tabanca Grande desde 10 de junho de 2006 (*)]




Guiné > Região de Tambali > Carta de Guileje > Escala 1/50 mil (1956) > Alguns topónimos "míticos" da nossa guerra,por onde passaram muitos dos nossos camaradas, de 1961 a 1974: além de Guileje, Mejo, Gandembel e Ponte Balana...Mas também  Salancaur, Nhacobá, Chinchim Dari (na carta aparece primeiro o topónimo Cabo Verde, seguido de Chinchim Dari, entre parênteses; recorde-se que no crioulo da Guiné-Bissau "dari" é a designação para "chimpanzé")... Também temos dúvidas sobre a linha que separa a região de Quínara e a região de Tombali, ontem como hoje...

Infogravura: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2016)


Capitão "fula" (como era
 conhecidoem Mejo...) 
Nuno Rubim

Vou continuar a enviar material de Guileje, agora da CCaç 1424. Porque perintreps são muitos e tem de se escolher uma data. (**)

Seguem 3 fotos:

A foto nº 1  mostra o meu grupo de assalto. Lá está o alf Moura, o primeiro à esquerda, ajoelhado que morreu a meu lado com um tiro no coração, em Chinchim Dari.. [E eu à direita, em tronco nu, vestido à "capitão fula"];

Na foto nº 2 está o grupo de apoio e na nº 3 está o grupo de segurança (Milícias ), com armas capturadas pela Companhia em Salancaur.

Abraços
Nuno Rubim


2. Comentário do editor:

O alf Moura é o António Joaquim Alves de Moura, transmontano, natural de Padronelos, Montalegre,  morto em combate, em  4/9/1966. Pertencia à CCAÇ 1424 / BCAÇ 1858 (1965/67), batalhão mobilizado pelo RI 15.

Vamos acrescentar o topónimo Chinchim Dari à lista já extensa (e trágica) do nosso martirológio guineense.


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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 10 de junho de 2006 > Guiné 63/74 - P863: Tabanca Grande: O nosso novo tertuliano, o Coronel Nuno Rubim

sábado, 16 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15980: O que dizem os Perintreps (Nuno Rubim) (2): Há 50 anos, em Guileje, quando a CCAÇ 726 trocava de setor com a CCAÇ 1424...


Guiné > Região de Tombali > Guileje A> 1966 >  "A Maria era filha de um soldado africano do Pelotão Fox; trouxe-lhe de Bissau uma boneca, que ela transportava tal como a mãe fazia com um irmão ainda bébé".



Guiné > Região de Tombali > Guileje A> 1966 > "Outra 'mascote' de que não me recordo; talvez algum camarada do Blogue o possa identificar".



Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1966 > "Tinhamos regressado de uma operação ao “Corredor” e como sempre tomava logo um banho (dei-me sempre muito mal com o calor ) e depois de beber uma “bejeca” vestia o meu calção fula, muito fresco e que me evitava as micoses, Guileje; este vosso amigo [, o "capitão fula",]  com o Cardinali à minha direita e outro camarada de que não me lembro o nome."


Guiné > Região de Tombali > Guileje A> 1966 >  Tinhamos regressado de uma operação ao 'Corredor de Guileje' e, como sempre tomava logo um banho (dei-me sempre muito mal com o calor ) e depois de beber uma 'bejeca' vestia o meu calção fula, muito fresco e que me evitava as micoses.


Fotos (e legendas): © Nuno Rubim (2016). Todos os direitos reservados.

1. Ao Nuno Rubim,  agora com "um coração novo de rapaz de 20 anos", desafiámo-lo, há dias,   para alimentar esta nova série "O que dizem os Perintreps (Nuno Rubim)"...

O Nuno tem uma documentação, em suporte digital e em papel, absolutamente fabulosa sobre o TO da Guiné, onde fez duas comissões, no princípio e no fim da guerra... Na primeira comissão comandou duas das unidades que passaram por Guileje: a CCAÇ 726 (out 1964/jul 1966) e a CCAÇ 1424 (jan 1966/dez 1966)...

O Nuno Rubim, hoje cor art ref, é um dos membros mais antigos do nosso blogue. Chegou até nós, no último trimestre de 2005, pela mão do  nosso querido coeditor Virgínio Briote. Estiveram ambos nos comandos, na Guiné, em 1966, sendo na altura comandante da CCmds da Guiné o Nuno Rubim.

É um dos nossos camaradas que mais sabe da história militar da guerra colonial na Guiné (1963/74). Espero que ele ainda tenha (e vai ter, porque ele merece...)  muita vida e saúde para publicar, em livro, alguns dos resultados do seu trabalho de investigação historiográfica.

Há seis anos atrás ele confidenciava-me que  já tinha identificado pelos nomes mais de 3 mil guerrilheiros do PAIGC, e mais de três centenas de acampamentos (!)... E que tinha mais de 90 GB de informação, em texto e imagens, sobre a guerra colonial na Guiné, em geral, e sobre a região de Tombali, em particular. 

Era, até então, um frequentador assíduo do Arquivo Histórico-Militar, que conhecia como ninguém, e tinha caesso, na Guiné-Bissau, a  fontes privilegiadas de informação (oral). Recordo que ele é  casado com a Júlia, de origem guineense, professora, e que é um encanto de pessoa (tive o privilégio, eu e a Alice, de conviver durante uma semana com o casal Rubim, em Bissau e no Cantanhez, no decurso do Simpósio Internacional de Guiledje, em março de 2008).

Tenho, pelo Nuno Rubim, um grande admiração, pelas suas qualidades de investigador, metódico, rigoroso, crítico, incansável, E uma grande ternura pelo bom amigo e melhor camarada que ele é, e que eu já conheço há 10 anos.

Informalmente, sem nunca me pedir nada em troca (nem sequer o retrato na coluna do lado esquerdo do blogue, ao lado dos nossos editores!), "promovi-o"  a meu/nosso assessor para as questões técnico-militares... Tem, neste domínio, um conhecimento enciclopédico avassalador. Não há dúvida ou questão  a que ele não  saiba esclarecer ou responder...

E é publicamente reconhecido como  um especialista em museologia militar e em história da artilharia. A sua obra fala por ele...

Já aqui escrevi, em tempos, que não é uma pessoa  de feitio fácil, no sentido em que  "não é homem para fazer fretes a ninguém"... E depois, é um militar de carreira, filho de militar, com um elevado conceito da artilharia e dos artilheiros, não aparece nos nossos convívios (da Tabanca Grande), detesta que o distraiam das tarefas que ele leva, quotidianamente, a peito, e que é o seu trabalho de investigação.

Pelo menos até há um  ano atrás, antes de uma grave crise de saúde, ele trabalhava estoicamente, todos os dias, com gripe ou sem gripe, arduamente, como um monge da Alta Idade Média, no seu retiro do Seixal... Durante anos só saía para ir ao Arquivo ou dar um conferência...

O Nuno reconhece o trabalho único, meritório, do nosso blogue para produção e reprodução da memória da guerra colonial: "Não há ninguém com este repositório colectivo de memórias no mundo, nem os Amercianos com o Vietname, ou os franceses com a a Argélia", disse-me ele um dia, com a honestidade intelectual que é seu timbre... 

Isso não o impedia de logo a seguir dizer que passava dias e dias "sem nos visitar"...

Respondi-lhe que isso "não era grave": afinal, há coisas muito mais importantes para fazer,, na vida,  do que visitar o blogue... De tempos a tempo ele era alertado, por amigos, para postes que lhe podiam interessar. E nisso ele continua a ter um enorme sexto sentido, um excepcional faro de rato de biblioteca, a intuição que é própria dos grandes investigadores...

2. Mensagem do Nuno Rubim:


Enviado: terça-feira, 12 de Abril de 2016 12:26
 Assunto: Guileje 1966

Amigos

Mais umas fotos que descobri recentemente num álbum esquecido...

(i) A Maria era filha de um soldado africano do Pelotão Fox; trouxe-lhe de Bissau uma boneca, que ela transportava tal como a mãe fazia com um irmão ainda bébé;

(ii) Outra “mascote” de que não me recordo; talvez algum camarada do Blogue o possa identificar.

(iii) Pessoal da CCaç 726, Guileje; este vosso amigo [, o "capitão fula",]  com o Cardinali à minha direita e outro camarada de que não me lembro o nome.

[Tinhamos regressado de uma operação ao “Corredor” e como sempre tomava logo um banho (dei-me sempre muito mal com o calor ) e depois de beber uma “bejeca” vestia o meu calção fula, muito fresco e que me evitava as micoses].

(iv)  A troca de sectores das CÇaç 726 e 1424, em julho de 1966. [Imagem abaixo]

Abraços
Nuno Rubim




Recorte de documento de fonte desconhecida... Não sabemos se é um Perintrep... Na volta do correio, o Nuno vai esclarecer.

__________________


13 de janeiro de  2010 > Guiné 63/74 - P5639: Dossiê Guileje / Gadamael (22): Construção dos abrigos, minas AP tipo Claymore, viaturas blindadas BRDM 2, as NT, o PAIGC, o nosso blogue... (Nuno Rubim)

terça-feira, 16 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11406: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (65): Carlos Afeitos encontra, em 2011, restos da CCAÇ 1422 (1965/67), no K3 / Saliquinhedim


K3 > Entrada


K3 > Começo do antigo heliporto


K3 > Antigo heliporto


K3 > Foto nº 70 > S/legenda


K3 > Foto nº 71 > S/legenda


K3 > Foto nº 72 > S/legenda


K3 > "Penso que seria a entrada da sala de transmissões"



K3 > Foto nº 69 > "Uma placa que agora é a entrada da casa de um popular [e onde ainda é visível o nº  da CCAÇ 1422, a companhia do Veríssimo Ferreira!...É caso para dizer que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!]


K3 > "Um dos edifícios transformados em escola"

Fotos do álbum de Carlos Afeitos, presumivelmente datadas de 2011.

Fotos (e legendas) ©: Carlos Afeitos (2013). Todos os direitos reservados


1. Em 17 de fevereiro último, o nosso camarada Veríssimo Ferreira fez este pedido ao  Carlos Afeitos, professor de matemática, cooperante na Guiné-Bissau, durante 4 anos (2008-2012), a residir neste momento em Londres, e nosso novo grã-tabanqueiro, com o nº 606 (, desde 19/2/2013):

17/2/2013

Caro Senhor Professor Carlos Afeitos:

Falou que tem fotos do meu velhinho K3, que ajudei a fazer e onde estive em 1966. Se quiser fazer o favor, que muito agradeço, envie lá essas fotos, logo que tenha pr' sí uns minutos vagos. Seja bem-vindo e obrigado.
Veríssimo Ferreira
ex-fur mil,
CCAÇ 1422 / BCAÇ 1858
Farim, Mansabá, K3 (1965/67),

Email: verissimoferreira@sapo.pt

 
Guiné > Região do Oio > K3 > Um abrigo... A identificação da companhia (CCAÇ 1422),  desenhada com garafas de cerveja vazias... O K3 começou a ser construído pela CCAÇ 1421. A CCAÇ 1422 saiu de Mansabá para tomar posse e completar a construção do aquartelamento.

Foto: © Veríssimo Ferreira (2013). Todos os direitos reservados



2. Resposta, no mesmo dia, do Carlos Afeitos 
[, foto à direita,]:


Estive a rever as fotos que tenho do K3, não são muitas e se calhar não foram tiradas do melhor ângulo, mas envio as que tenho.

Não consigo identificar as restantes fotos, uma delas é relativamente a uma placa que agora é a entrada da casa de um popular.

Quando visitei esta povoação,  estivemos a falar com o guineense que tinha sido um ex-militar português. Mostrou-nos a cédula militar, que ainda guarda, e um papel da Embaixada Portuguesa em que se confirma que foi militar português na guerra. Eles explicou-nos que após o final da guerra teve que fugir, pois a sua vida estava em perigo. Voltou mais tarde e agora vive em K3.

Uma das fotografias é uma escola, melhor o interior de uma sala de aula. Não tenho a certeza se a mesma é do tempo do quartel militar ou se foram aproveitadas as instalações do quartel para fazer a sala de aula. Mas penso que é do tempo em que se construíram as escolas dentro dos aquartelamentos no seguimento da política da altura. É com muita pena minha que não tenho a fotografia, mas penso que também existe uma estátua de um militar a ensinar. Não tenho a certeza se é em K3 ou em Mansabá.

Também tenho algumas fotos de Mansabá e de um quartel militar perto de Farim, a 1 km para oeste,  que não sei como se chama.

Com os melhores cumprimentos

Carlos Afeitos

_________________

Nota do editor:

Último poste da série > 26 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11318: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (64): Amigos brasileiros (Vasco Pires)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10473: Tabanca Grande (363): Veríssimo Ferreira, natural de Ponte de Sôr, ex-fur mil, CCAÇ 1422 (Farim, Mansabá, K3, 1965/67)





Guiné >  Região do Oio >  CCAÇ 1422 / BCAÇ 1858   (Bissau, Bula, Saliquinhedim/K3, 1965/67) >  O fur mil Veríssimo Ferreira em Mansabá, Setembro de 1965


Fotos:   © Veríssimo Ferreira (2012). Todos os direitos reservados.


1. Em 30 de setembro último, na página da Tabanca Grande no Facebook, o nosso camarada Veríssimo Ferreira manifestou a sua vontade de integrar o nosso blogue e colaborar ativamente na preservação e divulgação das nossas memórias, enquanto combatentes na Guiné:


Caros Senhores Luís Graça, Carlos Vinhal e Eduardo Ribeiro:

Pretendo ser dos 600 "antes do fim do ano" e, assim sendo e porque continuo com dificuldades (burro velho aprende...mas demora) em seguir o caminho normal e recomendado, solicito-vos o seguinte: 
Enviaria para aqui as duas fotos e uma 1ª história e os amigos extrairiam para o blogue.

Pode ser?


Abraços, Veríssimo Ferreira [, foto à esquerda, em Loures, em 1980, vestido "à homem grande"]


2. Os melhores 40 meses da minha vida > Introdução


Após alguns anos a procurar não recordar memórias que incomodavam, resolvi agora fazê-lo e em relação ao tempo prestado na vida militar. Sim. Porque eu fiz o serviço militar, e com honra, cumpri o meu dever.

Certo é que poderia ter desertado e hoje seria considerado "um senhor",  com chorudas reformas e sem nada ter descontado ou trabalhado. 

Certo é que poderia ter "fugido com medinho" para França e ter tocado xilofone, nas ruas e hoje seria um herói, aqui nesta terra que amo e que se chama e chamará Portugal. 

Certo é que poderia ter tido uns pais ricos (mas não...os meus pais sempre foram pobres...mas muito...muito honestos e trabalhadores), pais ricos esses que me mandariam para Londres e hoje eu seria ainda o verdadeiro artista, aplaudido mesmo que não tocasse ou cantasse. 

Só que não!!

O que sou é mal visto quer pelos políticos de ontem, quer pelos d'agora, pois que combati...mas não fugi e estou-me verdadeiramente nas tintas para tais gentes, se é que são gente.  

De nada me arrependo e comigo estão centenas de milhares de veteranos que, tal como eu, cumprimos e sofremos uns mais outros menos, mas que hoje somos uma irmandade e rimos...e lastimamos cada vez mais o desprezo e a sobranceria, com que, repito, "tais gentes, se é que são gente" nos pretendem marginalizar.

Estes maus filhos da Pátria (saberão o que é a Pátria ? acho que sabem apenas o que são Euros), por muitas honrarias que tenham após o 25 do 4, nunca conhecerão o que foi ter disparar para não morrer. Mas desejo que a terra lhes seja leve, antes porém deviam fazer um acto de contrição, embora "perdão",  para estes, seja palavra que não quero saber o que significa. (...)


(Continua)

3. Comentário do L.G.:


Meu caro Veríssimo Ferreira:  

Senhores,  todos somos, e grandes senhores!... Na Tabanca Grande tratamo-nos por tu, como camaradas que fomos e continuamos a ser. É pressuposto conheceres e aceitares as nossas 10 regras de convívio: consulta aqui o Nosso Livro de Estilo

Dás-nos a honra da tua presença, engrossando as fileiras do nosso blogue, com os seus quase  600 magníficos,  camaradas e amigos da Guiné. Serás o grã-tabanqueiro nº 581 e o teu nome passará a figurar no nosso quadro de honra, que vai de A a Z (vd. coluna do lado esquerdo da página de rosto do blogue). Depois de ti, faltarão apenas 19 para chegarmos às 6 centenas. 

Já recuperei as tuas fotos, na tua página no Facebook. Preciso apenas um endereço de email para a gente se comunicar internamente. Contactas connosco através do nosso email oficial:
luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com. 

Sei que já fizeste muitas coisas na vida, e que agora gozas a tua merecida reforma. Que és pai e avô. Que nasceste e viveste em Ponte de Sôr até à tropa. Que trabalhaste na tesouraria da fazenda pública local. Que tiveste um conjunto musical. Que foste para a Guiné como furriel miliciano, integrado na CCAÇ 1422. Que andaste pela região do Oio (Farim, Mansabá, K3), nos idos anos de 1965/67. Que, depois da peluda, foste bancário, mas também árbitro de futebol... E, por fim, que vives em Loures. 

Registe-se a propósito da CCAÇ 1422, de que tu és o primeiro representante no blogue:

(i) foi mobilizada pelo RI 15;

(ii) partiu para o TO da Guiné em 18/8/65 e regressou a 15/4/67; 

(iii) andou por Bissau, Bula, Saliquinhedim ou K3);  

(iv) comandantes:  cap mil  inf Diniz Alberto de Almeida Corte-Real;  alf mil  inf António Fernando da Cruz Macedo; cap inf Daniel Andrade de Carvalho.

O BCAÇ 1858, por sua vez,  esteve em Bissau, Teixeira Pinto e Catió. e conheceu 3 comandantes (ten cor inf Manuel Ferreira Nobre da Silva, ten cor cav Francisco José Falcão e Silva Ramos; ten cor inf António Veiga Fialho). Além da CCAÇ 1422, pertenciam a este batalhão a CCAÇ 1423 (Bolama, Empada, Cachil)  e a 1424 (Bolama, Cachil, Guileje, Sangonhá, Bissau)

 Em meu nome, dos demais editores, colaboradores e membros da Tabanca Grande, és bem vindo e recebido de braços abertos. Vamos seguir a série a que tu próprio chamaste Os melhores 40 meses da minha vida... Senta-te à sombra do fraterno e mágico poilão da nossa Tabanca Grande e conta-nos a(s) história(s) desse tempo, que nós seremos todos ouvidos...
__________________


Nota do editor

Último poste da série > 27 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10443: Tabanca Grande (362): Vasco Pires, ex-Alf Mil, CMDT do 23.º Pel Art.ª (Gadamael, 1970/72)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Guiné 63/74 - P3082: Convívios (76): Ainda o 18º encontro dos bravos da CCAÇ 726 (Nuno Rubim)

Arados, Benevente, 24 de Maio de 2008 > 18º Almoço/Convívio dos bravos da CCAÇ 726(1)... Devidamente assinalados, da esquerda para a direita: na segunda fila, o Teco e o Nuno Rubim; na terceira fila, o Guedes e o Cavaleiro (este último, tenente general, na situação de reforma, tendo antecedido o Rubim no comando da Companhia).

Foto : © Nuno Rubim (2008) . Direitos reservados.


1. Mensagem do Nuno Rubim, de 14 de Julho:

Obrigado. Pois já vi [a notícia do Convívio da CCAÇ 726] ... Mais vale tarde do que nunca.

Junto uma foto do convívio. Estou à direita, 2ª fila, e atrás, com uma camisola vermelha, o Ten Gen Ref Cavaleiro que substituí no comando da CCaç 726. À esquerda está o Teco ( 2ª fila ) e quase por detrás o Guedes, de camisa azul.

Resumindo [e respondendo à tua pergunta]: comandei a CCaç 726 (2) desde o final de Jan 66 e de Jun até Dez 66 a CCaç 1424. Antes tinha, como sabes, comandado a CArt 644 ( Mansabá) e a CCmds.

O convívio foi excelente e a malta gostou muito de ver as fotos da ida à Guiné que levei, sobretudo a do diorama de Guileje ... e a do rol das lavadeiras do dito-cujo ! (3)

Um abraço
Nuno Rubim

_______

Notas de L.G.:

(1) Vd. poste de 14 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3060: Convívios (74): CCAÇ 726 (Guileje, 1964/66), em 24 de Maio de 2008, Arados, Benavente (Nuno Rubim)

(2) Vd. também o poste de 17 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2360: A CCAÇ 726, a primeira Companhia a ocupar Guileje (2): 10 mortos e mais de metade do pessoal ferido em combate (Virgínio Briote)

(3) Em Guileje e em Mejo, o Nuno Rubim [, hoje Cor Art Ref, ] era conhecido como o capitão fula... muito querido entre a população local (e nomeadamente a feminina). Fui testemunha da grande recepção que por lá teve em Março de 2008. Essa alcunha - a de capitão fula - é uma história que ele ainda um dia nos há-de contar, se os seus muitos afazeres de investigador o permitirem...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Guiné 63/74 - P2687: Cemitério militar de Bissau: homenageando os nossos 350 soldados, uma parte dos quais desconhecidos (Nuno Rubim)


Guiné-Bissau > Bissau > Cemitério Militar de Bissau > Março de 2008 > O Cor Art na situação de reforma Nuno Rubim, participante do Simpósio Internacional de Guiledje (1 a 7 de Março de 2008), junto à campa do o Soldado António Gonçalves dos Santos, caído em combate em 4 de Março de 1966, muito perto do cruzamento do corredor de Guileje. Pertencia a um das companhias, a CCAÇ 1424, que o nosso querido amigo Nuno comandou, em Guileje.


Guiné-Bissau > Bissau > Cemitério Militar de Bissau > Março de 2008 > O NUno Rubim com o responsável pela manutenção do cemitério.

Guiné-Bissau > Bissau > Cemitério Militar de Bissau > Março de 2008 > Talhão Central >

Guiné-Bissau > Bissau > Cemitério Militar de Bissau > Março de 2008 > Talhão Direito.

Guiné-Bissau > Bissau > Cemitério Militar de Bissau > Março de 2008 > Talhão Esquerdo > Campas não identificadas: Estes serão porventura os restos mais dolorosos do que restou do nosso Império... (LG).


Fotos : © Nuno Rubim (2008) . Direitos reservados.

1. Texto do Nuno Rubim (Cor Art Ref, com 2 comissões na Guiné) (1):

Caro amigo Luis, conforme o prometido ...

No Cemitério de Bissau

Aproveitando uma folga que me impuz a mim próprio num dos dias em que decorreu o Simpósio Internacional de Guiledje, desloquei-me ao Cemitério de Bissau, onde repousam para sempre Camaradas nossos falecidos durante a guerra (1).

O Cemitério tem três talhões destinados a militares, um à esquerda da porta de entrada, outro à direita e um mais central.

Segundo o responsável (ver foto acima) estarão lá mais de trezentas e cinquenta (?) campas, mas não me soube dizer o número exacto. Parece que os registos estão algures ..., mas não os do talhão esquerdo - homens que infelizmente nunca foram identificados !

As campas estavam recém-caiadas, mas a sobreposição de várias camadas de cal tenderá, no futuro, a obliterar os nomes.

Das unidades que comandei referenciei lá três militares da CCaç 726 e um da CCaç 1424 (ver foto acima), o Soldado António Gonçalves dos Santos, caído em combate em 4 de Março de 1966, muito perto do cruzamento do corredor de Guileje.

Um abraço

Nuno Rubim

_________

Notas de L.G.:

(1) Nuno Rubim > Nota curricular



1- Chefe da Secção de Estudos do Museu Militar de Lisboa, 1981-1984.

2- Organizou a Exposição “Armas em Portugal – Origem e Evolução”, no Mu. Mil. Lisboa, ainda em exibição, tendo elaborado o respectivo catálogo.

3- Fez parte do grupo restrito que planeou e instalou a “Exposição Nacional Comemorativa do 6º Centenário da Artilharia Portuguesa”, que esteve patente ao público no Mu. Mil. Porto, de Julho a Setembro de 1982, elaborando parte do respectivo catálogo.

4- Adjunto do Centro de Estudos da Direcção do Serviço Histórico - Militar, 1984 -1986.

5- Organizador do 1º Curso de Museologia Militar, no ambito da DSHM, 1985.

6- Planeou e dirigiu a execução da exposição “Artilharia Histórica Portuguesa Fabricada em Portugal”, patente ao público no Museu Militar de Lisboa, desde Junho de 1985, sendo autor da respectiva memória histórica .

7- A convite do Exmo. Presidente da respectiva Comissão, realizou trabalho de investigação e posterior instalação da artilharia embarcada a bordo da Fragata “D. Fernando II e Glória”, tarefa iniciada em 1991 e que se prolongou até 1998.

8- De Dezembro de 1991 a Junho de 1993, a convite do então IPPAR, desenvolveu um estudo técnico-militar sobre a Torre de Belém, abrangendo o período que decorreu desde a sua construção até à data da sua desactivação como fortaleza de defesa costeira, entregando nessa última data um pormenorizado relatório.

9- Proferiu, no ano lectivo de 1991-1992 e a convite da Comissão Científica de História da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, uma série de 16 conferências, no âmbito do Mestrado sobre “Os Descobrimentos e a Expansão Portuguesa”, que abordaram disciplinas como a Náutica, a Construção Naval, a Artilharia, a Fortificação, a Organização e Táctica militares.

10- Em conjunto com uma equipa, englobando Oficiais de Artilharia e Docentes Universitários, planeou, coordenou e participou nos trabalhos que levaram à criação do Museu da Escola Prática de Artilharia, aberto ao público em Vendas Novas no dia 4 de Dezembro de 1992. Tem continuado aí a sua colaboração, dirigindo a implementação das seguintes Exposições:
- Operações
- A Defesa Costeira antiga (Portugal, sécs. XV-XVI)

11- Conferencista convidado, no âmbito do 1º Curso de História Militar, Fórum da Maia, Fevereiro de 1993.

12- Comissário Técnico, convidado pela “Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses”, para os aspectos militares da Exposição “A Paz e a Guerra na Época do Tratado de Tordesilhas”, realizado em Burgos, Espanha, em Setembro de 1994, tendo elaborado a notícia histórica, o desenho à escala de un Galeão que possibilitou a feitura de um modelo, em corte, à escala 1:10, e executando ainda os modelos, também à escala, do tipo de peças que guarneciam esse navio, São Diniz, Almirante no Índico na 2ª década do Séc. XVI. Realizou ainda todos os estudos técnicos, englobando desenhos, que possibilitaram a feitura de um filme de animação, em vídeo, sobre o tiro de artilharia na transição dos Sécs. XV / XVI.

13- Professor convidado, Regente da Cadeira de História Militar, Academia Militar, no ano lectivo de 1998 – 1999.

14- Colaborador científico convidado, para os aspectos relacionados com as armas de fogo no período medieval, Exposição “Pera Guerrejar”, no âmbito do Simpósio Internacional sobre Castelos, que decorreu em Palmela de 3 a 8 de Abril de 2000.

15- Responsável pela reconstituição histórico-militar do Forte de Oitavos, à data de 1796, (CM-Cascais), cujos trabalhos decorreram entre 1999 e 2001.

16- Tem proferindo comunicações, conferencias e palestras, sobre temas relacionados com a história militar (incluindo a naval ) nas Universidades de Lisboa e Coimbra (no âmbito de Mestrados ), Escolas Secundárias e outros organismos nacionais.
Tem publicados os seguintes trabalhos:


- “As origens da Artilharia Piro-Balística”, Revista de Artilharia, Nov-Dez 1977

- “Falcões Pedreiros”, Bulletin, Early Sites Research Society, Vol. 10, Nº 2, Dec 1983, Mass., USA.

- “Sobre a possibilidade técnica do emprego de Artilharia na Batalha de Aljubarrota”, Revista de Artilharia, Jan-Fev 1986

- “A Artilharia Portuguesa nas Tapeçarias de Pastrana –A Tomada de Arzila em 1471”, Separata da Revista de Artilharia,1987.

- “Algumas Questões sobre as Munições de Artilharia de Alma Lisa”, in “Bombardeiro, Boletim Nº 15 do RAC, Nov 1989

- “D. João II e o Artilhamento das Caravelas de Guarda-Costas-o Tiro de Ricochete Naval”, Separata da Revista de Artilharia, 1990

- “A Investigação Histórico-Militar Contemporânea em Portugal –Algumas achegas”, Revista de Artilharia, Nov- Dez 1990

- “A Artilharia em Portugal na segunda metade do século XV in “A Arquitectura Militar na Expansão Portuguesa”, CNCDP, Porto,
1994
- “Estudos sobre Artilharia Antiga –I / A Torre de Belém, Revista de Artilharia, nos 835-836, Mar-Abr
1995
- “Estudos sobre Artilharia Antiga –II / Uma Experiência Artilheira ‘Sui Generis’”, Revista de Artilharia, nos 878 a 880, Out a Dez 1998

- “A Artilharia antes da Utilização da Pólvora”, em colaboração com o Engenheiro Tércio Machado Sampaio, Separata da Revista de Artilharia, Jul 2000

- “Novo conjunto de Tapeçarias de D. Afonso V na Igreja de Pastrana em Espanha “, edição do autor, Lisboa 2005

- “Notas sobre os Armamentos Marroquino e Português nos Séculos XV e XVI”, Boletim do Arquivo Histórico Militar nº 66, 2004 – 2005


Em vias de publicação dois artigos:Um, em colaboração com o Dr. Carlos Guímaro, sobre peças de artilharia portuguesa do início do Séc. XVII que foram encontradas no Butão, a publicar na Revista de Artilharia.
Outro sobre a primeira bateria automóvel operacional existente no mundo, 1903-1905, um projecto luso-francês, a publicar no Boletim do Arquivo Histórico-Militar.Fonte: Simpósio Internacional de Guiledje

(2) Vd. alguns dos postes relacionados com este tópico (lista exemplificativa):



30 de Maio de 2006 >
Guiné 63/74 - DCCCXIX: Do Porto a Bissau (23): Os restos mais dolorosos do resto do Império (A. Marques Lopes)

28 de Junho de 2006 >
Guiné 63/74 - P919: Vamos trasladar os restos mortais dos nossos camaradas, enterrados em Guidage, em Maio de 1973 (Manuel Rebocho)

25 de Outubro de 2006 >
Guiné 63/74 - P1212: Guidaje, de má memória para os paraquedistas (Victor Tavares, CCP 121) (1): A morte do Lourenço, do Victoriano e do Peixoto

9 de Novembro de 2006 >
Guiné 63/74 - P1260: Guidaje, de má memória para os paraquedistas (Victor Tavares, CCP 121) (2): o dia mais triste da minha vida

2 de Fevereiro de 2007 >
Guiné 63/74 - P1488: Vídeos (1): Reportagem da RTP sobre os talhões e cemitérios militares no Ultramar (Jorge Santos)

28 de Janeiro de 2007 >
Guiné 63/74 - P1468: Mortos que o Império teceu e não contabilizou (A. Marques Lopes)

22 de Março de 2008 >
Guiné 63/74 - P2672: De Guidaje para Bissau, trinta e cinco anos depois (Diário de Coimbra / Carlos Marques dos Santos)