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domingo, 22 de julho de 2018

Guiné 61/74 - P18864: Convívios (868): Dois 'piras' no 38º almoço-convívio da Tabanca da Linha, em 19 do corrente, em Algés... Em pleno verão, houve muitos 'desertores', compareceram 37 'magníficos' (Manuel Resende)


Foto nº 1 > Ana, mais o espos, o nosso camarada  António Duque Marques. (a quem convidamos a integrar a nossa Tabanca  Grande, que é a mãe de todas as tabancas...).


Foto nº 2 > Aníbal Ramos, amigo e camarada., da mesma companhia,  do Orlando Pinela (ex- 1º Cabo Reab Mat da CART 1614/BART 1896, Cabedú, 1966/68)

Fotos (e legendas): © Manuel Resende (2018) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do Manuel Resende régulo da Tabanca da Linha:

Data: 21 de julho de 2018, 23:28



Assunto - 38º Convívio da Magnífica Tabanca da Linhaés


Caros Luis e Vinhal,  amigos e camaradas:

Realizou-se no passado dia 19 o 38º almoço/convívio da Magnífica Tabanca da Linha. Concorrido q.b., não esquecer que estamos no mês de Julho. Mesmo assim responderam à chamada 37 convivas.

Tivemos neste convívio duas caras novas, o Aníbal Ramos, amigo e da mesma companhia do Orlando Pinela (Foto nº 2) , e a Ana,  esposa do António Duque Marques (Foto nº1).

Parabéns aos "piras", pois parece que é para continuar.

Como de costume, mostro aqui as fotos dos "piras" e quem quiser ver o álbum, clique no limk.

Um abraço

Manuel Resende

________________

Nota do editor:

Último poste da série > 9  de julho de  2018 > Guiné 61/74 - P18830: Convívios (867): 38º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha, dia 19 de julho, 5ª feira, no sítio do costume, Restaurante "Caravela de Ouro", Algés, Oeiras... Inscrições até às 24h00 do dia 16, 2ª feira (Manuel Resende / Jorge Rosales)

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13885: Consultório militar, do José Martins (9): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte III - Ficha da Unidade, BART 1896, a que pertenciam as CART 1612, 1613 e 1614



Crachá do BART 1896, "Bravos e Leais"







Crachás ou emblemas das companhais operacionais: CART 1612, 1613 e 1614

Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)









História da Unidade do Batalhão de Artilharia nº 1896 que tinha como subunidades orgânicas, além da CCS, as Companhias de Artilharia nºs 1612, 1613 e 1614, à guarda do Arquivo Histórico Militar, donde foi extraído o resumo que juntamos, e que consta no 7º Volume – Unidades, da CECA.




1. Informação recolhida pelo José Martins [ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70, TOC reformado, residente em Odivelas]. no âmbito do seu "consultório militar" e, mais concretamente, em resposta a um pedido de informação do nosso leitor Aníbal Teixeira, cunhado do alf mil art Nuno da Costa Tavares Machado, morto em combate em Guileje, em 28712/1967, e que pertenceu  CART 1613 / BART 1896 (Guileje, 1968/68). (*)

Fonte: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África:  Resenha Histórico-Militar  das Campanahs de África (1961-1974) , 7º Volume: Fichas das Uniades,  Tomo II:  Guiné. Lisboa, Estado Maior do Exércitio, 2002, pp. 209-211.

_______________

Nota do editor:


Vd. postes anteriores da série > 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7520: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (24): Mensagens do José Romão, Orlando Pinela, Sílvio Abrantes e Torcato Mendonça

1. Do nosso camarada José Romão (ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 16, Bachile, 1971/73):





Camarada Carlos Vinhal:
Ainde te lembras desta mascote do Programa das Forças Arrmadas, na Guiné (O PIFAS)?



Um feliz ano novo para ti e para todos os nossos camaradas.
Zeca Romão

2. Do nosso camarada Torcato Mendonça (ex-Alf Mil da CART 2339 (Mansambo, 1968/69):




O Solstício vai trazer a luz






Ou para que o mundo não seja deserto de ideias, o Pai Natal vai trazer um Feliz Natal e um Bom Ano de 2011:


O Inverno 

Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.
Vem de sobretudo,
Vem de cachecol,
O chão onde passa
Parece um lençol.
Esqueceu as luvas
Perto do fogão:
Quando as procurou,
Roubara-as um cão.
Com medo do frio
Encosta-se a nós:
Dai-lhe café quente
Senão perde a voz.

Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.



Eugénio de Andrade (1923-2005)


(imagens e poema copiados do Google)

3. Do Sí­lvio Fagundes de Abrantes, mais conhecido no BCP 12 como o Hoss [, foto à direita, empunhando a MG 42]: 

 Começo por pedir desculpa pelo atraso, mas vale mais tarde do que nunca. Venho assim desejar a todos os tertulianos um Santo e Feliz Natal e que o Ano Novo vos traga tudo de bom, que seja ainda melhor do que o 2010.

E para o pessoal que está em baixo que levante essa cachola e há que seguir em frente, deixem as dores para o vizinho, que se amanhe com elas. Para os que se encontram doentes ou hospitalizados.  umas melhoras rápidas. São os votos do Hoss

4. Do Orlando Pinela, ex-
1º Cabo Reab Mat da CART 1614/BART 1896, Cabedú, 1966/68.

 Aqui vão os meus votos  de desportiva amizade, extensivos a toda a Família da TABANCA um SANTO NATAL e BOM ANO 2011


Saudações
OP
____________________


Nota do editor


Vd. último poste da série de 28 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7516: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (23): Encontro de 1º grau na Tabanca de Matosinhos, no Milho Rei, 4ª feira, 29, às 12h30, para quem puder e quiser... (Luís Graça / Álvaro Basto)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7282: Parabéns a você (173): Orlando Pinela, ex-1º Cabo Reab Mat da CART 1614/BART 1896, Cabedú, 1966/68 (Editores/Tertúlia)


1. Completa hoje 65 anos o nosso Camarada Orlando Pinela, que foi 1º Cabo Reab Mat da CART 1614/BART 1896, Cabedú, 1966/68.
O Orlando já se apresentou na nossa tabanca em 20009 e ficou então de nos enviar as habituais fotos (actual e do tempo de tropa), bem como a estória da sua guerra, que continuamos a aguardar a todo o momento.


2. O Orlando era o Quarteleiro da companhia e foi ferido em Setembro de 1967, em Cabedú, tendo-se apresentado aqui nas nossas fileiras tertulianas, em 24 de Março de 2009, com a seguinte mensagem: “Boa tarde e saudações cordiais do camarada Pinela.Aí vai o meu pobre historial militar.

Fiz a recruta na Serra da Carregueira no 1.º turno de 1966, tendo tido uma recepção excepcional como faxina à cozinha. Nunca tinha visto tanta loiça, era um autêntico Hotel de *****, os quartos eram todos duplos e tinham uma média de 160 camas.

Esses dois meses, além da chuva e do frio, tudo passou sem grandes sobressaltos além de alguns roubos de equipamento.Como já estávamos naquele Resort há muito tempo, todos fomos à vida indo eu parar ao Entroncamento, terra muito conhecida pelos comboios, talvez fossem mais os militares que a população.

Aí sim, tive uma recepção estupenda de boas instalações, no quarto de vez em quando, como o mesmo não era muito grande, era necessário desviar as camas para passar o comboio e também não éramos muitos, mais ou menos uns 300.Assim chegou o mês de Agosto, fim da especialidade e nova mudança sempre a fugir para o Norte.

Agora sim fui para uma cidade estupenda, a capital de Trás-os-Montes, Vila Real, condições acolhedoras e condignas e uma excelente camaradagem, ficando a fazer serviço no material de Guerra, tendo quase todos os dias a visita do senhor Comandante da Unidade (RI13), um homem com dignidade e de bom coração.

Como também sou Trasmontano da região de Bragança, muitos fins-de-semana lá ia a casa para encher as peles. Assim pelo fim de Setembro acabou a estadia nesta unidade e rumando para uma cidade a Sul do Rio Douro, Vila Nova de Gaia, já com o bilhete na bagagem para novos rumos. Estive três dias na Serra do Pilar até me reagrupar à Companhia. Mais uma vez fui conhecer novas caras, pois nem uma alma conhecida.

O Bart 1896 integrava as Carts 1612, 1613 e 1614, tendo passado por uma Bateria em Leixões até ao treino operacional em Viana do Castelo com o embarque a 12 de Novembro de 1966.

Esta descrição é em traços largos a minha passagem pelo Serviço Militar no Continente, talvez não seja muito importante para os camaradas do blogue, mas é o começo da minha apresentação.

Dentro de dias vou começar a escrever a minha singela passagem por terras da Guiné. Despeço-me com um abraço para todos os camaradas da Tabanca Grande e em especial ao camarada Carlos Vinhal em ter pachorra para me aturar.

Um abraço

Orlando Pinela”

3. Em nome do Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote, Magalhães Ribeiro e demais tertulianos, aqui te endereçamos as maiores felicidades, melhores níveis de saúde e alegria, junto dos teus queridos familiares e amigos, neste teu dia de aniversário, desejando que o mesmo se prolongue por muitos, prósperos e felizes anos.

__________

Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:

14 de Novembro de 2010 >
Guiné 63/74 - P7279: Parabéns a você (172): César Vieira Dias, ex-Fur Mil Sapador da CCS/BCAÇ 2885, Mansoa, 1969/71 (Editores/Tertúlia)

sábado, 16 de outubro de 2010

Guiné 63/74 - P7135: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (29): Atenção, Tony Grilo, Canadá, notícias da malta da CCAÇ 1427 (Cabedu, 1965/67)

1. Comentário do nosso leitor (e camarada) Fernandes ao poste P3986 (*):


Lembro-me bem de ti, [Tony] Grilo (**), e do pessoal dos obuses (que foram a nossa salvação). 


Fui da CCAÇ 1427 (1965/67) e o último da Companhia  a sair de Cabedú [, foto à direita]. Ainda fiz uma operação com os Piriquitos [ a CART 1614,]  lá para os lados de Cabanta  (domínios do Nino Vieira). O Pataias (Transmissões) e nosso fotógrafo também estavam comigo.

Talvez te recordes de mim,  dada a minha função na Companhia: era o Furriel Miliciano Enfermeiro Fernandes.



Lembras-te do Fur / Sarg Rosário,  dos Obuses? Já depois do 25 de Abril estivemos na conversa em Lisboa; ele licenciou-se em Economia,  se não erro,  estudando em França, e continuava a viver em Bissau. Quando nos encontrámos,  ele estava ligado ao Governo na área das Finanças. 


O Fur Fonseca, o Alf Machado e Fradique (Obuses) já estiveram presentes em almoços da Companhia que são sempre entre 23 e 25 de Abril, data da nossa chegada a Lisboa no Uíge. 


Deixo o meu e-mail e,  se entenderes,  depois darei contactos vários da CCAÇ 1427.
Email: ze_sf@sapo.pt

Abração

Fernandes 
________________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 5 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P3986: O Nosso Livro de Visitas (57): Tony Grilo, Canadá: Artilheiro, apontador de obus 8,8 (Bissau, Cabedu, Cacine, Cameconde,1966/68)


(**) Vd. postes de:


(...) O nosso camarada Tony Grilo, que foi Sold  Apontador de Obús 8,8 cm, em Cabedu, CacineCameconde, 1966/68 (...) apresentou-se na nossa Tabanca Grande em Março de 2009, tentando saber notícias do pessoal que passou por Cabedu nesses anos, nomeadamente das: CCAÇ 1427, CART 1614 e BAC [Bateria Anti-Costa] (...)

(...) Vive ou vivia no Canadá, há mais de 38 anos, está reformado e, o ano passado,  estava  a pensar "regressar ao nosso lindo Portugal em fins de Maio deste ano (2009)” (...)
20 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4220: Cancioneiro do Cantanhez (2): Cabedu és nossa terra (Tony Grilo, Canadá)

 (***) Último poste da série de14 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7128: O Mundo é Pequeno e o Nosso Blogue... é Grande (28): Notícias da nossa amiga do Xitole, Maria Augusta Antunes

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Guiné 63/74 - P4220: Cancioneiro do Cantanhez (2): Cabedu és nossa terra (Tony Grilo, Canadá)

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Sector de Bedanda > Cantanhez > Cabedu > CCAÇ 1427 (1965/67)> Capelinha do antigo destacamento de Cabedu ... O autor da foto, Tony Grilo, esteve em Cabedu ao tempo da CCAÇ 1427 que, em 30 de Maio de 1967, foi substituída pela CART 1614 (*).

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Sector de Bedanda > Cantanhez > Cabedu > Vista aérea do destacamento e da tabanca de Cabedu, com a sua pequena pista de aviação.

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Catió > Cemitério de Catió > Duas sepulturas de militares portugueses, pertencentes à CCaç 1427 (1965/67), segundo informação do Tony Grilo.

Fotos: © Tony Grilo (2009). Direitos reservados.

1. Resposta do nosso camarada da diáspora (vive no Canadá desde 1972), Tony Grilo, que foi Apontador de obús 8,8, em Cabedu, Cacine e Cameconde, 1966 e é membro da nossa Tabanca Grande desde Março último (**)... Ele entrou em contacto connosco, em 5 de Março, tentando saber notícias da malta que passou por Cabedu, entre 1966 e 1968: CCAÇ 1427, CART 1614 e BAC [Bateria Anti-Costa].


Amigo Luís Graça:

Obrigado pelo teu email.

Dando resposta as tuas perguntas àcerca de Cabedu, vou tentar explicar o melhor possível.

Era um acampamento no meio da célebre mata do Catanhez, só podíamos sair de lá, por mar ou de avião.

Era um acampamento pequeno quando lá cheguei (em Julho de 1966).Tinha uma pista para avionetas e helicópteros,uma população muito pequena, talvez umas 15 a 20 tabancas [moranças],com uma clareira de uns 100 metro até à mata.

Quando cheguei, estava lá a [CCaç] 1427,uma companhia velha, com bastante experiência, e com algumas operações no Catanhez, onde numa delas tiveram 2 mortos e vários feridos, um deles com uma bazucada na cabeça. Por sinal tiveram que deixar o corpo na mata e fugir, pois os turras caíram-lhes em cima, se não fugissem ainda lá ficariam mais (***).

Da 1427 ficaram 2 mortos enterrados em Catió. Aí vão as fotos das seputuras (***).

Durante os meus 18 meses en Cabedu, alargámos o acampamento para o dobro, fizemos abrigos subtertrâneos, um paiol de munições, uma igreja (aí vai a foto) e um campo de futebol.

Estavamos perto de um famoso acampamento, Darsalame, onde o Amilcar Cabral e o Agostinho Neto [o autor deveria querer dizer 'Nino' Vieira..., já que o angolano Agostinho Neto era dirigente do MPLA e não do PAIGC], paravam muito. Numa das operações da [CCaç] 1427 e mais 2 companhias, quase que apanharam o Amílcar, mas ele foi mais esperto e safou-se.

Fomos atacados muitas vezes, pois os turras tinham a pouca vergonha de vir mesmo à beira da mata, apontavam o canhão sem recuo, em fogo directo, e salve-se quem puder. Mas assim que o obus 8,8 começava a vomitar, os turras calavam-se logo e fugiam, pois onde elas (as granadas)caíam faziam um estrago termendo.

Muita fome se passava aí, pois estavamos quase sempre sem mantimentos. Como tudo era trazido por batelões, levavam uma vida a chegar lá, então tínhamos que nos desenrascar, as galinhas dos pretos é que pagavam. Quando não havia chance para isso, iamos para a tabanca comer bianda com eles.

Apanhei ai uma fraqueza tão grande, por vezes não conseguia segurar-me nas canetas, até que tive que ir para Bissau ao hospital fazer exames, pois estava com uma anemia do último grau. Pois é, meu caro Graça, desculpa a liberdade, até bicho branco deitava nas fezes...

Quanto à tua pergunta sobre a minha vinda para o Canadá... Foi mais uma das minhas aventuras (pois a gente só esta bem onde não está).

Como tinha cá a minha irmã e cunhado, nesse tempo tudo foi muito fácil para eu imigrar, e então vim. Mas hoje, se me perguntares se estou arrependido, em parte estou, pois deixei um bom emprego e tinha uma boa situação em Portugal. Por outro lado, estou feliz pois pude dar uma boa educação aos meus 4 filhos que, todos, estão bem na vida, aqui.

Emfim, nem tudo na vida são rosas.

Graça, agora aí vão uns versos que eu fiz em Cabedu.

Um grande abraço para toda a TERTúLIA.
Tony Grilo

2. Cancioneiro de Cantanhez > Cabedu, nossa terra (*****)
por Tony Grilo


Nas tabancas dos nativos
Nós fazemos uma acção
Que certo Mundo não sabe
Que nos sai da coração.

O inimigo espreita
Atacando gente boa,
Mas os soldados respondem
Sem ser com tiros à toa.

De canais e muito mato
É composta a região,
Os musquitos são malignos
Terroristas de picão.

Com insectos ou sem eles
Que o tempo se vá passando,
Oh malta, já estamos vendo
O Niassa navegando.

Em Cabedu, em Cabedu,
Vão desfilando tantos soldados,
Mesmo com guerra, és nossa terra,
Nestes dois anos amargurados.

Oh Cabedu, oh Cabedu,
És fortaleza desta Guiné,
Te defendemos com valentia,
Aqui no mato, de noite e dia.

Cabedu, 1966
Tony Grilo

[Fixação / revisão de texto: L.G.]

_________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 7 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3182: Em busca de... (38): Causas da morte do Alf Mil Manuel Sobreiro (Mampatá, 1968) Parte II (José Martins)

Vd. postes de:

5 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P3986: O Nosso Livro de Visitas (57): Tony Grilo, Canadá: Artilheiro, apontador de obus 8,8 (Bissau, Cabedu, Cacine, Cameconde,1966/68)

24 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4073: Tabanca Grande (126): Tony Grilo, Artilheiro, Apontador de obús 8,8 (Guiné, 1966/68)

15 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4192: Estórias avulsas (28): Sorte na Vida... ou quando uma dor de dente te salva a vida (Tony Grilo, Canadá)

(***) Segudo os dados recolhidos e tratados pelo nosso camarada A. Marques Lopes, haveria apenas um militar da CCaç 147, sepultado em Catió:

Vd. poste de 5 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2811: Lista dos militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (3): De 1966 a 1967 (A. Marques Lopes)


(...) Avelino do Patrocínio Lage, Soldado / CCaç 1427 / 03.01.66 / Cafal / Ferimentos em combate / Paranhos, Porto / Corpo não recuperado.

(...) Adolfo do Nascimento Piçarra, Soldado / CCaç 1427 / 20.03.66 / Catesse / Ferimentos em combate / Ferradosa, Alfândega da Fé / Cemitério de Catió, Guiné.

(...) Albino Teixeira Martins, Soldado / CCaç 1427 / 20.03.66 / Catesse / Ferimentos em combate / Cachopo, Tavira / Corpo não recuperado.


(****) Vd. último poste da série > 20 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3915: Cancioneiro do Cantanhez (1): De Cafal Balanta a Cafine, Cobumba, Chugué, Dugal, Fatim... (Manuel Maia)

domingo, 29 de março de 2009

Guiné 63/74 - P4096: Tabanca Grande (128): Orlando Pinela, militar da CART 1614 (Guiné, 1966/68)


1. Comentário de Orlando Pinela no Poste 3986:

Luis Graça, após contacto com o blog e sendo um visitante assidúo, ao mesmo venho apresentar-me:

Fui combatente na Guiné e subscrevo os comentários do Tony Grilo enviados do Canadá.

Então com toda a liberdade aí vai: sou Orlando Pinela da CART 1614 e fui ferido em Setembro de 1967 em Cabedú. Para avivar a memória, era o Quarteleiro.
Deixo o meu endereço electrónico - opinela@gmail.com


2. Mensagem enviada em 8 de Março de 2009 a Orlando Pinela:

Caro camarada Pinela
Já que te identificaste como ex-combatente da Guiné, não queres entrar para a nossa Tabanca Grande?
Se assim o entenderes manda uma foto do teu tempo de tropa e outra actual, tipo passe de preferência, em formato JPEG. Diz-nos qual foi o teu posto militar, especialidade, Unidade a que pertenceste na Guiné, anos de comissão e tudo o mais que achares útil para te conhecermos.

Ficamos à espera de notícias tuas.
Recebe um abraço do camarada
Carlos Vinhal
Co-editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné




3. Mensagem de Orlando Pinela, CART 1614, Guiné 1966/68, com data de 24 de Março de 2009:

Boa tarde e saudações cordiais do camarada Pinela.
Aí vai o meu pobre historial militar.

Fiz a recruta na Serra da Carregueira no 1.º turno de 1966, tendo tido uma recepção excepcional como faxina à cozinha. Nunca tinha visto tanta loiça, era um autentico Hotel de *****, os quartos eram todos duplos e tinham uma média de 160 camas.

Esses dois meses, além da chuva e do frio, tudo passou sem grandes sobressaltos além de alguns roubos de equipamento.

Como já estávamos naquele Resort há muito tempo, todos fomos à vida indo eu parar ao Entroncamento, terra muito conhecida pelos combóios, talvez fossem mais os militares que a população. Aí sim, tive uma rececpão estupenda de boas instalações, no quarto de vez em quando, como o mesmo não era muito grande, era necessário desviar as camas para passar o combóio e também não eramos muitos, mais ou menos uns 300.

Assim chegou o mês de Agosto, fim da especialidade e nova mudança sempre a fugir para o Norte.

Agora sim fui para uma cidade estupenda, a capital de Trás-os-Montes, Vila Real, condições acolhedoras e condignas e uma excelente camaradagem, ficando a fazer serviço no material de Guerra, tendo quase todos os dias a visita do senhor Comandante da Unidade (RI13), um homem com dignidade e de bom coração.

Como também sou Trasmontano da região de Bragança, muitos fins de semana lá ía a casa para encher as peles. Assim pelo fim de Setembro acabou a estadia nesta unidade e rumando para uma cidade a Sul do Rio Douro, Vila Nova de Gaia, já com o bilhete na bagagem para novos rumos. Estive três dias na Serra do Pilar até me reagrupar à Companhia. Mais uma vez fui conhecer novas caras, pois nem uma alma conhecida. O Bart 1896 integrava as Carts 1612, 1613 e 1614, tendo passado por uma Bateria em Leixões até ao treino operacional em Viana do Castelo com o embarque a 12 de Novembro de 1966.

Esta discricção é em traços largos a minha passagem pelo Serviço Militar no Continente, talvez não seja muito importante para os camaradas do blog, mas é o começo da minha apresentação.

Dentro de dias vou começar a escrever a minha singela passagem por terras da Guiné.

Despeço-me com um abraço para todos os camaradas da Tabanca Grande e em especial ao camarada Carlos Vinhal em ter pachorra para me aturar.

Um abraço
Orlando Pinela


4. Comentário de CV

Caro Pinela, bem-vindo à Tabanca Grande.

Descreveste de uma maneira curiosa os teus primeiros tempos de tropa e com algum humor. Era a melhor maneira de encarar a situação.

Quando mandares a continuação da tua carreira, não te esqueças de referir o teu Posto e Especialidade e, locais por onde andou a tua Companhia.
Tiveste a má sorte de teres sido ferido, conta-nos como em que circunstâncias aconteceu isso. És considerado DFA?
Esqueceste-te de enviar as fotos da praxe, mas fá-lo-ás brevemente, concerteza.

Para tua informação, este teu camarada, mora a pouco mais de 1 quilómetro do local onde havia a tal Bateria de Artlilharia Anti-Aérea Fixa de Leixões, por onde passaste, hoje desactivada e local de uma urbanização habitacional.
De pequenito, me lembro de ver passar os tropas em passo de corrida pela minha rua, a caminho do quartel.

Esperando a tua colaboração, deixo-te um abraço em nome da Tertúlia.
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 26 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4080: Tabanca Grande (127): Manuel Resende, ex-Alf Mil, CCAÇ 2585 (Jolmete, 1969/71): como o mundo é pequeno e o nosso blogue é grande

quinta-feira, 5 de março de 2009

Guiné 63/74 - P3986: O Nosso Livro de Visitas (57): Tony Grilo, Canadá: Artilheiro, apontador de obus 8,8 (Bissau, Cabedu, Cacine, Cameconde,1966/68)


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Sector de Bedanda > Cantanhez > Cabedu > Restos (arqueológicos...) do antigo destacamento de Cabedu... Por aqui passaram, em 1963/56, os valorosos e esforçados militares portgueses da CCAÇ 555, comandados pelo Cap Inf António Ritto e de que fazia parte o Fur Mil At Inf Norberto Gomes da Costa, hoje mestre em história, e que passa a integrar a nossa Tabanca Grande.

Foto: © José Teixeira(2008). Direitos reservados.

1. Mensagem de Tony Grilo com data de 26 de Fevereiro de 2009 dirigida ao nosso Blogue

Amigo Graça:

Desculpa o meu começo Pois eu sigo os teus conselhos. Na tabanca todos nos tratamos por tu, e aí vai.

Caro amigo Graça, primeiro que tudo quero felicitar-te pela tua obra.

Agora se me dás licença, vou-me apresentar: O meu nome é Tony Grilo, cumpri o serviço militar, um ano e meio, em Portugal, e em 1966 fui mobilizado para a Guiné.

Saímos, no dia 31 de Maio de 1966, do cais de Alcântara no navio Alfredo da Silva. A viagem demorou 6 dias, percorremos 3666 milhas marítimas e chegámos no dia 6 de Junho de 1966.

O navio ficou ao largo, à espera do capitão de porto para o rebocar para o cais. E ali também vinham 6 pessoas.

Isto é apenas uma pequena história que sucedeu.

Agora vou contar-te algo mais sobre a minha pessoa!

Estive 24 meses na Guiné, era Apontador do obus 8,8 e a nossa Bateria, estava situada no QG em Bissau.

Estive ali só 2 semanas, pois fui enviado logo para o mato, Cabedu, ao Sul da Guiné, na célebre mata do Cantanhez.

Estive lá longos 18 meses, onde a vida era difícil, muita fome aí passávamos.

Ao fim desse tempo regressei a Bissau.

Como era bom rapaz e o capitão engraçou comigo, disse logo ao Primeiro para me marcar viagem para o mato. O motivo foi por me desenfiar do quartel. Não havendo sítio melhor, fui logo para Cacine e Cameconde, também ao Sul, na área do Cantanhez.

Graça, isto é só um pequeno apontamento, pois agora que tenho o vosso E-Mail, já é mais fácil contar as minhas histórias da passagem pela Guiné.

Actualmente vivo no Canadá, já há 38 anos, estou reformado e estou a pensar regressar ao nosso lindo Portugal em fins de Maio deste ano.

Graça, em breve vou-te enviar as minhas fotos.

Queria pedir-te um especial favor: gostaria de saber como contactar com camaradas da [CCAÇ] 1427, [CART] 1614 e da BAC que estiveram nos anos 1966 a 1968.

Um grande abraço a todos os camaradas da Tabanca Grande.

Para o Graça um forte abraço, deste teu camarada que terá muito gosto em conhecer-te pessoalmente.

Talvez em breve aquando do meu regresso a Portugal!

Até breve, caro AMIGO!

Tony Grilo

2. Mensagem de Luís Graça para Tony Grilo, com data de 27 de Fevereiro de 2009:

Tony:

Sê bem-vindo. Vou publicar (eu ou o Carlos Vinhal) a tua mensagem. Presumo que queiras figurar no nosso blogue (e na nossa Tabanca Grande) com as fotos da praxe (pelo menos uma antiga, do teu tempo de artilheiro) e outra actual.

Então vives no Canadá... Em que sítio? Toronto? E já agora, em que terra nasceste ou aonde costumas vir, de férias?

Olha, tenho ideia que me mandaste mais dois mails, a seguir a este. Pode ter acontecido eu tê-los eliminado sem querer, pensando tratar-se de Spam... Podes fazer o favor de os reencaminhar de novo para mim ?

Um bom fim de semana, camarada e amigo Tony. Vai gozando a tua reforma com saúde.
Recebe um abração do Luís


3. Comentário de CV

Caro Tony, esperamos as tuas notícias e as fotos da praxe.

Suponho que foste em rendição individual para seres colocado na Artlharia (BAC]em Bissau.

Hás-de contar-nos mais pormenores das tuas aventuras durante a tua estadia no mato, disparando aquelas velhas, mas eficazes peças.

Como diz o Luís Graça, gostaríamos de saber mais de ti, como por exemplo, o teu antigo posto militar, onde é a tua terra natal e outras coisas mais que nos possas contar.

Recebe um abraço em nome da tertúlia.
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 25 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3792: O Nosso Livro de Visitas (56): Paulo Botelho procura fotos da CCAÇ 2789, Guiné, 1970/72

domingo, 7 de setembro de 2008

Guiné 63/74 - P3182: Em busca de... (38): Causas da morte do Alf Mil Manuel Sobreiro (Mampatá, 1968) Parte II (José Martins)

Continuação da mensagem do nosso camarada José Martins, ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5 - Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70, de 2 de Setembro de 2008
Assunto: Alferes Sobreiro (1)

Por mim, e em jeito de homenagem, transcrevo o que tenho em arquivo sobre o Batalhão de Artilharia n.º 1896 e as Companhias que o compunham, assim como os militares que deram o máximo que se lhes podia pedir: a própria vida!

Elementos retirados do 7.º e 8.º volumes da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974)

Batalhão de Artilharia n.º 1896

Unidade Mobilizadora: Regimento de Artilharia Pesada 2 (RAP2) – Vila Nova de Gaia

Comandante: Ten Cor Art Celestino da Cunha Rodrigues

2.º Comandante: Maj Art José de Carvalho Pereira

Of Inf Op/Adjunto: Cap Grad Artur Olímpio de Sá Nunes

Cap Art Rui Manuel Viana de Andrade Cardoso

Comandantes de Companhia:

CCS: Cap SGE Manuel Américo David
Cap SGE Joaquim José Garcia
Cap Mil Art Eduardo de Oliveira e Silva
CART 1612 - Cap Art Oliveira Ventura de Mendonça
CART 1613 - Alf Art do QP, graduado em Capitão Fausto Manteigas da Fonseca Ferraz (a)
Cap Art Eurico de Deus Corvacho
CART 1614 - Cap Art Luís João Ferreira Marques Jorge

Divisa: “Bravos e Sempre Leais”

Partida: Embarque em 12 de Novembro de 1966; desembarque em 18 de Novembro de 1966

Regresso: Embarque em 18 de Agosto de 1968

Síntese da Actividade Operacional

Inicialmente ficou colocado em Bissau na situação de reserva do Comando-Chefe, até 29 de Março de 1967, data em que seguiu para Buba, tendo as suas subunidades sido atribuídas em reforço de outros batalhões em quadrícula.

Em 5 de Abril de 1967, rendendo o BCAÇ 1861, assumiu a responsabilidade do Sector S2, com sede em Buba e englobando os subsectores de Sangonhá, Gadamael, Camecande, Guilege, Aldeia Formosa e Buba e ainda uma Companhia em Mejo, até 28 de Maio de 1968, para actuação continuada no corredor do Guilege. Em 9 de Abril de 1968, foi criado o subsector de Gandembel, e, em 12 de Junho de 1968, a sua zona de acção foi reduzida da área de Aldeia Formosa, que foi atribuída à responsabilidade do COSAF [Comando Operacional do Sector de Aldeia Formosa], então criado.

Desenvolveu intensa actividade operacional, exercendo o esforço sobre o corredor do Guilege e região de Forreá, planeando e controlando a execução de continuadas acções de vigilância da fronteira, de intercepção de colunas de reabastecimento e de grupos inimigos, de protecção e segurança de itinerários e ainda de recuperação das populações. Pelos resultados obtidos e pelo esforço desenvolvido e meios utilizados, destacam-se as operações “Bola de Fogo”, “Rembrant”, “Pôr Termo”, “Novo Rumo”, e “Nora”, entre outras.

Dentre o material capturado mais significativo, salienta-se: 2 metralhadoras ligeiras, 2 pistolas metralhadoras, 2 espingardas, 1 lança granadas foguete, 37 minas antipessoal e anticarro e 106 granadas de armas pesadas.

Em 25 de Junho de 1968, foi rendido no sector de Buba pelo BCAÇ 2834, recolhendo a Bissau, a fim de aguardar embarque de regresso.

A CART 1612 seguiu em 13 de Dezembro de 1966 para Bissorã, a fim de efectuar a segurança protecção dos trabalhos de reabertura do itinerário Bissorã-Bula, ficando na situação de reforço do BCAÇ 790 e depois do BCAÇ 1876, tendo ainda efectuado diversas operações nas regiões de Insumeté, Insantaque e Iusse, entre outras.

Após substituição em Bissorã, pela CART 1746, rendeu, em 27 de Julho de 1967, a CCAÇ 1488 na função de intervenção e reserva do sector do seu batalhão, instalando-se em Buba, sendo empenhada em diversas operações nas regiões de Nhala, Darsalame e Buba Tombo, entre outras e destacado ainda, por períodos variáveis, pelotões para reforço temporário de outras subunidades do sector.

Em 18 de Novembro de 1967, por rotação com a CCAÇ 1591, assumiu a responsabilidade do subsector de Aldeia Formosa, no mesmo sector, tendo destacado pelotões para instalação, por períodos variados, em Colibuia, Chamarra e Porto Balana.

Em 13 de Julho de 1968, foi substituída no subsector de Aldeia Formosa pela CCAÇ 2382 e recolheu a Bissau, onde permaneceu na situação de reserva de Comando-Chefe até ao embarque de regresso.

* * *

A CART 1613 seguiu em 3 de Dezembro de 1966 para a região de S. João, onde permaneceu até 15 de Janeiro de 1967, a fim de efectuar uma instrução de adaptação operacional sob orientação do BCAÇ 1860 e tomar parte em operações realizadas naquela área.

Em 2 de Fevereiro de 1967, seguiu para Teixeira Pinto, tendo sido atribuída em reforço do BCAV 1905, instalando-se, de 8 a 13 de Fevereiro de 1967, em Jolmete com vista à realização de uma operação naquela zona de acção, após o que recolheu a Bissau; em 5 de Março de 1967, seguiu novamente para o sector do BCAV 1905 a fim de efectuar operações na região do Jol, até 28 de Maio de 1967.

Em 30 de Abril de 1967, seguiu para Buba, a fim de reforçar o dispositivo do seu batalhão com vista à intensificação do esforça da região do Forreá e actuar sobre a linha de infiltração do Guilege, com um pelotão destacado em Cumbijã, em reforço da guarnição local; em 2 de Maio de 1967, mantendo o pelotão em Cumbijã, foi instalada em Colibuia, dentro da mesma missão anterior e onde substituiu um pelotão da CCAÇ 1622.

Em 30 de Junho de 1967, foi transferida para Guilege, para onde já se deslocara o pelotão de Cumbijã, em 17 de Junho de 1967, rendendo naquele subsector a CCAÇ 1477; em 13 e 28 de Maio de 1968, após substituição da CCAÇ 2316, foi transferida para Buba, a fim de colmatar a saída anterior da CCAÇ 1591 na missão de subunidade de intervenção e reserva do sector e destacando um pelotão para guarnecer Nhala.

Em 14 de Julho de 1968, vindo a ser substituída mais tarde pela CCAÇ 2381, seguiu para Bissau, onde colaborou na segurança e protecção das instalações e das populações da área, em reforço dos efectivos da BCAÇ 2834 até ao seu embarque de regresso.

* * *

A CART 1614 seguiu em 9 de Dezembro de 1966 para Bula, onde permaneceu até 15 de Janeiro de 1967, a fim de efectuar uma instrução de adaptação operacional sob orientação do BCAV 790 e tomar parte em operações nas regiões de Ponta Ponate, Encherte e Choquemone.

Em 27 de Janeiro de 1967, seguiu para Ingoré a fim de reforçar o BCAÇ 1894 e realizar uma operação na região de Sano, após o que recolheu a Bissau em 31 de Janeiro de 1967; em 19 de Fevereiro de 1967, reforçou o BCAV 1897 em operação realizada ena região de Changalana até 25 de Fevereiro de 1967.

Em 30 de Maio de 1967, foi deslocada para Cabedú, a fim de assumir a responsabilidade do respectivo subsector, em substituição da CCAÇ 1427, ficando integrada no dispositivo de manobra da BART 1913.

Em 6 de Janeiro de 1968, foi substituída, transitoriamente, pela CART 1689 até à chegada da CCAÇ 1788, tendo seguido para o subsector de Nhacra, com destacamentos em Safim e Dugal, a fim de render a CART 1648 no dispositivo de manobra do BART 1904 e depois do BCAÇ 2834 e ainda do BART 1911.

Em 2 de Agosto de 1968, após ser substituída no subsector de Nhacra pela CART 1682, recolheu a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

Mortos em Campanha

CCS


JOÃO GOMES, Soldado Atirador com o NM 82120664, pertencente ao recrutamento da província e colocado no BART 1896, mobilizado no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era casado com Clara Gomes, filho de Vicente Gomes e Clara Gomes, sendo natural da freguesia de Calequissé e concelho de Cacheus.
Vítima de acidente (outros motivos) ocorrido em Buba quando transportava um garrafão de água destilada, ferindo-se com os cacos de vidro, faleceu em 16 de Junho de 1967 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério Bissau.

MALAN BALDÉ, Soldado Atirador com o NM 82097364, pertencente ao recrutamento da província e colocado no BART 1896, mobilizado no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era casado com Taco Ainé, filho de Nhaco Balde e Sali Só, sendo natural de lugar de Tumaná de Cima, freguesia de Santa Isabel e concelho de Gabú.
Vítima de acidente com arma de fogo ocorrido em Buba entre as tabancas de Mampantá e Uame, faleceu em 04 de Fevereiro de 1968 no Hospital Militar Principal em Lisboa. Foi inumado no Cemitério do Alto de São João em Lisboa.

ANTÓNIO PEREIRA NUNES, 1.º Cabo Escriturário com o NM 18370666, pertencente ao BART 1896, mobilizado no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de António Nunes Brito e Aldina Pereira Antunes, sendo natural da freguesia de Pinheiro de Coja e concelho de Tábua.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido em Buba no ataque ao aquartelamento em 11 de Maio de 1968, faleceu em 12 de Maio de 1968 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério Paroquial de Pinheiro da Coja.

CART 1612

MANUEL DE JESUS VIGÁRIO, Soldado Atirador com o NM 05351166, pertencente à CART 1612/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Álvaro Batista e Matia de Jesus Vigário, sendo natural da freguesia de Guiães e concelho de Vila Real.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido no itinerário de Nhacobá - Cumbijã, faleceu em 01 de Dezembro de 1967. Foi inumado no Cemitério de Guiães.

MANUEL DE JESUS RODRIGUES SOBREIRO, Alf Mil Art com o NM 0022363, pertencente à CART 1612/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Manuel Rodrigues Sobreiro e Maria de Jesus, sendo natural da freguesia de Souto da Carpalhosa e concelho de Leiria.
Vítima de acidente com arma de fogo ocorrido em Liroiel na verificação de uma armadilha das NT, faleceu em 24 de Fevereiro de 1968. Foi inumado no Cemitério de Souto da Carpalhosa.

EDUARDO GUILHERME TEIXEIRA MONTEIRO, Alf Mil Art com o NM 08979964, pertencente à CART 1612/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Eduardo António Monteiro e Maria Julieta Monteiro, sendo natural da freguesia de Longonjo e concelho de Caala - Angola.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido no itinerário de Aldeia Formosa – Guileje motivado por fornilho activado por tracção, faleceu em 15 de Maio de 1968. O corpo não foi recuperado.

APARICIO DE SOUSA MIRANDA, Sol Apont Met com o NM 9203866, pertencente à CART 1612/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Mário Miranda e Maria de Jesus Sousa, sendo natural da freguesia de Maximinos e concelho de Braga.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido pelo rebentamento de mina anticarro seguida de emboscada na estrada de Mampatá – Uare , faleceu em 20 de Maio de 1968. Foi inumado no Cemitério Municipal de Braga.

JOÃO ANTÓNIO MACEDO DA ROCHA, Sold At com o NM 05222566, pertencente à CART 1612/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Augusto Rocha e Preciosa Alves Macedo, sendo natural da freguesia de S. Pedro e concelho de Vila Real.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido pelo rebentamento de mina anticarro seguida de emboscada na estrada de Mampatá – Uare , faleceu em 20 de Maio de 1968. Foi inumado no Cemitério de Santa Iria – Vila Real.

MÁRIO GONÇALVES MACHADO, Sold At com o NM 4950766, pertencente à CART 1612/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Manuel Joaquim Gonçalves e Celeste Gonçalves Fontes, sendo natural de lugar de Macieira, freguesia de Limões e concelho de Ribeira de Pena.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido pelo rebentamento de mina anticarro seguida de emboscada na estrada de Mampatá – Uare , faleceu em 20 de Maio de 1968. Foi inumado no Cemitério Paroquial de Macieira.

UMARU JULDÉ DJALÓ, Sold At com o NM 82060167, pertencente à CART 1612/BART 1896, mobilizado no CTIG.
Era solteiro, filho de Mamajam Djaló e Achatu Djaló, sendo natural de lugar de Bedanda, freguesia de Nossa Senhora de Fátima e concelho de Catió.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido pelo rebentamento de mina anticarro seguida de emboscada na estrada de Mampatá – Uare , faleceu em 20 de Maio de 1968. Foi inumado no Cemitério de Aldeia Formosa - Guiné.

CART 1613

FAUSTO MANTEIGAS DE FONSECA FERRAZ, Cap Mil Art com o NM 1036/C, pertencente à CART 1613/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era casado com Maria Fernanda Ferreira da Costa, filho de Manuel Fonseca Ferraz e Ana Rosa Manteigas, sendo natural da freguesia de Pousofoles e concelho de Sabugal.
Vítima de acidente com arma de fogo ocorrido no aquartelamento de S. João - Cachil, faleceu em 24 de Dezembro de 1966 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério da Conchada em Coimbra.

ANTÓNIO DE SOUSA OLIVEIRA, Sold At com o NM 6399965, pertencente à CART 1613/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Casimiro Lopes Oliveira e Delfina Sousa, sendo natural de lugar da freguesia de Ribas e concelho de Celorico de Basto.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido em Guileje na lala do rio Tenheje, faleceu em 28 de Dezembro de 1967. Foi inumado no Cemitério de Vale do Douro em Celorico de Basto.

NUNO DA COSTA TAVARES MACHADO, Alf Mil Art com o NM 07349365, pertencente à CART 1613/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Deolindo de Sousa Machado e Alzira Assis Teixeira da Costa Tavares Machado, sendo natural da freguesia de Sé Nova e concelho de Coimbra.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido em Guileje na lala do rio Tenheje, faleceu em 28 de Dezembro de 1967. Foi inumado no Cemitério de Agramonte no Porto

SEBASTIÃO DA COSTA DIONISIO, Fur Mil At com o NM 03686865, pertencente ao Pel Caç Nati 51 do CTIG, mobilizado na metrópole e adido à CART 1613/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Vítor Dionísio e Maria da Glória da Costa, sendo natural da freguesia de São Vicente e concelho de Braga.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido no itinerário entre Guileje e Gandembel, faleceu em 11 de Abril de 1968. Foi inumado no Cemitério Municipal de Braga.

JOSÉ AUGUSTO DA SILVA LEAL, 1.º Cabo Ati com o NM 8915866, pertencente à CART 1613/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de Armindo Ferreira Leal e Margarida Caetano da Silva, sendo natural da freguesia de Vandoma e concelho de Paredes.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido em Guileje, faleceu em 24 de Abril de 1968 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério Paroquial de Vandoma.

FERNANDO BOTELHO, Soldado Atirador com o NM 06671166, pertencente à CART 1613/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era casado com Maria Isabel Pinto, filho de José Botelho e Laurindo da Conceição, sendo natural da freguesia de Gestaçô e concelho de Baião.
Vítima de acidente ocorrido por afogamento no rio Grande de Bula, faleceu em 26 de Junho de 1968 em Bula. Foi inumado no Cemitério Paroquial de Tresoura em Baião.

CART 1614

ILIDIO RODRIGUES GOMES, Sol Apont Met com o NM 8969966, pertencente à CART 1614/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de António Fernandes Gomes e Glória Rodrigues, sendo natural de lugar de Quintães, freguesia de Padroso e concelho de Arcos de Valdevez.
Vítima de ferimentos recebidos em combate ocorrido na protecção à abertura de uma picada, faleceu em 01 de Março de 1967 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério Padroso.

FRANCISCO FILIPE DOS SANTOS ENCARNAÇÃO, Fur Mil At com o NM 3590064, pertencente à CART 1614/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era casado com Maria Isabel de Jesus Rodrigues da Conceição, filho de Joaquim dos Santos Encarnação d Maria José Filipe dos Santos Encarnação, sendo natural da freguesia de Salvador e concelho de Beja.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido na operação “Nora”, faleceu em 06 de Março de 1967 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério de Rio de Mouro, Sintra.

REBE CUMATCHA, Sold At com o NM 82008461, pertencente à CART 1614/BART 1896, mobilizado no CTIG.
Era solteiro, filho de Nhanque Chalá e Iaca Quombancha, sendo natural de lugar da freguesia de Mansoa e concelho de Bissorã.
Vítima de ferimentos em combate ocorrido no accionamento de uma mina antipessoal em Cabedú, na estrada depois do aquartelamento, faleceu em 03 de Maio de 1967 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério de Bissau na Guiné.

TOMÉ SOARES DA GAMA, 1.º Cabo At com o NM 82067566, pertencente à CART 1614/BART 1896, mobilizado no CTIG.
Era solteiro, filho de Francisco Soares da Gama e Juliana Lopes Crato, sendo natural da freguesia de Nossa Senhora da Candelária e concelho de Bissau.
Vítima de acidente de viação ocorrido no transporte de água, faleceu em 04 de Fevereiro de 1968 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério Bissau - Guiné.

FORTUNATO DA SILVA GONÇALVES, Sold Cond Auto/Trms com o NM 00261366, pertencente à CART 1614/BART 1896, mobilizada no RAP2 – Vila Nova de Gaia.
Era solteiro, filho de António José Gonçalves e Maria da Silva Azevedo, sendo natural de lugar de Carreira Chã, freguesia de Santa Eulália de Barrosas e concelho de Lousada.
Vítima de acidente de viação ocorrido em 8 de Maio de 1968 a 5Km de Safim, vindo a falecer em 10 de Maio de 1968 no Hospital Militar 241 em Bissau. Foi inumado no Cemitério de Santa Eulália de Barrosas.

José Martins
2 de Setembro de 2008

Comentário de CV

Não podemos deixar de agradecer ao nosso camarada José Martins o seu trabalho de pesquisa e compilação dos dados recolhidos, tornando-os acessíveis a toda a gente.

A par deste trabalho, desenvolve outros, quase no anonimato, que são de muita utilidade para o nosso Blogue e para quem, como é exemplo o caso vertente, procura descobrir elementos relacionados com militares seus familiares.
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(a) - Em tempo

Alterado de acordo com o comentário neste próprio poste, feito pelo senhor Coronel Morais Silva

FAUSTO MANTEIGAS DE FONSECA FERRAZ, Cap Mil Art

Corrija-se para Alferes do QP de Artilharia, graduado em Capitão.
Frequentou a AM como capitão miliciano associado ao meu curso que terminou no final de 1966, data em que partimos para África.
Um camarada amigo a quem a sorte não sorriu.

Cumprimentos
Morais Silva
Coronel
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Nota de CV

Vd. poste de 5 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3174: Em busca de... (38): Causas da morte do Alf Mil Manuel Sobreiro (Mampatá, 1968) I Parte (José Martins)