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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6603: Convívios (254): Uma almoçarada muito alegre, divertida, de confraternização e alta camaradagem (Benvindo Gonçalves)

1. O nosso Camarada Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil Trms da CART 6250/72, Mampatá, 1974, enviou-nos a seguinte mensagem, com data de 2 de Junho de 2010:
Camaradas,
Quanto mais vejo publicados artigos sobre a Guiné e leio os correspondentes comentários, mais me aguça o apetite e me impele a escrever qualquer coisa.
Histórias que não sendo propriamente "Best-Sellers", nos ajudam a relembrar a juventude, os anos dourados e o tempo que passou sem que lhe déssemos a devida importância.
Quando olho para trás, torna-se difícil entender como se passaram 34 Anos sem notícias daquela terra, dos camaradas e dos bons e maus momentos.
Não sendo de modo algum um saudosista e muito menos um homem de paixão por fardas ou pela vida militar, não é também um tempo que renegue, mas sim uma passagem da vida de que me orgulho, que trouxe ensinamentos e me ajudou na formação enquanto ser humano.
Já há muito tempo comentava com a minha família o facto de ver nos jornais tantos anúncios e avisos de confraternização de Companhias que passaram por terras africanas e nunca ter apanhado qualquer mensagem da CART 6250 de MAMPATÁ.
Era um estigma que me acompanhava, e que pretendia um dia ver ultrapassado, pelo que o receber informações sobre os amigos dessa data, era como que uma meta que teimava em não cortar.
Foi por isso, com muita satisfação pessoal que por um simples pedido na INTERNET, este mundo global ao alcance dos dedos das mãos e de uns simples cliques, nos permite aceder com facilidade e naturalidade a um mundo repleto de notícias, encontros e desencontros e sempre disponível.
Daí a começar a receber mensagens, foi um pequeníssimo passo, algumas até de camaradas que não sendo da minha companhia e por conseguinte não me conhecerem, conseguiram o " MILAGRE " (com o devido respeito), de me facultarem dados e contactos que me colocaram na linha do que há muito procurava.
Deu-se portanto início a contactos telefónicos, mensagens, troca de e-mails, etc., etc., fazendo com que hoje não passe um único dia sem que consulte de manhã e ao fim do dia as novidades dos BLOGUES que nos unem e nos fazem recordar tempos idos, sinal que também nós atravessámos os tempos e continuamos a manter acesa a chama daquela época e o sentir do cheiro daquelas terras.
Como já tinha escrito anteriormente e inclusivamente prometido a alguns camaradas que me deslocaria numa 4ª feira ao MILHO REI em Matosinhos, a Grande Tabanca de convívio de todo o pessoal da Guiné, lá me desloquei no passado dia 26 de MAIO do corrente ano.
Previamente combinado, saí de Lisboa nesse dia por volta das 08h30 da manhã e passei por Fátima para apanhar, vulgo dar boleia, ao camarada Zé Pedro, que mora em Porto de Mós, também ele ansioso por matar saudades, mas que por vários motivos foi sempre adiando a ida ao Milho Rei.
Foi uma almoçarada muito alegre, divertida, de confraternização e alta camaradagem, com muito respeito por todos e num espírito de amplo e salutar matar de saudades, de que junto algumas fotografias elucidativas desse bom momento.
Levei comigo os exemplares dos Jornais a que já fiz referência em anterior artigo, sendo muito apreciados, tendo-me sido pedido por muitos dos presentes que encetasse esforços para uma eventual digitalização de todas as páginas dessas recordações, permitindo assim a sua partilha por todos os leitores e seguidores das crónicas no site do grande Luís Graça.
Tive o grato prazer de rever o Carvalho, o Zé Manuel Lopes e o Zé Alves, mais conhecido por Leça, tendo desde logo sido convidado a estar presente no encontro do pessoal da CART 6250 de MAMPATÁ, que se vai realizar a 10 de Julho próximo em Paços de Ferreira.
É mais que certo que só um motivo de força maior me impedirá de estar presente e rever os camaradas que agora não encontrei, sabendo desde já que se alguns não se lembrarão de mim, outros há que já me transmitiram por recados, a vontade de me abraçarem.
O regresso a Lisboa, deu-se por volta das 15h30 com passagem por Porto de Mós para deixar o Zé Pedro, tendo aí nós ficado à conversa durante mais um tempinho, seguindo viagem até Carnaxide com um até breve pessoal da Tabanca.
Aspecto geral da Tabanca de Matosinhos no dia 25 de Maio de 2010
O Zé Manuel Lopes, António Carvalho & Esposa
O António Pimentel e o Zé Alves (mais conhecido na Companhia pelo Leça)
Eu e o Zé Pedro
Grande Abraço,
Benvindo Gonçalves
Fur Mil Trms da CART 6250 (1974)
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Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:

terça-feira, 1 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6514: (Ex)citações (78): Como fui colocado no jornal Voz da Guiné (Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil Trms, CART 6250, Mampatá, 1974)


1. O nosso Camarada Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil TRMS, CART 6250/72, Mampatá, 1974, enviou-nos a seguinte mensagem, com data de 25 de Maio de 2010:

Camaradas,

Em 1974, fui mobilizado em rendição individual, como Furriel de Transmissões, para a Cart 6250, sita em Mampatá, e, hoje, envio-vos alguns dados sobre essa minha breve passagem, por esta Companhia e pelas terras da Guiné.

Com o advento da Revolução de Abril ou dos Cravos, a negociação de Paz e o fim da guerra com as Colónias, começou a desmobilização e o regresso a casa, sendo a Companhia onde estava integrado uma das primeiras a regressar, não me incluindo nesse lote, pois devido à minha situação seria deslocado para outro lado, substituindo colegas mais velhos em permanência.

A Cart 6250 saiu de Mampatá por via marítima, pois, além do pequeno aeródromo de terra batida existente em Aldeia Formosa, esta era a alternativa que nos restava, já que não havia estradas que nos ligassem a Bissau. Essa saída deu-se recorrendo a uma LDG (Lancha de Desembarque Grande), demorando bastante tempo, pois a navegação tinha que ser feita tendo em atenção as marés, pelo que passámos uma noite no caminho dormindo ao luar aguardando a subida da maré para podermos prosseguir a viagem.

Quando chegámos a Bissau, rumámos para o Ilondé, de onde a CART 6250 regressou à Metrópole, tendo-me eu apresentado no Quartel Geral de Adidos para nova colocação.

Não satisfeito com a situação, e com a ajuda e intervenção de alguns amigos um pouco influentes, consegui contornar o problema e fui colocado no jornal “Voz da Guiné”, fazendo o meu tempo de tropa como se na vida civil se estivesse, pois não era obrigatório andar fardado.


Como revisor de redacção, ajudei a proceder à transferência de propriedade do jornal de Portugal para a Guiné, e ainda guardo, como prova de passagem por esse serviço, um exemplar de cada um dos últimos jornais impressos sobre a administração Portuguesa antes e depois da independência.

Igualmente guardo com muito carinho, um outro exemplar do jornal com o nome de “LIBERTAÇÃO“, já impresso sobre o controlo do PAIGC, no pós Independência da Guiné-Bissau, aí sim, já mesmo o chamado “ORGÃO INFORMATIVO DO P.A.I.G.C.”, reflectindo para a sociedade e a população em geral, os pensamentos, ideias, ideais e reflexões sobre a guerra da Independência nas ex-colónias e noutros países de pensamento e cariz político nitidamente na linha dita comunista.
Neste exemplar, e visando mesmo a influência da opinião pública, houve a transcrição do Testamento Político de Amílcar Cabral como fundador do Partido e a divulgação da Constituição Política da Guiné-Bissau, sendo o seu conteúdo meramente político-partidário.




Foi um processo pacífico de transferência de papelada, fotografias, máquinas e demais material ligado à impressão do jornal, incluindo as instalações e veículos, culminando assim de forma ordeira, sem contestações, nem provocações, a nossa presença naquele serviço.

Procurámos sempre manter-nos fiéis a uma linha de conduta e orientação programada e fiscalizada pelo seu director, pessoa afável, educada e de bom trato sempre pronto a ajudar e nada militarizado, mesmo anti-regime.

Acaso do destino, esse Director era um dos capitães de Abril, conhecido como capitão Duran Clemente, que veio a protagonizar mais tarde a voz da revolta na tomada da Televisão em Portugal quando do 25 de Novembro de 1974.

Com a sua ajuda, terminei a minha curta passagem por terras da Guiné, tendo regressado a Lisboa por via aérea na noite do famigerado 28 de Setembro de 1974.

Grande Abraço,
Benvindo Gonçalves
Fur Mil Trms,
CART 6250 (1974)
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Nota de M.R.:

terça-feira, 25 de maio de 2010

Guiné 63/74 - P6465: Tabanca Grande (222): Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil TRMS da CART 6250/72 (Mampatá, 1974)

1. Mensagem de Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil TRMS, CART 6250/72, Mampatá, 1974, com data de 23 de Maio de 2010:

Caros Camaradas!
Como ex-Furriel de Transmissões em rendição individual na Cart 6250, sita em Mampatá, envio alguns dados sobre a minha breve passagem por esta Companhia e por terras da Guiné.

Embarquei no dia 09 de Abril de 1974 na Rocha do Conde de Óbidos, no paquete NIASSA, um dos vários navios que existentes em Portugal e vocacionados à época para o transporte de militares e material de e para as várias colónias onde marcávamos presença.

O dia 9 de Abril de 1974 ficou profundamente marcado na memória de todos os militares que estavam no navio Niassa, na altura encostado no Cais de Alcântara e assim como em todas as pessoas que se encontravam na plataforma ou na varanda da Gare Marítima, a aguardar a partida dos familiares e ou amigos que estava marcada para as 18 horas.

Às 17 horas já o embarque tinha sido efectuado e militares dum lado, familiares e amigos do outro, trocavam gestos e sons muito característicos destas alturas.

Eram 17 horas e 15 minutos, faltando pouco mais de 45 minutos para a partida, e, já só se encontrava colocada uma escada de acesso ao navio, foi solicitada através dos altifalantes a presença de todos os Oficiais, no bar da 1.ª Classe, para a costumeira exaltação do amor à Pátria, desejos de boa missão e o do cumprimento do dever, desta vez a cargo de um Brigadeiro.

Foi uma despedida surreal, passados alguns momentos, ouviu-se um grande estrondo, acompanhado de um balançar do navio, seguido de incêndio a partir do próprio barco, num dos porões que serviam de abrigo e dormitório aos soldados.
Instantaneamente se instalou o pânico, correrias e gritos do interior e exterior, principalmente das inúmeras famílias que se estavam a despedir dos militares e também destes próprios, pois ninguém sabia do que se tratava, se haveria feridos, mortos, ou outros, o que felizmente não se veio a verificar.

Rapidamente saímos para o exterior e deparo com a maior gritaria e situações de pânico, que jamais tinha presenciado.

Tratou-se efectivamente de uma explosão muito violenta num dos porões, que provocou um rombo enorme na estrutura lateral do navio, que consumiu todos os haveres e pertences dos militares que aí haveriam de se acomodar para a viagem, obrigando-os a prosseguir a mesma só com o que tinham no corpo, desencadeando vários problemas dentro do navio durante todo o tempo até à chegada à Guiné.

Todo o navio foi evacuado e só na altura que todos os militares chegaram ao pé dos seus familiares e amigos, é que a situação ficou mais calma.

Para todos nós que íamos para um cenário de guerra, durante a nossa instrução já tínhamos assistido a rebentamentos de granadas, morteiros etc., mas sempre em situações controladas.

Este rebentamento para todos os presentes foi, surpresa seguida de um descontrole, mas para quem preparou a acção foi controlo completo.

O local onde foi colocado o engenho explosivo assim como a hora da sua detonação foi de tal forma feito a não permitir qualquer baixa, mas não evitou a perda praticamente total das bagagens dos companheiros que iam nesse porão.

A explosão verificou-se mesmo junto da linha de água, fez um rombo de cerca 80cm nas duas chapas de ferro.

Até à meia-noite tivemos de embarcar e daí saímos para reparação para meio do Tejo, debaixo da Ponte Salazar, hoje conhecida como Ponte 25 de Abril ou Ponte sobre o Tejo, onde após 2 (dois) dias ininterruptos de reparação a cargo de operários dos estaleiros navais da Lisnave.



Durante a viagem um pouco atribulada, não só por um dia e uma noite de mau tempo, como também por motivos do foro interno e disciplinar, passaram-se inúmeros episódios de revolta, não só protagonizados pelos soldados que deveriam ter viajado no porão que ardeu, como por alguns prisioneiros (por terem desertado, por motivos políticos ou outros) que iam como castigo também para prestar serviço na Guiné.

Na manhã do dia 11 de Abril quando acordámos já navegávamos em alto mar, não se dando pela saída da barra em Cascais.

Soubemos posteriormente que se tratou de um dos últimos actos de sabotagem dos grupos que se opunham à guerra colonial, e, que por todos os meios e com a preocupação de não fazerem vítimas, iam chamando a atenção ao Governo e a toda a imprensa mundial, da necessidade de se acabar com a guerra e se entrar na via da Paz e da descolonização.

A Ara vinculada ao PCP, iniciou as acções militares em Outubro de 1970, e, até Agosto de 1972, realizou cerca de doze acções de grande impacto.


2. Comentário de CV:

Caro Gonçalves, bem aparecido na nossa Tabanca onde encontrarás um lugar para te instalares. Poderás contribuir com as tuas histórias e fotografias, fazer comentários, etc. Há muita maneira de participar, assim tenhas disponibilidade.

Não começaste nada mal, com esta narrativa do atentado ao navio Niassa, acontecimento muito marcante na história da ditadura, numa altura em que os movimentos clandestinos contra a guerra colonial tentavam de toda a maneira desencentivar os militares a embarcarem com destino a África.
Contamos também contigo para nos contares as tuas impressões acerca do ambiente vivido no pós-independência da Guiné-Bisssau, particularmente que nos digas como viste as relações entre as NT e as Forças do PAIGC.

Temas não te faltarão para colaborares activamente.

Aqui fica um abraço de boas-vindas da tertúlia para ti que pela certa serás Benvindo (bem-vindo).

CV
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6278: O Nosso Livro de Visitas (86): Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil da CART 6250, Mampatá, 1974

Vd. último poste da série de 24 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6464: Tabanca Grande (221): Apresenta-se Carlos Guedes, Fur Mil Armas Pesadas / Minas e Armadilhas / COMANDOS, CCAÇ 726/Guileje/1964/66

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Guiné 63/74 - P6278: O Nosso Livro de Visitas (86): Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil da CART 6250/72, Mampatá, 1974

1. Mensagem de Benvindo Gonçalves, ex-Fur Mil da CART 6250/72, Mampatá, 1974, com data de 24 de Abril de 2010:

Caro camarada Luis Graça!
Por indicação do amigo Carvalho da Cart 6250/72 tenho vindo a seguir com muita atenção o trabalho no Blog, tendo resolvido hoje encetar a minha intervenção.

Sou o ex-Fur Mil Benvindo Gonçalves, conhecido na vida militar como GONÇALVES. Fiz a recruta nas Caldas da Rainha, sendo incorporado em 26 de Abril de 1973, seguindo depois para Tavira para tirar a especialidade de Transmissões.

Vivo em Carnaxide, encontrando-me na PRÉ-REFORMA da indústria Seguradora desde 01 de Março de 2008.

Estive na Guiné em rendição individual na CART 6250, indo substituir em finais de Abril de 1974 em MAMPATÁ o também ex-furriel miliciano LEVINDO.

Tive uma curta passagem por terras africanas, tendo saido de Lisboa no célebre NIASSA que foi vítima de atentado à bomba pela "ARA", cerca de 30 minutos antes do sinal de partida.

A CART 6250 regressou a Portugal antes de mim, dada a minha condição de maçarico, tendo eu regressado de avião na noite do 28 de Setembro de 1974.

O bichinho de África e daqueles tempos ficou por cá, e, não foram poucas as vezes que consultei os jornais na busca de um encontro dos combatentes da CART 6250, mas sempre em vão.

Agora inesperadamente, surgiu a oportunidade de rever camaradas e trocar algumas palavras, tendo ocasionalmente chegado à fala com o ex-furriel CARVALHO.
Foi uma enorme alegria o nosso encontro primeiro por e-mail, e depois pelo telefone.

Temos mantido alguma regularidade de contacto, e face a isso também já cheguei ao contacto telefónico com o ex-1.º Cabo Radiotelegrafista Pinheiro.

Prometi estar brevemente presente no almoço da Tabanca de Matosinhos numa quarta-feira de Maio próximo.

Agradeço que se possível me informe como posso escrever algumas palavras no vosso Blog e inserir algumas fotos minhas.

Por hoje é tudo, se algum ex-camarada ler estas palavras, agradeço contacto para o e-mail benvindo.goncalves@gmail.com

Benvindo Gonçalves

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2. Comentário de CV:

Caro Gonçalves, para fazeres parte do nosso Blogue, terás que cumprir as difíceis regras de admissão que são: o envio de uma foto antiga e outra actual, de preferência tipo passe em formato JPEG e de uma pequena história.

A tua comissão prolongou-se para além da da CART 6250, até à independência da Guiné-Bissau, pelo que terás muito para nos contar.

Os teus textos, em formato Doc, Docx, etc, e as fotos em formato JPEG, devem ser enviados para luis.graca.prof@gmail.com e para um dos co-editores, a saber: carlos.vinhal@gmail.com ou magalhaesribeiro04@gmail.com.

As nossas regras de convivência e os nossos objectivos, poderás consultar no lado esquerdo da nossa página.

Ficamos à espera da tua adesão, o lugar já está reservado.

Até lá recebe um abraço da tertúlia.
CV
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 6 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6116: O Nosso Livro de Visitas (85): Maria Helena Carvalho, filha do Pereira do Enxalé, localidade onde nasceu há 60 anos, hoje residente nas Caldas da Rainha (Luís Graça)