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quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Guiné 61/74 - P23492: Convívios (938): Almoço de confraternização do pessoal da 2.ª CART/BART 6521 (Có, 1972/74), dia 24 de Setembro de 2022 em Cacia - Aveiro (José Morgado)

1. Mensagem do nosso camarada José Morgado, com data de 3 de Agosto de 2022, dando notícia do almoço/convívio da 2.ª CART/BART 6521, (Có, 1972/74), em Cacia - Aveiro, no dia 24 de Setembro próximo:

2ª CART do BART 6521

Na procura de alguns tresmalhados da minha Companhia - "Os Có Boys", (Có, 72/74) - 2ª CART do BART 6521, e porque fazemos 50 anos que chegamos à Guiné, zona de Có, vamos reunir as tropas num almoço de confraternização em Cacia, Aveiro, no Restaurante Solar das Estátuas, no dia 24 de setembro.

Para membros que não tenham conhecimento,
Contacto: 934 755 427

Saudações a todos Ex-Combatentes.

Cumprimentos,
José Morgado

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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE JULHO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23407: Convívios (937): 37º encontro nacional do BENG 447, Caldas da Rainha, 25/6/2022, com 181 participantes (João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt, PTE, Brá, 1967/71)

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16726: (De)Caras (52): Um bravo do meu pelotão, o 1.º cabo apontador Manuel Lucas dos Santos: evocando aqui uma delicada escolta a uma coluna que, em 16 de maio de 1973, foi do Pelundo a Jolmete resgatar 6 cadáveres (Francisco Gamelas, ex-alf mil cav, Pel Rec Daimler 3089, Teixeira Pinto, 1971/73)



Lisboa > Cais da Rocha Conde dfe Óbidos > 11 de outubro de 1973 > Regresso no T/T Niassa > Alguns dos  bravos do Pel Rec Daimler 3089 (Teixeira Pinto, 1971/73) > Da esquerda para a direita, (i) José Eduardo Alves, (ii) Gonçalo Garcia Pedroso (condutor da viatura Daimler, aqui referida nesta crónica), (ii)  David da Silva Miranda (1º cabo mecânico, de óculos escuros), (iv) Lino Pereira Barradas, (v) Manuel Lucas dos Santos (1º cabo, assinalado com um retângulo a verde, o protagonista da história que se conta a seguir, natural de Açor, Góis), e (vi) José Gabriel Caloira.


Lisboa > Cais da Rocha Conde dfe Óbidos > 11 de outubro de 1973 > Regresso no T/T Niassa > O resto dos bravos do pelotão, que acompanharam o seu comandante no regresso a casa: da esquerda para a direita, Manuel Teque da Silva, Ademar Peres Marques, Luís Soares da Silva e Fernando Cândido Silva.


Guiné  > Região do Cacheu > Teixeira Pinto > Janeiro de 1972 >  A “oficina” do Pelotão Rec Daimler 3089.  É visível o 1º cabo mecânico David Miranda que fazia o "milagre" de manter as viaturas sempre operacionais. O pelotão chegou  a ter duas ou três Daimlers, vindas da sucata de Bissau, para "canibalizar". Ao trabalho do Miranda muito ficou a dever o sucesso do Pelotão. O pelotão conseguia ter as cinco viaturas operacionais, do princípio ao fim da comissão, foi um ponto de honra para o seu comandante. Estavam equipadas com a metralhadora MG 42, e circulavam sem a torre giratória. O problema das Daimlers não era o motor mas o sistema de transmissão... A boa conservação das viaturas e das MG 42 era fundamental para a sua operacionalidade e fiabilidade...


Guiné  > Região do Cacheu > Teixeira Pinto > Fevereiro de 1973 > O 1º cabo apontador Manuel Lucas dos Santos, no regresso de uma viagm a Caió


Francisco Gamelas, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 3089 (Teixeira Pinto, 1971/73)

Fotos (e legendas): © Francisco Gamelas (2016). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Esta crónica chegou-nos à caixa do correio em 6 de junho passado. Faz sentido publicá-la agora,  depois da edição do último poste relativo ao álbum fotográfico do autor, Francisco Gamelas, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 3089 (Teixeira Pinto, 1971/73), adido ao BCAÇ 3863 (1971/73). 

É um texto inédito, escrito a pensar no nosso blogue, a partir da reconstituição de memórias do ex-1º cabo cav, Manuel Lucas dos Santos. Datado de junho de 2016, não faz parte dos textos (poemas e crónicas) do  livro recente do Francisco Gamelas:  "Outro olhar - Guiné 1971-1973" (Aveiro, 2016, ed. de autor, 127 pp.+ ilust; preço de capa 12,50 €). (*).

Entenda-se também este texto como uma homenagem a todos os camaradas da arma de cavalaria (Pel Rec, EREC...) que alinhavam com os infantes em  colunas  como esta, a seguir descrita, delicada, não isenta de riscos e com momentos de grande tensão (**).

Nesta crónica há uma referência ao condutor Pedroso, o Gonçalo Garcia Pedroso (vd. foto acima), outro dos bravos do Pel Rec Daimler 3089. Iam duas Daimlers na coluna, uma à frente e outra atrás.

Segundo esclarecimento adicional do autor da crónica, e depois de voltar a falar com o Manuel Lucas dos Santos, ele confirmou a data e acrescentou o seguinte:
(i) estas seis mortes (civis ou na maior parte civis), foram contados um a um por ele;
(ii) resultaram de um ataque do PAIGC ao aquartelamento no momento em que população e militares assistiam a uma sessão de cinema ao ar livre;
(iii)  o capitão da companhia de Jolmete foi depois transferido para a companhia africana (, a  CCAÇ 16, ) que estava em Bachile...

O Manuel Lucas dos Santos, há uns largos anos, encontrou-se com o antigo capitão de Jolmete, num casamento, e tiveram ocasião de recordar estes tristes acontecimentos. Acresce ainda dizer que o troço Pelundo-Jolmete era "picada", não era alcatroado, e estava-se já no início da época das chuvas...

Nessa altura estava no Pelundo o BART 6521/72:
(i) mobilizado pelo RAL 5 (Penafiel);
(ii) partiu em 22/9/1972 para o TO da Guiné;
(iii) regressou em 27/8/1974;
(iv) esteve sediado  no Pelundo;
(v) cmdt: ten-cor art Luís Filipe de Albuquerque Campos Ferreira.

Em Jolmete esteve a 3ª C /BART 6521/72 (de 27/9/19721 a 27/8/1974). Teve 2 cmdts: cap mil art Luís Carlos Queiroz da Silva Fonseca; e  cap mil inf  Edmundo Graça de Freitas Gonçalves. Na Tabanca Grande, temos poucos camaradas deste batalhão.

Desconhece-se, por outro lado, as razões que terá levado comandante de batalhão a integrar a coluna a Jolmete e pedir o apoio do Pel Rec Daimler 3089, que estava adido a outro batalhão, o BCAÇ 3863 (Teixeira Pinto, 1971/73). (LG)


2. Sob o signo do medo

por Francisco Gamelas (com Manuel Lucas dos Santos)

Cedo, por volta das oito da manhã, acabados de regressar do pequeno almoço, depois de já termos feito a escolta da coluna que seguia para Bissau até ao Pelundo, entrou na caserna um mensageiro com uma convocação: o nosso Comandante [, do BCAÇ 3863,] requer a presença do 1º Cabo que substitui o Alferes Gamelas. 

Corria o dia 16 de maio de 1973. O nosso Alferes estava em Bissau à procura de peças para as Daimlers, no cemitério de viaturas semidestruídas que ali havia. Depois da saída do mensageiro, olhei os meus camaradas e comentei: quem é que andou a fazer merda ontem à noite? Ninguém se acusou. 

Respirei fundo, agarrei coragem e lá fui para o covil, como rês a caminho do matadouro. Boa coisa não seria. À porta semiaberta do gabinete, enquanto fazia a continência, pronunciei a fórmula da praxe: dá-me licença meu Comandante? O Tenente Coronel já se encontrava sentado à secretária, de semblante pensativo e preocupado. Não parecia zangado, apenas apreensivo, respondendo em voz baixa, como era seu timbre, mas de forma suave: entre nosso Cabo. Fique à vontade. 

Por detrás das lentes dos óculos os seus olhos miúdos começaram por me sondar durante alguns segundos. Deveria ser visível a minha inquietação e o Comandante ponderava as suas palavras. Ontem, no Jolmete, sede duma companhia do Batalhão do Pelundo, deu-se uma flagelação muito forte do inimigo. Houve vários mortos cujos corpos é preciso resgatar para seguirem para Bissau. 

Com uma breve pausa avaliou o efeito das suas palavras. Não sei o que viu no meu semblante, mas, depois da surpresa, uma inquietação, filha do medo, ia tomando conta do meu espírito. O Comandante continuou. O Senhor Comandante do Pelundo solicitou-me ajuda para ir ao Jolmete resgatar os cadáveres. Perguntou se haveria possibilidade das Daimlers poderem fazer parte da escolta. Pareceu-me bastante preocupado, nosso Cabo

A preocupação dele era visível. Fez outra pausa para me olhar bem nos olhos espreitando uma reacção. Desde quando estes gajos gastavam tanto latim para darem as suas ordens? Nosso Cabo, tenha prontas duas Daimlers para integrarem a escolta ao Jolmete dentro de vinte minutos, seria tudo quanto era necessário para que a ordem se cumprisse sem mais delongas. 

Estas falinhas mansas eram como facas afiadas a penetrarem de mansinho pelo ventre da minha inquietação. Permaneci calado. O nosso Cabo não acha que os devemos ajudar? Perguntou, sem parar de me fitar. Desta vez, o tom já foi mais incisivo, ainda que permanecesse dentro do cordial, mesmo com uma certa dose de intimidade, o que me desconcertava. O Comandante estava a fazer de mim alguém suficientemente importante para ter voto na matéria, o que me inquietava porque nunca tal tinha acontecido, nem seria normal acontecer. Não era este o ADN do relacionamento comando versus subordinados. 

O cerco apertava-se e não tinha como fugir a dar uma resposta. Quem sou eu, meu Comandante, para fazer avaliações. O Pelotão Daimler fará o que o meu Comandante determinar. Um muito leve sorriso acompanhou uma pequena, mas visível descompressão do seu semblante. Estava satisfeito com o evoluir da situação, o mesmo será dizer, que estava satisfeito com os resultados da sua estratégia de abordagem. O Senhor Comandante do Pelundo [, BART 6521/72,]  pode então contar com a ajuda das Daimlers na deslocação ao Jolmete? 

Foi uma pergunta a meio caminho duma afirmação. Limitei-me a articular o óbvio: o meu Comandante sabe que o Pelotão Daimler só está ao serviço deste Batalhão. Contudo, se o meu Comandante entender prestar uma ajuda solidária ao nosso Comandante do Pelundo, o Pelotão Daimler está pronto para cumprir a sua parte.

Desta vez o sorriso foi franco e a descompressão evidente. Óptimo, nosso Cabo. Vou então dizer ao Senhor Comandante do Pelundo que pode contar com duas esquadras dentro de uma hora no Pelundo - e levantou-se para dar por terminada a conversa. 

Ainda arranjei coragem para articular: o meu Comandante desculpe, mas gostaria de fazer um pedido... E ele: Diga lá nosso Cabo. O tom permanecia cordial.  Pretendia que o Senhor Comandante do Pelundo nos garantisse um rebenta-minas a abrir a coluna. Ser uma Daimler a fazer esse papel não seria justo e era um desperdício de uma metralhadora, em caso de problemas. O Comandante, já de pé, olhou-me como que admirado e retorquiu: Compreendo. Tem toda a razão. O nosso Cabo pode contar com a viatura rebenta-minas. 

Fiz a continência, e, de novo, articulei a fórmula aplicável: o meu Comandante dá-me licença que me retire? Resposta:  Dentro de uma hora esteja pronto para partir para o Pelundo, nosso Cabo. Por instruções do nosso Capitão das Informações, que teve a “gentileza” de me informar que era provável haver contacto com o inimigo, a Daimler da frente – a minha - foi reforçada com uma segunda metralhadora e respectivas fitas de munições, para além de mais umas quantas granadas. Que não fosse por falta de fruta que perdêssemos a contra-dança. 

Chegámos ao Pelundo cerca das dez e trinta, onde já nos esperava, no meio da parada, o Tenente Coronel Comandante do Batalhão, que imediatamente se acercou de nós. Obrigado por terem vindo nosso Cabo. E a estupefacção continuava. Este comportamento não era nada normal. Já almoçaram? Perguntou o Comandante. Às dez e meia da manhã ainda ninguém almoçou, pelo que, meio a sorrir respondi: não meu Comandante, viemos com ração de combate. Retorquiu: Vou já mandar preparar um bom almoço para vocês,

E assim foi. Dentro de umas dezenas de minutos, estávamos todos a almoçar, como raramente tivemos oportunidade de o fazer ao longo de toda a comissão. Contudo, a inquietação era mais que muita. Todos os sinais indicavam que a deslocação iria ser bastante perigosa. Se tivermos que morrer, morreremos de bandulho cheio, comentei sarcástico. 

Cerca do meio dia, começámos a organizar a coluna. Ao deparar com o Comandante, perguntei-lhe pela viatura rebenta-minas, que, essa sim, era a minha grande preocupação. O Comandante, apontando com o braço, disse sorridente: olhe ali nosso Cabo. Lá estava uma Berliet atulhada de sacos de areia até acima. Até aqui tudo bem. Siga a marinha e alma até Almeida. Percebi que o Comandante também iria integrar a coluna, o que, por não ser comum, somava alguns pontos a seu favor. 

Pusemo-nos em marcha pelas doze e trinta. Connosco, seguiam na coluna mais seis unimogs com soldados armados. Entre eles seguia o Comandante do Pelundo. A ligação ao Jolmete fazia-se por uma sequência de picadas, em alguns percursos apenas visíveis nos trilhos das rodas das viaturas, onde o vermelho da terra se deixava ver. Nesses trilhos elas seguiam sozinhas, sem necessitar do volante. O resto era vegetação, com capim da altura de um homem a roçar nas laterais. Digamos que poderíamos ser “pescados à mão”. Pedroso, deixa a Berliet afastar-se um bocado, disse para o camarada condutor quando iniciámos a marcha - a nossa Daimler seguia em segundo lugar na coluna. Se houver merda, teremos, assim, mais algumas hipóteses de reagir. 

O trajecto era de cerca de vinte e cinco quilómetros, que foi percorrido debaixo de uma enorme tensão, a baixa velocidade. O que nos corria nas veias era pura adrenalina. Sem qualquer peripécia no percurso, lá chegámos ao nosso destino em pouco mais de uma hora.

O cenário que encontrámos era desolador: destruição e caos, com semblantes fantasmáticos a espreitar pelos cantos. Os seis corpos já estavam alinhados nas macas à nossa espera. Vim a concluir que a Berliet, afinal, não carregava só sacos de areia, também trazia as "salgadeiras" para os cadáveres. Mau sinal. Não iríamos ter rebenta-minas no regresso, quase de certeza. Não seria lógico que a viatura com os corpos voltasse a fazer de rebenta-minas. Foi o que aconteceu. 

Depois dos caixões fechados e do Comandante ter terminado a observação do local e falado com os seus oficiais, regressámos ao Pelundo. Desta feita já não vai haver viatura rebenta-minas, nosso Cabo, teve a “gentileza” de me informar o Comandante. Pedroso, sempre a abrir. Quem quiser que nos siga. Apesar do repto, demorámos a chegar quase o mesmo tempo que tínhamos gasto na ida. A Berliet não poderia acompanhar um ritmo mais enérgico. 

Por volta das cinco e meia estávamos em Teixeira Pinto, sãos e salvos, já depois do grosso da coluna ter ficado no Pelundo. Agora, era só esperar que os níveis de adrenalina descessem, que a serenidade possível recuperasse os seus níveis normais. Entretanto, no que respeita ao horrendo observado no Jolmete, não houve borracha eficaz que o apagasse. Até hoje.

Quanto aos “estranhos” comportamentos dos Comandantes, continuam a fazer-me cócegas nos neurónios. Digamos que, com o medo à mistura, comum a todos nós, a alma humana tem destes comportamentos desalinhados.

Aveiro, junho de 2016
Francisco Gamelas
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Comentário do autor

Este episódio foi-me contado pelo então 1º Cabo do meu Pelotão Daimler Manuel Lucas dos Santos – o narrador da crónica - que, na minha ausência, assumia o seu comando (o meu 1º Sargento estava destacado no Cacheu com duas esquadras do pelotão). 

Durante estes últimos anos, em que, quase sempre, nos nossos almoços anuais este episódio vinha à baila, comecei a dar-lhe alguma importância, mas, sem verdadeiramente compreender as motivações do comando para os seus tão incomuns comportamentos. Até que parei para reflectir.

Será que as Daimlers seriam solicitadas se o Tenente Coronel do Pelundo  [BART 6521/72] não integrasse a coluna?  Obviamente que não: nunca o foram, assim como a enormidade de seis unimogs com tropa armada. Nas minhas colunas para o Cacheu e para Bissau, iam dois.

 E a atitude do Tenente Coronel de Teixeira Pinto [BCAÇ 3863], como se explica? No caso de existirem sarilhos graves com as Daimlers e os seus ocupantes, eles teriam que constar no relatório da acção e alguém em Bissau [leia-se: o gen Spínola] iria perguntar o que é que as Daimlers estavam lá a fazer. Não acredito que fosse a decisão favorável de um 1º Cabo em participar na escolta que ilibasse o Comandante de sérias responsabilidades.

Visto deste prisma, o episódio passa a ter algum interesse, pelo que aqui to deixo à tua apreciação para eventual publicação no teu blogue. (**)
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Notas do editor:

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16479: Convívios (768): XXII Encontro do pessoal da 1.ª CART/BART 6521/72 (Pelundo e Jemberem, 1972/74), a levar a efeito no próximo dia 25 de Setembro de 2016 em Seia (António Faneco, ex-1.º Cabo)

 



1. A pedido do nosso camarada António Faneco (ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72, Pelundo e Jemberem, 1972/74), estamos a dar conhecimento do próximo Encontro do pessoal da sua Unidade, a levar a efeito já no dia 25 de Setembro de 2016, na Sertã





"Que Não Somente Ousados"


XXII Almoço/Convívio da 1.ª CART/BART 6521/72 
"OS NÓMADAS - PIONEIROS DE JEMBEREM"

Sertã - Dia 25 de Setembro de 2016

Restaurante Ponte Velha

Inscrições abertas para:

Antunes: 926 395 573 ou 211 371 327
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Nota do editor

Último poste da série de 6 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16454: Convívios (767): XXVII Encontro do pessoal da Magnífica Tabanca da Linha, dia 22 de Setembro de 2016, em Carcavelos (Manuel Resende, ex-Alf Mil Art da CCAÇ 2585)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Guiné 63/74 - P7086: Em busca de... (147): Ademar Rodrigues, ex-1.º Cabo Escriturário da CCS/BART 6521 procura camaradas

Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Canchungo > Pelundo > 2008 > Restos do antigo quartel português, ao tempo do BART 6521/72 (Pelundo, 22/9/1972 - 27/8/1974), a unidade que fez a transferência de soberania para o PAIGC, e que era comandado pelo Ten Cor Art Luís Filipe de Albuquerque Campos Ferreira.
Foto: © António Alberto Alves (2008). Direitos reservados.
 


EM BUSCA DE...

1. No dia 28 de Setembro de 2010, o nosso camarada Ademar Rodrigues deixou este comentário no Poste 5143*:

Caro amigo e camarada. Também estive na Guiné na CCS/BART 6521, onde fui 1.º Cabo Escriturário.
É muito bom manter a memória para os nossos netos, bisnetos e outros, a memoria futura vai ser importante neste mundo globalizado.

Eu quero fazer parte deste blogue pois estive ausente de Portugal durante 32 anos e agora que regressei à minha Pátria preciso de me informar.

Força amigos, mantenham-se vivos e não deixem cair isto, porque é muito importante para todos.

Enviem-me contactos da CCS/BART 6521.

Um forte abraço, sou o Ademar Rodrigues da CCS e quero que vocês saibam que ando muito triste porque não tenho contactos de ninguém e queria mesmo dar uma festa aqui na minha terra para os meus camaradas da CCS/6521 BART.

Despeço-me com um até breve.


2. Como o Ademar não deixou nenhum contacto, no mesmo dia foi deixado este comentário no mesmo poste:

Caro Ademar
Se não deixares o teu email, não podemos contactar-te.
Um abraço
Carlos Vinhal


3. Ademar Rodrigues voltou assim ao nosso contacto no dia 30:

Olá amigos,
Fiz asneira porque não deixei o meu contacto.

Sou o Ademar Rodrigues e moro em Santa Cruz do Douro, Baião - CP 4640-431.
O meu n.º de telefone é 934 955 328 e o meu email ai vai: ademarrodrigues@iol.pt.

Mais uma informação, fui Escriturário da CCS/BART 6521.

Ajudem-me a encontrar camaradas dessa Companhia pois preciso muito desses contactos. Quero fazer parte disto. Estive fora muito tempo e ando muito emocionado por não poder fazer aqui na minha terra um grande convívio com essa malta que foi do melhor.

Paz aos nossos mortos.

Um grande abraço
Ademar


4. Comentário de CV:

Caro Ademar, bem regressado a Portugal e a Baião, arredores do Marão, tua terra natal, ao que supomos.

Com respeito ao teu pedido, encontrei na página do nosso camarada Jorge Santos um pedido de contacto de um camarada do teu Batalhão. Trata-se de Alfredo Veiga com o endereço alfveiga@netcabo.pt.

Faz parte da nossa Tabanca o ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521, António Faneco** que tem o endereço antoniofaneco@sapo.pt e o telefone 917 620 722.

São pontos de partida para começares as tuas pesquisas no sentido de reunires os teus antigos camaradas. Qualquer notícia que chegue até nós será encaminhada para ti.

Se quiseres aderir à nossa Tertúlia ou Tabanca Grande, como é também conhecida, basta que nos mandes uma foto actual e outra do teu tempo de Escriturário, uma pequena história e algumas fotos, legendadas, a acompanhar.

Recebe um abraço
CV
__________

Notas de CV:

(*) Vd, poste de 23 de Outubro de 2009
Guiné 63/74 - P5143: Os nossos médicos (7): Prof Doutor José Madeira da Silva, otorrino, em busca dos ex-camaradas de Bula e Pelundo, 1973/74

(**) Vd. poste de 4 de Junho de 2010
Guiné 63/74 - P6531: Tabanca Grande (224): António Faneco, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72, Pelundo, Cadique, Jemberém, Ilha de Jete, 1972/74

Vd. último poste da série de 29 de Setembro de 2010
Guiné 63/74 - P7054: Em busca de... (146): Luís Henrique Martins de Castro, ex-Fur Mil TRMS da CCS / BCAÇ 2861 (Bula e Bissorã, 1969 / 1970) (Armando Pires)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6531: Tabanca Grande (224): António Faneco, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72, Pelundo, Cadique, Jemberém, Ilha de Jete, 1972/74

1. Em mensagem do dia 29 de Maio de 2010, António Faneco*, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72, apresenta-se à tertúlia, enviando as fotos da praxe e os elementos que referentes à sua comissão de serviço na Guiné.

Nome: António Faneco (Massamá)
Posto: 1.º Cabo Atirador Artilharia
Companhia/Batalhão: 1.ª Cart "Os Nómadas Pioneiros de Jemberém" do BART 6521/72

Local/Zona de acção:
Bolama (IAO) - 29.09.1972 a 26.10.1972;
Pelundo - 31.10.1972 a 07.01.1973;
Cadique - 21.01.1973 a 20.04.1973;
Jemberém - 20.04.1973 a 09.09.1973;
Pelundo - 11.09.1973 a 02.01.1974;
Ilha de Jete - 02.01.1974 a 30.03.1974;
Pelundo - 30.03.1974 a 26.08.1974

Tempo de comissão: 23.09.1972 a 27.08.1974

Local de residência: Montijo - Setúbal
Contactos: antoniofaneco@sapo.pt
MSN: fanecoantonio@hotmail.com


2. Comentário de CV:

Caro António Faneco
Algumas palavras só para te dar as boas-vindas e endereçar-te o abraço da tertúlia a que todos os periquitos têm ditreito.

Esperamos de ti o mesmo que de todos os tertulianos, algum do teu tempo para contribuires para este espólio de memórias de ex-combatentes da Guiné.

Não nos move nenhum saudosismo colonial, até porque sentimos no corpo os seus efeitos, nem queremos marcar qualquer posição de índole política. Portugal colonial faz parte do passado e à Guiné-Bissau só nos une o facto de termos passado lá dois anos da nossa juventude, enquanto militares, e a amizade que fizemos com aquela gente sofredora.

Caro camarada, tens a tertúlia à espera das tuas fotos e textos.
CV
__________

Notas de CV:

(*) Vd. postes de 7 de Janeiro de 2010:

Guiné 63/74 - P5605: O Nosso Livro de Visitas (78): António Faneco, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72 (1972/74)
e
Guiné 63/74 - P5607: Memória dos lugares (66): Iemberém, sede do Parque Nacional do Cantanhez, outrora campo de batalha (Luís Graça / António Faneco)

Vd. último poste da série de 25 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6469: Tabanca Grande (223): Rosa Serra, ex-Alferes Enfermeira Pára-quedista, BCP 12, Guiné, 1969

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5712: Os nossos médicos (14): José Madeira da Silva, hoje otorrino, professor universitário, ex-Alf Mil Med, BART 6521, Pelundo, 1973/74)

Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Canchungo >  Pelundo > 2008 > Restos do antigo quartel português, ao tempo do BART 6521/72 (Pelundo, 22/9/1972 - 27/8/1974), a unidade que fez a transferência de soberania para o PAIGC, e que era comandado pelo Ten Cor Art Luís Filipe de Albuquerque Campos Ferreira. O Alf Mil Médico José Madeira da Silva deve ter passado por este batalhão e este aquartelamento, em 1973, antes de ir prestar serviço, como médico anestesista, no HM 241, em Bissau.  Diz ele que foi um dos que "fechou a guerra em Outubro de 1974"...

A foto foi-nos enviada, juntamente com as fotos de uma série de ex-camaradas nossos,  manjacos do Pelundo,  que estiveram ao serviço do exército português, pelo sociólogo António Alberto Alves, que reside desde 2006 em Canchungo (antiga Teixeira Pinto) e trabalha (ou trabalhava) para uma ONGD portuguesa (*)

Foto:  © António Alberto Alves (2008). Direitos reservados.



1. Mensagem de José Madeira da Silva, com data de 22 do corrente:

Agora sou eu que estou envergonhado... Entretanto e devido a restricções orçamentais, estou sem secretária. O que mais virá ?

Em relação à "nossa Guiné",  acho que, por diversos motivos, já ninguém quer saber! Os meus filhos, às vezes mostram alguma curiosidade mas que diabo, actualmente e da nossa parte,  talvez seja só nostalgia, inclusive dos momentos desagradáveis, se é que isso é possivel... Também já estou muito longe de pensar nisso, a não ser esporadicamente.

Embora já tenha 64, ainda tenho o tempo um bocado ocupado. Além de regente da disciplina de Otorrinolaringologia da FCM [, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa],   sou membro do Conselho Científico e director do Serviço Universitário de ORL do CHLO [, Centro Hospitalar Lisboa Oriental] / Hospital Egas Moniz. (...).

Dentro destas possíveis dificuldades, seguramente contornáveis, diga-me quais os dias que eventualmente teria disponíveis para almoçar.

Um abraço,

José Madeira da Silva
 
2. Mensagem enviada em 23 de Outubro último, por Luís Graça, a José Madeira da Silva:
 
Meu caro professor e colega:

Estou envergonhado de só agora lhe poder responder ao seu mail de 22 de Julho passado (**)… Ficamos doravante em contacto um com o outro. Aqui tem os elementos que pude apurar, relativamente ao pedido que me fez. Acabo de os publicar no nosso blogue, Luís Graça & Camaradas da Guiné:

23 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5143: Os nossos médicos (7): Prof Doutor José Madeira da Silva, otorrino, em busca dos ex-camaradas de Bula e Pelundo, 1973/74

Gostaria muito de falar consigo, para já ao telefone… Tem aqui os meus contactos (Telef. Directo, Gabinete 3 A 42, ENSP/UNL: 21 751 21 93). Só tenho o seu telefone do Serviço de Otorrino, do Egas Moniz… Vou tentar ligar-lhe.

As minhas saudações académicas e bloguísticas, Luís Graça

3. Comentário de L.G.:

Agora não restam dúvidas... O nosso camarada José Madeira da Silva e o Prof Doutor José Madeira da Silva são a mesma pessoa... Ainda não falei com ele ao telefone, mas vou continuar a tentar ligar-lhe. Apessar dos nossos afazeres profissonais, teremos seguramente oportunidade de estar juntos um dia destes. Até lá gostaria de localizar gente que tenha estado em Bula e no Pelundo, na mesma altura (1973/74) ou que tenha conhecido o nosso Alf Mil Médico José Madeira da Silva, anestesista, no HM 241, em Bissau, em 1974. (Mas também eventualmente em Nova Lamego).

Gostava que este nosso camarada se juntasse a nós, neste blogue, e partilhasse connosco memórias, em suporte escrito e fotográfico... A série Os Nossos Médicos ainda  está no início e não tem sido fácil localizar os oficiais médicos que "circulavam" pelas nossas unidades e subunidades... Muitas vezes não chegavam a criar raízes. Houve batalhões que conheceram vários médicos. Não havia só falta,no TO da Guiné, de oficiais do quadro...  Faltavam também médicos militares, cada mais assoberbados com a assistência às populações civis, no âmbito do programa de Spínola da Guiné Melhor. Qualquer ajuda, para identificar e localizar médicos que tenham estado na Guiné durante a guerra colonial,  será bem vinda...

Dos camaradas que pertenceram a este batalhão, tenho o registo do António Faneco, que foi 1º Cabo da 1ª CART / BART 6251 (tendo passado pelo três meses Pelundo, antes de ser  recambiado para o Cantanhez, donde regressou, ao Pelundo, em Setembro de 1973). Conhecido como o Massamá, vive hoje no Montijo. Lembra-se do Dr. Paradela de Oliveira, que deve ter antecedido o Dr. José Madeira da Silva. A companhia reune-se anualmente em Mira, a maior parte do pessoal era do Norte... Já chegou a haver convívios a nível de batalhão, mas actualmente não... (Informações dadas ao telefone pelo António Faneco) (****).

Esta subunidade, a 1ª companhia,  foi mobilizada pelo RAL 5. Esteve no Pelundo, Cadique, Jemberém e Pelundo. Partiu em para a Guiné em 23/9/1972 e regressou em 27/8/1974. Comandante: Cap Mil Cav Casimiro Gomes. Alguém tem mais elementos informativos sobre este Batalhão e esta companhia ? Ou sobre o nosso Alf Mil Médico ?


[ Revisão / fixação de texto / título / bold: L.G.]
_____________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 6 de Dezembro de 2009  > Guiné 63/74 - P5414: Os nossos camaradas guineenses (19): Camaradas do Pelundo lêem o Diário da Guiné de Graça de Abreu (António Alberto Alves)

(**) Mensagem de 22/7/2009:

(...) "Fui Alferes Miliciano Médico e estive na Guiné em 1973 e 1974 (fechei a guerra em Outubro de 1974).


"Quando voltei, nunca mais quis ouvir falar da Guiné mas o passar do tempo faz-me recordar com saudade alguns camaradas. Simplesmente, a minha atitude inicial de rejeição fez-me esquecer quase tudo e nem sequer me lembro ao certo dos batalhões onde estive colocado.


"(...)  Como médico estive em dois batalhões, antes de ser aproveitado do Teatro de Operações para o Hospital Militar de Bissau (como anestesista), embora, mesmo já colocado em Bissau, tenha acompanhado algumas operações no terreno integrando uma equipa cirúrgica (Nova Lamego e outros lugares com nomes de que já não me lembro)...

"Onde deixei realmente amigos foi nos Batalhões, em Bula (Cavalaria?) e no Pelundo ( BART ?)(***). Seria possível enviar-me os números desses batalhões? Talvez assim conseguisse contactar alguém." (...)

(***)  As minhas pistas levam-me às seguintes unidades:

Esquadrão de Reconhecimento (EREC) 8740/72 (Bula e Bissau, 3/4/1973 - 8/9/1974:

BART 6521/72 (Pelundo, 22/9/1972 - 27/8/1974)
 
 
(****) Vd. poste de 7 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5607: Memória dos lugares (66): Iemberém, sede do Parque Nacional do Cantanhez, outrora campo de batalha (Luís Graça / António Faneco)


(...) O António Faneco (de alcunha, na tropa, o Massamá), que agora nos visita (e com quem já falei pelo telefone, tendo aceite o meu convite para se juntar à nossa Tabanca Grande) vem confirmar, na qualidade de ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72, que a esta companhia, vinda do Pelundo, foi destacada para reforçar a reocupação do Cantanhez, chegando a "Cadique no dia 20 de Abril de 1973 pelas 8 horas da manhã e (...) a Jemberém pelas 12 horas, sensivelmente", local onde montou a tenda (não havia qualquer povoação) e ali "permanecemos até dia 9 de Setembro de 1973, altura em que regressámos ao Pelundo", depois de terem apanhado muita porrada e sofrido dois mortos em combate (segundo me disse ao telefone o António Faneco). (...)
 
Vd. também 7 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5605: O Nosso Livro de Visitas (78): António Faneco, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72 (1972/74)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5607: Memória dos lugares (66): Iemberém, sede do Parque Nacional do Cantanhez, outrora campo de batalha (Luís Graça / António Faneco)


Guiné-Bissau > Região de Tombali > AD - Acção para o Desenvolvimento - Foto da Semana > 3 de Janeiro de 2010 >  "Cantanhez – várias opções de turismo responsável. Cada vez mais, o Parque Nacional de Cantanhez oferece alternativas agradáveis a todos quantos gostam da natureza, de conviver de perto com as comunidades locais e conhecer a sua cultura, forma de viver e de pensar.

"Para os turistas que lá se deslocam é também uma oportunidade de ver como é que a partir de um programa de turismo responsável, as populações locais melhoraram as suas condições de vida, tendo agora acesso a um grande número de escolas, unidades de saúde, poços de água, instrumentos de transformação de produtos agrícolas e informação local via rádio e televisão.

"As mulheres assumem um maior protagonismo em iniciativas que lhes permitem aceder a novos recursos financeiros, da mesma forma que os jovens encontram novos empregos complementares com a sua actividade principal, a agricultura, ao se capacitarem enquanto guias ecoturísticos, escultores de madeira, guardas comunitários florestais e cantores" (Foto tirada em 16/9/2009).

Foto: ©  AD - Acção para o Desenvolvimento (2010). Direitos reservados. (Com a devida vénia...)




Guiné-Bissau > Região de Tombali > Cantanhez > Iemberém > 2005 >  "Foto de um marco existente em Iemberem, sede da nossa ONG em Cantanhez, que foi reparado e que, em homenagem à ONG portuguesa Instituto Marquês Valle Flôr-IMVF (que intervém na zona e com quem vamos trabalhar no projecto Guiledje), se chama Praça IMVF.

"Este pequeno monumento evoca a passagem, por aquelas paragens, de uma companhia, presumivelmente de caçadores ou de artilharia, a 6521... No mural lê-se: OS NÓMADAS, PIONEIROS DE JEMBEREM, Pelundo > 27 Out 72, Cadique > 21 Jan 73, Jemberem > 20 Abr 73" (*)...  Não sei quem é a simpatíquissima e bela menina, aqui na foto... provavelmente alguma cooperante ou até precoce ecoturista. O autor da foto não a quis identificar (LG)...

Foto (e legenda): © Carlos Schwarz / AD - Acção para o Desenvolvimento (2005). Direitos reservados (*)



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Parque Nacional do Cantanhez > Jemberém (ou Iemberém, de acordo com a toponomia actual) é uma localidade onde a AD - Acção para o Desenvolvimento tem a sua base operacional (instalações de apoio aos projectos desenvolvidos no Cantanhez). É hoje uma das aldeias mais dinâmicas da Guiné-Bissau, sede do Parque Nacional de Cantanhez, cada vez mais visitado nomeadamente por truistas estrangeiros...  Foto de Luís Graça, tirada em 2 de Março de 2008, por ocasião da visita , ao sul, dos participantes do Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de Março de 2008) (**).

É espantoso como eles vestígios dos tugas sobreviveram, no todo ou em parte,  à independência... tendo sido mais tarde, há alguns anos, carinhosamente perservados e restaurados pelos nossos amigos da AD - Acção para o Desemvolvimento e pela população local....

Neste caso, trata-se do monumento erigido pela a 1ª CART do BART 6521/72 (1972/74)... De acordo com a inscrição que se encontra na base do respectivo monumento, colocado na actual Praça IMVF - Instituto Marquês Valle Flôr (é visível o logótipo do IMVF na placa toponímica que foi acrescentada ao monumento, há uns anos atrás).].

O António Faneco (de alcunha, na tropa, o Massamá), que agora nos visita (e com quem já telefonei pelo telefone, tendo aceite o meu convite para  se juntar à nossa Tabanca Grande) vem confirmar, na qualidade de ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72, que a esta companhia, vinda do Pelundo, foi destacada para reforçar a reocupação do Cantanhez, chegando a "Cadique no dia 20 de Abril de 1973 pelas 8 horas da manhã e (...)  a Jemberém pelas 12 horas, sensivelmente",, local onde montou a tenda (não havia qualquer povoação) e ali "permanecemos até dia 9 de Setembro de 1973, altura em que regressámos ao Pelundo", (**), depois de terem apanho muita porrada e sofrido dois mortos em combate (segundo me disse a telefone o António Faneco).

Eram naturalmente vizinhos da CCAÇ 4540 ("Somos um caso série"), que esteva em Cadique, na mesma altura, e a que pertenceram os nossos camaradas Eduardo Camnpos, Vasco Ferreira, António Santos, Albertino Nunes  Ferreira (peço desculpa se, por lapso, omito alguém)...

O António Faneco mora hoje no Montiijo e prometeu visitar-me e mandar uma foto actual, como é da praxe.


Guiné > Região de Tombali > Cantanhez > Jemberém (como então diziam os tugas, de acordo de resto com a carta de Cacine..) > "Monumento que se encontra em Jemberém (este sim, é tal e qual como o deixámos), assim como o monumento em homenagem aos falecidos em combate… Paz à sua alma… Hoje vejo algo por cima do monumento… não percebo de que símbolo se trata" (António Faneco)...

Como eu já expliquei acma, trata-se de um simples placa topononímica, relativa á principal praça da aldeia, a Praça IMVF [Instituto Marquês Valle Flôr]. (LG).

 Foto (e legenda) : © António Faneco (2009). Direitos reservados.
_____________

Notas de L.G..:

(*) Vd. poste de 3 Novembro 2005 > Guiné 63/74 - CCLVII: Projecto Guileje (2): arquitecto paisagista, precisa-se! (Carlos Schwarz)


(...) Caro Luís Graça: Só agora lhe respondo, uma vez que tivemos sérios problemas de acesso à internet no país.

Será com muito prazer que integrarei a vossa (já agora nossa) tertúlia.



Gostaria de aceitar a vossa sugestão de envolvimento no projecto e propor-vos, para já, que ela se materializasse na reconstituição do que era o quartel de Guiledje na época.



Procurei por várias formas aceder ao mapa do quartel aí em Portugal, tendo chegado à conclusão que provavelmente ele nunca terá existido. Nada que não possa ser ultrapassado, uma vez que com as duas fotografias tiradas de avião, um bom arquitecto não possa refazer o mapa e até uma maqueta.

É que nós gostaríamos de reconstruir o quartel à imagem daquilo que ele era, desde que isso não implicasse a destruição de belas árvores que entretanto se desenvolveram no interior.


Para isso, iremos fazer durante a época seca um levantamento topográfico com a sua localização, para que se possa casar com o mapa do antigo quartel.


Pensamos que os pavilhões da messe, etc possam ser adaptados para a formação de jovens no futuro CENAR (Centro de Aprendizagem Rural) e que a zona onde habitava a população possa ser aproveitada para: instalar habitações para novos habitantes da região e reservar uma zona para casas de passagem de visitantes interessados em fazer ecoturismo.


Ora é neste ponto que gostaríamos de ter o vosso apoio. Será que vocês poderão identificar um arquitecto, de preferência paisagista, que aceite fazer de forma solidária, a partir das fotografias aéreas, um mapa com todas as instalações, incluindo uma escala que nos possibilite saber as distâncias entre os edifícios, ruelas, etc?


Proponho igualmente que, quando for aí a Portugal no próximo ano, possamos fazer um encontro com as pessoas interessadas no projecto para incorporarmos as suas ideias. (...)

(**) 29 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2695: Uma semana inolvidável na pátria de Cabral (29/2 a 7/3/2008) (11): Iemberém, uma luz ao fundo do túnel (Luís Graça)

(**) Vd. poste de 7 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5605: O Nosso Livro de Visitas (78): António Faneco, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72 (1972/74)

Guiné 63/74 - P5605: O Nosso Livro de Visitas (78): António Faneco, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72 (1972/74)

1. Mensagem de António Faneco, ex-1.º Cabo da 1.ª CART/BART 6521/72, com data de 2 de Janeiro de 2010:

Camarada Luís Graça,
Resposta ao Vosso poste de 9 de Março de 2008: Guiné 63/74 P2695 – Uma semana inolvidável na pátria de Cabral (29/2 a 7/3/2008) (11): Iemberém, uma luz ao fundo do túnel)*

Depois de ter lido algo cuja existência desconhecia, pensei enviar uma pequena história acerca de Jemberém

Finalmente chegou alguém que conhece o célebre monumento de Jemberém…

Sou António Faneco, ou o "Massamá", ex-1.º Cabo da 1.ª Companhia do Batalhão de Artilharia 6521/72, situado no Pelundo, com a 2.ª Companhia em Có e a 3.ª Companhia em Jolmete.

A minha Companhia saiu de Cadique no dia 20 de Abril de 1973 pelas 8 horas da manhã tendo chegado a Jemberém pelas 12 horas, sensivelmente, onde permanecemos até dia 9 de Setembro de 1973, altura em que regressámos ao Pelundo.

Poderei voltar a entrar em contacto para falar acerca da nossa passagem por terras da Guiné!

Junto envio uma foto do monumento que se encontra em Jemberém (este sim, é tal e qual como o deixámos), assim como o monumento em homenagem aos falecidos em combate… Paz à sua alma.

Hoje vejo algo por cima do monumento… não percebo de que símbolo se trata.

Sobre os pioneiros, não há dúvida alguma, fomos nós os primeiros a pisar Jemberém e a ficar ainda uns dias sós.

Foto 1> 1.º Grupo "Os Águias Negras"

Foto 2 > 2.º Grupo "Os Bravos do Cantanhez"

Foto 3 > 3.º Grupo "Os Leões de Jemberem"

Foto 4 > 4.º Grupo "Aguenta-te Sempre"

Foto 5 > António Faneco com o crachá d'Os Nómadas

Foto 6 > António Faneco em dia de repouso

Foto 7 > Numa saída para o mato. De cima para baixo, e da esquerda para a direita: Eu – Massamá, O Batalha, O Tareco e o Augusto.

Foto 8 > Monumento que se encontra em Jemberém (este sim, é tal e qual como o deixámos), assim como o monumento em homenagem aos falecidos em combate… Paz à sua alma… Hoje vejo algo por cima do monumento… não percebo de que símbolo se trata…

Para qualquer contacto: António Faneco – antoniofaneco@sapo.pt ou
patriciaaesantos@gmail.com, (minha filha) e
telemóvel: 917 620 722.

Um abraço e até à próxima!


2. Comentário de CV:

Caro Camarada Faneco, muito obrigado por vires até nós com os pormenores dos locais onde estiveram instaladas as Companhias do teu Batalhão, especialmente no que respeita à tua Companhia e à localidade de Jemberém. As tuas fotos são um documento importante da nossa passagem por aqueles lugares.

Em nome da Tertúlia, quero convidar-te a aderires à nossa Tabanca Grande, onde poderás continuar a falar de ti, do teu Batalhão e de uma forma geral, da Guiné.

Envia uma foto actual e mais uma história para fazermos a tua apresentação formal à Tertúlia.

Para já recebe um abraço dos camaradas deste Blogue.

CV
__________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2695: Uma semana inolvidável na pátria de Cabral (29/2 a 7/3/2008) (11): Iemberém, uma luz ao fundo do túnel

Vd. último poste da série de 19 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5498: O Nosso Livro de Visitas (77): Angola: Procura de camaradas BCAV 8322, 1973/75 (Narciso Goulão Paulo)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Guiné 63/74 - P5143: Os nossos médicos (7): Prof Doutor José Madeira da Silva, otorrino, em busca dos ex-camaradas de Bula e Pelundo, 1973/74


Guiné > Região do Cacheu > Chão Manjaco > Pelundo > "Aqui, neste quartel, vivi uma parte da guerra colonial na Guiné. No Pelundo, perto de Teixeira Pinto (hoje, Canchungo). Foto que me foi gentilmente enviada por João Lemos, ex-Alferes Miliciano que viveu depois, no mesmo quartel, a independência da Guiné-Bissau " (João Tunes, Alf Mil Trms, BCAÇ 2884, 1969/70)

Talvez o ex-Alf Mil Médico José Madeira da Silva se possa lembrar deste lugar, Pelundo, por onde passou e viveu algum tempo, presumivelmente em 1973.

Foto: © João Tunes (2004) (com a devida vénia. vd. Blogue Bota Acima > 30 de Abril de 2004)


1. Mensagem de 22/7/2009, enviada para o mail profissional do editor L.G.:

Caro camarada:

Fui Alferes Miliciano Médico e estive na Guiné em 1973 e 1974 (fechei a guerra em Outubro de 1974).

Quando voltei, nunca mais quis ouvir falar da Guiné mas o passar do tempo faz-me recordar com saudade alguns camaradas. Simplesmente, a minha atitude inicial de rejeição fez-me esquecer quase tudo e nem sequer me lembro ao certo dos batalhões onde estive colocado.

É precisamente aí que lhe peço ajuda, já que me parece um grande conhecedor. Como médico estive em dois batalhões, antes de ser aproveitado do Teatro de Operações para o Hospital Militar de Bissau (como anestesista), embora, mesmo já colocado em Bissau, tenha acompanhado algumas operações no terreno integrando uma equipa cirúrgica (Nova Lamego e outros lugares com nomes de que já não me lembro)...

Onde deixei realmente amigos foi nos Batalhões, em Bula (Cavalaria?) e no Pelundo ( BART ?). Seria possível enviar-me os números desses batalhões? Talvez assim conseguisse contactar alguém.

De algum modo somos colegas, porque sou docente da UNL.

Com os meus melhores cumprimentos,
José Madeira da Silva


2. Resposta de L.G.:

Meu caro Prof Doutor José Madeira da Silva, meu colega da UNL e meu camarada da Guiné:

Não tenho o grato de o conhecer pessoalmente. Presumo que o meu amigo seja o Prof Doutor José Francisco Higino Madeira da Silva, conhecido especialista em otorrinolaringologia, docente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, director do Serviço Universitário de Otorrinolaringologia, sito no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE, Hospital de Egas Moniz, Rua da Junqueira, 126, 1349-019 Lisboa- Portugal. Não tenho dúvidas.

Pelos elementos que apurei, o José Francisco Higino Madeira da Silva doutorou-se em Medicina pela FCM/UNL, em 31/3/1992, na especialidade de Cirurgia (Otorrinolaringologia). Título da Tese: Biomecânica coclear e otoemissões acústicas.

Eu próprio sou docente da Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa, doutorado em Saúde Pública. Começo por saudá-lo e, ao mesmo tempo, pedir-lhe desculpa pelo atraso da resposta ao seu pedido. Só agora dei conta desse mail esquecido na minha caixa de correio da ENSP/UNL, desde as férias de verão...

Espero, em todo o caso, que ainda possa ir a tempo de responder ao pedido que me faz, de modo a poder retomar os contactos, perdidos, com os camaradas e amigos que estiveram consigo em Bula e Pelundo, no período de 1973/74. (Ou possivelmente só em 1973, já que não me diz emq ue data precisa foi para o HM 241, em Bissau).

Eis os elementos que consegui apurar nas nossas fontes de informação, relativamente a possíveis unidades e subunidades que passaram por Bula e Pelundo, no período de 1973/74. Contarei também com a preciosa ajuda de muitos outros camaradas que me estão a ler,e que nos poderão dar preciosas na volta do correio...

Infelizmente, não temos na nossa tertúlia (ou Tabanca Grande) muitos camaradas que tenham estado nessas duas povoações, e menos ainda nos últimos dois anos de guerra (1973/74) .

Quem conheceu o Pelundo foi o ex-Alf Mil Trms João Tunes, membro da nossa Tabanca Grande, só que uns anos antes (1969/70)... Pertenceu ao BCAÇ 2884 (*), antes de ser transferido para Catió...

A foto do quartel de Pelundo (que deve de 19773 ou 1974), acima divulgada (por cortesia do João Tunes, nosso camarada), poderá ajudar a avivar-lhe a memória relativamente ao aspecto do respectivo aquartelamento.

Em contrapartida, gente de Bula são os nossos camaradas António Matos e Luís Faria (**), mas também de outra época (1970/72)...

As nossas pistas apontam para duas unidades: o EREC 8740/72 (Bula, 1973/74) e o BART 6521 (Pelundo, 1972/74).

Fico ao seu dispôr e mais: convido-o a integrar o nosso blogue. Teria muita honra em publicar algumas das suas histórias, como médico militar no TO da Guiné. Para o o efeito já criámos esta série Os Nossos Médicos (***)... Saudações bloguísticas. Luís Graça.

PS - Boa sorte na pesquisa de contactos de antigos camaradas e amigos da Guiné, não só os de Bula e Pelundo como os de Bissau e Nova Lamego.


A. Bula

Esquadrão de Reconhecimento (EREC) 8740/72:

(i) Mobilizado pelo RC 7 (Calçada da Ajuda, Lisboa)

(ii) Partiu para Guiné em 3/4/1973;

(iii) Regressou em 8/9/1974;

(iv) Esteve em Bula e Bissau;

(v) Comandante: Cap Cav Armindo José Pinto Machado;

(vi) Unidade de composição: 1ª, 2ª e 3ª Companhias do BCAÇ 4514/72:

1ª C/BCAÇ 4514/72:

Esteve em Nova Lamego, Cadique e Contuboel; Comandante: Cap Mil Inf José Custódio Sanches Antunes.

2ª C/BCAÇ 4514/72:

Estve em Farim, Cafine e Fajonquito. Comandante: Cap Mil Inf Ramiro Filipe Raposo Pedreiro Martins.

3ª C/BCAÇ 4514/72:

Esteve em Jumbembém, Guidage, Jemberém, Geba. Comandante: Cap Mil Inf Jorge Manuel Pedroso de Oliveira Martins; Cap Mil INf Tiago Frederico.

BCAÇ 4514/72:

(i) Mobilizado pelo RI 15;

(ii) Partiu em 3/4/1973;

(iii) Regressou em 8/9/1974;

(iv) Esteve em Nova Lamego, Cadique e Bafatá;

(v) Comandante: Ten Cor Inf António Manuel Dias de Sousa Teles.


B. Pelundo:
BART 6521/72:

(i) Mobilizado pelo RAL 5 (Penafiel);

(ii) Partiu em 22/9/1972;

(iii) Regressou em 27/8/1974;

(iv) Esteve no Pelundo;

(v) Comandante: Ten-Cor Art Luís Filipe de Albuquerque Campos Ferreira.


1ª C/BART 6521/72:
Foi mobilizada pelo RAL 5. Esteve no Pelundo, Cadique, Jemberém e Pelundo. Partiu em 23/9/1972 e regressou em 27/8/1974. Comandante: Cap Mil Cav Casimiro Gomes.

2ª C/BART 6521/72:

Esteve em Có. Comandante: Cap Mil Art Américo Licínio Romeiro da Rocha.

3ª C/BART 6521/72:

Esteve em Jolmete. Comandantes: Cap Mil Art Luís Carlos Queiroz da Silva Fonseca; Cap Mil Inf Edmundo Graça de Freitas Gonçalves.
___________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 27 Novembro 2005 > Guiné 63/74 - CCCXVI: BCAÇ 2884 (Pelundo, 1969/71), o primeiro batalhão do João Tunes

(**) Vd. postes de:

1 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3390 Tabanca Grande (95): António Garcia de Matos, ex-Alf Mil da CCAÇ 2790, Bula (1970/72)

31 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3388: Tabanca Grande (94): Luís Sampaio Faria, ex-Fur Mil da CCAÇ 2791, Bula e Teixeira Pinto (1970/72)

(***) Postes da série Os Nossos Médicos:

15 de Fevereiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3899: Os nossos médicos (1): Alf Mil Médico José Alberto Machado (Nova Lamego)

2 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4891: Os nossos médicos (2): Tierno Bagulho e Pio de Abreu (Canchungo, 1971/73) (Luís Graça / António Graça de Abreu)

6 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4910: Os Nossos Médicos (3): Os especialistas eram poucos, e não gostavam de ir para... o mato (Armandino Alves, CCAÇ 1589, 1966/68)

8 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4918: Os nossos médicos (4): Um grande amigo, o Dr. Fernando Enriques de Lemos (Mário Fitas, ex-Fur Mil, CCAÇ 763, Cufar, 1965/66)

8 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4920: Os nossos médicos (5): Um grande homem, militar, clínico e matosinhense que me marcou, o Dr. Azevedo Franco (José Teixeira)

8 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4923: Os nossos médicos (6): Homenagem ao Alf Mil Med Barata (Binta) e ao HM 241 (Bissau) (JERO, ex-Fur Mil Enf, CCAÇ 675, 1964/66)