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quinta-feira, 7 de março de 2024

Guiné 61/74 - P25245: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Inf Bettencourt Rodrigues, Governador-geral e Com-chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte IX: O adeus a Aldeia Formosa, onde também tinha um sobrinho, madeirense [Fernando Costa (1951-2018), ex-fur mil trms, e músico, CCS/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, março de 1973/ setembro de 1974)]


Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > s/d [ 23 de abril de  1974, segundo o António Murta] > BCAC 4513 > A última visita do Com-Chefe e Governador Geral Bettencourt Rodrigues (de costas, de camuflado, à direita, recebendo honras militares)


Guiné > Região de Quínara > Região de Tomabali >  Porta de armas do aquartelamento ao tempo do  Comando, CCS e 1ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (março de 1973/ setembro de 74)... As outras suas unidades orgânicas estiveram em Buba (a 1ª CCAÇ) e em Nhala (2ª CCAÇ)...

Fotos (e legendagem): © Fernando Costa (2009).Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do Fernando Costa (1951-2018), ex-fur mil trms, CCS/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Março de 1973/Setembro de 1974) (*), membro da nossa Tabanca Grabde desde 25/10/2009 (*):

Caros amigos,

Volto ao vosso contacto para enviar uma foto onde aparece o Cmdt das Forças Armadas da Guiné, General Bettencourt Rodrigues, naquela que foi a última visita a Aldeia Formosa. 

Os militares que estão a fazer a guarda de honra, são do BCaç 4513. Esta foto, se assim o entenderem, pode ser incluída com as que se encontram no poste P5160 (*).

Um forte abraço, ex-furriel mil Fernando Costa


2. Comentário do editor LG:

Lembro-me de ter falado com o Fernando Costa na noite de 1/11/2009 (**). Foi ele que me ligou. Portanto, já fez 14 anos... E há cinco ou seis anos que ele morreu!...

Já que aqui escrevi que tivemos  então uma longa conversa ao telefone. Ele era (foi a impressão com que fiquei)  um homem das Arábias, e acabava de ingressar na Tabanca Grande

Para além de chefe das transmissões em Aldeia Formosa (na ausência do alferes da CCS que ficara no em Bissau, a tomar conta das antenas das telecomunicações...), foi um homem dos sete ofícios... E sobretudo foi músico, chegou a acompanhar a Cilinha, que tinha a mania que sabia cantar o fado, nas visitas aos quartéis do sul... 

Ainda apanhou o gen Spínola, duas vezes, de visita a Aldeia Formosa.  Numa delas o Com-Chefe terá vimdo expressamente para dar uma porrada num 1.º cabo de uma das companhias do Batalhão... Com o pessoal formado e alinhado na parada, rapou de um papel e chamou o cabo. Quando este compareceu perante o velho general, arrancou-lhe as divisas e deu-lhe dois pares de estalos...

O seu sucessor, o gen Bettencourt Rodrigues, terá ido lá, uma única vez (não nos finais  de 1973 ou princípios de 1974, mas sim em 23 de abril, segundo o António Murta)... Tinha lá um sobrinho, madeirense. (***)
 ____________

Notas do editor:


(**) 2 de novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5193: Memória dos lugares (50): Aldeia Formosa, BCAÇ 4513: A última visita do Gen Bettencourt Rodrigues (Fernando Costa)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25192: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Inf Bettencourt Rodrigues, Governador-geral e Com-chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte V: E se o aeroporto de Bissalanca e a cidade de Bissau fossem alvo de um ataque aéreo ? Em 23 de fevereiro de 1974 foi considerado inoperacional o material de deteção de alvos e de tiro...

Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > BCAÇ 3852 (1971/73 > Antiaérea do tempo da II Guerra Mundial... "Simulando o ataque a um avião inimigo. Cada tiro, cada melro... pois aviões cá tem... A tropa não deixa de me surpreender: antiaéreas em Aldeia Formosa? Os "nossos amigos", ou IN, tinham mísseis terra-ar Strela (em março de 1973)", diz o Joaquim Costa...(*)

Que arma seria esta? E de que calibre? Parece ser uma peça AA 9,4 cm... A CCAV 8351 esteve em Aldeia Formosa entre meados de novembro de 1972 e princípios de abril de 1973... Nesta altura o pelotão AA que aqui estava, devia pertencer à Btr AAA 7040/72 (Out 72 / ago 74). Sabe-se  que o Btr AAA 7040/72 substituiu a Btr AAA3381, a partir de 1Jan73, no comando e controlo dos Pelotões da Nova Lamego, Aldeia Formosa e Nhacra. 

A bataria seguinte, a Btr AAA 7041/72, em 23Fev74, em virtude da inoperacionalidade do material de deteção de alvos e de tiro, foi desativada. A dois neses do 25 de Abril, o material 9,4 cm foi considerado inoperacional, tornando-se  necessário a criação de um Grupo de Artilharia Antiaérea da Guiné (GAAA)  (que já não chegou a sair do papel)...

Foto (e legenda): © Joaquim Costa (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Base naval do Alfeite da Marinha , 
30 de abril de 1974

Foto (e legenda): © Fernando Vaz Antunes (2014). Todos os direitos reservados. 
[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Em todas as épocas, em todas as guerras, em todos os regimes, todos os chefes têm a sua 23ª hora... Muitos de nós, antigos combatentes, já não estávamos lá no CTIG, quando o gen Spínola bateu com a porta a Marcello Caetano e foi substituído pelo gen Bettencourt Rodrigues. Este foi o último Governador-geral e Comandante-chefe do CTIG: a sua história efémera passa-se entre 29 de setembro de 1973 e 26 de abril de 1974. (**)

Quem já não estava lá, tem direito a saber (é esse o papel do nosso blogue) como foi a 23ª hora deste militar com carreira brilhante que acabou por fechar um capítulo da história de Portugal com 500 anos. 

Ele quexou-se em 1997, em depoimento sobre a descolonização da Guiné (no âmbito dos Estudos Gerais da Arrábida), que não teve tempo para fazer o que se propunha (que era a retração do dispositivo militar, de 225 guarnições para 80 e tal) porque entretanto foi preso e destituído em 26 de abril de 1974.

Naquele que consideramos o seu "testamento político-militar" (o seu depoimento para o livro, escrito por ele e mais 3 generais, J. da Luz Cunha, Kaúlza de Arriaga e Slvino Silvério Marques, "Africa: a vitória traída", Braga, Intervenção, 1977, pp. 103-143), não há estranhamente a mais pequena referência à defesa antiaérea da cidade e do aeroporto de Bissau bem como  das localidades mais importantes, vulneráves a um eventual ataque aéreo inimigo.

Sabe-se hoje que a continuação da guerra  não  estaria em causa, a não ser em  caso de entrar  em cena a aviação inimiga (que o PAIGC ainda não tinha, mas que  também podia ser a de algum dos países amigos do PAIGC, como a Guiné-Conacri onde o PAIGC tinha a sua confortável retaguarda, pese embora o regime de Séku Touré ser então uma ditadura brutal e sanguinária).

Esta questão, o palno de defesa aniaérea da Guiné, também não tem sido abordada no nosso blogue. O único "catedrático" em AAA é o nosso amigo To Zé, cor art ref António José Pereira da Costa, que, enquanto capitão, foi o primeiro a comandar a Btr AAA 3434, "As Avezinhas" (Bissau, 1971/73).
  

Excertos de CECA (2015):

• Decisão de 25Fev74 - Reorganização da AAA no TO da Guiné - proposta apresentada pelo Delegado da DEFNACIEME, Ten-Cor Art Luis M.D.A. Corte Real

"1. A DEFNAC/EME [Defa Nacional / Estado Maior do Exército] através do seu delegado, Ten Cor Corte Real, atendendo a que o material de Art de 9,4 cm não oferece condições de operacionalidade,  propõe que se deixe de utilizar, no TO daGuiné, o material de 9,4 cm em missões de AA, para o que:

- se adaptaria a BtrAAA 7043/73 (9,4 cm) a ligeira (4 cm).

- não seria rendida, no final da sua comissão (21 meses em Julho) a BtrAAA 7041/72 (9,4 cm).

 2. Após discussão do problema em reunião de Comandos, em250900Fev74, decido:

a. Concordar com a transformação da BtrAAA (9,4 cm) 7043/73 em BtrAAA (4 cm) com os problemas inerentes à sua adaptação (aumento de efectivos e instrução).

b. Aceitar a não rendição da BtrAAA (9,4 cm) 7041/72, aproveitando a disponibilidade daí resultantes para a reorganização,que se considera indispensável, da estrutura antiaérea do TO..

Assim, considera-se necessário a criação de um Grupo de Artilharia Antiaérea, com possibilidades de exercer o Comando táctico de toda a AAA do TO e acionar o funcionamento do Serviço de Informações e do Centro de Operações da AAA, e ainda, garantir:

- as transmissões entre os órgãos da AAA e as armas;

- a administração do pessoal das Batarias AA;

- a manutenção do material;

- a instrução do pessoal a formar no TO. [... ]"

Fonte: CECA (2015), pp. 464/465

Anexo n" 3 - Subunidades de Artilharia Antiaérea" (CECA, 2015):

[ Extracto da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África, 7° Volume Tomo II - "Fichas dasnidades Guiné",  da CECA, EME. Sobre este assunto consulte-se o artigo "A Artilharia Antiaérea noUltramar" do Coronel de Artilharia António José Pereira da Costa - Boletim da Artilharia Antiaérean" 3 - II Série, Outubro 2003 - Edição Especial do RAAA nº 1.]

(...) -  Quando do início da luta armada com o PAIGC, em Janeiro de 1963, já se encontrava, há um ano, instalado no aeroporto de Bissalanca (Bissau), o Pelotão de Artilharia Antiaérea n° 43, dotado de radar com peças AA 4cm "Bofors M-42/60" e metr AA quádruplas 12,7mm, para garantir a defesa AA a baixas altitudes. 

No início de 1964 foi rendido pelo Pel AAA 943; em Janeiro de 1966 este foi substituído pelo Pel AAA 1066; em princípios de 1968 nova rendição pelo Pel AAA 1257; em meados de 1969, chegou o Pel AAA 2141 e em 1970 o Pel AAA 3001.

Este último foi destacado para Nova Lamego (Sector L3). Todos estes pelotões tiveram missões semelhantes e o mesmo material AA.

- Para cumprimento do despacho do MDN de 11Ago 70 o dispositivo antiaéreo no TO da Guiné foi reforçado com Batarias de Artilharia Antiaéreas.

Em 19 Fev 71, foram aumentadas ao efectivo, a Btr AAA3381 (lª fase) e a Btr AAA 3382. A 2ª  fase da primeira Btr apresentou-se em 31 Maio 71.

A Btr AAA 3381 integrou os dois últimos Pelotões independentes acima referidos e um outro Pelotão que chegou na 2ª fase. Foi dotada com peças 10,4cm, metr AA quádruplas 12,7mm e radar nº 4 MarkVI; as guarnições tiveram pessoal de recrutamento da Província.

Após a realização da IAO foi colocada em Bissau no aquartelamento do GA7, exercendo o comando e controlo dos Pelotões que foram destacados para Bissalanca, Nova Lamego, Aldeia Formosa, a partir de 25 Jul71 e Nhacra, a partir de 01 Nov 71.

- A Btr AAA 3382, após a realização da IAO, em 13 Mai 71 foi colocada no aqt do GA7. Foi a primeira a ser dotada com peças AA 9,4cm e dispunha de radares (táctico) MK VI e (de tiro) MK VII (que através de um preditor dava pontaria direta às 4 peças), para defesa a média altitude do aeroporto, parte da cidade de Bissau,  Cumeré e paióis do CTIG.

Iniciou o estudo das posições das peças: radares e preditores de AA. Em Jan71, começou a construção das posições e do aqt na região  de  Bor (Bissau), com vista ao cumprimento da missão, tendo a orgamzação operacional ficado completa em Set72. 

Em meados de Maio, desse ano, passou a ocupar as instalações de Bor, cumulativamente ficou com a responsabilidade daquela região na dependência do COMBIS.

- A Btr AAA 3434 desembarcou na Guiné em 31Mai71; efectuou a IAO e a 04Jul71 ficou instalada no aqt do GA7. 

A partir de 20Jul desse ano,passou a realizar os trabalhos de construção de espaldões para peças de radares da área do aeroporto de Bissalanca. Foi dotada com peças AA 4cm e metr AA quádruplas 12,7 mm. Colaborou em coordenação com a BA12, na defesa terrestre das instalações daquela área.

- A 1ª  fase da Btr AAA 7040/72 desembarcou em 200ut72 e a 2ª fase em 2Jan73. Após a IAO da la fase, no GA7, em 23Nov72, deslocou um Pelotão para Nova Lamego para realizar a sobreposição com idêntico efectivo da Btr AAA 3381 até 18Dez72: de seguida assumiu a responsabilidade de defesa AA a baixa altitudes da pista de aviação e destacamento aéreo. 

Substituiu a Btr AAA3381, a partir de 1Jan73 , no comando e controlo dos Pelotões da Nova Lamego, Aldeia Formosa e Nhacra. 

Para estas duas últimas localidades, marcharam em 4Fev73, 2 Pelotões da 2ª fase que renderam idênticos efectivos da Btr AAA 3381; colaboraram ainda na defesa terrestre das referidas localidades.

- A Btr AAA 7041/72 desembarcou em 160ut72; realizou em Bor a IAO e em 1Dez72, substituindo a Btr AAA 3382, assumiu a responsabilidade da defesa AA a médias altitudes da BA12, aeroporto, Cumeré e parte da cidade de Bissau. Foi dotada com peças AA 9,4cm. Assumiu também a responsabilidade do subsector de Bor na dependência do COMBIS. 

Em 23Fev74, em virtude da inoperacionalidade do material de deteção de alvos e de tiro, a Bataria foi desativada.

- A Btr AAA 7042/72 desembarcou em 2Jan73. Após IAO, no GA7, assumiu em 26Fev73, substituindo a Btr AAA 3434, a responsabilidade de defesa AA, a baixas altitudes, do aeroporto e da BA12, tendo-se instalado em Bissalanca; colaborou em coordenação com BA12, na defesa terrestre das instalações.

- A Btr AAA 7043/73, desembarcou em 17Nov73; foi colocada em Bor a fim de realizar a IAO e a seguir reforçar a Btr AAA 7041/72 com vista à implementação do sistema integrado de defesa AA a médias altitudes do aeroporto e da cidade de Bissau cujo estudo estava sendo efectuado.

Foi dotada com peças AA 9,4cm. Colaborou na segurança e proteção das instalações e populações do subsector de Bor, sob controlo operacional do COMBIS. 

Em 23Fev74, devido a inoperacionalidade do material, passou a realizar a adaptação ao material AA 4cm.

- Depois de feito os estudos para a sua organização foi criado por depacho do CCFAG, o Grupo de Artilharia Antiaérea da Guiné (GAAA).

Destinava-se a comandar, coordenar e controlar a actividade das Subunidades, na altura: Btr AAA 7040/72, 7041/72 e 7043/73. 

Apesar de oficialmente criado em 1Mai74 não chegou a ter existência e organização efectivas, sendo extinto em 7Set74.

Fonte: Excertos de: Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 6º volume: aspectos da actividade operaciona. Tomo II: Guiné, Livro III, Lisboa: 2015, pp.   464/465 e 491/492.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25082: Em busca de... (323): Susana Coelho procura camaradas de seu pai, falecido em 2007, Afonso Henriques Maia Coelho, 1.º Cabo(?) Radiomontador da CCS / BCAÇ 513 (Buba, Cacine, Aldeia Formosa, Gadamael, Sangonhá e Guileje, 1963/65)

Buba - Janeiro de 1964 - 1.º Cabo(?) Radiomontador Afonso Henriques Maia Coelho da CCS / BCAÇ 513


1. Mensagem de Susana Coelho, filha do nosso camarada Afonso Henriques Maia Coelho, ex-1.º Cabo(?) Radiomontador da CCS/BCAÇ 513, com data de 16 de Janeiro de 2024:

Bom dia Sr. Luís Graça
Sou a Susana e o meu pai esteve na Guiné de 1963 a 1965 no Batalhão 513.
O meu pai faleceu em Janeiro de 2007.
Ontem estive a reler umas memórias que ele escreveu onde fala na guerra colonial e na Guiné e depois comecei a pesquisar e encontrei o seu blog e um livro que eu desconhecia "História do Batalhão 513".
Por acaso conhece alguém deste Batalhão e que se recorde do meu pai Afonso Henriques Maia Coelho da Figueira da Foz?
Muito obrigada e parabéns pelo vosso blog.

Com os melhores cumprimentos
Susana Coelho


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2. No mesmo dia foi enviada mensagem resposta à nossa nova amiga Susana

Cara Susana, muito boa tarde
Incumbiu-me o editor Luís Graça de a contactar no sentido de a podermos ajudar.
Se possível diga-nos qual era o Posto e a especialidade do pai. Envie-nos também uma ou duas fotos dele, fardado, do tempo da Guiné, para que possa ser mais rapidamente reconhecido.
Como o Batalhão 513 foi para a Guiné só com a Companhia de Comando e Serviços (CCS), isto é, sem Companhias operacionais, ele pertenceria à CCS. Confirme se souber.
Informo já que será muito difícil encontrar alguém do tempo do pai uma vez que a idade não perdoa e a lei da vida, ou da morte, vai fazendo a sua selecção, mas tudo aquilo que me puder arranjar será útil.
Depois de termos em posse os elementos que lhe pedimos, faremos uma publicação no Blogue, da qual será informada em devido tempo.
Muito obrigado pelo seu contacto e pela curiosidade saudável de saber do passado militar do senhor seu pai.

Creia-nos ao seu dispor
Carlos Vinhal
Co-editor


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3. Nova mensagem da Susana ainda no mesmo dia:

Boa tarde Sr. Carlos Vinhal
Sim. O meu pai pertencia à CCS.
Aqui na minha casa não tenho fotografias do meu pai da Guiné.
Só encontrei uma e vou enviar.
O meu pai trabalhava nas comunicações e era rádio montador mas também combatia e contou-nos muito do que passou em Buba, Cacine, Gadamael Cacoca, Sangonhã e Guileje.
Foi para lá em Setembro de 1963 e voltou no navio Niassa dia 5 de Agosto de 1965.
Envio uma fotografia na Guiné em Buba, Janeiro de 1964.
Outra comigo em 1971 e a ultima em 2003.
Por acaso sabe de mais sítios onde possa ler sobre o BC 513 e ver fotografias?
Muito obrigada!

Cumprimentos
Susana Coelho


1971 - s/l - Afonso Henriques com a filha Suana ao colo
Afonso Henriques em 2003. Viria a falecer em Janeiro de 2007

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4. Mensagem da Susana Coelho em resposta a uma do coeditor, no mesmo dia:

Muito obrigado Carlos Vinhal!
Sim. Vou comprar esse livro.
Estou muito curiosa para o ler.
Já li tudo o que o Dr. Mário Beja Santos escreveu no blog sobre o 513.
Posso perguntar o que significa o A e o Ç de BCAÇ?
Vou continuar a acompanhar o vosso blog.
Tenho muitas saudades do meu pai.
Faz-me tanta fata.
Mas é assim a vida e a morte.
Obrigada mais uma vez!

Cumprimentos
Susana


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Síntese da Actividade Operacional do BCCAÇ 513 - Reprodução das págs. 53 e 54 do 7.º Volume - Fichas das Unidades - Tomo II - Guiné, da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974; edição do Estado-Maior do Exército (CECA)

Capa do livro "BC 513 História do Batalhão", por Artur Lagoela, execução gráfica no Jornal de Matosinhos, ano 2000.
Este livro pode ser adquirido consultando este sítio da internet: https://leituria.com/pt/os-livros/historia/historia-do-batalhao-513


5. Comentário do coeditor CV:

Resta-nos esperar que entre os nossos leitores esteja pelo menos um camarada que tenha pertencido ao BCAÇ 513 e se lembre do seu companheiro Afonso Henriques, infelizmente já falecido, ou apareça alguém que conheça um combatente deste Batalhão para contactar a Susana Coelho, sua filha. Podem-nos escrever através do Formulário do Contacto do Blogger, por exemplo, que nós estabeleceremos a ligação.

Para a nossa amiga Susana Coelho as nossas felicitações pela sua iniciativa. A partir de hoje passa a ser como uma filha para cada um de nós, porque o nosso lema é: filha(o) de um nosso camarada nossa(o) filha(o) é.
Continuamos por aqui ao seu dispor

CV - Coeditor

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Nota do editor

Último poste da série de 2 DE DEZEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24907: Em busca de... (322): Combatentes do CTIG que tivessem conhecido o então Tenente-Coronel Acácio Dias da Silva, Oficial do Serviço de Administração Militar, que cumpriu comissão(ões) de serviço entre 1964 e 1968

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24774: As nossas geografias emocionais (8): Aldeia Formosa, ao tempo da 3ª C/BCAÇ 4513/72 (1973/74) (José da Mota Vieira, ex-fur mil at inf)


Foto nº 1 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > Vista aérea de Aldeia Formosa, no 1º plano; a  seguir, o quartel do comando, CCS e 3ª C/ BCAÇ 4513/72; e ao fundo a pista de aviação.  
 

Foto nº 2 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1974 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) > Aterragem do avião militar, o Nord Atlas, na pista de Aldeia Formosa. 


Foto nº 3 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1974 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) >   O Nord Atlas na pista de Aldeia Formosa. 


Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) >  Capela da povoação 


Foto nº 5 > Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) > O fur mil at inf, José da Mota Veiga, da 3ª Companhia, sentado num bidão da Sacor, na horta e pocilga do batalhão.


Foto nº 6 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973  > BCAÇ 4513/72 (1973/74) > Os fur mil Vicente e Mota Vieira
    

Foto nº 7 > Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) >
O fur mil José da Mota Vieira, "na companhia do Mamadú Djaló, um grande amigo: o que  será feito dele?"

Fotos (e legendas): © José da Mota Vieira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Originalmente estas imagens estavam alojadas no portal Prof2000, que foi decontinuado: tinha uma excelente galeria de fotos, enviadas por antigos combatentes da região de Aveiro ; era "um projecto com serviços de suporte à formação de professores a distância e de apoio às TIC nas escolas", tendo como público-alvo "Escolas, Centros de Formação, Centros Novas Oportunidades, professores, projectos de escola e comunidade educativa em geral". A página estava alojada no Agrupamento de Escolas José Estêvao (AEJE) > Aveiro e Cultura > Arquivo Digital.(*)

Ficámos a saber que uma decisão tomada em Lisboa, na Av 5 de Outubro (?), teve um efeito sísmica neste portal, como nos conta o coordenador do projeto (email: henriquejcoliveira@gmail.com ).

"Os responsáveis pela manutenção dos servidores do Ministério da Educação e Cultura, ao fim de 18 anos de compilação de documentos, eliminaram todo o espólio cultural do projecto comunitário AVEIRO E CULTURA. Todas as hiperligações tiveram de ser refeitas para o novo alojamento, pelo que, eventualmente, algumas poderão não funcionar. Por isso, agradecemos a informação, para podermos corrigir o erro. Obrigado."

O O ARQUIVO DIGITAL tem "como objectivo a constituição de uma base colectiva de imagens, de livre utilização, abrangendo todas as áreas temáticas. As imagens podem ser obtidas de diferentes suportes: fotografias antigas, postais, diapositivos, etc.".


2. Informação adicional: 

Ver o blogue do BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Buba e Nhala, 1973/74). Contactos: E-mail: batcac4513@gmail.com | Editores (ex-fur mil, 3ª companhia): Adalberto Costa Silva (telem: 965 816 315) | Jaime Joaquim dos Santos Ramos (telem: 917 221 437).

O BCAÇ 4513/72  tem igualmente uma página no Facebook, mais dinâmica. Julgo que seja mantida pelo Jaime Ramos (que vive em Avintes, Vila Nova de Gaia). Não há nenhuma referência ao nosso blogue (Luís Graça & Camaradas da Guiné) nem à nossa página do Facebook (Tabanca Grande Luís Graça).

Mas já temos vários camaradas do BCAÇ 4513 como membros da Tabanca Grande. Fica aqui mais um poste da série "As nossas geografias emocionais" (**). Fica também aqui o convite ao José da Mota Vieira para integrar a integrar a Tabanca Grande, formalizando o sua resposta através de um dos emails dos editores, por exemplo; luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24771: Ataques ou flagelações com foguetões 122 mm: testemunhos (5): Quem mente, o Paulo Santiago ou a "Maria Turra" ? Ainda a flagelação a Aldeia Formosa, no fim de semana de carnaval de 1971


Página 1 de um documento de 2 pp, do PAIGC, "Acções do PAIGC: Artilharia"

Fonte: Portal Casa Coum |  Instituição: Fundação Mário Soares | Pasta: 07198.168.083 | Título: Acções militares do PAIGC - Fevereiro de 1971 | Assunto: Acções militares do PAIGC - Fevereiro de 1971. Artilharia. Emboscadas, minas, assaltos. | Data: Fevereiro de 1971 ! Observações: Doc. incluído no dossier intitulado Militar / Comunicados de Guerra 1971. Fundo: DAC - Documentos Amílcar Cabral  

Citação:
(1971), "Acções militares do PAIGC - Fevereiro de 1971", Fundação Mário Soares / DAC - Documentos Amílcar Cabral, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_40307 (2023-10-19) 

Edição e reprodução neste blogue. com a devida vénia...


1. Nem sempre a "Maria Turra" (Amélia Araújo,  angolana, que hoje, ainda a ser viva, será "uma simpática velhinha", a viver em Cabo Verde,  com os seus quase 90 anos) dizia "mentiras" ou "só mentiuras"... 

Seguramente que este comunicado do PAIGC (vd. documento acima) passou pelos microfones da Rádio Libertação (um potente emissor oferecido pelos suecos), que emitia a partir de Conacri... E deve ter sido lido e relido por ela...

Em todas as guerras as "Marias Turras", de um lado e do outro,  contam contos e acrescentam-lhe uns pontos...  A propaganda faz parte da guerra, de um lado e do outro. Senore fez e é com mais mais importante... 

Neste caso, o PAIGC diz que atacou ou flagelou com o sistema "Grad" (foguetões 122 mm), em fevereiro de 1971, seis localidades e/ou aquartelamentos, incluindo Quebo (ou Aldeia Formosa), no dia 20...

Há uma pequena discrepância na data, na versão do Paulo de Santiago (*), quando confrontada com a da "Maria Turra": 20 ou 22 de fevereiro de 1971? A terça feira de carnaval desse ano foi a 23 de feveriro, portanto a segunda foi a 22, domingo 21, sábado 20... 

Na versão da "Maria Turra", Quebo / Aldeia Formosa foi atacada com o "Grad" a 20 (sábado) e a 22 (segunda feira) com "artilharia" (canhão s/r, morteiro...).

Dia  6, Gadamael: "Grandes destruições; ao fugir do quartel, o inimigo caiu numa emboscada e teve muitas baixas" (sic);

Dia 7, Encheia;

Dia 12, Catió;

Dia 20, Quebo: "todos os obuses atingiram o objectivo" (sic);

Dia 21, Susana; "o inimigo ao fugir do quartel, caiu numa emboscada, sogrendo muitas baixas" (sic);

Dia 25, Cabuca. 

Na altura ainda estava em Aldeia Formosa, sede do Sector S2, BCAÇ 2892, rendido em 26 de agosto de 1971, pelo BCAÇ 3852

A CECA (2015) (**) não faz especial referência a esta flagelação a Aldeia Formosa, com o "Grad" (a 20) e com  "artilharia" (a 22/2/1971)... (Refere, sim, 4 flagelações com foguetões 122 mm em agosto de 1971, certamente de boas vindas aos "periquitos" do BCAÇ 3852 e de despedida ao "velhinhos" do BCAÇ 2892)...

De qualquer modo, o Paulo Santiago estava lá, a 12 km de distância, nesse fim de semana de carnaval de 1971, e viu os "Katyusha" a passar sob o céu do rio Corubal, e a "Maria Turra", essa, estava em Conacri, a mais de 400 km... 
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(**) Vd. Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 6º volume: aspectos da actividade operacionaç Tomo II: Guiné, Livro III, Lisboa: 2015.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24770: Ataques ou flagelações com foguetões 122 mm: testemunhos (4): Paulo Santiago, cmdt Pel Caç Nat 53 e formador de milícias (Saltinho e Bambadinca, 1970/72): na 2º feira de carnaval de 1971, contei 3 dezenas de foguetes, lançados em grupos de quatro; o alvo (falhado) era Aldeia Formosa

1. Comentário do Paulo Santiago ao poste P24743 (*), contributo para a nova série " Ataques ou flagelações com foguetões 122 mm: testemunhos" (**):

Na segunda-feira de Carnaval de 1971 (***), houve um baile na Escola situada junto do quartel do Saltinho. Naquela data, andava agarrado a uma espécie de bengala, a coxa direita com uma dúzia de pontos devido a um acidente com morteiro 60, de que julgo ter falado há anos atrás.

Fiquei pelo bar do quartel.

Não sei precisar a hora, ouvi umas "saídas" e agarrado à "bengala" saí do bar, acontecem mais saídas e vejo uns rastos de foguetes,  seguidos de rebentamentos. Aldeia Formosa a ser flagelada,  pensei. Mais rastos de foguetes, saíam em grupos de quatro, e contei mais de três dezenas.

Havia comunicações directas com Aldeia Formosa, através de AVP 1, ou AN-PRC 10, o que me levou a ir ao abrigo das Transmissões para saber se o ataque era para aquela sede de batalhão. Acontece que de lá estavam a inquirir se era o Saltinho a ser flagelado.

Passados poucos dias veio info a dizer que tinha sido utilizada, pela primeira vez, a arma Katyusha, também conhecida por "orgãos de Estaline" utilizada na II Grande Guerra.

Verificou-se uma completa ineficácia da arma.Na Guiné não havia concentração de tanques, nem grandes aglomerados populacionais junto das fronteiras.

P. Santiago

12 de outubro de 2023 às 02:00


[ Foto acima, â esquerda : Legenda: Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Saltinho > Sinchã Sambel > Fevereiro de 2005 > A viagem de todas as emoções, o regresso de Paulo Santiago à Guiné, em Fevereiro de 2005. o Paulo Santiago  foi amdt do Pel Caç Nat 53, Saltinho, 1970/72, e instrutor de mílícias em Bambadinca; é engenheiro técnico agrícola reformado; natural de Águeda, é um histórico da Tabanca Grande]

(Seleção / revisão e fixação de tecto /negritos: LG)
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2. Comentário do editor LG:

Paulo, sabemos que os primeiros foguetes ou foguetões 122 mm foram lançados em outubro de 1969 c0ntra Bedanda e depois Bolama...

Sem querer entrar em polémica (o nosso blogue náo serve para isso, mas para partilhar informação, conhecimentos, experièncias, emoções dos antigoscombatentes do TO da Guiné...) temos de confirmar a posse, ou não, por parte do PAIGC, de sistemas de lançamento múltiplo destes foguetes autopropulsionados ("Katyusha", na gíria soviética, para o foguete; BM-13 ou 21 para o sistema de lançamento, assente sob o capô de uma viatura pesada).

Que o PAIGC já tinha, antes de 1971, o sistema Grad (ou "jacto do povo"), isso está documemtado. Os foguetes que no carnaval de 1971 tu viste sob os séus do rio Corubal em grupos de 4 (e contaste mais de 30), só podiam ser lançados de uma rampa sobre o capô de viatura tipo BM-13 (m/1941, estreada na II Guerra Mundial) ou modelo posterior.

Pergunto: será que esta flagelação, contra Aldeia Formosa, foi feita nas proximidades da fronteira, a partir do território da Guiné-Conacri ? (Aldeia Formosa e Saltinho distavam 3 km entre si, e outros tantos em relacão à fronteira, em linha reta).
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Notas do editor:


(**) Em princípio, 22 de fevereiro de 1971... Há outra versão deste "história":


(…) Em 21 de Janeiro de 1971 , aí pelas 21.00 horas, entra um militar da CCAÇ 2701 pelo bar de Sargentos e Oficiais e informa, meio esbaforidamente, que um dos sentinelas está a avistar uma pequena luz numa curva do Corubal, situada aí a uns 500 metros na margem oposta à do quartel.

 (…) Chegou-se à conclusão que as granadas estavam a cair em zona entre Saltinho e Quebo (Aldeia Formosa)  e a arma era desconhecida. Passados alguns dias veio informação do Com-Chefe: naquele ataque falhado a Aldeia Formosa, o IN tinha utilizado pela primeira vez foguetes Katyusha, também conhecidos por Órgãos de Estaline (…)

sábado, 7 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24733: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (10): A proteção aos trabalhos de construção da nova estrada Buba - Nhala - Aldeia Formosa

 
Foto nº 43


Foto nº 46


Foto nº 47


Foto nº 48


Foto nº 49


Foto nº 45


Foto nº 44

Guiné > Região de Quínara> Buba > 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Bula, 1973/74) > Proteção aos trabalhos de construção da nova estrada Buba - Aldeia Formosa (via Nhala).

Fotos (e legendas): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



António Alves da Cruz, foto atual:
lisboeta de Belém, vive em Almada (onde trabalhou na Lisnave)



1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do álbum do António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 45113/72, Buba, 1973/74), que tem 17 referências n0 nosso blogue. O descritor Buba tem 380 referências.

São imagens, que falam por si,  do "suplício de Sísifo" que era a proteção quotidiana dos trabalhos de construção da estrada Bula - Nhala - Aldeia Formosa (presumimos que a empresa adjucatária fosse a TECNIL, responsável por outros troços como Xime-Bambadinca ou Piche-Buruntuma).

Legendagem:

F43 > Regresso a Buba

F44 > Por vezes no final da coluna eram enviadas duas viaturas para dar uma merecida boleia de regresso a Buba.

F45  > Proteção à Engenharia ( com o meu amigo Dinis ) na construção da estrada Buba - Aldeia Formosa.

F46, 47, 48 e 49 >  Máquinas da Engenharia na construção da estrada.
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sábado, 30 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24713: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (9): Ainda a proteção à coluna Buba-Aldeia Formosa


Guiné-Bissau > A estrada Buba - Nhala - Mampatá - Quebo (antiga Aldeia Formosa). 

Infografia: António Alves da Cruz (2023) (a partir do Google Maps, com a devida vénia)



Guiné > Guiné > Região de Quínara > Buba > 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Bula, 1973/74) > Proteção a um coluna Buba - Aldeia Formosa. Troço entre Buba e Nhala. Foto nº 40: o "bagabaga" do furriel mil Cruz e do operador de transmissões

Foto (e legenda): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 45113/72, Buba, 1973/74), na sequència do poste P24711 (*):


Data - sexta, 29/09, 18:05
Assunto - Coluna Buba- Aldeia Formosa

Amigo Luís, boa tarde

Sobre a proteção à coluna,  era feita da seguinte maneira;  saía um grupo de combate de Buba e outro de Nhala,  faziam a picagem da estrada para a deteção de minas até se encontrarem a meio. Depois do encontro,  os grupos recuavam e instalavam-se em pontos pré definidos para,  se necessário,  pedir apoio de artilharia. 

Para apoio de artilharia o comandante do grupo tinha um mapa da zona com os pontos de artilharia marcados para orientar o fogo pedido. Os pontos de impacto estavam marcados na carta por K (Por exemplo;  K14,   K23,  K30) e assim se orientava o fogo do mato.

As fotos que enviei são todas na estrada velha (*).  A nova estava a ser construída um pouco ao lado,  era uma autèntica reta (de Buba a Nhala) (vd. imfografia, acima). Podes comparar pelas fotos.  No meu tempo Buba era uma vila pequena, todo esse casario que se vê,  no meu tempo era mato.

Foto 42: junto ao bagabaga,  além da minha arma está também a do operador de transmissões.

Mas quero falar sobre essa tela vermelha que sempre nos acompanhava para sinalização da FAP em caso de apoio aéreo (nesta altura já era complicado,  por causa dos nossos "amigos" Strela ),

Revendo aquela tela,  recordo a IAO  tirada em Bolama. Pouco tempo depois de começar um belo dia apareceu o alferes dos comandos africanos, Marcelino da Matam e o major piloto aviador Mantovani.

O Marcelino da Mata,  como éramos periquitos,  fez a demonstração do efeito do rebentamento do RPG 7 e chamou à atenção para certos perigos que iriamos encontrar. 

O major Mantovani impressionou pela sua simpatia. Homem de fácil trato e extremamente educado, explicou como pedir apoio aéreo, identificar sempre a área com a tela até à confirmação visual do piloto. Para não haver qualquer dúvida,  se necessário o mais graduado do grupo devia falar com o piloto em claro. 

Para minha surpresa e revolta,  aquele oficial da FAP que tanto nos impressionara,  passados poucos dias, em 6 de abril de 1973,  era abatido por um míssil Strela quando pilotava um T6. Paz à sua alma, que descanse em paz.

Um forte abraço, Cruz
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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24711: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (8): Proteção a um coluna Buba - Aldeia Formosa, ainda na época das chuvas (1973), mas já no perído pós-Strela: mais um dia como tantos outros...

 

Foto nº 34


Foto nº 32


Foto nº 33


Foto nº 33A


Foto nº 33B


Foto nº 35


Foto nº 35A


Foto nº 36


Foto nº 36A


Foto nº 36B


Foto nº 37


Foto nº 38


Foto nº 39

Guiné > Guiné > Região de Quínara  > Buba > 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Bula, 1973/74) > Proteção a um coluna Buba - Aldeia Formosa: mais um dia como tantos outros... Ver legendagem em baixo.


Fotos (e legendas): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do álbum do António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 45113/72, Buba, 1973/74), que tem 13 referências n nosso blogue. O descritor Buba tem c. 380 referências (*).

Respondendo ao seu mail de 28 do corrente, 18;52, dissemos:

Obrigado, João. Ainda vêm com um cheirinho do "mato". São et~sas que dão mais pica, e são mais raras... Havia pouca malta a levar a máquina para colunas e operações... Vou editá-las e publicá-las. São preciosas.

Pelo que estas imagens dão para perceber, é o seguinte;

(i) esta coluna, a que vocès fizeram proteção, realizou-se ainda no tempo das chuvas, talvez setembro/outubro de 1973, a avaliar pelas poças de água (fotos nºs 36, 38, 39); ou talavez antes no início (maio/junho), já que o capim ainda está curto;

(ii) a estrada Buba-Aldeia Formosa, via Nhala, ainda estava em construção: vè-se o novo traçado (?) e os restos de árvores derrubadas pelas máquinas (Fotos nºs 33. 35. 36, 37. 38, 39);

(ii1) a coluna cumpria as novas regras de segurança em vigor pós-Strela (vd. foto nº 33:  "Primeira viatura da coluna com a tela vermelha sobre o capô para sinalização da aviação em caso de apoio aéreo"):

(iv) és capaz, a partir da carta antiga de Xitole / Buba (1955, escala 1/50mil) (que inclui a antiga estrada Buba-Aldeia Formosa), de reconstituir o novo traçado em construção ? 

(v) a tua companhia ou o teu pelotão andou 8 km... Onde é que vocês montaram a segurança ? Perto de Nhala (Foto nºs 32, 34, 37, 39) ?

Entretanto, gostava também de saber a tua opinião sobre o período pós-Strela (a patrtir de 25 de março de 1973) e o apoio qye continuou a ser dada pela FAP, mas em novos moldes (Fiat G-91 e helicanhão), em operações, colunas , abastecimentos de frescos (feitos no meu tempo pela DO-27) e evacuações no quartel (DEO-27) e no mato (heli AL III).


Um alfabravo, LG
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Legendas (AAC / LG):


f 32 > Proteção à coluna Buba - Aldeia formosa com passagem por Nhala (Zona da bolanha dos passarinhos); na foto, o apontador da metralhadora HK21.


f 33> Primeira viatura da coluna, uma Berliet, com a tela vermelha sobre o capô para sinalização da aviação, em caso de apoio aéreo.


f 34 > Mais um dia como tantos outros (o António Alves da Cruz, na foto, de perfil).


f 35 > Estrada Buba - Aldeia Formosa (em construção).


f 36 > O final da coluna.


f 37 e f 38 > Depois da passagem da coluna, começar a reagrupar ( a 1ª C/BCAÇ 4513/72) qyue montou a segurança.


f 39 > Regresso a Buba, 8 Km para abrir o apetite.



Guiné >  Carta antiga de Xitole / Buba (1955) (Escala 1/50 mil) > Pormenor:  posição relativa de Buba, Nhala, Mampatá e Aldeia Formosa
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Nota do editor: