sexta-feira, 18 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18646 Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXXII: As minhas estadias por Bissau (v): março de 1968


Foto nº 49 A >  Bissau > Brá >Quartel dos Adidos > Frente à messe de oficiais, o Virgílio Teixeira, de motorizada Peugeot


Foto nº 49 >  Bissau > Brá >Quartel dos Adidos > Março de 1968 > Frente à messe de oficiais, o Virgílio Teixeira, de motorizada Peugeot


Foto nº 51 > Bissau > 11 de março de 1968 > Na estrada do aeroporto a caminho de Safim num domingo...


Foto nº 41 > Bissau > Março de 1968 > No bar "A Meta":  da esquerda para a direita: o soldado condutor Espadana, que servia à mesa na messe de oficiais do nosso batalhão;  outra pessoa que não me lembro quem é;  a seguir o alferes Policarpo (, Artolas, era o nome de guerra dele);  depois juntando, o Verde, o Cachadinha e eu, formávamos aquilo a que passou a denominar-se ‘o pelotão dos artolas’...


Foto nº 41A > Março de 1968 > No bar "A Meta" [...ou não seria antes o "Nazareno" onde havia fados e guitarradas ? No cartaz. acima das cabeças, pode ler-se: [fados] acompanhados à guitarra, Jorge Neto, e viola, Manuel Castro]


Foto nº 60 > Bissau, março de 1968 > Junto com os meus dois ajudantes do CA [Conselho Administrativo], Furriel Pinto e Furriel Riquito, junto a uma bolanha, no período de março de 1968 quando o BCAÇ 1933 estava de serviço nos Adidos em Brá.


Foto nº 69


Foto nº 69A > Bissau, março de 1968 > Um grupo de camaradas, numas matas, sem perigo, nos arredores de Bissau, no mês em que o BC1933 estava nos Adidos em Brá. Bissau.


Foto nº 68 A > Bissau, março de 1968 > Um grupo de camaradas, num domingo de passeio, na sombra de um frondoso e grande Poilão.

Guiné > Bissau > CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já mais de meia centena de referências no nosso blogue.

Recorde-se que o Virgílio Teixeira, de acordo com o seu CV militar (corrigido e atualizado...):

(i) assentou praça, em Mafra, na Escola Prática de Infantaria (EPI), em 3 de janeiro de 1967, ainda antes de completar os 24 anos de idade;  jurou bandeira em finais de março;

(ii) como habilitações literárias, tinha já os dois primeiros anos da Faculdade de Economia do Porto (, licenciatura que completou depois da tropa);

(iii) foi enviado para a EPAM  [Escola Prática de Administração Militar], em Lisboa, no Lumiar; acabou em junho a especialidade de SAM ], Serviço de Administração Militar]; promovido a aspirante, tinha uns dias de estágio, que acabou por não fazer por ter ido para o HMP,  na Estrela,  fazer Fisioterapia por cauda de acidente em fevereiro desse ano;

(iv) é mandado para o BC 10 em Chaves, onde deveria também fazer um estágio no CA, em julho, ("mas não fiz, pois não havia lá ninguém para me orientar; desenfio-me então porque não estava lá a fazer nada");

(v)  "sou mobilizado para a Guiné em 10Ago67 - curiosamente dois anos depois em 10Ago69 chego a Lisboa a bordo do UIGE -, mas ninguém sabe de mim; encontraram-me, fui a Chaves levei uma piçada do comandante, e só me disse que não me castigava porque já tinha um 'castigo maior', que era a Guiné...Fui com Guia de marcha para Santa Margarida fazer o IAO, e sei que o meu batalhão vai para a Guiné. Tudo bem, em vez de fazer alguma coisa para aprender mais da minha função, integro-me contra a vontade dos comandos, nas operações do IAO, e vou para a carreira de tiro onde utilizo todas as armas, até o dedo ficar esfolado"...

(vi) partiu de Figo Maduro, em 20 de setembro de 1967, num avião militar, com o comando avançado do BCAÇ 1933, para render o outro batalhão, o BCAV 1915, que seguiu para Bula ("embarco em 20 de setembro em Figo Maduro, chego a Bissau em 21, avanço para Nova Lamego  em 24 e regresso a Bissau em 27 de setembro, com objectivo de ir aprender mais alguma coisa na Chefia de Contabilidade, mas vou mais vezes para o Pilão e para a Piscina do Club em vez de ir para CC;  depois tenho de aprender sozinho, e cumpri as minhas funções sem nenhuma mácula."

(vi) faz o serviço no CTIG como alferes miliciano, sendo a sua especialidade o serviço de administração militar (SAM);  nessa qualidade, foi chefe do conselho administrativo (CA) do BCAÇ 1933, ou seja, o oficial mais perto do comandante de batalhão, que era um tenente-coronel;

(vii) não tendo sido um "operacional" propriamente dito, por isso, "contar muita coisa sobre operações em concreto, embora tivesse feito muitas colunas militares de reabastecimentos, quer por rio ou por estrada" [, a Madina do Boé, por exemplo], além de muitas patrulhas à volta dos aquartelamentos, e vivendo muitas vezes os bombardeamentos contínuos às posições [das NT]"

(viii) faz questão também de declarar que dá "um valor enorme ao sacrifício das nossas tropas": "conheço, por aquilo que leio agora, o que se passou e nós não sabíamos quase nada. Passaram mais de 40 anos até se perceber o que foi aquela guerra";

(ix) "esta reportagem - Bissau, parte I - pretende focar apenas a cidade e arredores de Bissau, as suas várias escapadelas, outras deslocações em serviço, as vivências e acima de tudo as loucuras da juventude, por esta cidade-capital, que, apesar de tudo, ficou marcada para o resto da vida";

(x) "os comentários que são feitos às fotos, são apenas de memória, o que veio à cabeça, e por consulta a vários elementos escritos, em especial aquilo que está escrito nas costas das fotos";

(xi) a esta parte o autor chama-lhe “As minhas Estadias por Bissau” ; deixa, para futura reportagem , o tema "Bissau – Parte II"; e aí sim, vai dar-lhe um nome sonante: “As minhas férias na Guiné”... que engloba tudo, Bissau, Nova Lamego e São Domingos, incluindo os aquartelamentos de Cacheu, Susana e as praias de Varela.

(xii) Comentário final do autor: "Mas sobre o CV falta lá o antes e o depois. Nada foi fácil, como se pode pensar, eu tenho no meu activo cerca de 60 anos de trabalho, e não parece, mas aos 12 anos já era contribuinte da segurança social - naquela época caixa de previdência - passei à situação de pensionista após 45 anos ininterruptos de trabalho e contribuições, por isso com 45 anos de descontos, dou de borla ao Estado 5 anos, pois só precisava de 40. Nem os aumentos de 100% da Guiné precisei deles. Mas nunca parei, e continuei na mesma vida, agora sem mais descontos e a receber a minha pensão. Neste momento apenas escrevo o Livro e comento nos Blogues, ajudo os filhos em burocracias quando eles precisam, pois tenho uma enorme experiência de muitas coisas"....


Guiné 1967/69 - Álbum de Temas: T031 – Bissau - Parte 1 > (v) Março de 1968 > Legendagem (*)

F41 – No bar "A Meta" com um grupo de amigos e camaradas, no mês de Março quando o batalhão ], o BCAÇ 1933,]  esteve em Brá - Adidos - Bissau. Da esquerda para a direita: um soldado do batalhão, outro que não sei quem é, outro soldado irmão do Riquito, o Cabo Horta do CA [, conselho administrativo], a seguir eu, depois o Furriel Riquito do CA. Era o único lugar, bar ou pub, um clube privado, fechado, onde se poderia estar a beber uns copos tirando umas passas. Não havia mulheres nem raparigas, Só militares. Tinha uns jogos de carros para entretenimento. Bissau, Março68.

F49 – Estamos no Quartel dos Adidos em Brá, onde o batalhão [,o BCAÇ 1933,] passou o mês de Março 68. Estou de motorizada Peugeot, à porta da Messe de Oficiais. Em pé na porta o Espadana, que servia à mesa, era soldado condutor. Sentado atrás de mim, o nosso Capelão, já falecido entretanto, Alferes Graduado Moita. Bissau, Março 68.

F50 – Num bar – pub, chamado ‘A Meta’,  privativo, para sócios, com assinatura, com um conjunto de amigos e camaradas. Foi no período em que o meu Batalhão esteve um mês em Bissau – Março de 68 – e que deu origem a muitas visitas a quase todos os pontos da cidade. Eu tinha o movimento facilitado devido ao meu transporte privado – a minha motorizada, uma Peugeot e depois uma Honda, ambas com recurso ao crédito e a prestações.

Da esquerda para a direita, está o soldado condutor Espadana, que servia à mesa na messe de oficiais do nosso batalhão, outra pessoa que não me lembro quem é, a seguir o alferes Policarpo, (artolas, era o nome de guerra dele, depois juntando, o Verde, o Cachadinha e eu, formávamos aquilo a que passou a denominar-se ‘o pelotão dos artolas’ e partilhávamos a mesma tenda nas semanas de campo, em Mafra e na Carregueira). Ele fez a recruta em Mafra e especialidade na EPAM juntamente comigo e depois encontramo-nos em Bissau. Era do Porto, o pai tinha um restaurante na Rua da Madeira, ao lado da Estação de São Bento. Bissau, 25Mar68.

F51 – Na estrada do aeroporto a caminho de Safim num Domingo. A partir daqui depois de comer uns petiscos numa esplanada à beira da estrada, temos dois caminhos: Para a direita segue-se para Nhacra-Mansoa-Mansabá. Para a esquerda, para Bula, Binar. Acho que nesta altura porque ia outro atrás de mim, fiquei pela piscina de Nhacra. Mais tarde fui sozinho a caminho de Mansoa, quando fui mandado parar e regressar à base. Bissau, 11Mar68.

F60 – Junto com os meus dois ajudantes do CA, - Furriel Pinto e Furriel Riquito - junto a uma bolanha, no período de Março de 1968 quando o BCAÇ 1933 estava de serviço nos Adidos em Brá. Bissau, Março 68.

F68 – Um grupo de camaradas, num Domingo de passeio, na sombra de um frondoso e Grande Poilão, árvores enormes que seriam precisos 2, 3 ou 4 homens para a abraçar. Bissau, Mar68.

F69 – Um grupo de camaradas, numas matas – sem perigo - nos arredores de Bissau, no mês em que o BC1933 estava nos Adidos em Brá. Bissau, Março/68.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Correcção de um engano.
O texto da foto 41 está errado.
O texto correcto é o da foto 50, que também foi no bar a Meta.

Em relação à publicidade dos Fados, só um olho clinico conseguiu ver, eu não me apercebi, mas este local é mesmo na Meta. Talvez fosse aí que se cantava o Fado.
Mas nunca assisti.

Virgilio