quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16514: Tabanca Grande (496): José Luís da Silva Gonçalves, ex-Soldado Radiotelegrafista da 2.ª CCAV/BCAV 8320/73 (Olossato, 1974), 729.º Grã-Tabanqueiro

1. Mensagem do nosso camarada e novo amigo tertuliano, José Luís da Silva Gonçalves (ex-Soldado Radiotelegrafista da 2.ª CCAV/BCAV 8320/73, Olossato, 1974), com data de 12 de Setembro de 2016:

Boa tarde.

Como disse na minha comunicação anterior, quando confirmei as afirmações do Nelson Cerveira[1], sobre os acontecimentos decorridos aquando a nossa partida da Guiné-Bissau em Outubro de 74, encontrei o Blogue por acidente, e quis logo inscrever-me nele. Não sei se fiquei inscrito mas pelo menos tenho recebido os vossos mails.

Prometi que mandaria imagens desse embarque no Niassa e vou tentar enviá-las em anexo assim como as minhas actual e na altura.

Pertenci à 2.ª Companhia do BCAV 8320/73 e era Operador Rádiotelegrafista.

Não sei o que é preciso mais para poder colaborar, mas de qualquer forma aqui deixo as minhas saudações, para todos os ex combatentes da Guiné-Bissau.

José Luís da Silva Gonçalves

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Nota do editor:

[1] - Meus caros, Acidentalmente, quando procurava os brasões, do BCAV8320/73, vim dar com este blogue, e aproveito para confirmar as declarações do Nelson Cerveira, na sua narrativa, sobre o 25 de Abril de 74 e o nosso embarque no Niassa, de regresso. Tenho algumas fotos desse embarque das lanchas para o navio, que se me ensinarem como se faz terei todo o gosto em enviar. Eu era operador rádio telegrafista na 2ª companhia que esteve estacionada no Olossato. Saudações para todos e disponham sempre.

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Centro de Transmissões do Olossato



A bordo das LDG que nos levaram até ao Niassa - Dia de muito nevoeiro

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2. Comentário do editor de serviço:

Caro José Luís
Estás apresentado à tertúlia.
Foste dos felizardos que foram para a Guiné já em tempo de paz. A vossa missão foi praticamente entregar parte do espólio do Império, destino há muito traçado a um Portugal, cujo regime já apodrecido, fazia prever. Diga-se o que se disser, o modo como se procedeu à descolonização não foi o melhor, mas manter ou acabar a guerra competiria ao poder político. Como este não não resolveu a situação, foram os militares que tiveram de tomar em ombros essa missão.
Cumpriu-se o destino, mas de modo atabalhoado, com todos os inconvenientes para ambos os lados.

Regressaste em Outubro já de um país independente, a Guiné-Bissau, com a missão cumprida e sem baixas como se queria.

Gostava que nos contasses pormenores desses tempo, lá no Oio, por onde também passei nos idos anos de 1970/71/72, e também já em Bissau enquanto faziam todos os preparativos para a retirada final. Como era o clima em relação às nossas tropas, tanto da parte dos civis como dos militares do PAIGC, e qual a perspectiva dos nossos camaradas guineenses para os tempos de paz que se avizinhavam?
Tens muito para nos contar.

Como não podia deixar de ser, ao terminar, deixo-te um abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores.

Ao teu dispor o camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 19 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16502: Tabanca Grande (495): Jorge Ferreira, ex-alf mil, 3ª CCAÇ (Bolama, Nova Lamego e Buruntuma, 1961/63), nosso grã-tabanqueiro nº 728...

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