quinta-feira, 16 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16205: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (103): O Paul McCartney do Grupo Coral do CISMI... Afinal, o Luís Jales de Oliveira, poeta, músico, ex-fur mil trms, Agr Trms Bissau e CCAÇ 20 (Bissau e Gadamael, 1972/74)



Tavira > CISMI > Igreja de São Francisco > Grupo coral do CISMI > c. 1972 > "Não foi assim tão mau [, o CISMI,] e na verdade até se tornou agradável pertencer ao dito coro. Só lamento de não me lembrar dos nomes da malta, talvez com exceção de um guitarrista de farto bigode, que acho se chamava Jales. Poderá ser que apareça algum nosso Tertuliano que se lembre desta foto" .(*)

O guitarrista Jales [, à direita], com aquela guedelha e bigode (!), de repente pareceu-nos mesmo um sósia do Paul McCartney, um dos famosos Beatles que incendiaram o imaginário da nossa geração e ajudaram o mundo a pular e a avançar... (LG)

Foto © Henrique Cerqueira (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1.  Comentário. de  9 de outubro de 2014 , do Luís Jales de Oliveira ao poste  P12784, do Henrique Cerqueira, publicado em 1/3/2014 (*):


[Foto à esquerda: o Luís Manuel Jales de Oliveira, mais conhecido por "Ginho", em Mondim de Basto, sua terra natal, por onde corre o Tâmega, o seu "rio sagrado" e a sua "fonte de inspiração",  a par do Monte da Senhora da Graça, um antigo vulcão  foi  fur mil trms inf, Agrup Trms de Bissau e CCAÇ 20 (Bissau e Gadamael Porto, 1972/74), companhia africana onde serviu  às ordens do tenente comando graduadoTomás Camará,  que foi ferido em combate e, depois, às ordens do capitão comando graduado Sisseco (ambos oriundos da 1ª companhia  do batalhão de comandos africanos); poeta e escritor, tem já obra vasta, e é membro da Academia Luso-Brasileira de Letras]

 
Meu caro Henrique Cerqueira:

Só hoje descobri esta tua publicação [, com data de 1/3/2014] e confesso que fiquei emocionado. Por várias razões: porque revivi, recordei e evoquei momentos adormecidos nas catacumbas da memória, porque confirmei que já tive uma profusa e escurecida cabeleira (hoje completamente esbranquiçada para mal dos meus pecados) e, também, um pujante bigode, coisa rara e provocatória, à época, aqui no teatro militar metropolitano; e, por fim e principalmente, porque passados 42 anos ainda conseguiste, no meio daquela angelical composição de "querubin"  fardados, identificar-me e arriscar que eu me chamaria "Jales". 

Pois foi na mouche, sim senhor. Notável, meu caro Henrique, a tua pontaria evocatória!

Direi, respondendo também à pergunta do nosso caro "comandante" Luís Graça, que comentou, com muita graça, que eu, de repente, até parecia ser o sósia de um dos Beatles, que sou o Luís Jales de Oliveira, mais conhecido, na tropa, como Luís Jales e que publiquei o P2467 na “Tabanca Grande (54)”, em 21 de Janeiro de 2008.  (*)

Como deves calcular arranjei uma caterva de “imbróglios" por ostentar aquela trunfa exuberante durante todo o meu serviço militar. Em Tavira aconteceu uma coisa muito engraçada: Era forçoso que quando eu estivesse na formatura de revista para sair, e por mais que tentasse esconder, com a boina, o raio daquele excesso capilar, o oficial de dia parava, irremediavelmente, nas minhas costas, batia-me no ombro e mandava-me, em passo de corrida, para a caserna. Mas, naquele dia, depois de me mandar às malvas, voltou para trás e perguntou, pelo sim, pelo não 
–Por acaso o menino não toca no conjunto do senhor abade, pois não?

Eu respondi:
– Toco, toco, meu alferes – e ele imediatamente: 
– Pois então faça o favor de regressar à formatura. A porta d’armas, para si, está escancarada.

Isto serve bem para demonstrar o poder que tinha o nosso capelão de Tavira. Coitado daquele oficial que retivesse um de nós, nos dias marcados para os ensaios da Missa Dominical…

Resta-me dizer que não sou Açoriano, mas genuíno Transmontano de Mondim de Basto, a cerca de 100 km do Porto e que faço questão de te abraçar um dia destes.

Ao nosso caro Luís Graça prometo, agora que sempre consegui a reforma, que começarei a enviar montes de textos com lembranças e evocações:

(i) sobre a revista “ZOE”,  do Agrupamento  de Transmissões  de Bissau onde fui “correspondente de guerra”;

(ii)  sobre “Os Reactores” e “Os gloriosos malucos da aparelhagem electrónica”, onde tocava e que, para além doutras actuações, animavam os fins de semana do Clube de Sargentos de Santa Luzia; 
e, com muito mais interesse julgo eu,

(iii) sobre a “realidade” de Gadamael Porto que sorvi, bomba a bomba, durante 365 intermináveis dias.

Obrigado pelas emoções que me provocaste. O meu contacto é luis.jales.oliveira@gmail.com.
Grande e reconhecido abraço.


2. Comentário do editor LG:

Ao Jales (, afinal "meu vizinho", já que também tenho casa por ali perto, Marco de Canaveses, que integra a bela e nobre região do Vale do Tâmega,  berço da Nação,com o Vale deo Sousa ...), já pedi desculpa, por mail,  por na altura não me ter apercebido do seu comentário (de 9/10/2014) ao poste do Cerqueira (de 1/3/2014)... Não me apercebi ou já não me lembro...

De facto, ninguém tem a pedalada dos 20 anos para acompanhar tudo, fazer tudo, alinhar em tudo... É até por falta de tempo. Houve um desfasamento de vários meses, entre o poste e o comentário,  não conseguindo os editores ir com a devida regularidade à nossa caixa de comentários (que já vai em cerca de 64 mil comentários, alguns extensos e, muitos, interessantes).

Tínhamos prometido recuperar este, integrando-o num poste autónomo e justamente para provar, mais uma vez, a propriedade e a justeza da nossa máxima: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!" (***)...

Os pedidos desculpa são extensivos ao Henrique Cerqueira, sempre leal e generoso greã-tabanqueiro... Ao Jales desejo boa continuação da merecida reforma e das pescarias no rio Tâmega e no mar das letras!.. Quanto às prometidas colaborações, elas serão sempre bem vindas, em prosa ou em verso...

Um abraço do tamanho do Tâmega e do Cacine... 

____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 1 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12784: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (18): Tavira, o CISMI e o meu "santo sacrifício da missa dominical"... Fazia parte do coro [da Igreja de São Francisco] para ter direito a uns "desenfianços" (Henrique Cerqueira, ex-fur mil, 3.ª CCAÇ / BCAÇ 4610/72, Biambe e Bissorã, 1972/74)

(**) Vd. poste de 21 de janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2467: Tabanca Grande (54): Luís Jales, ex-Fur Mil Trms (Agr Trms Bissau e CCAÇ 20, Gadamael Porto, 1973/74)

(***) Último poste da série >  8 de junho de 2016 >  Guiné 63/74 - P16175: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (101): no convívio deste ano, do pessoal do BCAÇ 3872, quem é que eu vou reencontrar? O meu antecessor, o hoje ilustre prof Pereira Coelho, bem como o Ussumane Baldé que estagiou comigo quando eu era subdelegado de saúde da zona de Galomaro-Cossé (Rui Vieira Coelho, ex-alf mil médico, BCAÇ 3872 e BCAÇ 4518, Galomaro, 1973/74)

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