segunda-feira, 30 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14420: E as nossas palmas vão para... (10): João Crisóstomo e António Rodrigues, amigos da causa de Aristides de Sousa Mendes (Parte II)



Título da reportagtem feita pelo jornal "Defesa da Beira", 1/10/2004




S/l> S/d > O presidente da República Jorge Sampaio, tendo à sua esquerda o João Crisóstomo e á sua direita o António Rodrigues




1. Segunda parte da mensagem de 31 de janeiro último, enviada pelo João Crisóstomo (*) [, aqui na foto com a sua esposa, Vilma, do lado esquerdo, com outro casal amigos da causa de Aristides Sousa Mendes; foto: cortesia da Fundação Aristides de Sousa Mendes]


Em 2004 eu queria que o nosso herói Aristides [de Sousa Mendes] fizesse parte da Galeria dos Heróis no prestigioso Museum of Jewish Heritage em Nova Iorque ─ depois de ter lançado a ideia de lembramos com relevância o dia 17 de Junho. o que foi feito com uma série de acontecimentos do Vaticano à China, de Portugal a Timor Leste , num total de 22 países durante essa semana…

Abrindo aqui um parênteses: para isto foi importante a ajuda do Secretariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na altura sob a direção do Sr. Embaixador Rocha Páris em Lisboa, e da Fundação Internacional Raoul Wallenberg em Nova Iorque, que muito me facilitaram os necessários contactos: nessa semana houve 34 missas, muitas delas celebradas por cardeais e outras eminentes figuras da Igreja Católica; serviçøs religiosos em sinagogas, e outros acontecimentos em colégios, universidades e outras instituições de cultura e ensino…

Ao 17 de Junho eu chamava "dia de Acção de Graças”, mas depois, por sugestão da dra Mariana Abrantes, começamos a chamar " O dia de Consciência", nome com que ficou a ser chamado desde então.

Consegui, entretanto, convencer o director do supracitado Museu [“Museum of Jewish Heritage"] a aceitar a ideia, mas ficou condicionada a que eu conseguisse trazer para Nova Iorque por um ano ou dois, para ficar em exposição, o livro do "Registo de Bordéus" e o carimbo com que Aristides carimbava os passaportes.

Consegui que o MNE [Ministério dos Negócios Estrangeiros] aceitasse deixar vir o livro, mas faltava o carimbo (que no fim teve de ser substituído pela caneta de Aristides, já que não foi possível encontrar o carimbo). Mas na altura nós pensávamos que o carimbo existia em qualquer parte em Portugal. Aproveitei as minhas férias e, com o António Rodrigues, que sempre tinha sido o meu braço direito em todas as minhas campanhas e que tinha regressado de vez a Portugal, resolvemos procurá-lo.

Pedi o auxílio de Mariana Abrantes, de Luís Fidalgo e de António Moncada, neto do César (irmão gémeo de Aristides) em cuja casa suspeitávamos se encontrava esse carimbo. E lá andámos umas duas ou três horas, sem encontrarmos o carimbo.



No fim resolvemos "visitar" a casa de Aristides, que fica bem perto. Aí o António Moncada disse-nos que não, pois a casa não estava em condições de ser visitada por ninguém, pelo perigo que isso representava: havia um grande buraco no teto que havia caído (com uns quatro a cinco metros de diâmetro), e os "beams" (barrotes, é assim que se chamam, não é?), alguns deles ao caírem, fizeram buraco enorme em todos os andares até ao chã e outros barrotes, de todos os tamanhos, alguns enormes, estavam dependurados, numa imagem dantesca de ameaça e perigo.

Mas nós (eu e o António), que tínhamos vindo de tão longe, queríamos ver a casa de que tanto tínhamos ouvido falar ( a foto dela até fazia parte num artigo que escrevi em 1998 e que foi publicado em vários jornais) e insistimos com o Moncada e o Luis Fidalgo (que também como o Moncada era membro director da Fundação).

Finalmente acederam ao nosso pedido, mas que tudo seria por nossa conta e risco. Assim aceitámos. E lá entrámos, pés de mansinho, um após outro, olhando para o alto e para os lados com todo o cuidado. Verificámos que o enorme buraco estava situado mais ou menos no meio da casa, logo à entrada, mas com cuidado havia maneira de ver o resto da casa sem grande perigo.

Para nosso espanto apercebemo-nos que a casa parecia nunca ter sido sujeita a qualquer cuidado ou limpeza. E por respeito ao nosso herói nós resolvemos que a casa teria de ser limpa imediatamente e não sairíamos de Cabanas de Viriato sem que a casa de Aristides recebesse pelo menos uma limpeza geral.




Mais: começámos a pensar se não seria possível contratar um empreiteiro para consertar o telhado. Pensamos nós: se este buraco continuar assim, com as chuvas e ventos de inverno etc., a casa não vai aguentar mais do que dois ou três invernos… Viemos para fora para pedir autorização do que queríamos fazer e averiguar sobre empreiteiros locais, etc. Sucede que entretanto a nossa visita tinha despertado a curiosidade de alguns residentes de Cabanas; e, quando falámos sobre a ideia de reparar o telhado, falámos sobre orçamentos e viabilidades, etc.

Entre os presentes que tinham chegado ou estavam por perto foi-nos apresentado um empreiteiro, logo seguido de outro que também podia estar interessado e que nos podiam dar ideias sobre o que estávamos falando, dum possível conserto da Casa. Que era impossível reparar o buraco e não era possível fazer nada a não ser cobrir o telhado com uma "umbrella" de metal, até que fosse possível fazer uma reparação à casa toda. Essa cobertura de metal custaria pelo menos 20.000 dálares ( isto em 2004!), o que nós não podíamos dispender nem tínhamos disponível!




O António Rodrigues porém não se conformava, arguindo que se podia consertar o telhado, que a casa não precisava de cobertura nenhuma e que não era preciso gastar tanto dinheiro.

Perante a posição bem clara e declarada de que nada se podia fazer, o António Rodrigues, meio nervoso, deu-me um toque no braço de maneira a não ser ouvido por mais ninguém e diz-me: “Se eles não o podem fazer, então faço eu!”...

Eu, habituado a muitas outras ocasiões em que o António tinha feito "milagres" aqui nos EUA, apenas disse: “Eh pá, tu tens a certeza? Então estes que são profissionais acham que não há nada a fazer, tu achas que vais conseguir alguma coisa?!”… Ao que ele respondeu: “Deixa comigo. Eles estão a dizer que para consertar o teto têm de consertar a casa toda... Ora eu posso escorar tudo, partindo do chão até chegar ao teto e aí, depois de chegar ao teto, o telhado é fácil de consertar... Deixa comigo”.

Foi difícil de convencer, mas depois não só concordaram em nos deixar a "limpar a casa” que era tudo o que dizíamos ia acontecer, como toda a gente começou a oferecer os seus préstimos e ajudas: (i) um trator e um camião para levar as madeiras, pedras, tijolos, terra e lixo; (ii) além de virem eles próprios (e elas, pois se me lembro bem o trator pertencia a uma senhora que quando podia nos vinha ajudar) ao fim do dia para conduzir os mesmos; (iii) os escuteiros da escola queriam ajudar, o que tivemos de recusar pelo perigo de que não podiamos assumir a responsabilidade; (iv) o irmão da Mariana Abrantes, professor António Abrantes e sua esposa Ivone vieram-nos ajudar e connosco permaneceram até altas horas da noite para o que trouxeram holofotes para pudermos trabalhar de noite, como nós pedimos.




Os que não puderam ficar foram-se, mas o Luís Figalgo (advogado, e director da Fundação) nos garantiu, e cumpriu!, arranjar-nos um seguro contra acidentes, para o caso de nos acontecer algo (o que bem podia ter acontecido, dado a nossa coragem e entusiasmo em fazer o que estávamos a fazer).

Foi durante essa primeira noite, conforme depois saiu em todos os jornais e na própria RTP que também fez cobertura do acontecido, debaixo de grossa camada de terra e estrume de ovelhas e de galinhas, tudo misturado com caliça das paredes, pedras e tijolos, que nós viemos a encontrar o que os media chamaram de "tesouro na casa de Aristides": "documentos inéditos "encontrados"; "documentação encontrada surpreende investigadora", etc etc.; cartas de Aristides à sua mulher, de seus filhos para outros que já tinham emigrado para o Canadá; uma cópia de um livro, escrito por A. S. Mendes ainda por abrir ( à maneira antiga, tinha de se cortar as páginas com um "abridor de cartas"); e muitos outros pedaços de documentos, alguns ainda intactos, mas a maioria que se desfaziam em pó nas nossas mãos ao simples tocar, revistas e jornais do tempo...

Tudo foi entregue no dia seguinte em dois sacos de plástico à Fundação na pessoa do dr. Luis Fidalgo na presença da dra Lina Madeira, uma autoridade em A. S. Mendes que veio de Coimbra a correr, e de vários correspondentes presentes.

Voltando à "ad hoc" reparação do telhado e dos buracos nos andares até ao chão... Eu fiquei com o António Rodrigues três ou quatro dias comendo na cantina do lar para idosos, de que o Luis Fidalgo era diretor, e dormindo as primeiras noites na casa do Antnio e Ivone Abrantes, e depois num pequeno hotel local (ainda hoje não sei quem pagou a nossa estadia; o Luis Fidalgo disse-nos que estava tudo pago e não nos devíamos preocupar com isso). Tive de deixar o António sozinho e voltei aos EUA.


Fotos do jornal  "Defesa da Beira", 1/10/2004. Inmagens digitalizadas e enviadas pelo João Crisóstomo


O que o António fez e conseguiu depois, muitas vezes trabalhando sozinho, viajando todos os dias num camião bastante "usado" que um amigo dele lhe pôs ao serviço e onde trazia de sua casa ferramentas, materiais de construção como madeiras, barrotes, e tudo o mais que tinha e ele achava ser preciso para consertar a casa e o telhado... é coisa quase impossível de imaginar, não se tivessem visto os resultados.

A sua imaginação de arquiteto “ad hoc” - entre outros apelidos chamavam-lhe o "arquiteto sem canudo", "o milagreiro ambulante", "o americano maluco"...porque às cinco da manhã ele já estava, vindo de Aljubarrota, encarrapitado no telhado ou a trabalhar sozinho como um desalmado para remendar o que ele achava imperioso ser feito para que a casa aguentasse mais uns anos até se encontrar uma solução definitiva - levou-o a procurar nos arredores eucaliptos, telhas para o telhado ( iguais às outras do telhado, já difíceis de encontrar), materiais de construção, sobretudo barrotes e madeiras que precisava.

A sua franqueza e simplicidade desarmavam toda a gente que não podia negar o que ele queria, "para consertar a casa de Sousa Mendes"... Os troncos dos eucaliptos, não sei quantos, mas numa visita que fiz à Casa anos depois deparei com um bem grosso, barrando o meu caminho, escorando o andar superior, depois de rusticamente despojados dos seus braços/ramos, serviram para escorar os andares começando pelo chão...

E, um por um, cada andar foi escortado e consertado até chegar ao teto.... era preciso "ter a certeza” de que os barrotes originais no telhado å volta do buraco "ficassem bem ligados" para que tudo não fosse parar ao chão outra vez. E o António de vez em quando me falava nos anos seguintes nuns bons cabos que lhe faziam muita falta e que ainda estavam a escorar e segurar o telhado da casa de Sousa Mendes: “Quando consertarem de vez a casa, vou lá buscá-los, que eles ainda me fazem boa falta de vez em quando”…

E assim foi o que sucedeu. O António, acabado o teto, estava esgotado e só desejava e sonhava poder descansar. Faltava tapar as janelas com madeira para proteger um pouco mais da chuva e vento e ter a certeza de que as portas permaneciam fechadas. Assim pediu, como eu antes de me ir embora de volta aos EUA tinha já falado seria preciso fazer. Mas tal parece não ter sucedido.

A Casa ficou durante alguns anos em condições de ser visitada sem perigos dum barrote a cair na cabeça. Mas com o tempo e sem um "António'" a preocupar-se pela sua saúde, sujeita às intempéries, o telhado e o resto começou outra vez a cair aos bocados até que finalmente, quase no último minuto, a desesperada reconstrução das paredes, telhado e janelas, finalmente aconteceu..
Bem hajam quantos trabalharam e contribuíram para o que agora finalmente e felizmente vai já em bom progresso. Bem merecem uma placa em lugar de destaque. Mas nesta não se esqueçam de mencionar também o nome de António Rodrigues!

Não fora a intervenção "ad hoc", mas que veio a ser providencial, em 2004, deste apaixonado "arquiteto sem canudo" de Aristides de Sousa Mendes, não haveria nada a consertar mais, pois o que ainda restava e foi possível salvar, teria sem dúvida desmoronado completamente e tudo teria de ser reconstruido à base de fotos e memórias.


Nova Iorque, 31 de janeiro, 2015.

PS - Em anexo dois "recortes" de jornais : "Diário de Coimbra", de 8 de outubro de 2004; e "Defesa da Beira" 1 de Outubro 2004. As imagens [do jornal "Defesa da Beira"] parecem deixar muito a desejar, mas dão uma ideia do estado da casa com o seu enorme buraco, do teto ao chão;  e nos outros recortes, tens comentários do “Diário de Coimbra” sobre o que foram encontrar. 



António Rodrigues, ao "Diáriod e Coimbra, 8/10/2004.


Recorte do "Diário de Coimbra", 8/10/2004




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4 comentários:

Luís Graça disse...

Sobre a Casa do Passal pode ler-se no sítio da Fundaç~ºao Aristides de Sousa Mendes o seguinte:

A CASA
Indíce do artigo
A Casa
O projecto
Espólio
Donativos
Centro de Memória
Todas as páginas
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A Casa do Passal foi construída no século XIX, na Quinta de São Cristóvão, em Cabanas de Viriato, e herdada por Angelina de Sousa Mendes. Na década de 1920, foi reconstruída e aumentada pelo casal para albergar a sua grande família de 14 filhos, embora servisse sobretudo como residência de férias. Trata-se de um grande edifício, em alvenaria e madeira, com mais de 1000m2 distribuído por 3 pisos. Separada da casa, fica a garagem que servia para albergar o autocarro, transformado em carro de família, o “expresso dos Montes Hermínios”.

A classificação como Monumento Nacional
Num processo encetado em 2005, a Casa do Passal, localizada na Quinta de São Cristóvão, na freguesia de Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal, foi classificada como Monumento Nacional, conforme Decreto n.º 16/2011 de 25 de Maio, publicado no Diário da República, 1.ª série — N.º 101 — 25 de Maio de 2011.
“Trata -se de um palacete cuja arquitectura, de inspiração francesa, se insere no gosto das beaux-arts do segundo império, estilo característico dos finais do século XIX e que se destaca não só pelo eclectismo da arquitectura e pela imponência da fachada principal, mas principalmente pela memória do cônsul que a habitou e que sacrificou os interesses pessoais em prol dos refugiados do holocausto.
Aristides de Sousa Mendes ocupava o lugar de cônsul de Portugal em Bordéus quando, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, passou vistos a milhares de refugiados, permitindo-lhes fugir e sobreviver às perseguições de que eram objecto, tendo, inclusivamente, alguns desses refugiados sido albergados na Casa do Passal.
A atitude de Aristides de Sousa Mendes, que salvou várias vidas, ditou-lhe também o fim da carreira diplomática, facto que teve um custo pessoal muito elevado, e que o deixou, em conjunto com a sua numerosa família, em péssima situação económica.
...

A relevância deste imóvel a nível nacional, não só em termos arquitectónicos mas também histórico-sociais, faz dele um lugar de memória, justificando-se, assim, a sua integral salvaguarda.”

http://www.fundacaoaristidesdesousamendes.com/index.php?option=com_content&view=article&id=56&Itemid=64&lang=pt


(Continuação)

Luís Graça disse...

Casa do Passal > Continuação

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O programa museológico detalhado para a Casa de Aristides de Sousa Mendes está ainda em vias de preparação, estando já definidos alguns dos seus elementos básicos. O futuro centro de memória permitir-nos-á reviver uma das grandes histórias do século XX, implicando a figura incomparável de Aristides de Sousa Mendes e o seu extraordinário Acto de Consciência, o drama da Guerra e dos refugiados e dos perseguidos e o papel especial de Portugal no caminho da Liberdade.
Uma vez que pouco do recheio sobreviveu à desgraça que atingiu a família Sousa Mendes e ao leilão de credores, as exposições deverão aproveitar mais a extensa documentação disponível sobre os vistos e a lista de refugiados e as suas histórias como sobreviventes do holocausto.
Os potenciais circuitos museológicos poderão incluir os seguintes elementos:
- A guerra, os refugiados (judeus e não só), a fuga, os vistos, os sobreviventes e seus descendentes, o Acto de Consciência de Sousa Mendes, no enquadramento histórico da guerra e do holocausto na Europa;
- Sousa Mendes, o Homem, o Diplomata e o Estadista – do acto de coragem ao castigo e ao posterior reconhecimento;
- Sousa Mendes como Justo entre as Nações e o fenómeno dos diplomatas e outros salvadores.
Ao registar, preservar e até mesmo reviver este grande momento histórico, a visita tornar-se-á uma experiência marcante pois através dela acompanhar-se-á o desespero dos perseguidos, a gratidão dos resgatados e a caridade dos altruístas. Assim, a Casa de Sousa Mendes será um “lugar de memórias do futuro”, em que cada visitante ficará mais comprometido com a paz e com a tolerância, reforçando a sua coragem e a sua consciência.
Adicionalmente, a Casa de Aristides de Sousa Mendes terá um programa activo de parcerias e de intercâmbio com outros sítios da consciência, outros centros de memória do holocausto e outros centros de estudo da tolerância e direitos humanos, tornando-se a principal presença destas redes culturais em Portugal.
Em termos de funcionamento, a Casa de Aristides de Sousa Mendes deverá tornar-se um local de visita obrigatória, na região do Dão, no Centro de Portugal, rica em história, gastronomia e paisagem. A sua localização em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal, a cerca de duas horas e meia de viagem de Lisboa, será um convite aos visitantes para pernoitarem na região, aproveitando a oportunidade para visitar outros lugares. Prevê-se a visita frequente de grupos escolares e de excursões turísticas, inclusive de judeus e outros visitantes estrangeiros.
A Casa do Passal tornar-se-á eventualmente um polo de atracção cultural e turística na região Centro, dado que Cabanas de Viriato fica, afinal, a escassos 30km de Viseu, a 45 km de Coimbra e a 120 km da fronteira de Vilar Formoso, que os refugiados tanto desejavam transpor, em 1940.

http://www.fundacaoaristidesdesousamendes.com/index.php?option=com_content&view=article&id=56&Itemid=64&lang=pt&limitstart=4

Anónimo disse...


Joao Crisostomo
31 mar 2015 00:51

Meu caro Luís Graça,

Obrigado, muito. Seria mentiroso se, pretendendo falsa modéstia, dissesse que não senti orgulho por achares que valeu a pena publicar tudo isso.

Pelo menos" fica escrito" como “contributo” para uma história mais precisa e completa desta fase da Casa do Passal.

Vou mandar isto ao António para que ele tenha conhecimento ( ele é ainda pior do eu em coisas digitais e tem de ser mesmo em papel…)

Vou enviar também para algumas pessoas interessadas na causa de ASMendes que provavelmente não irão ver o teu blogue.

Abraço grande , meu e da Vilma para ti, teus queridos e nossos comuns amigos que fores encontrando.
E até breve se Deus quiser.

João e Vilma

Anónimo disse...

A minha sentida homenagem a ARISTIDES SOUSA MENDES..UM GRANDE "TUGA"..QUE PERSONIFICOU O HUMANISMO E A DIGNIDADE.

C.Martins