terça-feira, 17 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14376: O nosso blogue com fonte de informação e conhecimento (28): motorizadas: eu, com os meus 17 anos e a minha Zundapp Mavic (José Colaço)


"Eu,  com os meus 17 anos e a minha Zundapp Mavic" (José Colaço)


Foto (e legenda): © José Colaço  (2015). Todos os direitos reservados



1. Mensagem de 15 do corrente, do nosso grã-tabanqueiro José Colaço, em resposta a um pedido dos editores relativamente a informações sobre motorizadas de 50 cc,  fabricadas em Portugal (marcas, que começaram a aparecer nos anos 50,  e que nos são ainda hoje familiares: Alma, Pachancho, Vilar Cucciolo, Famel, Macal, Sachs, Casal. etc) (*)


[Foto à esquerda, José Colaço (ex-Soldado TRMS da CCAÇ 557, Cachil,Bissau e Bafatá, 1963/65)]

Aqui está um tema que tenho de memória: todas estas marcas de que falas, mas quando elas apareceram era eu puto de escola e,  devido à nossa autonomia económica e as condições vividas na altura,  não dava para tirar e guardar fotos dessas preciosidades.

Mas a evolução dos ciclomotores foi rápida e os Cucciolos, Alma e Pachancho  e companhia tiveram vida curta, dando origem às célebres "motinhas".

E apareceram entre outras os topos de gama,  na altura os Italianos com o Alpino, os alemães com a Sachs, parece-me que os primeiros a disporem de uma caixa de velocidades de 4 e 5  e por último 6, a Kreldler Floret que devido à sua categoria tinha o handicap do pronto pagamento, a Zundapp que também tinha uma montagem autorizada em Portugal,  os famosos quadros Mavic e os motores Casal. uma réplica dos motores Zundapp,  creio que chegaram a ser totalmente fabricados em Portugal com montagem nos quadros made in Portugal.

E com a abertura dos mercados apareceu a Honda dos nipónicos.


[Foto à direita: Ducati Cucciolo de 1950. Fonte: Wikipedia, com a devida vénia]



Lembro-me bem da Cucciolo. Podem encontrar imagens no blogue Rodas de Viriato, ou na Wikipédia, dessa preciosidade.  Lembro-me bem de a ver,  embora na minha terra a bicicleta escolhida era a Imperial com travões de alavanca, segundo o que guardo de memória. Eesta bicicleta era a preferida por ter um quadro forte e aguentava e resistia sem quebrar às vibrações do motor auxiliar Cucciolo a quatro tempos com válvulas à cabeça, digo auxiliar porque mantinha os pedais e em subidas de maior extensão tinha que ser o ciclomotorista a auxiliar o fraco Cucciolo.

E resumindo o que acabei de relatar,.  envio foto em anexo eu com os meus 17 anos e a minha Zundapp Mavic tendo por fundo o carro das bestas,  como nós lhe chamávamos, esta preciosidade,  a construção foi obra do meu velho que,  além de pequeno agricultor, tinha a profissão de carpinteiro de carros, na minha terra chamavam à profissão de carpinteiro de carros  (abegão).

2 comentários:

Henrique Cerqueira disse...

Mais uma vês um tema e neste caso as "Bicicletas motorizadas" que se produziam e circulavam no nosso país,faz com que nos lembremos de certas e mais algumas "cavaladas" que os nossos governos de então ( e tal como ainda hoje)praticavam ,dando "tiros nos pés". Porque durante muitos anos fabricavam-se excelentes bicicletas motorizadas (motociclos)com a capacidade de transporte de um passageiro inclusivamente o acento era para duas pessoas.No entanto o estado proibia essa lotação enquanto que já se exportavam para países em que era permitido a sua utilização plena.
Mais tarde e associado ás motos e motociclos , veio a obrigatoriedade do uso do capacete de protecção.Só que não protegia nada,ou antes protegia a conta bancária de alguns "respeitáveis ???" senhores que eram donos da fábrica que os produzia,pois que durante vários anos só era permitidos os capacetes que o Governo permitia.(mais ao menos o que acontece hoje com os coletes reflectores que nunca sabemos onde estão até ser necessário".Não contesto a sua eficácia mas sim a exigência de terem que ser os homologados pelo estado é que valem ???Porquê???
Assim vai a vidinha e se não me resguardo começo a falar na famigerada taxa verde e ás tantas o Governo começa a taxar á cabeça todas as embalagens de fiambre,chouriços e etc...
Mas que tínhamos belas Motorizadas fabricadas cá em Portugal isso tínhamos. Eu tive uma STERZI Italiana de três velocidades no punho,válvulas á cabeça e combustível gasolina normal.Durou pouco porque eu tinha a mania do moto -cross e o meu pai se encarregou de a despachar.
Um abraço e desculpem algumas divagações por terrenos menos apropriados para a altura.
Henrique Cerqueira

Anónimo disse...

Bela foto! Parabéns a quem dirige o blog, e também aos que contribuem para ele.
M Manuel