sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14224: Notas de leitura (679): Do livro "Família Coelho", edição de autor, 2014, de José Eduardo Reis Oliveira (JERO) (6): A Terceira Geração d'Os Coelhos (2)

 


1. Do livro, Família Coelho,(*) da autoria do nosso camarada José Eduardo Oliveira (JERO) (ex-Fur Mil da CCAÇ 675, Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66), aqui fica a segunda parte do capítulo dedicado à Terceira Geração.




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Notas do editor

(*) Poste anterior de 4 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14219: Notas de leitura (677): Do livro "Família Coelho", edição de autor, 2014, de José Eduardo Reis Oliveira (JERO) (5): A Terceira Geração d'Os Coelhos (1)

Último poste da série de 6 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14223: Notas de leitura (678): “Morreremos Amanhã”, por Carlos Tomé, Artes e Letras, Ponta Delgada, 2007 (Mário Beja Santos)

2 comentários:

Hélder Valério disse...

Meu bom amigo Jero

Li com atenção, e interesse, este episódio da saga da "Família Coelho".

E fiz isso porque estes aspectos sócio-culturais sempre me interessaram: gosto de tentar perceber de 'onde se vem e para onde se vai'.

É que, do meu ponto de vista, o que escreveste, mais do que percorrer a vida da referida Família, o que podemos ver é a vivência das diferentes épocas que atravessam os vários períodos e com as suas personagens características, como interagiram com a comunidade e, ao mesmo tempo também se pode entender como ia a região e até o País.

É claro que muitos dos nossos camaradas, 'tabanqueiros' ou simples leitores, poderão dizer "e o que é que isto tem a ver com a Guiné?". E têm razão, em parte!
Por aqui não se poderão contar as munições gastas nas 'operações XX ou YY', não se poderão contabilizar as toneladas de material apreendidas ao IN.

Mas pode-se compreender com as diferentes populações (neste caso a de Alcobaça) foi vivendo as várias peripécias do dia-a-dia e como se formaram as suas mentalidades colectivas.

Aliás, alguns dos episódios que relatas, principalmente os relacionados com as figuras 'marcantes' da Vila, figuras que aparecem quase sempre por aqui e por ali, não são assim tão estranhos. Com algumas diferenças, é certo, também fui vivendo episódios caricatos na 'minha Vila'.
Esse "Carlos Epifânio" era uma figura que hoje seria classificada de "cromo". E os dois episódios que relatas, tanto o "normal" como o "da bolinha", são bem ilustrativos da vida na província. E se calhar, não só. Por acaso conheci quem já bastante mais tarde do que na época relatada, anos sessenta, também usava o truque da 'nota grande', na altura uma nota de 500 (das tais que não se podia deitar fora, como se dizia numa canção), para tentar 'enrolar' umas borlas...

Já agora, a talhe de foice, ofereceram-me pelo Natal um livro de um conterrâneo meu, de Vale da Pinta, cerca de quatro anos mais velho, que também resolveu escrever as suas memórias/vivências e ao ler também me fez recordar partes da minha infância, mesmo que só pelas "Festas" passasse algum tempo na Aldeia. Chamou ao livro, "Degraus e Marcos da Vida", da Chiado Editora e o seu autor "Zécarias", de nome real José Caria Luís, também recorre a algumas figuras típicas, uma delas o Zé do Bedo, por sinal familiar por afinidade do João Pereira da Costa.

Abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

Obrigado pelo teu excelente comentário, Hélder.Obviamente que tens razão em relação à maioria dos nossos camaradas, 'tabanqueiros' ou simples leitores, que têm todo o direito de pensar que estes temas nada tem a ver com a Guiné.
Mas quem esteve na guerra tinha família e memórias a milhares de kms. de distância.Pelo que ,depois de já tanto termos escrito (e lido) testemunhos sobre a nossa passagem pela guerra talvez seja tempo de falarmos das nossas origens.Dos "Degraus e Marcos da Vida". Abraço de Alcobaça.JERO