terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13968: Inquérito online sobre as nossas máquinas fotográficas e as fotos que tirávamos há 50 anos...





Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > Nos arredores de Bambadinca, à civil, em dia de repouso do guerreiro... O fur mil at inf,. do 3º Gr Comb, Arlindo T. Roda, batendo as suas chapas. Tem  cerca  de 300 "slides" que nos ofereceu e nos tem ajudado a  alimentar o blogue... Já não me recordo qual era marca e o modelo da sua máquina fotográfica, mas são dele, Arlindo T. Roda,  as melhores fotos, até agora divulgadas, de cenas no mato, em operações, e em helievacuações...

Arlindo Teixeria Roda, natural de Leiria, nasceu em Pousos, em 1/9/1947, vive em Setúbal, é apaioxando pelas damas e pelo xadrez, sendo atualmente o presidente da direção da Federação Portuguesa de Damas, onde continua a "fabricar campeões". Já não o vejo há séculos. Para ele vai um fraterno abraço natalício.




Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca ) >  CCAÇ 12 (1969/71) >  No decurso de um operação... algures do subsetor do Xime: atrevessia de uma lala, alagada... O Arlindop Roda é o primeiro do laedo esquerdo; por detrás dele o alf mil op esp Francisco Magalhães Moreira, comandante do 1º Gr Comb,  e o apontador de LGFog 3.7, Mamadú Silá, fula, da 2ª seção do 1º Gr Comb, (comandada pelo fur mil at inf, Joaquim João dos Santos Pina, natural de Silves, que será ferido em combate no decurso da Op Borboleta Destemida, em 14/1/1970)...

Fotos: © Arlindo T. Roda (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]



A. Mensagem enviada hoje pelo correio interno da Tabanca Grande:

Assunto - Sondagem: Máquinas fotográficas & fotografias, há 50 anos

Camaradas:

Em comentário a um poste, do passado dia 29 de novembro,  em que se pedia uma fotografia do "heróico" ferryboat "BOR" que fez a guerra e a paz (*), o João Silva, da CCAÇ 12 (Xime, 1973) dizia que conheceu o "BOR", velhinho, em fim de vida, ainda a trabalhar mas já rebocado... No entanto, "fotografias do BOR ká tem", que nesse tempo a máquina fotográfica ainda era um luxo ou uma "ave rara"...

Respondi-lhe que, com o patacão da guerra, alguns de nós, milicianos, comprámos as primeiras máquinas fotográficas, japonesas, que nos chegavam à Guiné (Bissau, Bafatá, Nova Lamego...), via Macau, a preços muito mais acessíveis do que na metróple...

Mas, mesmo assim, era de facto um objeto de luxo. Da malta da CCAÇ 12, do meu tempo (1969/71), poucos tinham máquina (que me lembre, os fur mil Arlindo Roda, Humberto Reis, Tony Levezinho)...

Depois havia, sempre um ou outro militar que montava o seu negócio de fotografia, e que inclusive tinha um pequeno estúdio para revelação... Houve quem ganhasse bom dinheiro com o negócio da fotografia... (Temos alguns camaradas, membros da Tabanca Grande, que podem dar o seu testemunho: estou.me a lembrar por exemplo,  do Albano Costa, o "fotógrafo de Guifões", Matosinhos).

Ao fim e ao cabo, estávamos longe de casa,. A Guiné era "fotogénica" (as bajudas, os macacos-cães, as bolanhas, os palmeiras, as tabancas, os trajes...), e toda a gente gostava de mandar um "postal ilustrado" para a metrópole, a família, os amigos... Quanto mais não fosse pra fazer a "prova de vida": mãe, pai, irmão, irmã, minha querida, meus amigos, nós por cá todos bem...

Pessoalmente tenho muito pena de, na altura, não me intersssar pela fotografia... Não tinha máquina, e muito menos disposição para me dedicar à fotografia... As poucas fotos que tenho foram tiradas e cedidas por camaradas...

A sondagem desta semana tem a ver com este tema....Podem dar mais do que uma resposta... Conto mais uma vez com a vossa valiosíssima colaboração. E, por favor, não deixem que as vossas fotos e "slides" acabem, ingloriamente, no contentor do lixo. Camaradas, não deixemos que nos tratem como lixo...

Respondam, não por email, mas diretamente, no blogue, no canto superior esquerdo a esta sondagem (vd. ponto B].

Um abraço a todos. E não se esqueçam nos mandar um gracinha de Natal como "prova de vida"... Há camaradas de quem já há muito não temos notícias... Esperamos que estejam bem, Boa saúde, e força para o novo ano que aí vem...

Um alfabravo, Luís Graça (e demais editores)

B. Sondagem: "TINHAS MÁQUINA FOTOGRÁFICA NO TO DA GUINÉ ?"

[Resposta múltipla: podes dar mais um resposta]


1. Nunca tive máquina no CTIG

2. Já levei uma, da metrópole

3. Comprei lá uma

4. Às vezes emprestavam-me uma máquina ou tiravam-me fotos

5. Tínhamos um "fotógrafo de serviço"

6. Tenho bastantes fotos a preto e branco

7. Tenho bastantes “slides”

8. Tenho algumas fotos e/ou "slides"

9. Não tenho fotos e/ou "slides"

_____________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 29 de novembro de  2014 > Guiné 63/74 - P13959: (Ex)citações (255); A minha aventura (e da minha mulher, grávida) a bordo da BOR, numa viagem atribulada entre Bolama e Bissau (Rui Santos, ex-alf mil inf, 4ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65)

3 comentários:

Anónimo disse...

A maioria das fotos que postei no blogue foi tirada pelo Sargento Patrocinio do DFE 21 e reveladas na camara escura do 21.Tinha comprado em Bissau um AKAI Deck para cassetes e 8 tracks que mais tarde troquei com um camarada do DFE 4, Tenente Capela, por uma Asahi Pentax 240z, que foi a minha companheira ate ao fim da comissao. Que eu saiba, ninguem do meu Destacamento levava maquina fotografica durante os patrulhamentos ou operacoes.

Anónimo disse...

Anonimo, nao.

Jose J.Macedo,DFE21
Cacheu, Bolama -Guine Bissau 1973-74

Carlos Pinheiro disse...

Caro Luis Graça
Já respondi ao inquérito e lá disse que comprei uma FUJICA, novinha em folha, vinda directamente do Japão para a Casa Costa Pinheiro que importava tudo e mais alguma coisa do Japão. Eram as FUJICAs, era tudo da SONY, tudo da Toyota, ligeiros e pesados, tudo de som da JVC NIVICO, motorizadas SUZUKI, relógios SEIKO, etc e tal.
Tenho algumas fotos,todas a preto e branco e algumas até já foram publicadas no blogue. Mas tenho algumas que por uma questão de ética - por estar com camaradas que entretanto morreram - me custa publicá-las. Mas vou vasculhar melhor o baú das recordações e depois falamos melhor. Um abraço
Carlos Pinheiro