sábado, 28 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13342: Agenda cultural (329): Lançamento do livro "Capitão de Abril", de Fernando Salgueiro Maia, apresentado pelo Cor Vasco Lourenço, dia 1 de Julho de 2014, pelas 18h30, na Associação 25 de Abril, Lisboa

C O N V I T E

1. Mensagem de Inês Figueiras com data de 27 de Junho de 2014

Assunto: Livro de Salgueiro Maia lançado nos 70 anos de nascimento

Livro de Salgueiro Maia lançado nos 70 anos de nascimento

Salgueiro Maia é homenageado esta terça-feira, 1 de Julho, dia em que faria 70 anos, com o lançamento da obra Capitão de Abril, na Associação 25 de Abril, em Lisboa, pelas 18:30 horas.

A apresentação ficará a cargo do coronel Vasco Lourenço. Natércia Salgueiro Maia e o biógrafo António de Sousa Duarte também participam na sessão.

O livro, escrito por Salgueiro Maia, com histórias da Guerra Colonial e do 25 de Abril, regressa às livrarias numa edição aumentada. Aos depoimentos que complementam a 1.ª edição, de Carlos de Matos Gomes, Francisco Sousa Tavares, Maria Manuela Cruzeiro e Vasco Lourenço, juntam-se os de António Sousa Duarte, Armando Fernandes e João de Melo.

Capitão de Abril contém ainda duas entrevistas – a primeira, cedida em 1974 a Adelino Gomes, e outra de 1988, a Fernando Assis Pacheco – e a reprodução fac-similada do relatório da “Operação Fim do Regime”.


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Fernando José Salgueiro Maia nasceu a 1 de Julho de 1944, em Castelo de Vide.
Frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, e o Ensino Secundário em Tomar e Leiria.
Viveu em Pombal, que considerou o local do seu “segundo nascimento”.
Aos 20 anos, ingressou na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresentou-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém.
Participou na Guerra Colonial, em Moçambique e na Guiné, tendo ascendido ao posto de capitão em 1971.
Delegado de Cavalaria, integrou a Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA).
Em 25 de Abril de 1974, comandou a coluna militar que, partindo da EPC, ocupou o Terreiro do Paço e cercou o Quartel do Carmo, em Lisboa, culminando na rendição de Marcello Caetano e na queda do Estado Novo.
Salgueiro Maia retomou o rumo da carreira militar, ascendendo ao posto de major em 1981.
Passou pelos serviços administrativos da Direcção da Arma de Cavalaria, em Lisboa, o Quartel-General da Zona Militar dos Açores, o Presídio Militar de Santarém e o Regimento de Cavalaria de Santa Margarida.
Licenciou-se em Ciências Políticas e Sociais, e em Ciências Antropológicas e Etnológicas, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa.
Em 1983, recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
De regresso à EPC, organizou o Museu de Cavalaria.
Em 1988, foi promovido a tenente-coronel.
Faleceu em 1992, após uma dura luta contra o cancro, tendo sido agraciado nesse ano, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Torre e Espada.
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O convite e a capa do livro seguem em anexo.

Para mais informações, por favor contactar:

Inês Figueiras
Âncora Editora
Av. Infante Santo, 52 – 3.º Esq.
1350-179 Lisboa
Tel. 213 951 221 | Tlm: 963 054 215 Fax 213 951 222
www.ancora-editora.pt
www.facebook.com/ancoraeditora

Obrigada.
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Nota do editor

Último poste da série de 28 de Junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13340: Agenda cultural (328): Apresentação do livro "Militares e Política - O 25 de Abril" por Jacinto Godinhoa, debate com a participação de Luísa Tiago de OLiveira e projecção de um documentário, dia 2 de Julho pelas 18h30 na Livraria Almedina-Estádio "Cidade de Coimbra", em Coimbra

1 comentário:

Mário Vitorino Gaspar disse...

Camaradas

Na madrugada de 25 de Abril de 1974, na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém foi afirmado por Salgueiro Maia - um nosso camarada e um Homem Grande da Tabanca - a frase que nunca esquecerei e tudo diz: - “Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!”.
E como todos nós sabemos os militares escutando estas palavras, que tão bem definem o estado em que nos encontrávamos dirigiram-se na direção de Lisboa para derrubar o Estado.
Não podemos esquecer o Salgueiro Maia e todos os camaradas que o acompanharam.

Mário Vitorino Gaspar
Ex-Furriel Miliciano, Atirador e Especialista de Minas e Armadilhas da Companhia de Artilharia 1659 - "ZORBA" que cumpriu o Serviço Militar de JAN67 a OUT68 em Ganturé e Gadamael Porto