segunda-feira, 5 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13102: Os Nossos Cartazes de Propaganda (4): Parte IV (Fernando Hipólito): Na mata (no CTIG dizia-se "no mato"...) só há fome e doenças...




Cartaz nº 12


Cartaz nº 13



Cartaz nº 14



Cartaz nº 15


Cartazes de propaganda das Forças Armadas Portuguesas, s/d, neste caso mais especificamente dirigidos a população que vivia "na mato" (na Guiné, dizia-se "no mato"), acentuando as virtudes da paz, sob o controlo das autoridadees portugueses, contra os males da "vida na mata" (doença, morte, terror imposto pelos "bandidos") ... Foram recolhidos entre 1969 e 1971, pelo nosso camarada Fernando Hipólito e por ele digitalizados. Tudo indica que tenham sido usados no TO de Angola. Na Guiné, aos novos aldeamentos chamavam-se "reordenamentos". E aos cartazes eram escritos em crioulo ou em português e crioulo.

Imagens: © Fernando Hipólito (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]


1. Estes cartazes pertencem à coleção do Fernando Hipólito [, foto atual à esquerda, ].

O Fernando passou pelo CISMI, Quartel da Atalaia, Tavira, 3º turno, 1968, antes de ser mobilizado para Angola. Foi fur mil, CCAÇ 2544, 1969/71. Esteve a maior parte do tempo no leste de Angola, em Lumege. Está reformado da sua atividade de vendedor numa empresa de tintas de impressão.

Estes cartazes foram recolhidos por ele entre 1969 e 1971, têm hoje um real valor documental e historiográfico. São documentos avulsos, que estamos a publicar ao longo de vários postes (*). Estetica e graficamente  eram, em geral, pobres. Não sabemos qual era a eficácia comunicacional destes cartazes: presume-se que fosse baixa. Eram provalmente feitos por gente em Lisboa que pouco ou nada comnhecida da realidade local...  O serviço de propaganda do exército tinha a obgação de fazer muito mais e melhor (*)

 _____________

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá Camaradas
Não se pode dizer que as autoridades portuguesas fossem muito felizes com os temas que escolhiam para a bordar junto da população que acompanhava os guerrilheiros e muito menos no modo como se lhes dirigia. Será que, no fundo, as autoridades sabiam que as escolhas estavam feitas e que, desde os primeiros combates os terrenos ficaram definidos?
Um Ab.
António J. P. Costa

Luís Graça disse...

propaganda | s. f.

pro·pa·gan·da
substantivo feminino
1. Conjunto de actos que têm por fim propagar uma ideia, opinião ou doutrina.
2. Associação que tem por fim a propagação de uma ideia ou doutrina.

"propaganda", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/propaganda [consultado em 07-05-2014].

Anónimo disse...

OK Camarada
Mas fazer "propaganda" não pode ser confundido com publicidade enganosa e a propaganda tem de atingir o público-alvo e virá-lo na direcção que interessa, ou seja a "nossa".
Por isso tem de ser, para além de adequada, bem feita e atraente e não esta "esgarça" que só faz rir - naquele tempo já fazia - ou terá efeito contrário.
Por fim, é muito problemático e até difícil actuar num sítio onde as opções estão feitas.
Um Ab.
António J. P. Costa