sábado, 7 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12409: O que é que a malta lia, nas horas vagas (10): Assinava o "Comércio do Funchal" e a "Seara Nova" e tinha os meus livros, alguns do Máximo Gorki, por exemplo (Hélder Sousa, ex- fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72)

1. Comentário ao poste P12371 (*), da autoria do Hélder Sousa [ex-Fur Mil de Transmissões TSF, Piche e Bissau, 1970/72]


Pois... o que é que a malta lia...

Sobre este assunto, este tema, já dei algum contributo com um artigo que enviei e que saiu em poste  intitulado "Os meus livros", salvo erro. (**)

Em Piche lia tudo o que por lá aparecia, em termos de jornais, claro. Havia quem recebesse o "Paris Match", a "Playboy", coisas assim. Claro que também tinha os meus livros....

Em Bissau lia os jornais que estavam no bar da messe de sargentos de Santa Luzia, jornais diários de Lisboa, não me recordo com que actualidade mas não teriam mais que um dia de atraso.

Era assinante do "Comércio do Funchal",  que recebia sem problemas, e também duma revista chamada "Seara Nova", embora não versasse temas de agricultura em particular.

Tinha, naturalmente, os meus livros e cheguei a promover a leitura e estudo de um livro sobre economia, que me entretinha a copiar capítulos que dactilografava nas noites de serviço para posterior leitura colectiva e estudo com outros camaradas que também se interessavam pelo tema.

É tudo! (quase) (***)

Abraço
Hélder S.



Capa do livro do Máximo Gorki, "As Minhas Universidades" (Lisboa: Editorial Início, 1971, 416 pp. Coleção Obras Completas, 4)

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Notas do editor:

(*) 1 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12371: O que é que a malta lia, nas horas vagas (1): a revista "Time", de 10 de maio de 1971 (Jorge Pinto, ex-alf mil, 3.ª CART / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74)

(**) Vd. poste de 7 de junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4474: Histórias em tempos de guerra (Hélder Sousa) (5): Os meus livros

(...) na Guiné não deixei de pertencer à tal geração do livro, persistindo em mantê-lo por companhia e como elemento essencial de vida. A prová-lo está essa foto que envio, tirada no quarto, em Bissau, na moradia anexa ao Centro de Escuta onde prestava serviço. Estou a ler um jornal que me chegava por correio, visto ter assinatura, e que se chamava “Comércio do Funchal”. Na mesa de apoio, ao lado da cama, é visível um livro intitulado “As Minhas Universidades”, dum conhecido autor russo. Por debaixo desse, está um livro encapado que não me consigo recordar o que seria. Ao lado está um livro sobre economia, que cheguei a estudar com mais dois camaradas de serviço, sendo que para isso aproveitava os turnos de serviço nocturno, das 01.00 às 07.00, para passar a folhas A4 dactilografadas e com papel químico, para serem lidas e comentadas posteriormente. 

Por debaixo dos envelopes das cartas de avião está um outro livro encapado, mas esse sei que seria um livro intitulado “A Mãe”, do mesmo autor de “As Minhas Universidades” [, Máximo Gorki]. Tinham capas para furtar a curiosidade dos bisbilhoteiros e/ou bufos e tentar preservar o mais possível a integridade física (a minha). (...)

(***) Último livro da série > 6 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12403: O que é que a malta lia, nas horas vagas (9): O único título que lembro é o "Diário de Lisboa" (Vasco Pires)

Guiné 63/74 - P12408: Convívios (554): Tomada de posse dos novos Órgãos Directivos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes seguido de almoço (Carlos Vinhal)

TOMADA DE POSSE DOS NOVOS ÓRGÃOS DIRECTIVOS DO NÚCLEO DE MATOSINHOS DA LIGA DOS COMBATENTES SEGUIDO DE ALMOÇO/CONVÍVIO

No passado sábado, dia 30 de Novembro, na Sede do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, sita na antiga Escola Primária do Araújo - Leça do Balio, houve o tradicional Magusto, pretexto para mais um convívio entre os seus associados e respectivos familiares. Este ano antecedeu da tomada de posse dos primeiros Órgãos Directivos saídos do acto eleitoral que decorreu no passado dia 15 de Novembro.
De salientar que apesar da muita obra já feita, este Núcleo, que está instalado em Matosinhos desde Julho de 2010, tinha aos comandos de uma Comissão Administrativa o senhor TCOR Armando Costa, Presidente, coadjuvado pelos senhores: SAJ Carlos Osório, Secretário; SAJ Joaquim Oliveira, Tesoureiro; 1.º Vogal SMOR Joaquim Ribeiro e 2.º Vogal SCH José Neto.

O programa para o dia estabelecia o hastear da Bandeira Nacional pelas 12 horas.
Para o efeito foi formada um guarda de honra, chefiada pelo SCH José Neto, composta pelos ex-combatentes do ultramar que tinham levado a sua boina. A bandeira subiu ao som do toque de continência emitido por uma amplificação sonora.

Na foto: Sargento Chefe José Neto e os ex-combatentes: Abel Santos, Francisco Oliveira, Amorim, (?), Carlos Vinhal, António Fangueiro, Ribeiro Agostinho, Raul Ramos e (?).

Cerca do meio-dia, estas as pessoas que assistiram ao hastear da Bandeira Nacional.

Seguiu-se a cerimónia protocolar da tomada de posse dos novos Órgãos Directivos, Assembleia Geral e Direcção. Presidiram ao acto: o senhor COR Barbosa Pinto, que se deslocou da cidade do Porto, em representação da Direcção Central da Liga; o senhor TCOR Armando Costa, Presidente da Comissão Administrativa cessante e a Eng.ª Sandra Pirraco, Vogal da Agregação das Freguesias de Leça do Balio, Custóias e Guifões.

Momento em que o ex-combatente Raul Reina Ramos, na qualidade de apresentador/coordenador, dava as boas-vindas aos presentes e início à cerimónia protocolar.

Aspecto da assistência

Primeiro elemento a tomar posse, o Presidente da Assembleia Geral, ex-combatente Manuel José Ribeiro Agostinho

Momento em que o 1.º Secretário da Assembleia Geral, ex-combatente Carlos Vinhal, lia o compromisso de honra.

Momento da assinatura de tomada de posse do Presidente da Direcção, TCOR Armando José Rbeiro da Costa

Momento da assinatura do Secretário da Direcção, SAJ Joaquim António Madureira Oliveira.

Assinatura de tomada de posse do Tesoureiro da Direcção, SAJ Luís Manuel Guedes Ribeiro 

Terminada a tomada de posse de todos os elementos que compõem os novos Órgãos Directivos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, tomou a palavra o novo Presidente da Direcção, senhor TCOR Armando Costa...

...que agradeceu aos presentes a disponibilidade para assistirem ao acto de posse que havia terminado momentos antes. Deixou depois uma palavra de apreço aos colegas de Comissão Administrativa cessante pelo seu trabalho desinteressado e valioso para levar a cargo a formação e instalação do Núcleo em Matosinhos. Falou ainda dos projectos da Direcção empossada, quer no que concerne ao que aos ex-combatentes é devido em termos de reconhecimento público, quer no apoio aos doentes e aos de algum modo em estado de carência.
Exaltou à união de todos os ex-combatentes, sendo que a maneira mais expedita é através da Liga, apelando assim a que se tornem sócios desta conceituada e mui antiga organização.

Tomou seguidamente a palavra o senhor COR Barbosa Pinto, na cerimónia representando a Direcção Central da Liga, para agradecer o convite, comprometendo-se a sensibilizar "Lisboa" a vir conhecer o trabalho desenvolvido em Matosinhos por este jovem Núcleo. 

Terminou de forma brilhante e emotiva esta cerimónia com a espectacular interpretação do Hino da Liga dos Combatentes pelo SAJ Luís Manuel Guedes Ribeiro.

Foto de família dos empossados. A partir da esquerda: Dr. João Manuel Nunes Campos, 2.º Secretário da Assembleia Geral; SAJ Carlos Osório, 1.º Vogal da Direcção; SAJ Guedes Ribeiro, Tesoureiro; TCOR Armando Costa, Presidente da Direcção; SAJ Joaquim Oliveira, Secretário da Direcção; SCH José Neto, 2.º Vogal da Direcção; Francisco Oliveira, 1.º Vogal Suplente da Direcção; José Santos, 2.º Vogal Suplente da Direcção; Ribeiro Agostinho, Presidente da Assembleia Geral e Carlos Vinhal, 1.º Secretário da Assembleia Geral.

Após o nosso camarada Raul Ramos dar por encerrada a cerimónia, os presentes desceram para a sala de jantar onde foi servido o almoço e onde não faltaram as entradas, peixe e carne grelhados, bom vinho, castanhas, caldo verde e variadas sobremesas confeccionadas por senhoras que se voluntariaram para o efeito. É justo salientar que muito do que se comeu era produto da oferta de alguns dos presentes. Para ajudar a pagar outras despesas, cada inscrição implicou um custo simbólico.

Justa homenagem aos grelhadores de serviço, SAJ Joaquim Oliveira, Raul Ramos e Ribeiro Agostinho

Era este o aspecto da sala com cerca de 90 comensais bem dispostos e com apetite.

O convívio terminou com a actuação do fadista leceiro (de Leça da Palmeira, para não confundir com Leça do Balio) Edgar Lima que se fez acompanhar de mais três amigos seus, fadistas, acompanhados por uma guitarra portuguesa e uma viola, que muito alegraram o fim de festa.

O artista leceiro Edgar Lima durante a sua animada actuação

Termino esta reportagem com uma palavra de mágoa porque, pese embora a dignidade com que o senhor COR Barbosa Pinto representou a Direcção Central do Liga, gostaríamos de ter visto na cerimónia de posse dos primeiros Órgão Directivos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes eleitos por sufrágio, um elemento vindo de Lisboa, por que não até o senhor Gen Chito Rodrigues.

Fotos: Dina Vinhal, Liga dos Combatentes e Edgar Lima

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 7 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12405: Convívios (553): Convite: dia 15, às 15h, no Centro Comunitário do Casal das Paradas, A dos Cunhados, Torres Vedras, para um abraço fraterno, natalício e de mata-saudades (João e Vilma Crisóstomo, vindos de Nova Yorke a caminho da Eslovénia onde vão passar o Natal)

Guiné 63/74 - P12407: Tabanca Grande (412): Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, CCAÇ 3398 (Buba, 1971/72) e CCAÇ 6, Onças Negras (Bedanda, 1972/73), grã-tabanqueiro nº 633



Lourinhã > Atalaia > Porto das Barcas > 13 de agosto de 2010 > Natural do Cadaval, o Joaquim Pinto de Carvalho, ou simplesmente, Pinto de Carvalho, tem de há muito amigos e casa no concelho vizinho da Lourinhã. Esta foto foi tirada num convívio de amigos na sua casa do Porto das Barcas, sobranceira ao grande oceano Atlântico. Ele e a Céu são pessoas que gostam e sabem receber, com arte & (de)coração...Com uma filha arquitecta, meteram-se agora num projeto de turismo rural que está a ser um sucesso: Artvilla: Casas de Campo, no sopé da Serra de Montejunto, em Vila Nova, Vilar, Cadaval.

Foto (e legenda) © Luis Graça (2010). Todos os direitos reservados


Óbidos > 16 de Agosto de 2011 > O António Teixeira (1948-2013) e o Pinto Carvalho, uma grande amizade que vinha já da Guiné, e mais concretamente de Bedanda... Graças também ao nosso blogue, os bedandenses fizeram, ainda em 2011, o seu primeiro encontro, alargado.

Foto (e legenda) © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados.


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) > Legenda: "Nesta foto está o Figueiral em frente (ao meio) de óculos escuros e a comer uma cabritada com a garrafa de Casal Garcia á frente. Eu estou do lado esquerdo da fota, com o frigorifico atrás de mim. De costas para a foto está o Pinto Carvalho. Do lado direito da foto, em primeiro plano está o Alferes Bastos, o homem do obus (Alf de Artilharia) e logo a seguir, portanto à esquerda do Figueiral,  está um segundo tenente de que não me recorda o nome. Era habitual haver um abastecimento via barco por mês e que vinha sempre escoltado pela Marinha, ficando o Oficial instalado lá no quartel [, em Bedanda, na margem esquerda do Rio Cumbijã]"

Foto (e legenda): © António Teixeira (1948-2013) / Blogue Luís Graça & Caramadas da Guiné (2013). Todos os direitos reservados




Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1972/73) >  Ao centro, o Mário Bravo, ladeado pelo Figueiral (à sua direita) e o Pinto Carvalho (à sua esquerda)...

Estas duas fotos, a preto e branco, publicadas acima, são do meu amigo Pinto Carvalho,  que em 13/8/2010, me  autorizou a "violar" a sua privacidade em Bedanda, metendo o bedelho - e a máquina fotográfica - no seu álbum fotográfico do seu tempo de menino e moço.

Mostrei-as ao Mário Bravo e a outros camaradas bedandenes que não tiveram, na altura,  dificuldade em reconhecer o alf mil Pinto Carvalho, de estatura meã, magro, que usava bigode  e patilhas, às vezes barbas....

Foto: © Pinto Carvalho / Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados



Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 (1971/72) > Foto, sem legenda, do álbum do ex-alf mil Pinto Carvalho, hoje jurista, sendo especialista em direito laboral,...  O Pinto Carvalho é o primeiro do lado esquerdo da segunda fila, de pé.

No primeiro  plano, o segundo a contar da direita é o Mário Bravo, grande craque da bola e grande camarigo... Recorde-se que o Mário esteve em Bedanda, desde finais de 1971 até aos primeiros meses de 1972. A CCAÇ 6 era companhia baseada em soldados do recrutamento local, o seu pessoal metropolitano (incluindo quadros e especialistas) era de rendição individual.

 Estas duas fotos, a preto e branco, publicadas acima, são do meu amigo Pinto Carvalho,  que em 13/8/2010, me  autorizou a "violar" a sua privacidade em Bedanda, metendo o bedelho - e a máquina fotográfica - no seu álbum fotográfico do seu tempo de menino e moço.

Mostrei-as ao Mário Bravo e a outros camaradas bedandenses que não tiveram, na altura,  dificuldade em reconhecer o alf mil Pinto Carvalho, de estatura meã, magro, que usava bigode  e patilhas, às vezes barbas....
Foto: © Pinto Carvalho / Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados




Capa do jornal de caserna "O Seis do Cantanhez", criado e dirigido pelo Cap Gastão e Silva, da CCAÇ 6, tinha como redator-coordenador o alf mil Pinto Carvalho e, entre outros membros da redação, o saudoso alf mil António Teixeira (1948-2013).

Fonte: Cortesia da Biblioteca do Exército (2013)


1. Em  comentário, de 16/6/2012, ao poste P10033 (*), eu escrevi o seguinte:

O êxito do 2º encontro dos nossos camaradas bedandenses deve-se a dois pares de razões… Por um lado, às qualidades de comandante do António Teixeira (Tony, para os amigos), à sua capacidade de liderança motivacional e de organização, qualidades que eu topei logo quando o conheci, o verão passado, na Lourinhã, por intermédio de um amigo comum, o Pinto Carvalho, o mais lourinhanse dos cadavelenses que eu conheço…

O segundo par de razões, apresentou-as o próprio organizador, no início do seu relatório de mais esta operação “saudade”, levada a bom termo… Tem a ver a com o “bom irã” de Bedanda, essa terra mágica:

(,,,) “muitos dos presentes neste encontro não se conheciam, visto terem pisado naquele chão em alturas muito diferentes. Mas aquele chão, aquela terra, é mágica, e exerce sobre nós um poder fantástico, poder esse que nos move e nos transcende. Assim, e já depois do grande êxito que foi o nosso primeiro encontro, este ultrapassou todas as expectativas, conseguindo juntar 48 convivas, que por lá passaram entre 1963 e 1974. E nem o dia cinzento, com uma chuva miudinha à mistura, arrefeceu o nosso entusiasmo. Logo ao primeiro abraço era como se sempre nos tivéssemos conhecido”. (…)

 (...) A propósito, estou a tratar dos papéis para “legalizar” a presença do Pinto Carvalho na Tabanca Grande… Tem nada mais nada menos do que sete referências do nosso blogue, e ainda não consta da lista alfabéticas dos nossos mais de 560 grã-tabanqueiros! Imperdoável, mas o lapso é meu...

Tive pena de, mais uma vez, de não poder partilhar, ao vivo, as alegrias deste encontro de “bedandenses”… Mas prometo que à terceira é de vez, e que por nada deste mundo vou perder a sardinhada, marcada para Peniche, em Setembro, até por que vai ser organizada por um profissional de saúde, que eu conheço, se não me engano quando ele era diretor do centro de saúde de Peniche, no século passado… Agora, o que eu não sabia que ele era um grande camarada da Guiné e um ainda melhor bedandense (...).

Na realidade, só este ano, no passado dia 28 de setembro,  é que eu pude ir a ao convívio dos bedandenses, à tal sardinhada que, julgo eu, só nessa altura veio a ser concretizada. Infelizmente, já não pôde comparecer, por motivo de doença,  o nosso Tony. Na realidade, a primeira e última vez que o vi foi no verão de 2011, na Lourinhã, nuns dias maravilhosos que passamos juntos, vários casais de amigos. Um ano depois morria a Cindinha, sua esposa. E agora foi a vez de ele, Tony Teixeira, nos deixar... No poste em sua memória eu prometi:

"Tony, vais ficar aqui, junto dos nossos corações. Não te vamos esquecer, prometo! E o Joaquim Pinto Carvalho vai tomar o teu lugar, sob o poilão da nossa Tabanca Grande. Descansa em paz, meu "onça negra"! (LG)".

Chegou a  vez de eu, envergonhado pelo atraso,  cumprir a promessa que eu fiz ao Tony e que, no caso do Joaquim, era já uma ameaça que tinha quase 3 anos:  a de sentar mais um bedandense, e para mais meu amigo, à sombra do  poilão da Tabanca Grande. 

O Joaquim já devia cá estar pelo menos desde o dia 23/1/2011, aquando da entrada do Tony Teixeira. "Questões processuais" (que ele entende, até por que é advogado) impediram a sua entrada automática... Por outro lado, ele tem uma vida profissional muito ocupada e, em boa verdade, não é grande fã das redes sociais e dos blogues... Mas já cá está, finalmente: é o grã-tabanqueiro nº 633 (**). Trata-se apenas de reparar um lapso do editor...

PS - Durante um ano (1971/72), ele também foi alf mil at inf na CCAÇ 3398, em Buba. Quando regressou de férias, em meados de 1972, tinha "passaporte e bilhete marcados" para  Bedanda, sede ds africana CCAÇ 6.

Guiné 63/74 - P12406: Bom ou mau tempo na bolanha (38): Um silêncio abandonado (Tony Borié)

Trigésimo oitavo episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do Cmd Agru 16, Mansoa, 1964/66.



Já passava da uma hora da manhã, eram quase duas, no aquartelamento de Mansoa, felizmente nada se ouvia. O Cifra estava de serviço das suas tarefas, a temperatura era quente e húmida, como sempre não trazia camisa, mas transpirava mesmo, tinha consigo um púcaro dos do café, que alguém trouxe para o centro cripto, e que todos usavam, com alguma água tirada de um barril do vinho, que com o tampão de cima removido, servindo de tampa, era utilizado como depósito da água, que quase todos os dias alguém mudava. A garrafita da coca-cola, que era a sua companheira nos últimos meses de comissão, que continha tudo, menos coca-cola, estava lá dentro, vazia, ao lado do maço de cigarros “três-vintes”. Não corria nenhuma aragem, o Cifra estava cá fora sentado no patamar de cimento, que havia em frente ao centro cripto, o outro militar, que estava nas suas tarefas de receber mensagens, na porta ao lado, onde funcionava o centro de transmissões, ressonava, era bom sinal, não havia mensagens, e não havendo mensagens, eram boas notícias, era sinal de que tudo devia de estar a correr em silêncio, sem combates, feridos ou mortes.


O Cifra, olha em volta de si e, na escuridão, que não era muito acentuada nessa altura do ano, verifica que estava tudo num silêncio abandonado, não havia qualquer sentinela, estavam nessa altura na colocação do arame farpado no lado sul. Já havia alguns abrigos, mas o resto de onde iria ser o novo aquartelamento, era um deserto, aberto, livre e, se um guerrilheiro, com o mínimo de treino militar, quisesse entrar dentro do que iria ser o novo aquartelamento, não só entrava, como até podia ir ver se havia um bocado de pão na cozinha improvisada do Arroz com Pão, que era o cabo do rancho, onde o Cifra ia quase todos os dias roubar um naco de pão. O Cifra, como era um razoável militar, mas um fraco, mesmo fraco guerreiro, com estes pensamentos, por momentos ficou arrepiado, olhou em seu redor e fugiu para dentro do centro cripto, como que a proteger-se e, já fechado lá dentro, continuou a pensar na sorte que tinha e na improvisação que eram as instalações militares em seu redor.


Estávamos numa guerra, onde quase tudo era improvisado e que alguém, ninguém sabe quando e como, começou, sem saber quem e como, a ia acabar. Alguns de nós tivemos única e simplesmente sorte, em regressar a Portugal vivos.

Tony Borie, 2013.

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Nota do editor

Último poste da série de 30 DE NOVEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12366: Bom ou mau tempo na bolanha (37): Temos boca, falamos (Toni Borié)

Guiné 63/74 - P12405: Convívios (553): Convite: dia 15, às 15h, no Centro Comunitário do Casal das Paradas, A dos Cunhados, Torres Vedras, para um abraço fraterno, natalício e de mata-saudades (João e Vilma Crisóstomo, vindos de Nova Yorke a caminho da Eslovénia onde vão passar o Natal)


Anúncio, original, mandado publicado no jornal regionalista "Badaladas" (Torres Vedras), pelo  nosso João Crisóstomo, butler (mordomo), de profissão, a viver a Nova Iorque desde 1975, e recém casado, em segundas núpcias,  com a eslovena Vilma Kracun (20/4/2012).  O casal, de passagem por Portugal, marcou  encontro com a família e os amigos do João, no Casal das Paradas, A dos Cunhados, Torres Vedras, no dia 15 do corrente pelas 15h.

Recorde-se que a  história de amor da Vilma e do João já tinha sido publicada em The New York Times, de 28/4/2012, e antes disso no nosso blogue. E chegou também, mais recentemente, à imprensa portuguesa (Expresso, 24/8/2013).

O João Crisóstomo...

(i) é  natural de A-dos-Cunhados, Torres Vedras;
(ii) foi alf mil, na CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/66);
(iii) vive em Nova Iorque desde 1975;
(iv) é um mediático ativista comunitário, tendo estado ligado à defesa de três causas que tiveram repercussão internacional e que nos  dizem muito, a nós, portugueses (gravuras de Foz Coa, independência de Timor Leste e memória de Aristides Sousa Mendes); e, não menos importante,  (v) integra a nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010.



1. Mensagem de 3 do corrente, enviada pelo nosso camarada e amigo João Crisóstomo:

Caríssimos amigos,

Desculpem este e-mail que apenas envio por me ser impossível telefonar directamente como eu gosto de fazer.especislmente nesta época do ano.

Seria alegria grande para mim poder dar um abraço a todos os meus amigos, mas ... não me é possível, como podem verificar. Envio pois cópia de um anuncio que pus e saiu no jornal Badaladas de Torres Vedras, minha terra natal, que espero seja elucidativo 

Seria presunção da minha parte esperar deslocações grandes dos meus amigos só para um abraço, embora isso fosse alegria grande para mim. Mas, para o caso de alguém estar por perto...

Não levem a mal este meu grito de saudação. Serve para dizer a todos, quer estejam presentes ou não, que os não esqueço nesta época festiva e a todos envio um grande e caloroso abraço de amizade e bons desejos. extensivos aos queridos de cada um. 

Boas Festas e um 2014 maravilhoso para todos vocês..... (E se puderem, apareçam por lá no dia 15, é um domingo!!!).

João e Vilma

2. Comentário de L.G.:

João,  conforme a nossa conversa ao telefone, hoje, está garantida a  nossa presença, minha e da Alice, no sítio combinado, dia 15, às 15h. E só espero que mais amigos e camaradas se possam juntar aos teus familiares e amigos para juntos podermos fazer uma pequena grande festa de Natal!... O Eduardo Jorge Ferreira, nosso grã-tabanqueiro e também teu conterrâneo, já respondeu afirmativamente á chamada. Um beijinho para a Vilma. Um abração para ti. Façam boa viagem até à nossa santa terrinha! Até ao dia 15! Luis

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12404: Condecoração de Ex-Combatentes em 04DEZ2013 no Depósito Geral de Material do Exército (Jorge Araújo)

1. O nosso camarada o Jorge Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger a, CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, 1972/74), enviou-nos a seguinte mensagem.

CONCESSÃO DE MEDALHA COMEMORATIVA 
DAS CAMPANHAS

Condecoração de Ex-Combatentes em 04DEZ2013 no Depósito Geral de Material do Exército

I– A CERIMÓNIA SOLENE

Na passada quarta-feira, dia 04Dez2013, participei na cerimónia solene de imposição de «Medalha Comemorativa das Campanhas», na qualidade de agraciado, na sequência da convocatória endereçada pelo Depósito Geral de Material do Exército, através de ofício datado de 13Nov13, no momento em que se aproxima a data do quadragésimo aniversário do nosso regresso da Guiné, ocorrido em Abril/1974.

Na cerimónia da concessão de medalhas, iniciada pelas 15:00 horas nas instalações da unidade militar acima citada, sediada na Estrada do Infantado, em Alcochete, marcaram presença três pelotões que, perfilados diante da tribuna, fizeram a Guarda de Honra aos que deram origem à realização do acto solene – os Ex-Combatentes.

A concessão da Medalha Comemorativa das Campanhas foi conferida a um total de vinte e quatro ex-militares que, por terem sido combatentes num dos diferentes T.O. [ou ex-Províncias Ultramarinas], a ela adquiriram, por direito próprio, a sua atribuição.

Presidiu à cerimónia solene o Exmo. Director do DGME, Cor Ad Mil. Rui Alexandre de Castro Jorge Ramalhete, que contou ainda com mais alguns Oficiais Superiores, todos eles participantes na imposição das condecorações, a saber: Subdirector do DGME, TCor Eng Mat António José dos Santos Martins; TCor Jorge Pereira; Major José Luís dos Santos Salsinha Ninitas; Cap Paulo Jorge Paulino Barata; Cap Alcino Fernando Cardoso Santos e Cap Carlos Manuel Fernandes Martins.

Na sua alocução de abertura, o CMDT do DGME, Cor Rui Ramalhete, saudou, em seu nome e no da sua unidade, todos os presentes designados para receber a condecoração, exaltando o papel dos ex-combatentes das diferentes armas, no seu superior desempenho além-fronteiras, particularmente aqueles que combateram nas ex-colónias.

Seguiu-se a cerimónia das condecorações, organizada segundo o T.O. onde foi prestada a comissão de serviço, de acordo com a seguinte ordem: Índia, Angola, Moçambique e, por último,Guiné. Concluída a cerimónia de condecorações, a força perfilada na parada desfilou diante da Tribuna onde se encontravam as Autoridades Militares, os Ex-Combatentes e alguns dos seus familiares que assistiram ao acto, conferindo-lhe um sinal de dignidade que o contexto justificava. 

Para encerrar a cerimónia, teve lugar uma pequena confraternização nas instalações sociais do DGME, onde interagiram os actuais Quadros Superiores do Exército daquela Unidade e os Ex-Combatentes, tendo sido servido um Porto de Honra.

II– OS CONDECORADOS

Como elemento meramente estatístico, procedemos à elaboração de um quadro de frequências, tendo por base a distribuição do universo dos Condecorados [vinte e quatro] por duas variáveis categóricas: a ex-Província Ultramarina onde foram combatentes e os anos [período] em que decorreu cada uma das comissões de serviço. 

Da análise quantitativa dessas variáveis, foi elaborado o presente quadro.

Como curiosidade, é de referir que o Condecorado da Campanha da Índia – o ex-Soldado Leonel Augusto Costa da Silva –foi feitoprisioneiro em Goa no dia 19Dez1961, ou seja, há cinquenta e dois anos.

Outra situação assaz curiosa, agora da Guiné, foi revelada pelo Condecorado ex-Soldado Joaquim Guerreiro Felicidade, da CCAÇ 622 [1964/1966], que, tendo estado no Xitole o tempo completo da sua comissão, nunca conheceu o Xime, pelo facto do seu desembarque, e depois embarque para Bissau, ter acontecido em Bambadinca a bordo de uma L.D.M. [Lancha de Desembarque Média]. Revelou, também, que as suas férias na Guiné foram passadas em Bafatá.

III– A MEDALHA COMEMORATIVA DAS CAMPANHAS

A medalha que abaixo se reproduz foi o exemplar distribuído na cerimónia. Trata-se de um desenho que foi aprovado em 2002, com imagens nos dois lados da medalha: anverso e reverso.

O anverso contém:

Emblema Nacional rodeado de um listel circular com a legenda «CAMPANHAS E COMISSÕES ESPECIAIS DAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS», em letras de tipo elzevir, maiúsculas, e a legenda cercada de duas vergônteas de louro, frutadas e atadas nos topos proximais com um laço largo, encimando este conjunto, uma coroa mural de cinco torres.

O reverso contém:

Um disco tendo, na parte superior, uma Bandeira Nacional; sobrepostas a ela, e medindo quase todo o diâmetro, as figuras de um soldado do Exército, à dextra, um soldado da Força Aérea, ao centro, e um marinheiro da Armada, à sinistra, de pé e firmados num pedestal; o disco rodeado da legenda «ESTE REINO É OBRA DE SOLDADOS», em letras de tipo elzevir, maiúsculas, num listel circular, rematado inferiormente por um laço largo; encimando este conjunto, uma coroa mural idêntica à do anverso.

IV– AS IMAGENS

Como reforço das palavras escritas, apresentam-se algumas imagens do desenrolar da cerimónia.

Foto 1 – Tribuna dos Ex-Combatentes do Exército condecorados [vinte e quatro].
 Foto 2 – Colectivo dos Oficiais do DGME presentes na cerimónia.
 Foto 3 – Grupo dos militares do DGME que fizeram a Guarda de Honra e o desfile.
 Foto 4 – Outro aspecto do grupo dos militares do DGME.
 Foto 5 – Outra imagem dos militares do DGME.
 Foto 6 – Os Ex-Combatentes já condecorados, assistindo ao desfile militar.

Foto 7 – Porta-de-armas do Depósito Geral de Material do Exército [DGME], sito em Alcochete.

Nesta oportunidade, aproveito para enviar a todos os tertulianos um forte abraço e votos de boa saúde.

Jorge Araújo.
06Dez2013.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste do mesmo autor em: 


Guiné 63/74 - P12403: O que é que a malta lia, nas horas vagas (9): O único título que lembro é o "Diário de Lisboa" (Vasco Pires)

1. Mensagem do nosso camarada Vasco Pires (ex-Alf Mil Art.ª, CMDT do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72) com data de 4 de Dezembro de 2013:

Caríssimos Luís e Carlos,
Cordiais saudações.

Excelente a ideia: O que a malta lia..., para melhor documentar o nosso quotidiano em terras Africanas. Lamentavelmente, pouco posso colaborar, pois, apesar do meu pai se preocupar com a minha saúde, física e mental, enviando regularmente, alimentos, jornais, revistas e livros, o único título que lembro é o "Diário de Lisboa", também não encontrei no fundo do baú nenhuma foto lendo (também não tem nenhuma com canhão).

Mas, como disseste noutra data: "as palavras são como as cerejas", associado com a campanha do "NÃO ao Acordo Ortográfico", pensei na língua que a malta vai ler (escrever).
Plenamente consciente, que a minha opinião é minoritária, gostaria de fazer algumas perguntas.

Qual a língua que queremos, não diria para os nossos filhos, mas, para os nossos netos e bisnetos?
Uma língua que escreveremos "Orgulhosamente sós", como o homem de Santa Comba, mandou "martelar" os nossos ouvidos?
Ou pelo contrário, escreveremos numa língua de mais de 200 milhões de pessoas, praticada em todos os Continentes, uma das mais usadas línguas ocidentais?
Uma língua que pode ser ensinada em qualquer Universidade do mundo, simplesmente como LÍNGUA PORTUGUESA, e não mais como Português daqui ou dali?

"A minha pátria é a língua portuguesa", ao recusar o Acordo, não estaremos reduzindo a pátria do Senhor Nogueira Pessoa?
O acordo não é a "arte do possível"?
Ou será que que cinco Séculos depois, ainda pensamos que é nossa missão "dilatar a fé e o Império"?

A propósito, sou a favor do Acordo Ortográfico!
Alguns médicos médicos andam dizendo que a polémica, ajuda a afastar o "Doutor Alemão". Será?

Forte abraço a todos
Vasco Pires
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Notas do editor

Imagem do DL, com a devida vénia à Fundação Mário Soares

Último poste da série de 6 de Dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12398: O que é que a malta lia, nas horas vagas (8): As minhas leituras em Bajocunda (José Manuel Matos Dinis)

Guiné 63/74 - P12402: Controvérsias (129): Pequena reflexão


1. O nosso camarada António Matos, ex-Alf Mil Minas e Armadilhas da CCAÇ 2790, Bula, 1970/72, enviou-nos a seguinte mensagem.

Pequena reflexão

Hoje venho exercitar a função de copy / paste dum texto meu no facebook mas que teve na sua génese um conjunto de opiniões que me pareceram pouco consistentes com uma postura mais digna de ex combatentes ao lado dos quais tive muito orgulho em combater e com quem, periodicamente, também relembro e conjecturo sobre o passado.

A tarefa é-me difícil pois pode criar mal-entendidos mas esse é o risco que quero correr.

Caríssimos camaradas, não misturemos as coisas!

No real confronto com um cenário de guerra, todos nós fomos actores de atitudes, gestos, opiniões enfim, das quais hoje não nos orgulharemos, mas que nem por isso deixaram de fazer parte do nosso ADN alterado com essa dura realidade. 

A temática "minas" é uma daquelas à qual não se passa indiferentemente quer na perspectiva de quem as montou, de quem as desmontou, de quem por elas cravou os dentes na terra e se retorceu com as dores, quer mesmo daqueles que viveram aqueles horrores apenas pelo som das detonações...

Tudo isso alterou o tal nosso ADN psicológico ( para não falar de outros ) mas temos que continuar a viver sem falsos pudores pois fomos coagidos a fazê-lo.

Não nos martirizemos com esse passado, de nada nos valendo agora atirarmo-nos como gato a bofe a gajos que não tiveram nada a ver com isso!

Os nossos políticos, por exemplo, são uma camada de putos imbecis que nem à tropa foram pelo que não podem ser intitulados de cobardes ! Refiro-me à enorme maioria que hoje engrossam as fileiras dos partidos desde a extrema esquerda à extrema direita!!

O nosso problema deve ser outro ! Por razões que os sociólogos melhor nos explicarão, o povo português tem nas suas características intrínsecas, coisas absolutamente extraordinárias mas também ostenta genes da mais baixa índole dentre os quais menciono a maledicência, a inveja perante o sucesso dos outros e a incapacidade total de elogiar o parceiro do lado e de o aplaudir.

Pelo contrário, somos mesquinhos e isso reflecte-se de geração em geração e agora, cá estamos a zurzir as nossas frustrações nas orelhas de inocentes... Para quem me estiver a ler, não confunda ! Estamos a falar de guerra e de minas e nada mais!!!

Confrontemos os nossos (des)governantes com as actuais políticas e sobre isso exijamos-lhes responsabilidade e punição pelas atitudes dolosas!

Tudo o mais, ao aceitarmos entrar numa discussão de culpabilização tipo caça às bruxas, põe-nos ao nível deles.

Eu não entro nessa.

Abraços para todos e bom Natal para cada um e respectiva família.
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 



Guiné 63/74 - P12401: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (9): Fotos 6, 7, 10 e 12: rua do cinema, parque infantil, rua das libanesas, porto fluvial, Rio Geba



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 6 A


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 6


FOTO 6 > Uma das ruas principais, onde ficava o cinema. Legenda:

1 – Mercado.

2 – Monumento ao governador Muzanty.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 7



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 7 A

FOTO 7 > Recinto com a estátua do 1º Tenente da Armada e Governador da Guiné, João de Oliveira Muzanty,  e um parque infantil. Atrás vêm-se os muros da piscina.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 10



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 10 >

FOTO 10 > Rua onde se situava a sede do Batalhão [, na época, o BCAÇ 2856, 1968/70). Legenda:

1 – Sede do Batalhão.

2 – Café das libanesas.

3 – Casa do tal Sr. Camilo, empresário, que costumava oferecer uns lautos jantares a todos os oficiais de Bafatá.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 12






Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 12 A


FOTO 12 > Porto fluvial e ponto de encontro das lavadeiras, na margem direita do Rio Geba. Legenda:

1 – A estátua do governador Muzanty.

2 – Piscina.

Fotos (e legendas): © Fernando Gouveia (2013). Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:

Último poste da série > 4 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12384: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (8): O café do sr. Teófilo (Parte IV): Um homem sempre bem informado.. (Manuel Mata, ex-1º cabo, Esq Rec Fox 2640, Bafatá, 1969/71)