segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Guiné 63/74 - P11153: Para que a memória não se perca (2): Histórias da dobragem do século XIX para o século XX (José Martins)



1. Segunda parte do trabalho de pesquisa e compilação do nosso camarada José Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), sobre a História da Guiné na dobragem do Século XIX para o Século XX, que se irá prolongar por quatro postes. Este trabalho foi enviado ao nosso Blogue em mensagem de 13 de Fevereiro de 2013.




Para que a memória se não perca…

Histórias da dobragem do século XIX para o século XX (2)

Brasão da Guiné Portuguesa 
Foto: Portal UTW


Operações em Geba em 1892
É recorrente, nas terras da Guiné, entre as diferentes etnias e/ou com as autoridades portuguesas, haver revoltas e escaramuças, quer por espírito guerreiro quer pelas razões que, por certo, a própria razão desconhece.
Mali-Boiá, régulo já conhecido das autoridades civis e militares da província, resolve, no final do ano de 1890, arrastar os seus súbditos e outros à rebelião, hostilizando aqueles que eram fiéis às autoridades provinciais.
É organizada uma coluna que, sob o comando do Capitão Carlos Augusto de Almeida Saraiva, era formada por 1 Oficial e 5 Praças, no Comando; 20 praças de artilharia com uma peça de 7 c.; 144 praças de infantaria, distribuídos por 3 pelotões com 5 oficiais; e 1822 auxiliares, em cujo número se contavam integrados 20 cavaleiros, 350 carregadores e 10 negociantes europeus, que se alistaram voluntariamente.
A coluna parte em 21 de Janeiro do Geba e, no terceiro dia o comandante é atacado por doença súbita que o vitimou, quando a força se encontrava acampada em Priano. No dia 4 de Fevereiro seguinte, assume o comando da coluna o Capitão Zacarias de Sousa Lage, que reinicia o plano de operações. Atravessando florestas e bolanhas, a força vai dando combate ao inimigo nas povoações de Gandafi, Pacôa, Ardo, Gasanti, Jenany, Córóbo, Numandu e Guanará-Dandú, onde se viria a travar o confronto mais violento.
A tabanca de Guanará estava instalada num local junto a um braço do rio Geba, que servia de protecção a três flancos, estando o flanco principal, e de maior extensão, protegida por forte paliçada.
Durante o combate os auxiliares, assustados, abandonam a carga de víveres e munições, que transportavam, em locais a que os revoltosos podiam aceder com facilidade, pelo que foi necessário alguns elementos rastejarem até junto das mesmas, ficando mais expostos, para assim as recuperarem.

Distinguiram-se e foram citados no relatório:
• Capitão Zacarias de Sousa Lage; Tenentes Estevão Gonçalves da Cruz Chaves e Antão Romão Vieira; Facultativo [médico] de 3ª classe Filomeno Francisco Xavier da Piedade e Sá; 2º Sargento Francisco de Barros Cardoso; 1º Cabo de Artilharia Felizardo Fernandes da Costa; Soldados de Artilharia João Clemente Lopes, 1º Cabo de Infantaria José Pacheco, Soldado Peio; Negociantes: Francisco Rodrigues, João José Rosa, Aníbal Gomes de Carvalho e José Duarte Ribeiro.

Guerra de Bissau em 1894 
O forte espírito tribal das gentes da Guiné e a sua forte propensão para guerrear e desafiar as autoridades, que não fossem as da sua própria etnia, aliado ao fraco dispositivo militar, muitas vezes dependente de militares sujeitos a castigos de deportação, quer da metrópole quer de Cabo Verde ou mesmo outra colónia, eram a causa, mais que natural, para haver variados confrontos com as autoridades do reino, instaladas na província.
Os gentios, das zonas de Geba e Mansoa, praticaram vários actos de pilhagem e desmandos, tentando inclusivamente investir conta a fortaleza de Bissau, provocando alarme entre os moradores.
Estes actos desprestigiavam o Governador da Província, pelo que este solicitou, à metrópole, o envio de uma força expedicionária que, em conjunto com as forças disponíveis da colónia, pudesse acabar com os desmandos.
Apoiado com as canhoneiras “Zaire”, “Lima”, “Mandovi”, “Zagala” e “Flecha”, e comandando a Companhia Expedicionária do Corpo de Marinheiros, da Companhia de Guerra da Angola e Guiné, secção de metralhadoras e bateria de artilharia, serviços de saúde e administrativos, assim como cerca de 600 auxiliares vindos de Farim e Geba, bateram os insubmissos de Bissau.

Foram louvados os seguintes oficiais, praças e civis:
• Comando: Coronel de Artilharia Luís Augusto de Vasconcelos e Sá; Estado-maior: Capitães Zacarias de Sousa Lage e Luiz da Costa Pereira Júnior, 2º Tenente da Armada Elísio Leitão Vieira dos Santos, e Alferes Alfredo da Cunha Tamegão.
• Armada Real - Companhia Expedicionária de Marinha: 1º Tenente Pedro de Azevedo Coutinho, 2ºs Tenentes Filipe Dias de Carvalho, Alberto Carlos Aprá, Júlio Lopes Valente da Cruz; Oficial de Metralhadoras: 2º Tenente João Francisco Diniz.
• Exército de Terra - Bateria de Artilharia de Montanha da Guiné: Capitão Jacinto Isla de Santos e Silva, Tenente Miguel Lourenço de Carvalho Peres; Companhia de Guerra de Angola e Guiné: Capitão Francisco José, Tenentes Aníbal da Silveira Machado Júnior e Manuel de Almeida, Alferes José Augusto da Graça Falcão, José Augusto da Conceição Velez, Miguel António Pimentel, e José Maria Severia; 2º Sargento Belmiro Ernesto Duarte Silva.
• Serviços de Saúde: César Gomes Barbosa, António Maria da Cunha e Alves de Oliveira.
• Serviços Administrativos: Tenente de Administração Militar António Caetano.
• Irmãs Hospitaleiras do Hospital de Sangue de Bissau: Maria Romana de Jesus, Lucinda de S. José e Lucrécia de S. José.

Bivaque de Forças da Marinha
© Foto: José Henrique de Mello

Operações em Oio e Farim em 1897
Numa deslocação efectuada em finais de 1892, entre Farim e Geba, o comandante militar de Farim Tenente de Infantaria Jaime Augusto da Graça Falcão, foi abordado pelo régulo Manhau, que era nosso aliado, que se queixou contra a gente de Mabouco que se haviam apoderado de terrenos seus. Ficou a promessa da tentativa de resolução do caso.
Regressado a Farim e voltando a ser solicitada a intervenção do comandante de Farim neste caso, foi resolvido deslocar-se, a Moxés, em Fevereiro de 1897, mas, antes de iniciar a deslocação, foi informado de que as gentes de Oio pretendiam assassiná-lo durante a deslocação. Face a esta informação, fez-se acompanhar por um grupo de cerca de 20 cristãos e mandingas, além de uma parte dos militares do seu destacamento, com uma metralhadora, apesar da sua missão ser de paz.
Quando esta força chega a Moxés, são informados de que as populações de Sassamboto, Massambó, Manacá, Unfaty e Miudadú pretendiam atacar a coluna, pelo que perante este facto, adquiriu pólvora para municiar os auxiliares que o acompanhavam. Porém, ao passar por Mabano, os cristãos de Cuçafora, pediram protecção ao Tenente Falcão, já que os amotinados os pretendiam, também, atacar.
Perante a gravidade da situação, manda vir de Farim uma peça Krupp e respectiva guarnição e munições, assim como mais munições para as armas Snyder, com que avançou sobre Mindadú, pondo os seus defensores em fuga.
Quando as tropas perseguiam os fugitivos, foram atacados pelos auxiliares recrutados que, matando ou ferindo soldados, lhes retiraram as armas, enquanto a metralhadora se encravou e a peça de artilharia se danificou, por o artilheiro ter efectuado um disparo com a culatra mal fechada.
A retirada foi inevitável, com o regresso a Farim, não sem serem atacados pelas gentes do Oio, que lhes causaram cerca de 25 mortos.
De imediato, o comandante de Farim organiza nova expedição, com as forças de que podia dispor no destacamento, sendo auxiliado por uma força de Bolama sob o comando do Alferes Luiz António e de uma força da guarnição de Gebo comandada pelo Tenente António Caetano com alguns auxiliares grumetes.

Grumetes auxiliares das forças portuguesas 
© Foto: José Henrique de Mello 

A coluna inicia a marcha em Abril de 1897, a caminho do Oio, vendo a sua coluna em Infomá, reforçada com auxiliares dos régulos Mamadí-Paté e Unfaly-Soucó a quem foram distribuídas armas Snyder e respectivas munições.
Ao aproximar-se de Gussará, o Tenente Falcão dispôs as forças em três colunas, colocando à sua esquerda 4000 indígenas sob o comando do régulo Mamadi-Paté; à direita e sob o comando do régulo de Carésse igual número de indígenas; estando ao centro os restantes 1000 indígenas e comandadas pelo régulo Unfaly-Soucó, além das forças regulares com a artilharia. Antes de efectuarem o assalto à povoação, fizeram fogo sobre a mata que antecedia a localidade onde, sem saberem, estavam acoitados cerca de 12.000 rebeldes.
Quando o fumo provocado pelo tiroteio desapareceu verificaram, com perplexidade, que os auxiliares tinham fugido levando, não só as armas que lhes estavam distribuídas, mas também os carregadores de armas e munições tinham desaparecido. Num pequeno espaço de tempo, uma força de mais de 9000 combatentes, viu-se reduzida a cerca de 200, restando apenas as forças regulares e moradores de Farim que se tinham voluntariado para acompanhar o Tenente Falcão.
A força com o efectivo drasticamente reduzido, pela deserção dos auxiliares, e sem munições, e alvo fácil para os rebeldes que, entre outros atingem de morte o Alferes Luiz António e o Tenente António Caetano. O comandante da força, Tenente Falcão, é ferido gravemente e cai inanimado junto de um arbusto. Quando recupera os sentidos, arrasta-se pela mata, afastando-se do local, até ser encontrado por um fula, que o leva até Matinguei, donde mais tarde será transportado para Farim.
Por proposta do Governo da Província foram louvados o Tenentes Jaime Augusto da Graça Falcão e António Caetano, assim como os civis G. Adams e Emílio Postal.

Embarque de auxiliares na guerra de Bijagós 
© Foto: José Henrique de Mello

Operações de pequena guerra na ilha de Canhambaque em 1900
Como em muitos outros locais da colónia, Canhambaque também não reconhecia a autoridade portuguesa.
Assim, a 23 de Outubro de 1900, o governador resolve mandar ocupar a ilha, pelo que dá instruções ao 1º Tenente da Armada Bernardo Francisco Diniz Ayalla que, no comando da canhoneira “Massabi” transporta a força de auxiliares para ocupação da ilha. Na operação toma parte a canhoneira “Flecha” que, sob o comando do 2º Tenente da Armada Artur Ernesto da Silva Pimenta de Miranda, previamente bombardeou a ilha, após o qual desembarcaram os auxiliares.

Foram louvados:
• O 1º Tenente da Armada Bernardo Francisco Diniz Ayalla e o 2º Tenente da Armada Artur Ernesto da Silva Pimenta de Miranda, e César Correia Pinto, Director da Alfândega de Bolama, pelo precioso contributo na organização de pessoal e materiais.

Operações militares em Janeiro de 1901
Estando o Governador da Província, 1º Tenente da Armada Joaquim Júdice Biker, na região de Bissau e Geba, toma conhecimento de uma rebelião por parte das gentes de Jafunco, pelo que manda organizar uma coluna com auxiliares das zonas, que comandará.
Deu indicações ao comandante militar da praça de Bissau, Tenente Diogo Medeiros Correia da Silva, para recrutar grumetes e organizar a coluna.
Na vila de Cacheu, o Tenente de 2ª linha Cleto José da Costa, foram recrutados grumetes, e César Correia Pinto também se incorporou na coluna, devido ao facto de gozar de prestígio entre os grumetes.
Estas forças eram apoiadas pelas canhoneiras “Cacongo“ e “Flecha”.
A coluna teve êxito com o castigo dos sublevados.

Distinguiram-se:
Condecorado com o grau de Comendador da Ordem da Torre Espada:
• 1º Tenente da Armada Joaquim Júdice Biker;
Condecorado com o grau de Cavaleiros da Ordem da Torre Espada:
• 1º Tenente da Armada Bernardo de Melo Castro Moreira, comandante de Canhoneira “Cacongo”; 2º Tenente da Armada Artur Ernesto da Silva Pimenta de Miranda, comandante da canhoneira “Flecha”; Tenente de Infantaria do Exército do Reino Diogo Medeiros Correia da Silva e Tenente de 2ª linha Cleto José da Costa.

Louvado:
• César Correia Pinto, Director da Alfândega de Bolama.

Operações militares em Oio em 1902
A noticia de que o gentio do Oio se tinha sublevado, chegou ao conhecimento do governador, 1º Tenente da Armada Joaquim Júdice Biker, em 18 de Março de 1902, pelo que organizou uma coluna, com as tropas disponíveis, auxiliares e a colaboração das canhoneiras “Massabi”, “Cacheu” e “Flecha”, batendo os rebeldes e infligindo-lhes pesadas perdas, restabelecendo a paz na área.

Foram louvados os seguintes oficiais, praças e civis: 
• Estado-maior: Major José Mateus Lapa Valente
• Armada: 1º Tenente Alberto Carlos Aprá comandante da “Massabi”, 2º Tenente Jaime Aurélio Wills de Araújo comandante da “Cacheu”, 2º Tenente Fernando Augusto Vieira de Matos comandante da “Flecha”, Facultativos (médico) de 1ª Classe José Nunes de Carvalho Noronha.
• Exército de Terra: Capitão Possidónio José Angelino, Tenente de Cavalaria Francisco Xavier Álvares, Tenente de Infantaria Diogo Medeiros Correia da Silva, Tenente de Infantaria João de Sousa, Alferes César Júlio Loureiro e António Joaquim dos Reis. 1º Sargento de Infantaria Augusto José de Lima Júnior, 1º Sargento Cadete de Infantaria Adolfo Varejão Pires Balaga e Soldado de Infantaria Julião Exposto.

Operações na região do Xuro em Cacheu em 1904
A população da região de Xuro sublevou-se e ameaçou sublevar as populações já submetidas ao Governo da Província.
De imediato o Governador 1º Tenente da Armada Alfredo Cardoso de Soveral Martins, organizou e comandou uma coluna, que seria apoiada pelas canhoneiras “D. Luiz”, “Cacongo”, “Cacheu” e “Farim”, dominaram por completo a região sublevada.
Tomaram parte na expedição, as seguintes forças:
• Armada: Canhoneiras - “D. Luiz”: 11 oficiais, 14 sargentos e 81 praças; “Cacongo”: 5 oficiais, 6 sargentos e 24 praças; “Cacheu”: 1 oficial, 1 sargento e 10 praças; “Farim”: 1 oficial, 1 sargento e 11 praças.
• Exército de Terra: 14 oficiais enquadrando as seguintes forças - Companhia de Infantaria da Guiné: 11 sargentos e 119 praças; Secção de Artilharia: 2 sargentos e 21 praças; Companhia de Saúde: 1 sargento e 5 praças.

Pelotão de Companhia Mista 
© Foto: José Henrique de Mello 

Oficias que tomaram parte na expedição e foram citados: 
Armada:
• Canhoneira “D. Luiz” – Capitão-tenente Pedro Berquó; 1º Tenente José de Campos Ferreira Lima, 2º Tenente José Augusto da Costa Tavares; Guardas Marinha: José Vítor de Sousa Peres Murinelo, Júlio César Nóbrega Pereira Júnior, Jerónimo Weinholtz Bívar, César Augusto de Oliveira Moura Braz, Ildemundo Tavares da Silva, Médico Naval Samuel Augusto Pessoa; Maquinista Condutor Frederico Augusto Tavares, Comissário Augusto Teixeira de Aguiar.
• Canhoneira “Cacongo” – 1º Tenente Bernardo de Melo e Castro Moreira; Guardas Marinha: José Vicente Lopes, Raul Álvares da Silva, Médico Naval Adolfo de Azevedo Souto, Maquinista Condutor Luiz Maria de Carvalho.
• Canhoneira “Cacheu” – 2º Tenente Fernando Augusto Vieira de Matos.
• Canhoneira “Farim” – 2º Tenente António Emídio Taborda de Azevedo e Castro.

Exército de Terra:
• Estado-maior: Major de Cavalaria José Mateus Lapa Vicente.
• Tenentes: José da Sacramento Monteiro, José Carlos Botelho Moniz, José Francisco da Rosa e João Sousa.
• Alferes: José Lúcio da Silva Júnior, Francisco Ferreira, Othon Carlos de Gouveia Vaz, Ezequiel da Fonseca Pereira e João Carlos Lobato de Faria.
• Facultativo de 2ª Classe João de Pinho e Cruz Júnior.
• Oficiais de 2ª Linha: Tenentes Domingos Laco e Alferes Feliz Dias e David Vieira

Também foram citadas as seguintes praças: Armada: 
• 2ºs Sargentos: João Duarte, Artur Augusto, Manuel Gonçalves de Carvalho Oliveira, Vitorino Gonçalves dos Santos e Francisco Exposto;
• Contramestres: Joaquim António Martins, João José da Silva, José Luiz, Francisco Maria de Oliveira e Reginaldo Gonçalves Martins;
• Condutores de Máquinas: António Sousa Marques, António Francisco da Cunha, Francisco Alberto dos Anjos, Jaime António da Silva, António José Duarte, António dos Santos Soares, Luiz Maria de Carvalho, António Lopes de Melo Simões, Eduardo António de Matos, João de Andrade, Joaquim José da Conceição e Francisco José Pereira.

Regulo e os seus ministros 
© Foto: José Henrique de Mello 

Exército de Terra 
• Sargento-ajudante João Caldeira Marques
• 1ºs Sargentos: António Pereira da Melo, Joaquim Félix, António Flores Covo, António Isidoro Serpa e Alfredo José das Dores Traburo.
• 2ºs Sargentos: Pedro Júlio do Rosário, Salvador Cipriano Ferreira, António José Monteiro Torres, Manuel Inácio, António Joaquim Pereira, João Alves, Joaquim Pereira, Francisco Maria, Francisco da Encarnação Pereira e Manuel Rosário Rodrigues.
Civis:
• Domingos Laco (Juiz do Povo de Bissau), Félix Dias (Juiz do Povo de Bolama), David Vieira (substituto do Juiz do Povo de Bissau); Chefes da Delegação Aduaneira: de Cacheu, Manuel Sebastião Correia; de Bissau, António Augusto Vieira Lisboa; Chefe do Posto Fiscal de Arama, Augusto Domingos da Costa;
Negociantes: António Silva Gouveia, José Monteiro de Macedo, Júlio António Pereira, Jean Durac, Carlos Pachen, Marino Barbosa Vicente e Teófilo Barbosa.

(Continua)
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Nota do editor:

Vd. poste anterior de 23 de Fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11143: Para que a memória não se perca (1): Histórias da dobragem do século XIX para o século XX (José Martins)

6 comentários:

José Marcelino Martins disse...

ERRATA:

Onde se lê:
Grumetes auxiliares das forças portuguesas
© Foto: José Henrique de Mello

A coluna inicia a marcha em Abril de 1987, a caminho do Oio...

Deverá ler-se:
Grumetes auxiliares das forças portuguesas
© Foto: José Henrique de Mello

A coluna inicia a marcha em Abril de 1897, a caminho do Oio...

Agradeço a nota enviada pelo Belarmino Sardinha.

Luís Graça disse...

... Zé, estou a acompanhar com muito interesse as tuas minuciosas "notas de leitura" sobre esse período, mal conhecido, da historiografia da presença portuguesa na Guiné. Um abraço grande. Luis

Anónimo disse...

Olá Camaradas
Este post está a parecer-me muito importante para a compreensão do "porquê". A do para quê vai ser mais difícil, se lá conseguirmos chegar...
Penso que nem a Monarquia, nem a República quiseram assumir que a Guiné (e não só) tinha problemas de "inserção" na "Grande Pátria Lusitana (do Minho a Timor)". Nunca saberemos bem o que se passou e cada caso é um caso, variando de características de região para região. Já escrevi noutro lado que as populações de África resistiram - ou procuraram fazê-lo - nos elementos mais caracteristicamente definidores de uma civilização: a religião, a língua e os costumes e usos. Pelos vistos e tal como suspeitava, a resistência foi bastante activa e manifestou-se sempre que achou campo para isso.
Um Ab.
António J. P. Costa

Bispo1419 disse...

E paulatinamente se irá continuar a "descobrir" a história ultramarina portuguesa perante o emergir da verdade factual sobre "lendas e narrativas" ideológicas. A verdade é libertadora e o seu conhecimento nunca ofuscará o valor dos feitos dos portugueses por esses mundos fora ao contrário do que acontece com as falsas glórias assentes nas tais narrativas e que, no fim de contas, só enganam quem se quer deixar enganar.

Manuel Joaquim

Anónimo disse...

Perfeitamente de acordo com os comentários do António J. P. Costa e do Manuel Joaquim.

É que, por mais voltas que se queiram dar, a verdade é a verdade e nada mais do que isso.

Um abraço para todos

José Vermelho

Gonçalo Silva disse...

Parabéns aos autores pelo Blog, sou Bisneto de Jerónimo Weinholtz de Bivar de quem tenho grande orgulho por ter sido um valente militar.
É com grande prazer que encontro referências ao meu Bisavô de quem guardo religiosamente a Sua Espada.
Cumprimentos Gonçalo Maria de Bivar Cornelio da Silva
gcorneli@alumni.nd.edu