segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Guiné 67/74 - P10854: Recortes de imprensa (62): Um caso de sucesso: a proteção dos hipopótamos de água salgada da ilha de Orango, nos Bijagós (RTP África, 10/12/2012)


Guiné-Bissau > Áreas Protegidas > Parque Nacional de Orango, na parte sul do Arquipélago dos Bijagós > Um hipopótamos e a sua cria . (...) "Um empresário italiano construiu na ilha o Orango Parque Hotel, que mais tarde vendeu ao milionário suíço Luc Hoffmann (principal doador do IUCN e sócio maioritário da farmacêutica Hoffmann-La Roche), que doou à população a estrutura, gerida desde 2008 pela Fundação CBD-Habitat (espanhola). 'Temos uma parteira, temos um bote rápido para levar doentes para Bissau, temos escola, temos jardim-de-infância. Graças a este bicho, a ilha está a desenvolver-se', diz Belmiro Lopes apontando os hipopótamos. " (RTP África, 10/12/2012).

Foto > Fonte: Cortesia de AD - Acção para o Desenvolvimento (2006).


1. Com a devida vénia, reproduzimos aqui parte de uma artigo de reportagem  da RTP África que merece ser lido na íntegra, sobre a experiência, integrada, participada e bem sucedida de proteção dos hipopótamos da ilha de Orango:

(...) Os hipopótamos de Orango vivem em água doce e água salgada. Especialistas dizem que há outros locais no mundo onde estes animais vivem nos dois habitats mas que é só em Orango, no arquipélago dos Bijagós, que há hipopótamos exclusivamente de água salgada. Os hipopótamos vivem e circulam por várias ilhas, mas é em Orango que se junta a maior comunidade, ainda que não se saiba ao certo quantos.

Belmiro Lopes é guia em Orango e diz que no ano passado contaram-se cerca de 200 hipopótamos. Os animais "todo o dia ficam aqui na água doce e à noite vão para a água salgada porque aqui na água doce há um bicho que se mete na pele. Na água salgada ficam lá uma ou duas horas, o bicho morre e eles vão comer, depois voltam para a água doce", conta à agência Lusa, a escassos metros de algumas dezenas de hipopótamos, meio escondidos numa lagoa de água doce.

Pierre Campredon, conselheiro técnico da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), explica que os hipopótamos da Guiné-Bissau (hippopotamus amphibius, nome científico) não são diferentes em termos de espécie (hipopótamo comum) mas sim em termos ecológicos. A espécie (comum) está na lista vermelha do IUCN. "Não fizemos a análise do património genético mas pensamos que é uma evolução. Porque os Bijagós, há milhares de anos, era uma zona de delta de dois rios, o arquipélago era uma zona de água doce e pouco a pouco foi-se tornando marítima, dando tempo aos hipopótamos para se adaptarem". (...)


Ver a continuação do artigo aqui, publicado em 10/12/2012:

RDP África - Hipopótamos únicos no mundo "salvam" vidas em Orango, na Guiné Bissau

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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10676: Recortes de imprensa (61): Un SOS para o pobo vencido da Guiné-Bissau, un país irmao, na fala e nas aspiracións de liberdade (Galicia Hoxe, Xosé Lois García)

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