segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10697: Convívios (482): Breve relato do último convívio da Magnífica Tabanca da Linha (José Manuel Matos Dinis)

1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), com data de 16 de Novembro de 2012:

Olá Carlos, bom dia,
Para os fins habituais de incremento da camaradagem entre o pessoal da Tabanca, envio este breve relato, conciso, e que nem sempre respeita a verdade dos acontecimentos, mas serve para que o pessoal aquilate sobre a necessidade de uma regular alimentação, prevenindo, não só a fome, como o regular funcionamento do organismo.

Para ti, e para o Tabancal, vai aquele abraço
JD


A Magnífica Tabanca da Linha - Breve relato do último encontro 

O dia nasceu com o céu limpo, azul e brilhante.
Antevia um ambiente acarinhado pelo clima.

Pelas onze horas começou o céu a encortinar-se com nuvens densas, que passaram a ameaçar com evidente instabilidade. Mais uma hora, e chovia, por vezes com grande intensidade.
Pelas doze e trinta já uma boa parte do pessoal se encontrava no interior da Adega, e ninguém se preocupava com o tempo exterior, onde chovia a potes.

Apresentaram-se os "habitués" e o Marcelino da Mata, que passa a integrar este grupo de tabanqueiros. Também compareceram alguns amigos da Tabanca, o António Silva, o António Paiva, e o Hélder Valério de Sousa, reincidente, que ainda não exigiu a sua condição de atabancado na Linha. Houve duas faltas relevantes, a do casal Pessoa, em virtude de uma consulta médica há muito programada para o gigante aviador.

Outra falta que já vem sendo habitual, em virtude de mazelas várias, foi a do senhor 2.º Comandante Rogério Cardoso. Desta vez nem mandou recado, nem respondeu a diferentes pedidos de confirmação. Fazemos votos de que não lhe falte a saúde, e continuamos a contar com ele, e a guardar-lhe a posição hierárquica.

No entanto, está bem de entender, uma unidade com Comandante e sem substituto competente, não revela meios funcionais para as diversas circunstâncias, tanto de representação, como de substituição, como de desenvolvimento estratégico-tático. Disso me deu conta Sua Exa. o Senhor Comandante, quando numa recente conversa para a qual me convocou, e com recurso a saudosos ensinamentos pidescos, me questionou sobre o Senhor 2.º Comandante, se estaria com algum problema especial. Confessei-lhe que não sabia, e que tinha ficado sem o contacto telefónico desde que perdera o telemóvel. Sua Excelência, com um ar meio comprometido, ainda me questionou se a sua imagem de Comandante e líder não ficava algo afectada pela ausência constante de um adjunto completamente reconhecido. Na minha condição de simples amanuense, assentei com a cabeça, e perguntei-lhe por que raio não havia dois segundos-comandantes. Sempre fora assim! Sua Exa. levou a mão direita ao nariz, deixou-a descair com os dedos a acariciar-lhe a parte inferior do rosto, e siciou algo do género: eh pá, o Zé, eu dei-te muita porrada, mas parece que te fez bem. Já pensas! Cá o amanuense tomou o elogio como um louvor, e num gesto submisso agradeceu-lhe.

O Senhor Comandante, com o sentido da oportunidade e da exploração que o caracteriza, logo me encarregou de fazer a apresentação do novo 2.º Comandante, com a manutenção do anterior, antes da abertura das hostilidades do almoço. Que sim, mas quem deveria anunciar, pois ainda não conhecia o nome do elemento promovido. Eh pá, pois é! Estás a ver como este cargo me dá tanta chatice? Quem é que achas que devo nomear? Diz lá, mas não penses que ficas com algum estatuto especial, estás só a pensar comigo, no estrito cumprimento dos deveres de lealdade e colaboração.

 Foi como se sentisse uma facada, pois já alimentava a esperança de chegar tão precocemente a um lugar no Olimpo. Eu até já imaginava as caras de espanto de gente tão conceituada como o Marques, o Carioca, o Tirano, o Pires, o Resende, o Moreira, ou o intelectualóide cínico, os mais veteranos, que heroicamente, diga-se de passagem, têm contribuído com muito valor para o enriquecimento dos empresários da restauração. Fiquei sem pinga de sangue, e incapaz de me apontar para o desempenho do cargo. Anda um gajo a dar o litro, quando não é mais, e ninguém lhe reconhece a capacidade para ser 2.º Comandante, afinal, um lugar onde não se faz nada. Ainda imaginei a inveja desses gajos recentemente mobilizados para a luta, uns putos peneirentos, assim da laia do Manuel Joaquim, do Carlos Silva, do Humberto, do Horta, do Roger e do Palma, mas fiquei a recear que a indicação recaísse sobre um deles, o que seria tremendamente injusto. Pior seria, se ele, vesgo como está, deixasse a decisão sobre a nomeação para a última da hora, e desse com os olhos em arrivistas como o Paiva, ou o Hélder Sousa.

O Comandante está chéché, pensava eu, quando o gajo, com voz grave, perfurou-me a caixa dos pirolitos com nova pergunta: então? Então, meu Comandante? Então o quê? perguntei já a ver o fim do mundo em cuecas. Porra pá! então quem é que sugeres? O Fitas, meu Comandante. O Fitas? Olha, não está mal pensado. E foi desta maneira praticamente cientifica, que se nomeou o Fitas para prover ao lugar de 2.º Comandante graduado, um tipo que desde a primeira hora, se bateu com entusiasmo por esta organização abandalhada, onde toda a gente come e bebe num ambiente de xinfrin, num registo de indisciplina, que é muito bem feito, que em nada dignifica a imagem do Comandante. E peço eu ao santo protector deste país, que não tenha a má lembrança de o candidatar a Presidente, que isso então é que seriam gajos a trepar no poder, e eu feito escravo nesta vida de amanuense.

 Ao novo 2.º Comandante, manda Sua Exa. o Senhor Comandante, que passe à ordem, que a nomeação só se tornará definitiva no próximo encontro da tropa, e fica já obrigado a fazer discurso de reconhecimento, e a jurar que Comandante só há um, e que lhe será fiel em todas as circunstâncias. No final, já com o coração a bombar desordenadamente, ainda tive que pregar um pontapé no cu do Hélder de Sousa, que tem andado com implicâncias, e pode ter sido a razão para que Sua Exa. tivesse duvidado da minha competência para ascender ao lugar a que tanto aspiro, e mereço.

Algumas das fotos do acontecimento de autoria de Manuel Resende






Fotos de Manuel Resende
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 16 de Novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10681: Convívios (481): 23.º Encontro e Almoço de Natal da Tabanca do Centro, dia 28 de Novembro de 2012, em Monte Real (Joaquim Mexia Alves)

14 comentários:

JD disse...

Camaradas, Por um lapso genuinamente verdadeiro escrevi (intelectualóide cínico, quando queria escrever "sínico", coisas de significados muito diferentes.
Assim, apresento o meu pedido de desculpa.
Coisas de um amanuense sem revisor para o seu trabalho, já que Sua Exa, o Senhor Comandante assina de cruz, e sem as mais elementares cautelas.
Abraços fraternos
JD

antonio graça de abreu disse...

Zé Dinis

Mais uma vez muito obrigado pelo rigor, originalidade, verdadeira e fraterna amizade com que te referes a todos os camaradas presentes no almoço.
Assim, sim!

Saúda-te o

António Graça de Abreu

Luís Graça disse...

Comandante, só há um, o Rosales, e mais nenhum!... Viva a Tabanca da Linha, e todos os camaradas que "alimentam" esta ideia... Ao novo 2º segundo, o Fitas, desejo as melhores felicidades, mesmo que interino. Ao Rogério Cardoso, as melhoras, se for caso disso. Ao amanuense, os meus parabéns, pela verve, pelo humor, pela pilhéria, pela graça, pela irrevererência, pela insolência, pela subversão, pela excelência... da prova. E para memória futura, aqui fica registado em ata o magno encontro da gente fina da Tabanca Grande. Um Alfa Bravo. Luís Graça

Hélder Valério disse...

Ora bem, ora mesmo muito bem!

Cá está um relato de mais um encontro/convívio/almoço do que se entendeu designar por "Magnífica Tabanca da Linha".

O 'amanuense' de serviço não se saiu mal de todo no relato se bem que se pode perceber a sua angústia por o "Senhor Comandante" não ter aflorado sequer a possibilidade, mínima, de ele vir a ter alguma remota indicação de chegar a "vice"... e, já agora, convenhamos, o 'miminho' da troca do "s" pelo "c" pode ter sido um 'acidente de percurso', que eu creio como tal, mas foi uma pena porque poderia 'borrar a pintura' não fosse a elegância que desta vez o 'visado não nominado' colocou na sua justa reacção.

Quanto à pretensa aplicação à minha pessoa do 'método didáctico' favorito do Zé Dinis (o seu já famoso pontapé no cu)- aqui para nós acho que são recalcamentos de infância, quando então o Rosales e o irmão se esforçavam por o meter nos bons caminhos da vida - a pretexto de que me 'meto provocatoriamente' com ele,devo dizer que tal não passou de intenções, já que apercebendo-me das suas malévolas intenções adoptei uma posição defensiva/ofensiva (conforme a foto pode atestar) que lhe frustrou os intentos.

Mas o convívio foi bom e animado.

Abraços
Hélder S.

Mário Fitas disse...

Fidelidade é para com todos!

Espero não decepcionar o Batalhão.

è sempre maravilhoso reencontrar esta Malta.

O fraterno abraço,

Mário Fitas

Luís Graça disse...

.. Em tempo: Eu queria dizer "prosa" e escrevia "prova"... Então é assim:

"Ao amanuense, os meus parabéns, pela verve, pelo humor, pela pilhéria, pela graça, pela irrevererência, pela insolência, pela subversão, pela excelência... da prosa"...

O facto de ter conhecido pessoalmenet no aeroporto de Lisboa, ontem, de manhazinha, o escritor moçambicano Mia Couto, com quem troquei endereços de email, não me dá nenhum direito especial a "atropelar" o nosso amanuense...Claro que a excelência só podia ser da "prosa" (literária) e não da "prova" (gastronómica)...

Ah!, e de acordo com o lembrete do Hélder Sousa, acrescento o "Magnífico" (atributo) ao nome ("Tabanca da Linha")...Espero que um dia venha a ter direito a entrada na nossa Tabanco...pédia!

JD disse...

Camaradas,
Estou a observar que o relato sobre o encontro da Magnífica, se por um lado merece alguns encómios, por outro, parece que ainda causa estragos.
De entre os encómios, destaco os do Senhor Comandante-Chefe, talvez a candidatar-se a outros altares, pois ainda não compareceu nesta Unidade, a pretexto da descentralização de poderes. Ousei desafiá-lo a marcar uma data lá para Fevereiro, para o próximo encontro invernal. Vamos a ver se esta quebra disciplinar, fugindo às vias hierárquicas, não me vai custar uma ou várias porradas.
Quanto aos estragos: vem o Sr. S especular sobre um lapso da minha escrita, a troca de uma consoante por outra, com o espírito malévolo de dividir para reinar. Se é certo que a pessoa visada se manifestou com compreensão e simpatia, ainda há umas espinhas a remover.
Mas o Sr. S, mentiroso, afirma aqui que recorreua uma tática defensiva/ofensiva, que me terá intimidado à aplicação do merecido pontapé no cú. E recorre ao registo testemunhal de uma foto, como garante do que afirma. Ora, eu que não sou mentiroso (só excepcionalmente), recorro à mesma foto, muito bem tirada por sinal, que regista a minha satisfação pelo método pedagógico aplicado, enquanto regista um atabalhoado movimento de defesa do Sr S, mas tardiamente esboçado. A verdade é como o azeite, Sr S.
Outro estrago: por um imperdoável lapso, não referi entre os presentes a única senhora do encontro, a simpática Gina que acompanha o marido para todo o lado, e deu uma nota de beleza à paisagem. Feliz do Marques.
Outro estrago: não mencionei entre os "habitués" a presença do Zeca Caetano, um dos mais apetrechados magníficos, tendo em conta a longa experiência de prestar paladas a Sua Excelência, mas está mais bem cotado que o amanuense.
Quase finalmente: a reportagem fotográfica da autoria do Humberto, também foi remetida ao Sr Editor de serviço permanente, e imagino que só por falta de espaço não trerá visto a luz do dia. Mas foi um serviço igualmente prestimoso.
Prontos! Para a próxima faço votos de que o renomado Armando Pires se preocupe com a fidelidade do relato.
Abraços fraternos
JD

Anónimo disse...

Camaradas

O encontro correu bem, como era de esperar. O Zé Dinis, com o seu "toque" especial, já contou tudo. O Fitas rende o Rogério, meu velho amigo , já dos anos 50, do tempo dos salesianos. Amigo não empata amigo. Estamos juntos...
Jorge Rosales (farda amarela )

Hélder Valério disse...

E pronto!

Como escreve o Rosales, o "Senhor Comandante", em jeito de conclusão, "correu bem, vamos em frente e estamos juntos".
É isso mesmo.

Quanto ao 'amanuense de serviço' veio agora, um tanto atabalhoadamente, desculpar-se de outras indelicadezas cometidas, como a omissão da presença da Gina, por exemplo, descarregando a sua verve (à falta de outra possibilidade), sobre um tal e desconhecido "Sr. S" que, presumo, terá razões para se procurar defender das exuberâncias.

Em todo o caso, e para terminar, um grande bem haja!

Abraços
Hélder S.

JD disse...

Senhor S,
O senhor anda a pedi-las, tome lá um calmante, e tenha uma boa noite.
O seu anjo da guarda

Carlos Silva disse...

Meus Amigos & Camaradas

1 - Há anos atrás, ainda não tinha a Tab da Linha iniciado as suas hostes que eu vinha falando ao Luís e outros para se constituir uma Tabanca na área Metropolitana de Lisboa, mas nunca deu ouvidos à sugestão, pois é como sabemos um Camarada ocupado, na medida em que, ainda não fez o seu espólio, tal como nós.
Isto porque, há muitos reservistas na área metropolitana de Lisboa e já que no norte tínhamos a Tab de Matosinhos e dos Melros, já enraizadas, porque não avançar com uma nesta área.

2 - Ainda bem que surgiu o bando dos 3 ou 4 para criar um "habitué" e assim a Tab da Linha.
Eu fui agarrado pelo Graça de Abreu, pois nos 2 primeiros almoços, aquilo foi coisa fina, na medida em que, foi só para generais que tinham a possibilidade de alinhar em bom restaurantes.

3 - Entretanto, a cavaqueira esgotou-se e a coisa evoluiu para um grupo mais alargado e parece que colou, embora houvesse alguma instabilidade pelo caminho, porque não gostaram da "vianda".

4 - Verifico que não tem aparecido alguns camaradas que apareceram nas primeiras batalhas, talvez porque não se apercebam do lançamento do grito do guerreiro no blogue e porque não conste nos registos ou andem à procura dos vizinhos do P Coelho.

5 - Donde, eu sugeria que de convívios avulsos, se passasse para convívios estabilizados, tal como acontece nas outras 3 Tabancas consolidadas. Matosinhos, Melros e Centro. Pois poderíamos confraternizar mensalmente na última semana de cada mês e poderemos escolher o dia, que até poderia ser à 4ª feira, para se fazer uma video-conferência com a Tab de Matosinhos e Centro, já que a Tab dos Melros se reune ao 2º sábado de cada mês.
Deste modo, criava-se o hábito do convívio e haveria sempre a possibilidade de aparecer malta e não daria trabalho para andar atrás dos caramelos.
Aqui fica a sugestão, para os pioneiros, "el comandantes"
Com um abraço amigo
Carlos Silva

Unknown disse...

Olá sou ex-camarada Rios gostava de entrar em contacto com vocês com posso fazer?

JD disse...

À atenção do Carlos Rios e outros aspirantes a Magníficos:
A vida para mim tem sido madrasta, e nem tenho o consolo de confiar na salvação eterna, quanto mais na tolerância do Senhor Comandante.
Por isso podem contactar-me pelos endereços constantes no blogue: josemanuel.matosdinis@gmail.com

À atenção do Carlos Silva:
Caríssimo confrade,
As quartas-feiras. de momento, não me convem, mas vou procurar S.Exa. para lhe apresentar a sugestão, e aguardar a brilhante decisão superior, já que em termos de ideias é um iluminado. Porém, agora, também S.Exa. o Comandante-Chefe veio manifestar interesse numa visita à unidade, que ainda não se sabe se será passageira, ou continuada. Nestas coisas de decisão no andar por cima dos anjos, temos que ser muito cautelosos, e aguardar por momentos de muito boa disposição, que às vezes os deuses também andam doidos.
Abraços fraternos
JD

Anónimo disse...

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