terça-feira, 9 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10506: Agenda cultural (221): A 4.ª e última série do documentário "A Guerra" começa a ser exibida amanhã dia 10 de Outubro, pelas 22h40

1. Mensagem de Eva Verdú, da Direcção de Meios de Produção da RTP, enviada ao nosso Blogue no dia 9 de Outubro de 2012

Assunto: Documentário "A Guerra"

Boa tarde, 
Informo que a 4ª e última série do documentário “A Guerra” começará a ser exibida amanhã dia 10 de outubro pelas 22:40H. Serão 17 episódios que vão incidir sobre o período que antecede o 25 de abril de 1974.

Com os melhores cumprimentos, 
Eva Verdú 
Direção de Meios de Produção


SINOPSE*

O período que antecede o 25 de Abril de 1974, caracterizando a situação política geral e o quadro militar em cada uma das colónias

A série documental "A Guerra" regressa agora com os seus últimos episódios. Serão 13 programas que vão incidir sobre o período que antecede o 25 de abril de 1974, caracterizando a situação política geral e o quadro militar em cada uma das colónias. Na Guiné, de destacar o período marcado pela morte de Amílcar Cabral e o subsequente recrudescimento do conflito.

Recebendo novos meios, como os mísseis terra-ar "Strela", o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) condiciona a manobra portuguesa. Isola e ataca quartéis como Guidage e Gadamael e obriga ao abandono de Guileje. Em conflito com Marcello Caetano, o general Spínola deixa o território, defendendo uma solução política para a guerra, enquanto em Moçambique é o Presidente do Conselho (Marcelo Caetano) que recusa ao general Kaulza de Arriaga a continuação da sua liderança militar.

A situação em Moçambique agravara-se após a Operação Nó Górdio. A FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) avançara para as regiões de Tete, de Manica e Sofala, enquanto as notícias de massacres como Mucumbura, Wiriyamu e Inhaminga - divulgadas sobretudo por padres e missionários - iriam desgastar fortemente a imagem política do regime.

Em Angola, as Forças Armadas controlavam a situação após terem neutralizado militarmente a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e também o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), entretanto afetado por fortes dissensões internas. Após ter cooperado com os portugueses na luta contra aqueles movimentos, a UNITA volta a ser encarada como inimigo e executa a sua mais mortífera ação.

Se em Angola o quadro militar era favorável à tropa portuguesa, em Moçambique os europeus revoltavam-se perante ações da FRELIMO que punham em causa a sua segurança e a imagem das Forças Armadas. Ao mesmo tempo, na Guiné o PAIGC declarava unilateralmente a independência, enquanto os militares portugueses divergiam sobre se a guerra estava ou não perdida.

Bastante isolado internacionalmente, em confronto interno com alguns aliados iniciais e paralisado perante o impasse da guerra, o governo de Marcelo Caetano não cabia já na solução que, entretanto, os militares tinham começado a preparar. É todo este período, com os seus inúmeros factos e acontecimentos políticos e militares, muitos deles desconhecidos, que será apresentado nos novos episódios a exibir.

(*) Retirado do site da RTP, com a devida vénia.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 7 de Outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10493: Agenda cultural (220): Apresentação do livro "Alpoim Calvão Honra e Dever", dia 11 de Outubro, pelas 18h30, na Sociedade de Geografia em Lisboa

4 comentários:

Anónimo disse...

Amilcar Mendes
Data: 9 de Outubro de 2012 17:02:15

Assunto: guidaje

Estreia amanhã, 10 de outubro de 2012, [na RTP1,] a última série sobre os combatentes do ultramar 72-74 onde se vai falar da ida a guidaje da 38ª CComandos.

Um abraço

Amilcar Mendes

jpscandeias disse...

Vamos Todos Assistir e depois opinar sobre a qualidade e veracidade do que nos vai ser apresentado. Espero isenção, e competencia se isso acontecer, será bom. Vamos aguardar.

joao silva ccac 12, ccav 3404, CIM 1972-1974

Unknown disse...

Boas.
Alguem gravou o episodio de ontem, só hoje e que vi a noticia.
Como gravei toda serie em antes gostava de fazer o resto tambem.
Obrigado

A.Fernandes

Antº Rosinha disse...

Afinal, segundo "A Guerra" de Joaquim Furtado, os Caboverdeanos do PAIGC teem muitos candidatos ao assassinato de Amilcar.

Desde Spínola até Sekou Touré, desde traidores a fiéis guineenses tudo paga pela mesma moeda:suspeitos de assassinos,

Só não se mencionaram como suspeitos, os outros intervenientes: eles Caboverdeanos, os Cubanos e os Russos e Suecos.

Assistiram a tudo mas não registaram nada.

Talvez um dia os africanos, neste caso os guineenses escrevam a sua própria "Guerra da Independência", parece que este nome queima, e fiquemos a saber o seu ponto de vista que é o que mais nos ilucidará.