terça-feira, 5 de junho de 2012

Guiné 63/74 - P10001: Memórias de Manuel Joaquim (6): Um acidente epistolar: "Furriel Mil Paulo Gabriel Péri Éluard"

1. Mensagem de Manuel Joaquim (ex-Fur Mil de Armas Pesadas da CCAÇ 1419, Bissau, Bissorã e Mansabá, 1965/67), com data de 1 de Junho de 2012:

Meus caros Luís, Carlos e Eduardo
Aqui vai mais um texto das minhas memórias de guerra.
A importância que lhe dou é capaz de ser muito maior do que a que realmente tem, já que aborda um acontecimento de cariz muito pessoal.

Como sempre, sem qualquer espécie de reserva da minha parte, deixo ao vosso critério a sua publicação.

Um grande abraço
Manuel Joaquim


Um acidente epistolar: “Furriel Milº Paulo Gabriel Péri Éluard”

Olhava para a carta da namorada, carta já “mastigada” em segunda leitura, carta linda, substantiva, essencial mas… era a única carta recebida naquele dia!

- Oh Henriques, há p’raí malta que recebe cartas c’mó cara…!
- Eh pá, se calhar são de gajas que arranjam na Plateia!
- O quê?!
- Sim pá, a Plateia publica pedidos de correspondência, traz sempre manga deles, não sabias?
- Ah!…então se calhar é isso!!!

Fiquei a pensar, a remoer o assunto. Sentia falta de contactos novos com o “mundo” que tinha deixado, precisava de dialogar e de desabafar com outras personagens para além das do meu círculo pessoal. Surgiu-me uma ideia: e se eu enviasse para a Plateia um pedido de correspondentes femininas? O género sexual não teria importância mas, não sei explicar, naquela altura precisava de vozes femininas. Talvez porque, de machos, estava bem rodeado!

Pelo conteúdo das páginas da revista, seria difícil encontrar nas suas leitoras quem eu pretendia, mulheres com alguma cultura e que, ao mesmo tempo, se interessassem pela vida política e social do país e também por este tipo de contactos. Não estava com muita confiança nos resultados. Mas… por que não tentar?

Olho para a mesa-de-cabeceira, fixo a capa do livro "Poèmes", uma compilação de poemas de Paul Éluard (1), cuja poesia era minha companhia quase diária e… sonhei com a hipótese de arranjar uma correspondente com quem pudesse partilhar tal poesia.

“EUREKA! Surgiu-me uma ideia excitante e desafiadora, a de usar um pseudónimo “éluardiano” que também fosse a chave que me facilitasse a escolha das possíveis futuras correspondentes.

Naquela altura “funcionavam” na minha cabeça dois belíssimos poemas de Éluard, cujas palavras tão sonoramente belas eu tentava decorar para recitar mentalmente. De um, “Liberté”, bastante longo, decorei partes que às vezes recitava de viva voz. O outro era “Gabriel Péri”. Estes dois poemas, digo-o do alto dos meus 70 anos, foram peças importantes na minha estruturação emocional e cívica, são belas tatuagens que transporto na alma desde os meus 20 anos e que não apaguei nem quero apagar.
(Obs: para os conhecer, procurar na Net «eluard liberte» e «eluard peri»)

E a ideia foi avante! Com os nomes de Paul Éluard e de um seu poema de homenagem a um resistente francês ao nazismo, Gabriel Péri (2), compus o meu pseudónimo.

Em carta enviada à revista Plateia, um tal furriel miliciano Paulo Gabriel Péri Éluard, SPM 2838, pede correspondentes do sexo feminino. Fiquei a aguardar com alguma expectativa, mais curioso até do que outra coisa. Alguém iria achar algo estranho naquele nome, para além de o achar de origem estrangeira? Alguém iria descobrir a “chave”?

Não demorou muito para, durante cerca de um mês, o “tal” furriel receber uma mancheia de cartas todas as semanas.
De todas elas seleccionou apenas três, as de quem, à primeira vista, poderia corresponder ao tipo pré-definido. Das outras, algumas foram recuperadas por camaradas interessados, as restantes foram eliminadas.

As três “meninas” que reservei para mim eram, duas delas, professoras primárias e a outra identificou-se como estudante universitária. Esta foi a única a quem o “meu” nome surpreendeu e confundiu. Fiquei radiante!

Dizia ela, a propósito: - Que coincidência o seu nome ter tanto a ver com o poeta francês Paul Éluard! Será pseudónimo? Se não o é, então é espantosa a coincidência!

Fiz uma festa! Entusiasmado, agarrei-me ao Poèmes numa leitura mais atenta e aprofundada pois iria ter pela frente alguém que conhecia P. Éluard, imaginando eu que a sua poesia seria o lastro de muitas das nossas mensagens futuras. Estudante universitária a conhecer tal poeta ao ponto de identificar o seu poema Gabriel Péri, era cá das minhas!

Atirei-me ao trabalho de elaborar uma resposta, em grande. De água na boca e pensando já num futuro relacionamento, cultural e politicamente gratificante, fiz “explodir” o pseudónimo para aparecer, entre os estilhaços, o plebeu e “proletário” Manuel Joaquim. Atirei-me de cabeça à resposta a dar-lhe. Falei de poesia e do seu valor na resistência às forças políticas de opressão, à imagem da de Paul Éluard. Abri-me ideologicamente, discorrendo sobre aquela guerra e sobre a minha posição nela, numa onda de pacifismo e de revolta, brandindo a espada contra o regime político que a sustentava e que me tinha enviado para tal sítio! Isto tudo sobre citações de Éluard cuja poesia era para mim, na altura, o combustível que alimentava as minhas chamas “de amor, de sonho e de revolta” (assim alguém tinha caracterizado essa poesia)! Que prazer poder falar com quem gostava de tal poeta!

Enviada a carta, “fiquei em pulgas” à espera da resposta. Esperei pouco tempo, talvez tenha vindo na volta do correio. E ali estava ela, uma volumosa carta! Respirei fundo e abri-a com entusiasmo, ávido pelo seu conteúdo. Primeiros parágrafos atenciosos, palavras de simpatia para com os militares mobilizados nos campos de batalha, e neste tom continuava a escrita de tal modo que comecei a estranhar. As palavras começaram a parecer-me vagas e insípidas, a afastarem-se cada vez mais do que eu esperava nelas. Vai uma, vão duas páginas e no decorrer da leitura sentia o meu inicial entusiasmo a esvair-se aos poucos até que cheguei a um ponto em que “não me atirei ao chão” porque não calhou! Tinha começado o discurso!

Fiquei de “boca aberta”, espantado, enquanto ia lendo o discurso. Discurso, sim, uma espécie de “direito de resposta” a alguma ofensa minha. Era um discurso que se queria demolidor da minha maneira de pensar, muito paternalista e ainda por cima com ares de admoestação. Não digo que me ameaçava mas atirava-me à cara a doutrina política do governo como sustentação ideológica da guerra do ultramar, apelava à minha “dignidade de combatente pela Pátria” atento à responsabilidade histórica que as Forças Armadas tinham na preservação de um Portugal indivisível, quer dizer, toda a cassete ideológica do regime político de então!

Perplexo com o que lia, fiquei algo amedrontado e expectante. Seria aquilo um aviso, teria a minha carta sido intercetada? Não podia ser, eu era uma peça insignificante para se darem a tal trabalho. Alguém conhecedor da poesia de P. Éluard quis “brincar” comigo? Perante o pseudónimo que usei, alguém sob a capa dum pseudónimo feminino (ou não) e dizendo-se apreciador do poeta, aproveitou a ocasião para me desancar?

É verdade que nas universidades havia, na altura, uma franja de extrema-direita salazarista, muito culta e militante (conheci alguns, mais tarde) onde podia haver amantes de poesia. Mas gostarem de P. Éluard, da sua poesia tão marcadamente ideológica, de esquerda? Ná …!

Tudo era possível. Mas ainda hoje acho que o mais certo foi eu ter “batido” mesmo numa jovem “torre” da direita ideológica universitária, culta e militante, com força para encher uma dezena de páginas a discorrer politica e ideologicamente sobre as minhas ideias e na defesa do regime político de então.

Perante esta “ensaboadela”, paralisei. Nem dava para responder por carta, poderia tornar-se perigoso, nem que fosse só para dizer que o “sabão” não se adaptava à minha “sujidade” porque não me tinha “lavado” nada. Não respondi, de vez! E, interessante, do outro lado sucedeu o mesmo, um silêncio total após o recado dado.

Mas no fim de tudo, o resultado desta minha procura de correspondentes foi-me muito gratificante. Mantive correspondência com as minhas duas colegas durante todo o restante tempo de comissão. Também me identifiquei, falei-lhes no significado do meu pseudónimo, dei-lhes conta do meu modo de ver e sentir a vida e a guerra. Foram excepcionais no nosso convívio epistolar, nunca me faltando o seu carinho e apoio emocional para me ajudarem a suplantar aquela dura prova.

Conheci as duas, pessoalmente. A uma delas, na altura do meu regresso, encontrei-a na sua casa de Bissau para onde tinha ido há pouco para junto de um irmão. Não mais a vi depois. À outra também a perdi de vista mas o nosso relacionamento pessoal durou ainda cerca de dois anos após a minha desmobilização. Espero que tenham sido muito felizes, que estejam vivas e de boa saúde e que, de mim, mantenham boas e gratas recordações como as que eu delas retenho.

E os poemas de Paul Éluard cá continuam a fazer-me companhia: ( Excerto do poema Gabriel Péri. Segue-se a minha tradução:)

… … … Il y a des mots qui font vivre / Et ce sont des mots innocents / Le mot chaleur le mot confiance / Amour justice et le mot liberté / le mot enfant et le mot gentillesse / Et certains noms de fleurs et certains noms de fruits / le mot courage et le mot découvrir / Et le mot frère et le mot camarade / Et certains noms de pays de villages / Et certains noms de femmes et d’amis / Ajoutons-y Péri / … … …

… … … ..Há palavras que fazem viver / e são elas palavras inocentes / A palavra calor a palavra confiança / Amor justiça e a palavra liberdade / A palavra filho e a palavra gentileza / E alguns nomes de flores e alguns nomes de frutos / a palavra coragem e a palavra descobrir / E a palavra irmão e a palavra camarada / E alguns nomes de países de lugares / E alguns nomes de mulheres e de amigos / Juntemo-lhes Péri / …

(1) Paul Éluard (1895-1952): poeta, herói da Resistência francesa contra a ocupação da Alemanha nazi, militante do PCF.
(2) Gabriel Péri (1902-1941): jornalista e político, herói da Resistência francesa contra a ocupação nazi, preso pelos alemães e fuzilado. Militante do PCF.
____________

Notas de CV:

Capa da Revista Plateia retirada do Blogue Dias que Voam, com a devida vénia.

Vd. poste de 24 de Janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9396: Memórias de Manuel Joaquim (5): Raios e Carícias

12 comentários:

antonio graça de abreu disse...

upstregTambém passei pela fase eluardiana, talvez por causa da belíssima canção Liberté do Jean Ferrat, com a letra do Paul Éluard,"j'écris ton nom, Liberté, je dis ton nom, Liberté", um grande poema sobre a Liberdade.
Morreu em 1952 quando nos países ditos socialistas em que acreditava, a Liberdade era uma palavra e uma prática política e social proibida. Hoje à distância, entendo melhor estas questões.
Mas o poeta ficará sempre connosco.

Abraço,

António Graça de Abreu

e aí vão dois haikus de Éluard:


Femme sans chanteur,
Vêtements noirs, maisons grises,
L’amour sort le soir.



Une plume donne au chapeau
Un air de légèreté
La cheminée fume.

Juvenal Amado disse...

Manuel Joaquim

Uma belissima recordação esta que acabei de ler.

Tiveste azar, pois foi-te logo calhar uma menina do movimento nacional feminino ou da mocidade portuguesa, mas bem vistas as coisas até podia ter sido pior.
Também tenho uma vaga ideia de ser para a Plateia, que se enviava os pedidos de correspondência.

Um abraço

José Botelho Colaço disse...

Caro Manuel Joaquim
Ao ler o teu poste fez-me lembrar uma situação um pouco parecida com a tua mas sem poesia.
Um dia ao folhear uma revista não sei qual o nome dou de caras com um anuncio da revista Lectures uma revista espanhola que tinha uma secção de troca de correspondentes.
E então vai daí enviei uma carta para a referida revista a pedir troca de correspondentes.
E passado pouco tempo recebo uma série de cartas de xicas espanholas, sem saber o que fazer a tanta correspondência fiz o mesmo que tu fizeste, passeias a vários colegas, mas fiquei também com duas uma quando se acabou a tropa terminaram os contactos, a outra a Paquita mantivemos o contacto com alguns interregnos, e ainda me encontrei com ela várias vezes em 1969 na cidade de Mainz na Alemanha.

Um alfa bravo.
Colaço

armando pires disse...

Hehehe! Manel, conheci rapaziada que também arranjou umas "belas" madrinhas. Mas a tua quase que se transformava no azar dos Távoras. Obrigado por me teres apresentado o Paul Éluard. Confesso que apenas lhe conhecia o nome da canção do Ferrat que o Graça Abreu aqui tão bem recorda e que eu, na minha rádio, tanta vez fiz rodar.
armando pires

Luís Graça disse...

Manuel Joaquim: És uma caixinha de surpresas (agradáveis)... Adoro as tuas inconfidências e invejo a tua... lata. Nunca me passaria pela cabeça uma partida dessas.

A verdade é que brincaste com o fogo e livraste de boa!... Devia ser uma menina da JUC, de capa e batina, daquelas puras e duras... Das poucas meninas do papá que, de resto, andavavam na época na universidade... Não te esqueças que as mulheres só acedem ao grande "templo do saber" nas últimas décadas do séc. XIX. A universidade estava-lhes interdita...

Temos que explorar este filão de histórias... ligadas à Plateia e outras revistas lidas pelo público feminino, e onde os nossos camaradas da "guerra do ultramar" procuravam recrutar madrinhas de guerra...

Por que não fazer uma seleção de anúncios de pedidos de correspondência dos nossos militares ? Deve haver colecções inteiras da Plateia na Hemeroteca Munipal de Lisboa (Palácio Galveias).

Ver aqui o sítio na Net:

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/

Vejo que a revista se publicou desde 1951 a 1986 (?)... Uma vida!

Luís Graça disse...

Na Guiné, o meu poeta francês preferido era o Jacques Prévert (1900-1977), mais anraca e antimilitarista... Nunca fui de memorizar os poemas, mas este ficou, ainda hoje o recito de cor:

Les enfants qui s'aiment s'embrassent debout
Contre les portes de la nuit
Et les passants qui passent les désignent du doigt
Mais les enfants qui s'aiment
Ne sont là pour personne
Et c'est seulement leur ombre
Qui tremble dans la nuit
Excitant la rage des passants
Leur rage, leur mépris, leurs rires et leur envie
Les enfants qui s'aiment ne sont là pour personne
Ils sont ailleurs bien plus loin que la nuit
Bien plus haut que le jour
Dans l'éblouissante clarté de leur premier amour

Jacques Prévert, Paroles (1946).

As crianças que que se amam, beijam-se de pé
Contra os portas da noite
E as pessoas que passam apontam.nos com o dedo
Mas as crianças que se amam
Não estão lá para ninguém.
E é apenas a sua sombra sua
Que treme na noite,
Excitando a raiva das pessoas que passam
A sua raiva, o seu desprezo, os risos e a sua inveja.
As crianças que se amam estão lá para ninguém
Eles estsão algures muito muito longe que a noite
Muito mais alto que o dia
Na ofuscante claridade do seu primeiro amor.

Jacques Prévert
Paroles [Palavras] (1946)

Grandes poetas (e cantores) tinha a França... além de uma belíssima língua, uma das mais belas do mundo a par do português e do italiano (, minha opinião, suspeita, de lusófono)...

Anónimo disse...

Boa estória!Jacques Prévert era então o Poeta preferido do Alfero,como deixou expresso na estória nº27 de 22/10/2007-Turra desenfiado encontra Alferes entornado.Já agora sobre Madrinhas de Guerra,também o Alfero teve azar-estória nº33 de 4/3/2008-A Madrinha de Guerra, a Professora e o Alferes Inconveniente.

Abraço.


J.Cabral

Manuel Joaquim disse...

Olá, AGA, meu caro António:

É verdade, quando leio Éluard continuo a perguntar-me como foi possível, não a sua reentrada no PCF em 1942, com 47 anos, mas a sua conversão ao estalinismo mais ortodoxo. Mistérios da vida de cada um. Por alguma razão ficou célebre a expressão de Ortega Y Gasset " o Homem é o homem e as suas circunstâncias".
Tomei nota, agora, de que ele tinha sido expulso do PCF em 1933 devido às suas ideias surrealistas e após ter aparecido publicado o texto "O Surrealismo ao serviço da revolução" onde se denunciava Stalin e "o vento de cretinização" que se sentia vindo da URSS.

Essa dos "teus" haikus deixou-me intrigado. Éluard titulou: "Pour vivre ici (onze haikai)".
Afinal, disse-me a srª Net, haiku é o nome dado ao moderno haikai. Escolheste logo dos que eu mais gosto, a par do

Ah mille flames, un feu,la lumière,
Une ombre
Le soleil me suit.

tradução (im)possível: Ah! mil chamas, incêndio, a luz, / Uma sombra / O sol me segue.

A deriva estalinista de Éluard nos últimos seis, sete anos da sua vida não apaga a maravilha que é a sua poesia.

Um grande abraço

Manuel Joaquim disse...

Pois é, meus caros Luís Graça e Jorge Cabral,
" Les beaux esprits se rencontrent", passe este meu pretensiosismo em alinhar ao vosso lado!

Ah, o Jacques Prévert! Que me fazia sonhar com um Paris desconhecido, sinalizado nos seus poemas: ruas e ruelas de St. Germain, Montparnasse, Montmartre, Bastille, etc. etc., com a Place de la Concorde onde muitos anos mais tarde fui ver se ainda lá "estava" a menina de 16 anos de que ele me deu notícia, quando eu em Bissorã abri o seu "Paroles" e levei com este poema sobre a solidão e que nunca mais esqueci:

A jeun perdue glacée
Toute seule sans un sous
Unne fille de seize ans
Immobile debout
Place de la Concorde
A midi le Quinze Août

Tradução (im)possível:

Em jejum perdida gelada
Sozinha sem um tostão
Uma miuda de dezasseis anos
Imóvel de pé
Praça da Concórdia
Ao meio dia de 15 de agosto

Ao "Paroles" foi-se juntando mais Prévert: "La Pluie et le Beau Temps", "Spectacle" e, já perto do fim da comissão, "Histoires". Sorte de quem tinha uma namorada atenta que sabia que o seu querido se não "alimentava" só de beijos e promessas de amor. Ainda hoje ela assim é, "praise God!".

Para os dois,
um grande abraço

Anónimo disse...

Caro Manuel Joaquim,
Tive o azar de não ter tido qualquer madrinha de guerra, para além da omipresente madinha da C.Caç.2679, com quem todos nós namorávamos.
Mas tive a sorte de ler o teu post magnífico, com o timbre da tua qualidade, e regalei-me com a estória. Seria possível que a revista tivesse capacidade para avaliar as intenções de cada pedido de correspondência? Ou teremos que considerar fortuita a qualidade da correspondente que te calhou?
Obrigado pela boa prosa.
Um abraço
JD

Anónimo disse...

AI..MANEL JAQUIM

Santa ingenuidade
Olha que a alguns a pide abria a correspondência,através de informadores que tinha no spm.
Apesar de tudo tiveste sorte em a "dita" não te ter denunciado.
Li alguns poemas do Péri Éluard,não sei bem porquê, mas nunca gostei muito..só li por ser "avant gauche".

"salut" Mánoel Jáquinzá

C.Martins

Anónimo disse...

PS

ISTO DA PDI TEM COISAS..

Rectifico PAUL E NÃO PÉRI

C.Martins