terça-feira, 15 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9903: Tabanca Grande (338): José Carlos Suleimane Baldé, ex-1º cabo at inf, CCAÇ 12 (Contuboel, Bambadinca e Xime, 1969/74)

Sonhei com Portugal
[poema de José Carlos Suleimane Baldé]

Era uma noite,
calma,
serena!
Um ambiente bem silencioso!
Vejo os céus de Portugal.
Alguém disse:
- Levanta a cabeça!
Nos céus sem nuvens
vi variadíssimas estrelas
que nunca vira antes!
De repente soou um grito,
dizendo:
- Não tenhas medo,
que aqui é Portugal!




1. José Carlos Suleimane Baldé, simplesmente Zé Carlos (*)... O "morto-vivo" da CCAÇ 12!...  Já te deram por morto e ressuscitado, não sei quantas vezes!... Parafraseando Mark Twain, podemos pois dizer que a tua notícia da tua morte, logo em 1974, foi manifestamente exagerada. 


De qualquer modo, não tenho tido notícias tuas desde o ano passado, na altura em que  realizaste o teu grande sonho de vir conhecer Portugal, terra que tu tanto amas (ou amavas) mas que  te tratou com ingratidão.  A ti e a outros milhares de combatentes guineenses que estiveram sob a bandeira portuguesa.  Essa viagem foi possível graças à generosidade de muitos camaradas, e sobretudo da Odete Cardoso e do Jaime Pereira. (Abrindo um parênteses, não confundamos Portugal e a sua gente, com o Estado e a elite dirigente; eu também não confundo a tua terra e a tua gente, com os que mandam e falam abusivamente em seu nome).

Quando chegámos a Contuboel, em 2 de junho de 1969, depois de desembarcarmos em LDG no Xime, e de seguirmos em coluna auto por Bambadinca e Bafatá, descobrimos que dos 100 soldados do recrutamento local que se juntaram aos 50 quadros e especialistas da CCAÇ 2590 para vir a formar a futura CCAÇ 12, nenhum deles falava português... A única exceção eras tu, Zé Carlos!... Serias aliás o único soldado arvorado que chegaria  a 1º Cabo,  no meu tempo (Foste promovido logo a seguir, em setembro de 1969., lembras-te ?). 


José Carlos Suleimane Baldé, o dedicadíssimo, delicadíssimo, educadíssimo Zé Carlos, uma joia de rapaz!.. 

Terias na altura 18 anos, não ? A gente não sabia a vossa idade, vocês fintavam os tugas, só para ir para a tropa!... Tínhamos de tudo, djubis e homens grandes, alguns já mesmo velhotes... Lidei, convivi bastante contigo, no 4º Grupo de Combate (por onde passei mais tempo), considerei-te, desde logo, como "secretário particular, intérprete, cozinheiro, guarda-costas, e sobretudo amigo e camarada".  Emprestei-te livros, dei-te cadernos, ajudei-te a melhorar o domínio do português. Falei-te da minha terra.

Pertencias à 2ª secção, comandada pelo Fur Mil At Inf António Marques, até àquele fatídico dia, 13 de Janeiro de 1971 -lembras-te ? -,  em que caímos todos juntos, uma GMC inteira, numa potente mina A/C às portas de Nhabijões. 

Estive contigo  em muitas operações. E em várias tabancas fulas em autodefesa. Tu ajudaste-me a perceber melhor a tua gente, a tua história, a tua língua, a tua cultura e até a tua religião. 

Até há um ano e meio atrás, eu não sabia nada de ti nem do curso da tua vida, depois da independência. Sempre receei pela tua segurança. Hoje sei, sabemos, que vives perto do Xime, com a tua família. Voltei a rever-te e a abraçar-te, com grande emoção, em Coimbra, no dia 21 de maio de 2011. 

Zé Carlos: abandonados por nós, ostracizados pelo teu Governo, os nossos antigos camaradas guineenses vão desaparecendo rapidamente, vítimas da perseguição, da doença, da miséria, da discriminação, do abandono, do esquecimento, e até da falsificação da história... Recordá-los, recordar os seus nomes, publicar as poucas fotos que temos deles, é o mínimo dos mínimos que podemos fazer no nosso blogue!... 

Da nossa CCAÇ 12, dos meus antigos 100 camaradas, do meu tempo de Contuboel e de Bambadinca (junho de 1969/março de 1971), restarão muito poucos, menos de duas dezenas. Entre eles, felizmente, estás tu, Zé Carlos.

 Em 29 de maio de 2011, tu vieste à minha escola para te despedires de mim, depois de umas férias fantásticas no teu querido Portugal.  Vinhas acompanhado pelo António Marques e a Gina. Dessa vez achei-te  abatido, apreensivo, na véspera de partires.   Não te mostraste tão expansivo, como em Coimbra. Pedi-te para fazer uma saudação para os teus antigos camaradas da CCAÇ 12, que eu gravaria em vídeo, mas tu recusaste polida e delicadamente. Acredito que o teu estado de espírito estivesse associado à ansiedade e tristeza da partida, além da  convição  de que na tua terra continuarias a ter  muitas poucas ou nenhumas perspectivas de futuro. 

Por outro lado, voltavas amargurado: em Portugal, os teus papeis da tropa (portuguesa) de nada te valeram. Devem ter-te explicado, um burocrata qualquer: o sr. Suleimane Baldé nunca fizera descontos  para  a Caixa Geral de Aposentações; além disso, não era cidadão português... 

Esta era talvez  a maior decepção que tu levavas da tua primeira (e provavelmente última) viagem a Portugal... Os cinco anos e duzentos e tal dias que estiveras ao serviço do exército português  não te davam quaisquer benefícios nem constituíam quaisquer direitos... 

E, no entanto, tu guardas (ou guardavas) religiosamente a bandeira verde-rubra na tua morança!... Por essa bandeira, pela tua aliança com os tugas,  estiveste em risco de ser condenado e executado nos tempos de brasa, possivelmente por volta do 11 de março de 1975 (altura em que terão sido  executados o Jamanca e o Abibo Jau, da CCAÇ 21,  em Madina Colhido )... "Valeram-me os anciãos de Bambadinca que, em pleno tribunal popular, me defenderam, a mim,  Suleimane Baldé, como um bom homem, um bom professor, um bom fula,  e um bom guineense" - confidenciaste-me tu, o ano passado...

Disseste-me com  alegria  que irias, dentro em breve, casar a tua filha com o filho de um antigo camarada e amigo da 2ª secção do 4º Gr Comb da CCAÇ 12, o Sori Baldé...

Constatei, com amargura, que tu já não pertencias ao meu mundo, pertencias a um outro mundo, o teu mundo, para o qual regressavas, definitivamente... Ainda pensei, num impulso de generosidade e de camaradagem,  em convidar-te  a integrar o nosso blogue... Mas percebi a tempo, numa fração de segundo de lucidez,  quão atrozmente ridícula era a minha proposta!... 

Na tua tabanca tu não tens nada, para além de um telemóvel e de uns óculos, para ler,  que te deu a Odete Cardoso, esposa do Jaime Pereira, casal que são padrinhos da tua filha mais nova, e que te acolheram em Portugal...

Aliás, o que é que tu tens, no ocaso da vida ? Uma família para sustentar,  uma morança, alguma terra para lavrar, uma saúde precária, uma velhice incerta... Antigo professor ou monito escolar (tarefa que te terá sida atribuída, depois de ferido em combate), não tens computador nem email nem internet nem sabes o que é isso... Não tens nada. Tens medo, continuas a ter medo, medo da palavra "política" e dos grandes inquisidores que te levaram a "tribunal popular" em Bambadinca... 

Na altura, em 29 de maio de 2011, eu escrevi ou pensei: "Confesso que fiquei deprimido por sentir que há homens que podem ter medo do medo... E  que podem ainda, hoje, quarenta anos depois do fim da guerra colonial, sentir medo... E eu tenho medo de escrever mais e complicar a vida de antigos camaradas meus, que foram meus camaradas de armas"...

Afinal, um blogue, para quê ?,  perguntarias tu...  O que é isso, de blogue ?... E que resposta te poderia eu dar, meu velho Zé Carlos  ? Não saberia dar-te nenhuma, naquele momento... Em suma, desisti da ideia de te "atabancar" numa Tabanca Grande que não te diria nada, e que tu nunca reconhecerias... porque é uma coisa virtual, uma ideia abstrata, com um suporte digital, que nem tem cor, nem cheiro, nem sabor...

Mas hoje, passado quase um ano, e depois de voltar a ver  o teu nome numa lista de fuzilados da CCAÇ 12, deu-me ganas de voltar a pegar na ideia e de concretizá-la. Não tenho poder, não tenho nenhuma varinha mágica para te poder trazer para Portugal (como tu sempre sonhaste, e confessavas ao António Marques, com quem te correspondeste regularmente entre os anos de 2000 e 2004... e o Marques tem essas cartas!)... Nem sei se  tu aqui serias mais feliz do que na tua tabanca... Tenho todas as dúvidas, hoje mais do que nunca.... 

Mas há uma coisa que eu posso fazer por ti,  Zé Carlos, para além de prometer visitar-te (quando,  e se,  um dia voltar à Guiné-Bissau, e nessa altura conhecer a sua família, e se possível rever mais alguns camaradas da CCAÇ 12, os poucos que restarem vivos)... Ora o que eu posso fazer por ti, é da mais elementar justiça: é admitir-te  na nossa Tabanca Grande e sentar-te  à sombra do nosso simbólico, mágico, secular, portentoso, protetor,  fraterno poilão!...  

Para que o teu nome e o teu arreigado amor a Portugal não sejam esquecidos, para que a nossa velha amizade e camaradagem  continuem a ser celebradas, apesar da distância, apesar das nossas diferenças, apesar das nossas tristezas, qpesar das nossas desilusões. apesar das nossas memórias doridas!...  Faço-o à tua revelia, mas na convicção de que um dia destes  tu vais aceitar e compreender o meu gesto.  Se alguém, guineense, da CCAÇ 12 merece estar aqui, és seguramente tu. E serás o primeiro e muito possivelmente o último.

Sê bem vindo, Zé Carlos, à Tabanca Grande. És o grã-tabanqueiro nº 557. Peço à dr. Odete Cardoso que te vá dando  notícias nossas, por telefone e carta.  Devo dizer-te que não és o único "morto-vivo", o nosso António Batista também o é; além disso,  também não tem e-mail, mas foi acolhido, com todo carinho, neste espaço vritual onde se reúnem os velhos combatentes da Guiné, portugueses e guineenses, independentemente do seu passado, do seu presente, das suas crenças, e das suas perspetivas de futuro...  


Que Alá te proteja, meu bom amigo e camarada Zé Carlos! És e foste sempre um grande homem e combatente!


Luis Graça, ex-fur mil at armas pesadas inf, CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, Maio de 1969/Março de 1971)


PS - Não combinei nada com ele,  mas peço ao António Marques  [, foto à esquerda,  ladeado por ti e pela Gina, Lisboa, no parque da minha escola, em 29 de maio de 2011,] que seja o teu "padrinho" na Tabanca Grande, e que te "empreste" o email dele...  Espero poder encontrá-lo mais logo, aqui ao pé de casa, em Alfragide, na missa do 1º aniversário da morte da nossa amiga Teresa Reis (1947-2011), esposa do Humberto Reis.
__________________________


Notas do editor:

(*) Vd. postes referentes (ou com referências) ao Zé Carlos:

4 de junho e 2011 > Guiné 63/74 - P8372: Os nossos camaradas guineenses (33): O Zé Carlos regressou ao seu mundo, à sua tabanca, à sua morança... (Luís Graça)

22 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8311: Os nossos camaradas guineenses (32): José Carlos Suleimane Baldé... Pensando na CCAÇ 12, em Coimbra, em Amedalai, em Bambadinca... Andando pelo Planaltod as Cesaredas, à procura de amonites e orquídeas-abelhas... Celebrando a biodiversidade, a etnodiversidade, a camarigagem, os nossos encontros e desencontros... (Luís Graça)




9 comentários:

manuel amaro disse...

Comandante Luis Graça,

Parabéns!

Lindo texto.
Linda mensagem.
É por isto, não só por isto, mas muito por isto, que vale a pena a nossa Tabanca.

Logo mais, por volta das 18h30, também vou estar na Igreja de Alfragide.

Até logo, Comandante.

Manuel Amaro

antonio graça de abreu disse...

Ah, grande Luís Graça!...

Temos coração e ainda nos regemos por valores que emanam da educação,
(este tão estranho sortilégio de nascermos e crescermos portugueses!)
sensibilidade, inteligência e coração.

Fortíssimo abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

CONCORDO APOIO APLAUDO E SUBSCREVO!



ABRAÇO!



J.Cabral

paulo santiago disse...

Dois grandes camaradas,o José Carlos e Luís Graça...belo poema com óptimo texto a complementar.
Também tenho um Suleimane Baldé,já apareceu aqui no blogue,1ºCabo do 53,hoje Régulo de Contabane.Estava em minha casa quando,em 2009,fizemos a romagem à campa do António Ferreira,um dos mortos do Quirafo.Foi gratificante para mim,e julgo,para a viúva Cidália,ele ter participado na romagem.
Em 2003,apareceu-me aqui o Suleimane,procurava receber uma pensão devido a um ferimento em combate,localizado perto do ouvido,e estava a provocar perda de audição.Fui prestar declarações duas vezes,intervaladas por um ano,e na última quase me chamaram aldrabão.O problema era não haver nada,qualquer relatório,atestando a ocorrência.Eu sabia,mas como fora uma operação irregular,só com africanos,não havia nada escrito.
Após uns três anos,ouvido eu,o Cap.C.Clemente,alguma pressão do Gen.Azeredo e mais alguém,lá lhe atribuiram uma mísera pensão.Foi uma luta trabalhosa mas no fim,senti-me, relativamente,compensado.

J. Armando Almeida disse...

Belas palavras, Luis !

Tenho a certeza que todos sentimos a profunda injustiça pelo abandono a que foram votados pelos responsáveis políticos portugueses estes (e outros) nossos camaradas de armas.

Jamais uma simples palavra de conforto, um gesto de reconhecimento,ou uma qualquer ajuda material.

Quer nos custe ou não admiti-lo, isto tem um significado...

Abraços

J. Armando

Cherno Baldé disse...

Caro Luis Graça,

A tua decisão de integrar o Suleimane na nossa Tabanca Grande terá, certamente, pouco efeito prático, mas reveste-se de um grande significado simbólico e de homenagem a todos os ex-milicias e soldados africanos que serviram na guerra da Guiné que, como costumo referir, foram voluntários da sua própria desgraça.

A desgraça das pessoas como o soldado José Carlos Suleimane não é só o facto de ter ou não ter descontado para a aposentação porque, nas circunstancias em que tudo aconteceu, duvido eu que houvesse alguém que tivesse a plena consciência da sua importância, mesmo entre os metropolitanos. Mas no fim, estes homens que serviram de forma abnegada foram esquecidos, abandonados e o valor do seu esforço, a causa por que lutaram e viram seus irmãos morrer foi reduzido a nada. As suas vidas foram reduzidas a nada e entregues as mãos dos seus inimigos de ontem, a máquina criminosa dos comissários do PAIGC.

O sinal escuro, bem visivel na testa do suleimane mostra o ardor com que ele se dirige(ia) ao todo poderoso, na solidão do seu (auto)isolamento, quando não lhe restava nenhuma outra forma segura de proteção. Esta marca de profunda devoção e quiça de desespero humano acompanha todos os antigos combatentes fulas que eu conheci. A primeira vez que a vi, por volta de 1975/76 foi na cara de Mamadu Baldé, aliás Tenente Mama que fazia parte da 2a (?) companhia dos comandos africanos que, no entanto, acabou por conseguir chegar a Portugal e viver os seus ultimos anos em paz e reunir parte da sua familia. Nunca mais voltaria a Guiné.

Quero com isso dizer que o valor do reconhecimento é muito superior ao valor do dinheiro, porque quem arrisca a sua vida numa causa fá-lo com convencimento do seu valor intrinseco, seja ele politico, social, religioso etc. e não pelo valor monetário que lhe é pago para o fazer. É importante que as pessoas, em especial aqueles que foram seus camaradas de armas, percebam isso.

Obrigado por este teu imenso gesto humano.

Um grande abraço,

Cherno Baldé

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... reporto-me a um m/comentário, exposto neste blogue desde as 00:07 de ontem.

Havido há instantes conhecimento do v/recente postal 9903, cumpre esclarecer:
- da leitura do v/p745 (António Duarte, 11Mai2006), pode deduzir-se como muito provavelmente fuzilados pelo PAIGG, logo após aquele tomar posse do destacamento de Madina Colhido, em 26Ago74, a maioria dos "arvorados" da CCac12/CTIG;
- vd tb v/subsequente postal de 12Mai2006 e um outro editado faz hoje precisamente 6 anos: «Eu (com os meus quase 11 anos) e muitos outros, em 1974, vimos os militares do PAIGC em dois camiões de fabrico russo, um deles completamente tapado de toldo. Passaram por Xime, de manhã, para Madina Cudjido (Colhido, como vocês dizem). Passados uns 30 minutos ouvimos muitos tiros. Só que por volta da hora do almoço ouvimos [dizer] que foram lá fuzilados 8 pessoas. E das pessoas que nós ouvimos que tinham sido fuzilados - não sei se corresponde a verdade ou não - um deles era o tal Abibo Jau que esteve na CCAÇ 12 em Xime. A outra pessoa seria o Tenente Jamanca, da CCAÇ 21 que estava em Bambadinca» (J.C. Mussá Biai); «No período pós-independência, os fuzilamentos dos antigos colaboradores africanos incidiram sobre os Comandos Africanos, Milícias, agentes das forças especiais, fuzileiros, cipaios, régulos, agentes da PIDE, elementos da Acção Nacional, guias, e até agentes que trabalhavam para a administração colonial. Só no caso da Guiné, fala-se em cerca de 11.000 o número de elementos fuzilados pelo PAIGC imediatamente após a independência. Certo ou não, a verdade é que houve como que uma espécie de vingança quando os ânimos se serenaram, depois que o PAIGC assumiu a administração política do país» (Leopoldo Amado).

Afinal e ainda bem, está José Carlos Suleimane Baldé muito "alive & kicking"...
Àquele ex-militar do Exército Português e a todos os demais camaradas-d'armas, os meus respeitos e desejo de longa vida.
Aos que já não se encontram vivos - a não ser na memória de quem com eles privou -, Paz às suas Almas.

Cpts,
Abreu dos Santos
___

Antº Rosinha disse...

Quem de todos os tabanqueiros reparou alguma vez para o "sinal escuro" na testa de algum fula ou de qualquer muçulmano?

Muito poucos provavelmente tínhamos reparado nesse pormenor.

O que temos que aprender sobre o que se passou connosco no tempo que andámos por África!

Oxalá tudo corra pelo melhor Cherno

Anónimo disse...

Muito boa noite.


Não pertenço à vossa geração. Não pertenço à "vossa guerra". Não passei e nem consigo imaginar o que vós haveis passado. Nem sequer tenho qualquer ligação com nenhuma destas histórias...

Só vos tenho a dizer que são estas histórias de plena camaradagem que me orgulham de ser militar!

Um bem haja a todos vós que derramaram sangue por esta nossa Pátria.


Pedro Jesus
SOL/CAUT/135965-H