sábado, 14 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9745: Memória dos lugares (179): A saudosa Bolama (António Estácio / Patrício Ribeiro)




1. Mensagem do nosso amigo tertuliano António Estácio*, natural da Guiné-Bissau, com data de 11 de Abril de 2012:

Para quem goste de recordar a saudosa cidade de Bolama. Com um grande abraço a esperança de que este trabalho sobre "A saudosa ..." não desaponte muito.

António J. Estácio


A TODOS QUANTOS AMAM BOLAMA



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2. Mensagem de 11 de Abril de 2012 do nosso camarada e amigo tertuliano Patrício Ribeiro, sócio-gerente e Director Ténico da firma IMPAR, Lda., a viver na Guiné-Bissau, depois de receber a mensagem do amigo António Estácio, com o trabalho sobre Bolama, aqui publicado, que circulou pela tertúlia:

Ao António Estácio
Não posso de deixar de fazer o meu comentário ao belo trabalho do António Estácio, sobre a cidade "abandonada" de Bolama.

Nós que por lá andamos em trabalho há muitos anos e para onde enviamos turistas quase todos os fins de semana, tínhamos pouca informação sobre os belos edifícios da cidade.

Esta planta e seus comentários, são muito importantes para quem visita a cidade, ou para quem ajuda na recuperação de alguns equipamentos.

Para vosso conhecimento, quem tem andado a recuperar nos últimos anos alguns edifícios, têm sido as seguintes instituições:

- ONG AIDA Espanha, Edifícios do PRODEPA / Escola de Pescadores;
- Fundação AMI, antiga residência de Funcionários, (junto foto). Esta Fundação há muitos anos que trabalha em Bolama;
- Cooperação Portuguesa, Escola de Formação de Professores, uma Oficina de Língua Portuguesa com Biblioteca, (junto à praça do Ulysses) com uma professora permanente;
- Carlos Lobo está a reparar uma casa de 1º andar na Av. Principal, para a transformar em Hotel;
- A nossa oferta à Cidade de Bolama, foi a reparação dos candeeiros na Praça do Ulysses e que vão trabalhar com energia fotovoltaica, a partir da casa da AMI.

- Junto fotos tiradas em Março de 2012.

1 - Praça da Estátua do Ulysses S. Grant.

2 - Os velhos candeeiros da Praça Ulysses

3 - Candeeiros da Praça do Ulysse, em reparação, oferta à Cidade de Bolama

4 - Casa para equipa Médica da AMI, antiga residência dos Funcionários.

Fotos: © Patrício Ribeiro (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 19 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6432: Tabanca Grande (220): António Estácio, nascido em Bissau, no chão papel, escritor, amigo do Pepito, do Zé Neto, do Mário Dias e do Graça de Abreu, autor de Nha Carlota

Vd. último poste da série de 19 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9625: Memória dos lugares (178): Sobre a ponte da estrada Canchungo - Cacheu, ao Km 6 (Carlos Schwarz/Pepito)

3 comentários:

Hélder Valério disse...

Caro António Estácio

Muito obrigado pelo trabalho que enviaste. Aqui ficam os públicos agradecimentos!
Nunca fui a Bolama e tenho dela a ideia de uma cidade bem estruturada, em termos dos espaços,dos arruamentos e dos equipamentos que teria e que agora aparece muito degradada. Será ainda recuperável? Podia ser uma aposta importante para o turismo nas ilhas, mas temo que os 'senhores das drogas' não queiram muita gente por esses lados...
Abraço
Hélder S.

Antº Rosinha disse...

Ainda vi a fachada do Banco Nacional Ultramarino, amparada por paus de cibe, há 20 anos.

Uma pérola impossível de reconstruir.

Com adobe não era possível.

Mas pela bela descrição de António Estácio podemos ver como era fácil e saía barato colonizar à portuguesa.

Apenas uma escola, uma igreja, um quartel um hospital, uma administração e estava tudo resolvido.

Enquanto outros colonizadores faziam tudo em duplicado.

Até lojas comerciais eram em duplicado, iguais mas distantes.

Saí-lhe muito caro colonizar, daí, talvez mais pressa que nós em descolonizar.

Ás vezes nem sabemos se havíamos de pedir desculpa ou por ter colonizado demasiado ou de menos.

Anónimo disse...

Bela descrição, belas recordações que senti ao lê-las e revê-las, estive com oficial miliciano no CIM, com minha mulher e filha que nasceu em Bissau, pernoitei naquele
Hotel tão degradado e destruido como já vi noutro local. Apenas um repararo no croqui do Aquartelamento do CIM, poderia enviar um feito por mim da minha memória e com a ajuda do Google earth, mas acho que seria uma afronta a uma descrição tão perfeita da Cidade que foi "minha" durante uma ano!! Obrigado amigo,
Rui G. dos Santos
1963/1965 CTIGuiné
Bolama 64/65