domingo, 9 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8875: (In)citações (34): Que país é este, Portugal, que faz de poetas soldados e de soldados poetas ? (Cherno Baldé)

1. Comentário de Cherno Baldé [, na foto à esquerda, estudante em Kiev, Ucrânia, ex-URSS; em 1989], ao poste P8861:

 
Caros amigos,

Sobre Portugal, muitas vezes, apeteceu-me perguntar:
- Que país este que faz de poetas soldados e de soldados poetas?...

Ao Luís Graça quero aqui apresentar as minhas desculpas pela desatenção e irregularidade e dizer que estou muito satisfeito pela forma como apresenta os meus textos na nossa Tabanca, com ou sem acordo ortográfico. Na verdade, tento escrever respeitando o acordo, mas nem sempre consigo fazê-lo por ignorância minha e nem sempre me soa tão bem, por força do hábito.

Eu estou de acordo com o A. Almeida, quando diz que o mais importante é "Ter algo a dizer e dizê-lo".

Na minha opinião, não obstante o acordo assinado, se Portugal quiser manter uma certa originalidade da sua/nossa língua, terá que investir nas novas tecnologias da informação porque constatei que neste momento, o tradutor do Google faz a tradução em português do Brasil e vai ter muita aceitação entre utilizadores não portugueses.

Pessoalmente não tenho nada contra e confesso que nem sempre compreendia os meus professores em Portugal, quando nas recomendações de leitura omitiam os autores e/ou traduções brasileiras, quando a maior parte dos livros recomendados estavam em inglês ou francês.

Até prova em contrário, não vejo nenhum inconveniente em utilizar o termo rafeiro que preferi ao termo cão, mais pejorativo mas nem por isso menos digno. O cão é um animal que simboliza a mais forte e a melhor da lealdade.

Fico muito grato a todos pelo apoio moral e encorajamento.

Um grande abraço a todos,

Cherno Baldé

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Nota do editor 

4 comentários:

Anónimo disse...

Espera aí, Cherno Baldé, rafeiro não é nem deixa de ser mais pejorativo. Rafeiro é um cão com determinadas características identificadoras de carácter, de morfologia, de região, Alentejano, da Estrela, de Sintra, geralmente cães fortes, de guarda, muito chegados ao dono.
Há é quem use o nome do cão para apodar gente bera, mas também há quem diga "quanto mais conheço o homem, mais gosto do cão", em ambos os casos erradamente por generalização de particulares
Cumprimentos
José Brás

MANUELMAIA disse...

CARO CHERNO BALDÉ,

HÁ QUEM CHAME AINDA RAFEIRO AO CÃO SEM "PEDIGREE", NO ENTANTO O RAFEIRO PORQUE SENTE AS DIFICULDADES DA VIDA DE VIRALATA À CATA DE ALIMENTO, ACABA POR SER EXTREMAMENTE INTELIGENTE.
COMO VÊS,E DE ACORDO COMO QUE O ZÉ BRÁS TE REFERIU, A NOSSA LÍNGUA, DE TANTOS MILHÕES DE CIDADÃOS, É EXTREMAMENTE RICA.
um abraço
manuelmaia

Anónimo disse...

Tantos milhões de cidadãos ou tantos milhões de ...cidadões, Manel?
abraço
José Brás

Anónimo disse...

Será que essa dos tantos milhöes tem a mesma regra ortográfica da do ladräo...ladröes? Nos tempos que väo correndo..... Um abraco.