quinta-feira, 21 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8582: Notas de leitura (258): Caderno de Memórias, por José Manuel Villas-Boas (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 11 de Julho de 2011:

Queridos amigos,

Finalmente consegui o texto do embaixador Villas-Boas, só conhecia a reportagem publicada no Expresso, em 1994. O mesmo Marcello Caetano que dias antes declinara qualquer negociação com os “terroristas”, arquitectara um cessar-fogo a preludiar a independência da Guiné. Não dá para entender como os historiadores não exploram este filão. É certo que também já se sabia, por esta época da agonia do regime, que Jorge Jardim também fora mandatado para um outro processo, muito mais sui generis, para Moçambique. O regime, afinal, tinha uma clara percepção da hecatombe se avizinhava, ensaiou tarde a más horas a solução política que os militares reclamavam.
Para que conste.

Um abraço do
Mário


O diplomata que em nome de Marcello Caetano conversou com o PAIGC

Beja Santos

Em 1994, uma reportagem do Expresso encheu de furor e indignação a classe política do antes do 25 de Abril: o mesmo Marcello Caetano que recusara negociar com qualquer família de guerrilheiros, pedira conversações ao mais alto nível com o PAIGC, o móbil era o cessar-fogo que precederia a independência. Coisa curiosa, nesse mesmo ano dois ministros de Caetano saíram do silêncio, Silva Cunha e Rui Patrício confessaram saber das conversações de Março de 1974. Mas em nenhuma outra circunstância nem Marcello Caetano nem outros dos dirigentes do seu regime aludiram a este acontecimento, necessariamente determinante: a caminho do colapso, era necessário tomar medidas para salvar as parcelas fundamentais do Ultramar.

O diplomata que foi a Londres encontrar-se com Victor Saúde Maria, ministro dos Negócios Estrangeiros do chamado Governo de Madina do Boé, Silvino Manuel da Luz e Gil Fernandes era José Manuel Villas-Boas que descreve os factos da reunião de Londres no seu livro “Caderno de Memórias” (Temas e Debates, 2003).

Vamos aos factos. O diplomata estava em Fevereiro de 1974 em Genebra, ai recebe um telefonema do embaixador Freitas Cruz que lhe pede uma deslocação urgente a Lisboa. Recebido nas Necessidades pelo ministro Rui Patrício, que se encontrava acompanhado por Freitas Cruz, vai direito ao assunto, exigindo-lhe a máxima confidencialidade: era imperioso falar com o Governo da Guiné portuguesa no exílio e oferecer-lhe a independência política plena. Escreve assim, citando o ministro:

“Estávamos a perder a guerra colonial na Guiné Portuguesa porque não podíamos responder aos mísseis soviéticos Strela terra-ar-terra com que as forças rebeldes estavam equipadas”.

O diplomata iria a Londres como emissário pessoal do ministro e deveria tornar claro aos outros negociadores que representava ali o ministro dos Negócios Estrangeiros. Tratava-se da oferta da Guiné-Bissau a troco de um cessar-fogo. Era urgente partir, entabular negociações e marcar um novo encontro para Abril ou Maio.

As peripécias que se seguiram cabiam num romance de John Le Carré ou de um Len Deigthon. Villas-Boas chegou a Londres onde foi recebido para um elemento do MI 6 [, serviços secretos britânicos]. O diplomata foi autorizado a pôr o embaixador inglês em Londres, Gonçalo Caldeira Coelho, ao corrente das suas actividades. No aeroporto de Heathrow foi recebido foi alguém que trazia um cravo encarnado na lapela e o jornal The Times debaixo do braço. O agente instalou no Hotel Victoria, donde Villas-Boas não podia sair a não ser acompanhado pelo seu contacto. Voltou no dia seguinte e deixou-lhe um pacote de livros policiais.

Só dois depois, mais propriamente na manhã de 26 de Março, é que ele saiu do Hotel Victoria para se dirigir a um determinado apartamento em Pimlico, num prédio muito conhecido em Londres, de nome “Dolphin Square”. Foi aí, no apartamento 535, que ele se encontrou com a delegação guineense e o seu contacto britânico. A primeira dificuldade que o diplomata português teve de ultrapassar foi a de que os guineenses esperavam o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Villas-Boas explicou que o representava pessoalmente. Segue-se a descrição do encontro:

“O diálogo decorreu em ambiente tenso. Os guineenses queriam negociações de Estado a Estado, que implicassem o reconhecimento por Portugal do governo do PAIGC no exílio. Procurei explicar-lhes que se tratava de uma conversa preliminar, informal e muito aberta, em que Portugal discutiria sem entraves a melhor maneira de pôr termo à guerra fratricida na Guiné e abrir caminho para a independência”.

Foi marcada uma nova reunião para a manhã seguinte. A tensão abrandou, Gil Fernandes, mais tarde embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas, confessou com emoção as saudades que sentia de Lisboa. Os guineenses apresentaram as suas objecções: à Guiné-Bissau nada interessava senão a independência plena e o estabelecimento imediato de um calendário que a ela conduzisse, era o requisito basilar para aceitarem um cessar-fogo. A conversa manteve-se viva durante algumas horas e aprazou-se nova reunião para princípios de Maio, novamente em Londres, aproveitando as facilidades que eram concedidas pelo Governo britânico. No final fizeram um brinde por uma solução justa e pacífica para a Guiné.

O contacto britânico foi extremamente afável com o diplomata português, recebeu em casa e a mulher tocou Schumann ao piano.

Este episódio ainda teve algumas consequências, José Manuel Villas-Boas deu conta da sua missão ao ministro e ao embaixador Freitas Cruz, anos mais tarde encontrou Gil Fernandes, foi muito divertido. A seguir ao 25 de Abril, o marechal Costa Gomes recebeu o diplomata, transferiu-o para Spínola e este para Mário Soares. O novo ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou-lhe que a partir de agora era ele que se ocupava da descolonização.

Villas-Boas, que se confessa admirador da política de autonomia progressiva de Marcello Caetano, termina a sua narrativa dizendo doa a quem doer a descolonização começou antes da Revolução dos Cravos. E desabafa:

 “Só não entendo por que motivo Marcello não assumiu publicamente esta sua decisão. Aliás, tenho a certeza (disse-me Freitas Cruz) de que foi o próprio presidente do Conselho que sugeriu o meu nome para a missão de Londres, o que parece lógico, já que ele me tinha utilizado como seu representante pessoal em deslocações a países como a Costa do Marfim e a República Centro-Africana, precisamente para explicar a Houphouet-Boigny e a Bokassa o espírito presidira à revisão constitucional de 1971, no que respeita à autonomia progressiva das províncias africanas”.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 19 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8570: Notas de leitura (257): Amílcar Cabral – Vida e morte de um revolucionário africano, por Julião Soares Sousa (3) (Mário Beja Santos)

50 comentários:

antonio graça de abreu disse...

“Estávamos a perder a guerra colonial na Guiné Portuguesa porque não podíamos responder aos mísseis soviéticos Strella terra-ar-terra com que as forças rebeldes estavam equipadas”.

É esta a verdade histórica, meu caro tenente-general António Coimbra de Matos? É a verdade dos factos, do nosso dia a dia, 1973/1974, meu caro coronel Miguel Pessoa, ambos pilotos dos aviões DOs e Fiats na Guiné 1972/74?
Se não é verdade,se é a mentira real e feia, porquê continuar a emporcalhar o nosso blogue com o citar de falsidades e com o denegrir constante da nossa capacidade, limitada, com certeza, de resistir e de nos assumirmos como militares
honestos, dignos dos oito séculos de Portugal?...

Abraço,

António Graça de Abreu

Ps. Quanto ao embaixador Villas Boas, ex-embaixador da Pátria portuguesa em Pequim, estamos entendidos,
Conheço-o.

Joaquim Mexia Alves disse...

Não me revejo neste tipo de frases «percepção da hecatombe se avizinhava».

Continuamos a querer "levar a água ao seu moinho», da "guerra perdida", etc e tal.

Confesso que estou farto!!!

JC Abreu dos Santos disse...

... esta contínua agit-prop pro-IN, recorrendo a pseudo-recensões, deriva objectivamente da circunstância de o sr. Mário António Gonçalves Beja dos Santos, já por diversos modos e tempos haver demonstrado que é um dos "orfãos da História". E, como tal, prossegue aqui, a coberto da ignorância atrevida, aproveitando o natural desconhecimento da maioria dos visitantes e leitores deste weblog - repete-se, dedicado à partilha de memórias de quem prestou serviço militar na Guiné -, da cronologia dos acontecimentos "do lado de cá"!
Veja-se este preciso exemplo: persiste-se, porque manifestamente interessa a alguns 'compagnons-de-route', de quem "construiu" e alimenta um dos mitos fundadores do actual regime, na ideia de que o PM só "tarde a más horas" teria determinado o estabelecimento de conversações com o IN: primeiro indirectamente e muito 'hush-hush'... para, quando oportuno (e se necessário), se prosseguir noutras modalidades.
Ora, a "versão" agora repetida (rebuscada numa reportagem do Expresso à pala dos 20 anos do 25A), não corresponde minimamente a factos, históricos e já então (1994) comprovados: as conversações foram iniciadas, logo após 15Jan70 (veja-se, 1970!), quando, na sequência da tomada de posse da nova AR (Dez69), o PM ter determinado ao MNE que desse início à diplomacia, conducente a tal objectivo, junto do governo do Senegal.
Concordo e corroboro, o sentido do comentário de Joaquim Mexia Alves.

Eduardo J.M. Ribeiro disse...

O meu Amigo e Camarada Mexia Alves, está farto destas tretes e eu enojado & enjoado.

Repito aqui, para quem quiser ler e acreditar, o que já escrevi em anteriores postes neste blogue e venha o primeiro artista, na minha cara, negar-me o que vou agora aqui repetir: o PAIGC estava tão forte em fins de 1974, que NAS CERIMÒNIAS OFICIAIS E ÚNICAS DE ENTREGA DO PODER ADMINISTRATIVO E POLÍTICO DA GUINÉ PELAS AUTORIDADES NACIONAIS, teve que recorrer ao auxílio e reforço de tropas da Guiné-Conakry.

NUNCA vi, pós-25 de Abril em parte nenhuma da Guiné, guerrilheiros suficientes para aquela representação (2 bigrupos).

Tretas desta natureza, impostas neste poste, só servem para denegrir os heróicos esforços da Força Aérea e cuspir nos nossso mortos em combate.

É lamentável que coisas destas se publiquem no blogue! Eu não as publicava!

Magalhães Ribeiro

Anónimo disse...

Finalmente.Estamos todos de acordo,e ainda bem. Também näo me revejo na frase "percepcäo da hecatombe que se avizinhava".Se a mesma näo foi usada aquando de Goa, seria ridículo usá-la depois de uns "Guiléjezitos" quaisquer,para mais, em nada garantidos num futuro viável.Quanto ao senhor Embaixador Villas Boas,ao recordar coisas nada a propósito com a minha ideia de como a História deve ser contada ,sinto-me absolutamente de acordo com o meu Camarada e Amigo que diz:"Conheco-o",também,infelizmente, o conheci(mas isso é uma longa história). Um "menos-acordo" quanto procurar-se empurrar os pobrezinhos dos "orfaös da História" para um campo täo...especificado.A sermos coerentes, vamos ter que juntar neste ramalhete da tal "orfandade-histórica", nazistas,fascistas,e quase todos os outros ( que a muitos enganaram) fazendo-se passar por "istas".Mas isso mais näo será que um pequeno "senäo" nestas coisas de estimacäo. Um grande abraco.

Anónimo disse...

Só tive oportunidade de ler os comentários que o camarada Eduardo Ribeiro escreveu depois de ter publicado os meus comentários,por essa razäo aqui volto.Compreendendo e aceitando logicamente que este Camarada,entre outros,tenha as suas ideias fortemente formadas sobre este e outros assuntos,näo devo, só por isso, aceitar ser obrigado a pensar do mesmo modo, näo tendo o direito de expressar outras opiniöes,isto sobre o risco de....? Creio que tivemos demasiado dessas situacöes em Portugal,mesmo algumas, depois de Abril de 74.Um blogue de pensamentos correctos... por iguais, de ideais e ordens de valores idênticas,seria um blogue bem pobre de conteúdo e participacäo.Näo vamos criar,mais uma vez,patriotas de primeira e de segunda, só por divergirmos no modo como olhamos a História de TODOS NÓS com os olhos de cada um.Por compreender que a Forca Aérea dominava totalmente (totalmente!) os céus da Guiné até à chegada dos mísseis,e que depois disso a sua missäo se tornou mais perigosa e difícil (aviöes foram abatidos,heróicos pilotos morreram),reflectindo-se esse facto em toda a realidade operacional e de suporte,será necessária uma grande elasticidade de pensamento para concluir que estou a cuspir nos nossos mortos em combate. Um abraco.

Anónimo disse...

Já tinha regressado a casa há cerca de 10 anos, lógicamente nada sei, nem me posso pronunciar sobre que se passou em campo
nessa época politica conturbada, mas uma coisa posso afirmar, nunca
"perderiamos" essa guerra, se boas mentes houvera nas chefias, e se em alguns casos a cobardia não fizesse ceder e influenciar a soldadesca (G/G).
Abreu dos Santos, Magalhães
Ribeiro, e outros comentadores tem razão, este blogue começa a tresandar!!!
Rui Santos

Eduardo J.M. Ribeiro disse...

Não sei porque é que este J.Belo gosta tanto de "comentar" os meus comentários???

Alguém lhe terá recomendado o sermão?

Eu, aqui no blogue na qualidade de tertuliano, limito-me a escrever FACTOS e a expor as minhas ideias.

O Sr. J.Belo gosta de discutir/criticar essas minhas ideias.

Creia-me Sr. J.Belo, que me estou marimbando para as suas ideias.

Enfim, por respeito aos demais camaradas do blogue fico-me por aqui e agradeço que o Sr. J.Belo que me deixe em paz, e mais as minhas santas ideias, e se mais nada tiver que fazer se dedique à pesca ou outro lazer, que não seja comentar as minhas palavras.

Magalhães Ribeiro

A.Teixeira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

A minha súde não me permite abrir o Blog para encarar com este palavriado de MBS.

Vou fechar de novo e ibernar.
Entendam-se.

Fui parar a Santa Cruz por motivos de coração, não psíquicos.

Boas férias!

Mário Fitas

Carlos Vinhal disse...

Camaradas, dão-me licença?
Depois de comentarem o livro e a recensão do camarada Mário Beja Santos, por que entram a seguir nos ataques pessoais? Acaso nos dias de hoje é proibido ser de esquerda, de direita ou estar-se marimbando para as tendências políticas, clubísticas, religiosas e outras?
Não podemos discutir ideias sem começar a tratar os camaradas por senhores? Neste Blogue está escrito que temos de agradar a este ou àquele tertuliano, a esta ou àquela tendência?
Vamos acalmar. Como diria um político da nossa praça, deixem-me trabalhar.
Que a paz seja convosco.
Carlos Vinhal

Hélder Valério disse...

Caros camarigos

Voltamos a 'matar os mensageiros'?

O que o Beja Santos refere está ou não retirado de palavras que outros escreveram ou proferiram? A mim, parece-me que sim, tanto mais que estão destacadas do corpo do texto e em itálico!

Então porque se atiram ao Beja Santos como gato a bofe?

Não gostam dele? Tudo bem, estão nesse direito! Mas porquê e para quê empolar aqui essa opinião?
O nome é muito comprido, como se fez questão de demonstrar? Pronto, nada a opor!
Acham que ele devia parar de enviar recensões? Ou que o Blogue devia parar de as emitir? Pelo menos por uns tempos? Bem, seria uma opinião, com que talvez também concordasse, mas não é disso que se trata, pois não? É mesmo para 'calar', não é?

E por onde fica a tolerância e sã convivência, entre nós? Acredito que isso seja utópico, mas será assim tão difícil aceitar a existência de opiniões contrárias? Não poderá cada um 'ficar nas suas' e deixar que haja pluralidade?

Não quero entrar em 'teorias da conspiração' mas... lá terei que concordar, se calhar até motivos opostos, com o que o Mário Fitas desabafou.

Caros amigos, para não me alongar, fico-me pela subscrição das palavras do Carlos Vinhal.

Abraços
Hélder S.

antonio graça de abreu disse...

Claro que cada um pode ser o que muito bem entende e pode ter as opiniões que quiser. Somos seres livres e pensantes.
Mas não falsifiquem é a nossa História na Guiné.
Tenho aprendido muito com o blogue.
A conhecer-me melhor, a conhecer com mais rigor e certeza o que aconteceu naqueles onze anos de Guiné. Não se trata de opiniões.
Quando me dizem que "estávamos a perder a guerra colonial na Guiné" porque não podíamos responder aos Strella, isto não é uma opinião, é uma inverdade histórica. A nossa História não se faz de falsificações e mentiras.
Cinco aviões foram abatidos pelos Strella, em Abril de 1973. Só mais um avião foi abatido, a 31 de Janeiro de 1974, em Copá. Estes os factos. A nossa Força Aérea continuou heroicamente a voar, a voar e a bombardear como nunca. Em Cufar, tínhamos Noratlas, DOs, hélis, T 6, DC3 e no ar os FIATS. Não perdemos supremacia militar nenhuma, passámos foi a voar de outra maneira.
Estes os factos, esta a nossa História. Até 25 de Abril de 1974,as NT não foram derrotadas militarmente em parte nenhuma. Ah, mas Guileje! Não foi uma derrota, mas a fuga de uma companhia assustada. Não são opiniões, são os factos,é a nossa História.
Ao exaltar o compromisso de guerra do PAICG, denegrindo, rebaixando o esforço dos 40.000 militares portugueses e guineenses que dignamente combateram até 1974, falseiam-se os factos, falsifica-se a História.
Não são opiniões. É o gosto deliberado de alguns de pôr tudo ao invés, com a ganga de muito conhecimento e sabedoria.
De achincalhar Portugal e os portugueses.
Eu amo e respeito a minha Pátria.

E atenção à saúde do blogue, o blogue está doente. Não o deixem morrer.


Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Calma..calma..calma
A verdade é só uma,não há várias ao sabor de cada um.
Camaradas, já todos temos idade para não reagir de forma tão "pueril" a uns ditos de um ou vários senhores "embaixadores..representantes de não sei quem..etc." provavelmente nem conheciam a guiné e de certeza o que se passava no terreno.
Vamos supor que era verdade que o poder político queria um cessar-fogo para a guiné, então como é que resolviam o problema das outras "províncias"..continuava-se a guerra ? havia também cessar-fogo ?
Para mim este assunto parece-me completamente ridículo.
Um facto histórico...O PAIGC NÃO TINHA NA ALTURA CAPACIDADE PARA NOS DERROTAR MILITARMENTE.
Qual quer outra afirmação ou insinuação é pura falácia.
Sei do que falo.. eu estava lá..na linha da frente..em Gadamael..e nos encontros e conversações com elementos do paigc...confirmei-o.
Tudo o resto são tretas.
Passem todos bem...adeus até ao meu regresso.

C.Martins

Unknown disse...

Tem vindo a ficar claro e agora de uma forma organica, que este Blog se tem vindo a transformar numa tribuna ideológica pró-colonial.
(Já agora corrijo que antes do 25A, não existia a AR, mas sim a AN (assembleia nacional))
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Estes comentários demonstram mais uma vez o ódio a quem opina livremente. Com tanto saudosismos não se é capaz de argumentar com factos documentados. Que me fariam se eu referenciasse os bombardeamentos com Napalme, na Guiné ??? Telefonavam-me novamente ??? Viriam ter comigo para ajuste de contas.
Isto em sequencia de meus comentários e um facto que foram rejeitados neste Blogue, mas que estou preparado p/ reproduzir em qualquer momento e em qualquer lugar da 'rede'.
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Sugestão sincera e ponderada aos editores do Blogue, principalmente ao Luís Graça (creio que seu fundador). Trabalho que eu respeito, e que é merecedor de outra postura por parte dos intervenientes (alguns)no Blogue.

Anulem a publicação de comentários, substituindo pela opção de gostar ou não do Post.
Publiquem somente do que chegar às vossas mesas, os trabalhos de e sobre experiencias, vivencias, documentos etç e preferencialmente nada que seja politicamente opinativo sobre a guerra.
Ex. sobre a "guerra perdida ou ganha", será o leitor que formará a sua opinião ou ideia face ao que for publicado.
Por outro lado algo a que eu poderei chamar o 'infantilismo operacional' é alguém que nunca saiu do seu destacamento 20-50 Km, opinar sobre a guerra no seu todo no território da Guiné Bissau, baseado no que se passava no seu destacamento.
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Resta-me dizer que acompanho o Blogue com regularidade, mas não me apetece participar (p/ não expressar outros sentimentos).
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Um abraço para cada um e para todos os camaradas militares, esperando que tambem este comentário não sofra o destino dos meus últimos dois.

Carlos Filipe
ex-BCAÇ 3872 CCS Galomaro

Unknown disse...

Desculpem esta adenda, porque eu escrevi:

"... preferencialmente nada que seja politicamente opinativo sobre a guerra."

Não se trata de sensura pura e dura, é uma questão de não permesquir relatos de guerra experiencias,documentos, sentimentos, recordações, sofrimentos, alegrias, etç, etç, com comentários tipo 'lesa-patria' que mais não são que politico-militares e ideológicos.

Porque a continuar assim este Blogue corre o risco de deixar de ser um 'espólio soberano' e quase único de experiencias humanas de guerra para passar a ser outra coisa que evito defenir neste momento.
Desculpem, mas foi no sentido de esclarecer melhor o q pretendi transmitir anteriormente.

José Marcelino Martins disse...

Abri a "janela de comentários" para escrever, mas não o que se segue.

Pareio, antes de começar, com uma questão:

Cada um tem a ideia que tem e, a mais não é obrigado!

Se um pensa que o azul é só azul (ou outra cor), não há possibilidade de lhe demonstrar que há vários tons dentro da mesma cor?

Faz sentido continuarmos a degladiar-mo-nos com factos que, por olharmos de lados diferentes, se apresentam com perspectivas diferentes?

A vantagem deste "local de tertúlia, é o contraditório, mas não a confrontação. Não estou a querer ser o advogado do diabo, seja ele quem for.

Quando num texto surgem "incorrecções e/ imperfeições". calma e serenamente cada um de nós, que viveu a Guiné no seu todo, mas em tempos e experiências diferentes, deve dar a sua contribuição com serenidade, afim de que a verdade seja, cada vez mais, A VERDADE.

O texto inicial é um texto que, em qualquer altura pode/deve ser objecto de "correcção", quer dizer, "aclaramento" à luz do pensamento/saber/experiência de todos e cada um de nós.

A seguir a cada texto deve ficar o nosso comentário, não a nossa descrença nos outros que, por "acaso ou azar" compartilharam connosco o descontentamento da nossa presença naquela terra e, agora volvidos muitos anos (cada um tem a sua época), votamos aquela terra o amor e carinho como se a ele sempre tivesse-mos pertencido.

A Guiné não merece mais lutas;
Os tertulianos não merecem ver as suas expectativas defraudadas com picardias de antanho.

Não é preciso embainhar as espadas, porque elas nunca saíram da bainha.

Antes de clicar-mos em "Publicar o seu comentário" basta pensar alguns segundos se, com o comentário iremos "ferir" algum camarada.

A nossa língua é muito rica de palavras; rica em expressões idiomáticas; rica em palavras como saudade (não há tradução para outras línguas, pois é só nossa), pelo que é possível encontrar outros termos não tão "belicistas", pois são, muitas vezes chavões que o seu uso desmedido e inoportuno lhe deram outra conotação.

É claro que o que se escreve em relação aos comentários, serve também para os textos.

Um bom fim de semana e um grande abraço.

Joaquim Mexia Alves disse...

Meus camarigos

Vamos a ver se nos entendemos, pelo menos naquilo que a mim toca.

Para o meu camarigo Helder Valério, (com quem tenho tido a sorte de confraternizar um pouco nestes últimos dias), digo que critico a frase do Beja Santos, no texto inicial e de sua exclusiva autoria, que aliás destaco no meu comentário.

Para todos os camarigos explico, pela minha parte, que tenho o direito de me exprimir, e que o farei sempre que alguém pretender alterar a história, ou colocar em causa a dignidade daqueles que combateram no ultramar, seja com ideias de derrota, seja com ideias de uma pretensa superioridade dos Portugueses em relação a outros povos.

Estou farto, digo eu, porque depois de uma longa polémica sobre a "guerra ganha" e a "guerra perdida", o Mário Beja Santos, a quem estimo, continua a proclamar a "sua verdade", servindo-se para tal de recenssões de livros, onde, em textos iniciais, ou servindo-se de partes desses livros, (veja-se a recenssão do livro do Moura Calheiros), vai tentando levar as suas ideias avante, como se fossem uma verdade absoluta.

E se este é um blogue colectivo, ao qual eu pertenço, tenho o direito, (e mais, o dever perante aqueles que me conhecem),de me pronunciar, para que não se pense que eu pactuo com tais ideias, ou com elas concordo.

Se repararem, raramente faço comentários às recenssões do Mário Beja Santos, mas há momentos em que há que dizer um basta, pelo menos para mim, pois, ao abrir todos os dias este blogue, me sinto confrontado com algo que pode parecer a outros que nos leiem, um pensamento geral dos camarigos, o que não pode estar mais longe da realidade.

Aqueles que me conhecem sabem que sou cordato e muito longe de ser fundamentalista, mas não deixo, nem deixarei de me pronunciar sobre aquilo que eu achar, seja por bem, ou por mal, para que eu não seja tomado como concordante daquilo com que não concordo.

E àqueles que vêm com o "papão" da censura, ou de querer calar seja quem for, desenganem-se comigo, pois não tenho dotes de censor, nem paciência para o ser, e nunca gostei muito de censores, sejam eles de que lado forem. Essa conversa está gasta!!!

Ao A. Teixeira, sempre lhe digo que triste e deplorável é o teu comentário nessa apreciação que fazes.

De resto camarigo como dantes e sempre com um abraço para todos

Anónimo disse...

Caros Camaradas.Mais uma vez,uma troca de opiniöes,näo "entre" alguns dos comentadores,mas,"ao lado" dos mesmos,e, infelizmente, do que por alguns deles foi escrito.Depois de ler,mais uma vez atentamente,os comentários de todos,pergunto-me se todos teräo lido com a devida atencäo os mesmos comentários, antes de iniciarem...um comício,näo adjectivado de "patrioteiro",pois creio ser este o local errado para tais. Ao usarem-se frases do tipo "Amo a minha Pátria","Sou Português" com fins excludentes dos que,por terem opiniöes distintas das minhas...näo amaräo a Pátria,e seräo menos portugueses,acabamos por nos reflectir nos nossos próprios espelhos...nada mais. Ao desejar-se que as guerras de África nunca tivessem tido razöes para existir,ou que os responsáveis aquando dos seus inícios (e os responsáveis pelas circunstâncias do seu fim) tivessem tido uma visäo da História,e dos interesses Nacionais muito superior,será menos digno de um português que näo sente a mínima necessidade de apresentar atestados de patriotismo sempre que confrontado com opiniöes divergentes?

Luís Graça disse...

1. Para os leitores de boa fé, mas às vezes distraídos... LG

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Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné: Política editorial


As opiniões aqui expressas, sob a forma de postes ou de comentários, assinados, são da única e exclusiva responsabilidade dos seus autores, não podendo vincular o proprietário e editor do blogue, bem como os seus co-editores e demais colaboradores permanentes.

O nosso blogue é também uma Tabanca Grande. Originalmente, chamámos-lhe Tertúlia. Tabanca é um termo mais apropriado: nela cabem todos os amigos e camaradas da Guiné.

Neste espaço, de informação e de conhecimento, mas também de partilha e de convívio, decidimos pautar o nosso comportamento (bloguístico) de acordo com algumas regras ou valores, sobretudo de natureza ética:

(i) respeito uns pelos outros, pelas vivências, valores, sentimentos, memórias e opiniões uns dos outros (hoje e ontem);

(ii) manifestação serena mas franca dos nossos pontos de vista, mesmo quando discordamos, saudavelmente, uns dos outros (o mesmo é dizer: que evitaremos as picardias, as polémicas acaloradas, os insultos, a insinuação, a maledicência, a violência verbal, a difamação, os juízos de intenção, etc.);

(iii) socialização/partilha da informação e do conhecimento sobre a história da guerra do Ultramar, guerra colonial ou luta de libertação (como cada um preferir);

(iv) carinho e amizade pelo nossos dois povos, o povo guineense e o povo português (sem esquecer o povo cabo-verdiano!);

(v) respeito pelo inimigo de ontem, o PAIGC, por um lado, e as Forças Armadas Portuguesas, por outro;

(vi) recusa da responsabilidade colectiva (dos portugueses, dos guineenses, dos fulas, dos balantas, etc.), mas também recusa da tentação de julgar (e muito menos de criminalizar) os comportamentos dos combatentes, de um lado e de outro;

(vii) não-intromissão, por parte dos portugueses, na vida política interna da actual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo);

(viii) respeito acima de tudo pela verdade dos factos;

(ix) liberdade de expressão (entre nós não há dogmas nem tabus); mas também direito ao bom nome;

(x) respeito pela propriedade intelectual, pelos direitos de autor... mas também pela língua (portuguesa) que nos serve de traço de união, a todos nós, lusófonos.

PS - Defendemos e garantimos a propriedade intelectual dos conteúdos inseridos (texto, imagem, vídeo, áudio...).


Em contrapartida, uma vez editados, não poderão ser eliminados, tanto por decisão do autor como do editor do blogue, mesmo que o autor decida deixar de fazer parte da Tabanca Grande.

Qualquer outra utilização desses conteúdos, fora do propósito do blogue (ou do nosso site na Net), necessita de autorização prévia dos autores (por ex., publicação em livro).

Luís Graça & Camaradas da Guiné
31 de Maio de 2006, revisto em 23 de Abril de 2011.

Luís Graça disse...

2. Escreveu o nosso camarada, o bedandense António Teixeira:

"Outro dos factores que está a afastar especificamente comentários correctores deste teor neste blogue é o tratamento posterior que tendem a receber: nenhum – o erro permanece galhardamente publicado! Vamos a ver, se desta vez e ao menos neste último aspecto as coisas mudam um pouco".

Comentário de L.G.:

Agradeço a tua sugestão. A gralha acaba de ser corrigida: MI 6 (serviços secretos britânicos) e não M16 (a famosa espingarad automática americana)....

Erros (factuais) nos postes são sempre editáveis, podem corrigir-se... Nos comentários, os editores não podem tecnicamente mexer (nem devem, de acordo com as regras editoriais)... Como este blogue (é caso raro...) tem um sistema de comentários instantâneos, totalmente livres, sem moderação prévia, os editores não podem pura e simplesmente alterar um simples vírgula... Os comentários só podem ser eliminados (ou removidos) "a posteriori", se violarem as nossas "regras do jogo"...

Por outro lado, e como deves compreender, dada a avalanche de comentários publicados todos os dias é humana e tecnicamente impossível lê-los e analisá-los todos com o todo o detalhe... É bom que haja (e continue a haver) leitores atentos, e de boa vontade, como tu.

E espero que continuemos a blogar e a comentar, até que os dedos (nas teclas) nos doam... ou até haver teclas...

Um Alfa Bravo. Luís Graça

Juvenal Amado disse...

Este tipo de artigo é como trabalhar numa pedreira....
Um gajo vem e abres uns furos;
Depois vem mais um ou dois e põe umas cargas de dinamite;
Depois da explosão vem o resto da malta toda de martelos em riste e...
é só partir pedra.
Uma coisa é certa os bocados ficam todos diferente uns dos outros.

No meio disto alguém farta-se de rir!

Um abraço a uns e outros.

Anónimo disse...

Juvenal, nome de poeta, amigo e camarada: Já aqui falei, em tempos da lei de Gresham do conflito, a tal bola de neve que amplifica o conflito e faz perder de vista o pomo da discórdia, o contexto e os protagonistas iniciais... A propósito de uma cena de pancadaria no "Chez Toi", em Bissau... (Salvo as devidas proporções, claro, pensando nas nossas "picardias", ou quando, de tempos a tempos, desatamos aos "tiros", aqui na "caserna")...

Sou optimista: ao fim e 7 anos de blogue, ainda temos (falo como "colectivo") dedos e teclas para continuar a blogar...

Agora vou até ao mar, ao bar da Praia da Peralta (que ninguém conhece...), apanhar um resto de sol, "curtir"o pôr do sol, comer o meu choco frito, beber um copo e continuar a escrever um poema sobre o meu... joanete que vai à faca, a partir de 1 de Setembro... (Fico ao cuidado do bom irã bom, que é o Francisco Silva, aliás, Dr. Francisco Silva, ortopedista...).

Começa assim o dito poema:

Não sei qual é mais feio,
se o meu joanete,
se a minha alma,
se o mundo...


Um Alfa Bravo. Luís Graça

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... a propósito de irritantes
"gralhas", que pousam e povoam escorreitos ou menos escorreitos textos - ou, no entender de ex-político, inopinados "pentelhos" emboscados nos mais insuspeitos locais, assim a modos como "areia na cremalheira" -, ou ainda alguns sofisticados 'lapsus linguæ' que, por "actos falhados", se escapam para o teclado, seja, tudo material exdrúxulo a mais ou menos sérios, mais ou menos consistentes, conteúdos propostos a pública discussão [ = salutar troca de ideias e opiniões, independentes do "soft or hard talk" ], o mor das ocasiões quando ao interlocutor se lhe aponta a Lua, o outro olha para o dedo do parceiro... ; ou, mais prosaicamente, estamos a conversar sobre a floresta tropical mas ao outro apenas interessa falar sobre "aquele" arbusto rasteiro...

Não sendo de m/hábito, nem gosto, nem interesse, além da perda de tempo, desviar-me de temas propostos (aqui ou em qualquer outro local), faço excepção por verificar que, entre alguns dos comentadores a este postal, que substantiva e objectivamente adiantaram coisíssima nenhuma ao esclarecimento público, dois se perderam por trilhos de... minudências (para além da malediência, de juízos de intenção e de carácter e de mal disfarçada subliminar tendência para a censura... de "esquerda", pois então!); e fizeram perder tempo, a quem regularmente visita este blogue.
Nisto, se parecem com dois mui interessantes personagens do "Café Central" (RTP2 ± ½ noite): o alfacinha-taxista-lampião, que o mor das vezes alfineta muito apropriadamente alguns "assuntos mediáticos" e se exprime claramente (em termos de conteúdo), muito embora soletre determinadas palavras "caras" de modo incorrecto; e o parceiro-de-balcão-de-tasca, o ciciante-bloguista-profissional-do-bê-é, que de pronto o critica, não na essência mas sobre tais
"minudências". Ao que recebe, invcariavelmente, o reparo da praxe:
- «Ó jovem, percebestes, não percebestes? Atão, é porque 'tá certo, pá!»...

Anónimo disse...

Uma das possíveis continuacöes do TEU poema:"...A minha alma é amiga. O mundo acabará por melhorar...um dia.O meu joanete? Esse?Esse será teimoso.Só por isso,a faca lá o espera!" (Pretensiosismos de um näo poeta,mas leitor crédulo das teorias físicas do quantum). Aquele abraco!

Anónimo disse...

Camaradas,
Quero subscrever os comentários do Carlos Vinhal, pela coerência e pelo trato; o do Juvenal Amado, que me fez sorrir e constituir uma apreciação inteligente e bem humurada; e o do Helder Sousa, por traduzir publicamente as constantes preocupações de uma maneira de var as coisas, relativamente à outra, agora com aconselhamentos purgantes.
Explicitamente não foram referidas as circunstâncias que conduziram e em que se desenrolaram as negociações, apenas que o governo da época considerava perdida a situação na Guiné. Costa Gomes, apontando alterações estratégicas, defendeu outra ideia,mas não teve acolhimento por outros militares e civis com interferência nas decisões. Talvez o livro desvende algumas das circunstâncias desconhecidas sobre a matéria. Deste ponto de vista, a recensão não foi suficiente para me entusiasmar na aquisição da obra.
Abraços fraternos
JD

José Marcelino Martins disse...

Não necessito de colocar data e hora, porque esta máquina se vai encarregar de o fazer.

Volto aqui para fazer um convite.

Que tal entrar-mos em fim de semana, com calma, com um bom copo e um petisco por perto, e um bom livro? Que tal uma ida à praia? Eu não aprecio a praia, mas não será por não gostar, que elas ficarão vazias de pessoas que, tambem descontraidamente, tentam recarregar as "pilhas".

Na proxima semana estaremos mais confiantes e desanuviados.

Então sim! Os nossos ânimos estarão mais calmos e os nossos comentarios mais suaves.

Uma boa noite e um bom fim de semana, com um grande abraço a todos, mas mesmo para todos.

Anónimo disse...

Camarada Carlos Filipe.A União So_
vietica,já não existe.Eles em nome
da liberdade dos Povos,também fize_
ram das boas.No Afganistão também
usaram napalm.Comunista sim,não
servil,nem faccioso.Nem sovietismo,
nem Salazarismo.
Alberto Guerreiro.

MANUELMAIA disse...

É URGENTE QUE SE FUME O CACHIMBO DA PAZ...

A DIVERSIDADE DE OPINIÕES É SALUTAR, MAS SERÁ CONVENIENTE A NÃO POLITIZAÇÃO DO BLOGUE...

CLARO QUE A NÃO POLITIZAÇÃO FORÇOSAMENTE TERÁ DE CONTEMPLAR AS DUAS CORRENTES OPOSTAS E NÃO APENAS UMA DELAS( COMO POR VEZES PARECE ACONTECER...)

OS QUE ESTIVERAM NA GUERRA NÃO PODEM SER "EQUIPARADOS" AOS TRAIDORES,DESERTORES,E REFRACTÁRIOS... COMO PRETENDEU "IMPINGIR-NOS", O HISTORIADOR E POLÍTICO,JOSÉ PACHECO PEREIRA,(REFRACTÁRIO) EM ARTIGO NO PUBLICO DATADO DE 19/4/2008(OU NOVE).

ESTIVEMOS LÁ, DEMOS O CORPO AO MANIFESTO E PRONTO( COMO DIZ O OUTRO...)

NÃO PERDEMOS GUERRA NENHUMA,DIGAMOS QUE HOUVE UNS QUANTOS TRAIDORES MILITARES A QUE SE JUNTARAM OUTROS PERTENCENTES À CORJA REFRACTÁRIA E DESERTORA( MUITOS DELES HOJE CIRANDANDO NA SABUJICE POLÍTICA...)QUE TINHAM UM "MONSTRUOSO" BURACO AO FUNDO DAS COSTAS, E APENAS QUERIAM SACAR CHORUDOS VENCIMENTOS( SEM NENHUM RISCO...QUE ATÉ AÍ ERA PRATICAMENTE NULO,POIS COMO TODOS SABEMOS ,ERAM OS MILICIANOS A SUPORTAR O ÓNUS DAS DIFICULDADES...))
POIS ESSES TRAIDORES, DESERTORES,POETAS E OUTROS ESTUPORES, DE IMEDIATO,SE DISPUSERAM A DISTORCER A REALIDADE...


HAVIA MUITAS DIFICULDADES...

CLARO QUE ELAS AUMENTARAM COM O SURGIMENTO DOS MISSEIS,MAS DAÍ A AVANÇAR COM A TEORIA DA DERROTA EMINENTE,VAI UMA DISTÂNCIA MUITO GRANDE...

CHEGA DE AREIA PARA OS OLHOS DO "PAGODE"...( COMO SE DIZ AQUI PARA A MINHA ZONA)

AS LAVAGENS AO CÉREBRO FAZIAM-SE,TODOS SABEMOS, NOS PARAÍSOS PRENHES DE RIOS DE LEITE E MEL...

AGORA JÁ NINGUÉM "EMBARCA" NISSO.

LIMITEMO-NOS POIS A FALAR DAS NOSSAS GUERRAS, A HONRAR OS NOSSOS MORTOS, IMPEDINDO QUE SEJAM ENXOVALHADOS,COMO JÁ ACONTECEU - VIA TELEVISÃO - POR UM EX-ALTO QUADRO MILITAR SEM SENTIDO DE RESPONSABILIDADE...

LIMITEMO-NOS A CONTAR OS NOSSOS DESESPEROS, A NARRAR AS NOSSAS ALEGRIAS, A RELEMBRAR AQUELE TEMPO DAS NOSSAS VIDAS EM QUE CIMENTAMOS AMIZADES PARA SEMPRE.

LIMITEMO-NOS A REVIVER AS "VIVÊNCIAS" DA NOSSA JUVENTUDE, ATÉ PORQUE NÃO TEMOS O DIREITO DE AS ESQUECER.
DEVEMOS ISSO ÀQUELES QUE VIMOS TOMBAR AO NOSSO LADO!

A NOSSA HISTÓRIA ESTÁ LARGAMENTE REPRESENTADA POR "MIGUEIS DE VASCONCELOS", AINDA ANTES DO TEMPO DA NACIONALIDADE( VIRIATO E SERTÓRIO FORAM TRAÍDOS PELOS SEUS...)
É CERTO QUE O POVO LHES DEU "TRATAMENTO" ADEQUADO...



E DEPOIS DESTE "DESABAFO", TERMINO COMO COMECEI:
É URGENTE QUE SE FUME O CACHIMBO DA PAZ!

Luís Graça disse...

Amigos, camaradas, leitores: Comentários, laterais, para mandar recados a terceiros, fazer ameaças, tentar ajustes de contas, alimentar polémicas, insultar, etc. são inaceitáveis. Não há aqui lugar para tal. Este é um espaço para homens e mulheres, de paz, de boa vontade, que põem a liberdade e a urbanidade acima de tudo.

Seria um enorme retrocesso (e frustação para a maior parte de nós) acabar com este espaço de comentários, livre e espontâneo entre amigos e camaradas da Guiné, restringir o seu acesso e sobretudo voltar a reintroduzir a moderação prévia.

Um bom e santo domingo para todos/as. Luís Graça, fundador, administrador e editor do blogue.

Luís Graça disse...

Livro de estilo do blogue (Parte II)


Comentar é FÁCIL, sob o velho e frondoso poilão da Tabanca Grande...

1. As opiniões aqui expressas, sob a forma de postes ou de comentários, são da única e exclusiva responsabilidade dos seus autores, não podendo vincular o proprietário e editor do blogue, bem como os seus co-editores e demais colaboradores permanentes.

2. Camarada, amigo, simples leitor: Podes escrever no final de cada poste um comentário, uma informação adicional, um reparo, uma crítica, uma pergunta, uma observação, uma sugestão... (De preferência sem erros nem abreviaturas; evitar também as frases em maúsculas).


Basta, para isso, apontares o ponteiro do rato para o link Comentários, que aparece no fim de cada texto (ou poste), a seguir à indicação de Postado por Fulano Tal [Editor] at [hora], e clicares DUAS VEZES...

3. Tens uma "caixa" para escrever o teu comentário que será publicado instantaneamente, sem edição prévia, sem moderação, sem "censura"... No caso de teres uma conta no Google, deves usar essa identificação. Mas também podes entrar como "anónimo" (desde que ponhas no final da mensagem o teu nome, localidade e endereço de email válido, não oferecendo a tua identidade não ofereça qualquer dúvida aos editores).

Se voltares ao blogue, encontrarás logo a mensagem que lá deixaste. Repete as operações acima descritas para visualizar o teu comentário.

4. Escreve com total liberdade e inteira responsabilidade, o que significa respeitar as boas regras de convívio que estão em vigor entre nós: por exemplo, (i) não nos insultamos uns aos outros; (ii) não usamos, em público, a linguagem de caserna; (iii) somos capazes de conviver, civilizadamente, com as nossas diferenças (políticas, ideológicas, filosóficas, culturais, étnicas, etc.); (iv) somos capazes de lidar e de resolver conflitos sem puxar da G3; (v) todos os camaradas têm direito ao bom nome e à privacidade; (vi) não trazemos a "actualidade política" para o blogue, etc.

Os editores reservam-se, naturalmente, o direito de eliminar, "a posteriori", rápida e decididamente, todo e qualquer comentário que violar as normas legais, bem como as nossas regras de bom senso e bom gosto, a começar pelos comentários ANÓNIMOS (por favor, põe sempre o teu nome por baixo), incluindo mensagens com (i) conteúdo racista ou xenófobo, (ii) carácter difamatório, (iii) acusações de natureza criminal, (iv) apelo à violência, (v) linguagem inapropriada, (vi) publicidade comercial ou (vii) comunicações do foro privado, sem autorização de uma das partes.
Excepcionalmente, alguns comentários poderão transformar-se em postes se houver interesse mútuo (do autor e dos editores).

5. Além dos editores (LG, CV, EMR e VB), há 6 colaboradores permanentes, membros seniores do nosso blogue, que de há muito recebem, automaticamente, na sua caixa de correio (e apreciam depois o conteúdo de) todos os comentários: Hélder Sousa, Joaquim Mexia Alves, José Manuel Dinis, José Martins, Miguel Pessoa e Torcato Mendonça. O seu papel é o de ajudar os editores a cumprir e a fazer cumprir as regras do nosso blogue. Têm poderes de administradores, podendo eliminar comentários que
infrinjam as nossas regras editoriais


Luís Graça, fundador, administrador e editor do blogue

Unknown disse...

Face à segunda parte da intervenção do Luís Graça, referente à formulação de trabalho interno do Blogue, agradecia que me fosse esclarecido, quando e/ou como transgredi as ditas normas.
Há qualquer coisa que não está em concordância. Esta é a terceira vez que meus comentários, são eliminados.
E para mim é tanto mais estranho, porque membros (colaboradores directos e inderectos) visados ou não nos comentários teem poder inquisitório na publicação ou não dos mesmos comentários.
Sendo que tambem é verdade, que tambem foi eliminado neste Post, outro comentário de um camarada que não cheguei a memorizar a identidade.
Sendo verdade que nalguns casos até mencionam que 'o comentário foi eliminado' porque será que no meu caso não procedem da mesma forma.
Lamento imenso que isto esteja acontecendo, o que não pode deixar de ser registado de forma consequente.
Carlos Filipe
ex-soldado BCAÇ3872 CCS Galomaro/71

Jorge disse...

Bem, colocando de parte a hipotese entrar em qualquer conflito ou divergência de opinião mais ou menos agressiva, eu gostaria de aqui deixar apenas a minha opinião pessoal sobre as condições bélicas de parte a parte, entre Junho de 1973 até ao 25 de Abril de 1974.

Fala-se constantemente que por altura do 25 de Abril a guerra na Guiné Bissau estaria perdida a favor do PAIGC.
Acho isso completamente errado.

O PAIGC apenas teve cerca de 3 meses em que dominou a situação na Guiné, que foi durante entre Abril a fins de Junho de 1973, que foi o intervalo de recuperação da aviação nacional FAP, para se adaptar à situação perante o aparecimento dos misseis, (stela).

Passado esse período, a situação passou de novo a ser controlada pelas nossas tropas. A aviação portuguesa aliás, mesmo na pior altura da guerra, entre Maio/Junho de 1974, nunca esta deixou de voar, e recorde-se o apoio que deu na operaçao Ametista Real e logo pouco tempo depois no apoio à companhia de paraquedistas na bolanha do Cufeu.

Posteriormente as FAP adaptaram-se ao perigo que representavam os misseis (stela) e só raramente tiveram problemas depois dessa data.

Digamos pois que a partir de Julho desse mesmo ano, até ao 25 de Abril de 1974, as nossas tropas controlaram a situação enquanto o PAIGC se limitava a investidas junto das fronteiras da Guiné.
Isso aliás, pode confirmar-se através do diminuto numero de baixas nas nossas tropas entre Julho de 1973 a Abril de 1974.

Notou-se aliás, que após o final da guerra na Guiné quem respirou mais fundo de alívio pelo seu terminus foi precisamente o PAIGC e não as forças portuguesas.
Jorge Lobo

Carlos Silva disse...

Camaradas & Amigos

1 - Não vou pronunciar-me sobre o Poste e nem sobre os comentários em si.
Pois eu tenho a minha visão sobre a Guerra que travámos na Guiné e cada um de nós tem a sua visão.
Embora tenhamos sido protagonistas da de uma época menos boa para nós e que já faz parte da História Contemporânea de Portugal, a mesma vai ser narrada pelos historiadores com diferentes interpretações, quer queiramos, quer não, tal como já acontece com factos históricos remotos da nossa História.

2 - Esta minha intervenção, que já não é a primeira no sentido que o vou fazer, tendo em conta o que diz o LG no ponto 5 acima do seu ultimo comentário,
"5. Além dos editores (LG, CV, EMR e VB), há 6 colaboradores permanentes, membros seniores do nosso blogue, que de há muito recebem, automaticamente, na sua caixa de correio (e apreciam depois o conteúdo de) todos os comentários: Hélder Sousa, Joaquim Mexia Alves, José Manuel Dinis, José Martins, Miguel Pessoa e Torcato Mendonça. O seu papel é o de ajudar os editores a cumprir e a fazer cumprir as regras do nosso blogue. Têm poderes de administradores, podendo eliminar comentários que
infrinjam as nossas regras editoriais"
e o que diz o que refere o Carlos Filipe quanto à eliminação/remoção de comentários e aliás conforme tenho referido e há dias a propósito da remoção de um comentário do Carlos Vinhal em que eu perguntava se tinga sido o LG ou o MR a eliminá-lo e este noutro comentário até veio a sugerir à pessoa que o fez, para dar um passo em frente e para assumir o acto, e mais tarde o LG vem dar a mão à palmatória, dizia eu, esta minha intervenção tem por objectivo sugerir, que quando acontecesse uma uma lamentável situação dessas, nesse local do comentário, removido, fosse dito quem o removeu e fundamentasse a sua eliminação, ou seja, fundamentasse de facto e de "direito" a regra do blogue infrinfida/violada em concreto, já que tanto o LG invoca os as regras, o direito ao bom nome; à liberdade de expressão, etc, que para mim, não é absoluta, pois não se pode invcar tal direito para pôr em causa direitos fundamentais dos outros designadamente acima referidos, até porque tem o apoio jurídico do nosso camarada Jorge Cabral, caso contrário, mais dia, menos dia, temos mais cortes como tem acontecido por um qualquer do 10 camaradas, por quem nutro muito respeito, que o LG refere como tendo poderes para o efeito da remoção/eliminação, só porque no seu entendimento fere as regras do blogue ou a lei, sei a reunião do conselho dos 10, tal como até aqui tem acontecido e são já vários os casos, sem que o autor do comentário tenha direito ao contraditório, tal como invoca o LG a s/ favor e o Carlos Filpe se queixa, imperando, portanto a imposição/prepotência e assim poderemos de facto falar num espaço de pluralidade/democraticidade de opiniões
Aqui deixo a minha sugestão
Um abraço amigo
Carlos Silva

António Duarte disse...

Só duas linhas.

Sugiro contenção e respeito pelas diferentes opiniões.

A mesma situação vivida por observadores diferentes, gera normalmente visões diferentes.

É assim com a situação da Guiné no final da guerra e será com tudo o mais.

A presença do Beja Santos na Tabanca é enriquecedora, independentemente de se concordar ou não com as posições que subscreve.

Quanto à guerra pedida ou ganha, no caso da Guiné, seria uma questão de tempo.

Vivi os últimos tempos (regressei em Janeiro de 74)e era essa a sensação local.

Por outro lado a História não perdoa... (ver a franccesa e guerra na Argélia...)

É tudo.

1 abraço e vejam se param de comportarem-se com sexagenárioos...
António Duarte
Cart 3493 e CCaç 12 - 71 a 74
Fur Atirador

armando pires disse...

Só venho aqui para dizer ao António Duarte que estou inteiramente de acordo com ele e que sou sexagenário. Abraços.
armando pires

Joaquim Mexia Alves disse...

Caro António Duarte

Concordo contigo.

Quanto ao resultado da guerra ganha ou perdida, não se põe em causa o seu desfecho porque a história a isso levava.

O que se coloca em causa é que a guerra estivesse perdida militarmente ao tempo do 25 de Abril.

São vários os testemunhos de militares durante a transição no pós 25 de Abril que nos dizem do alívio para o PAIGC, que estaria numa situação dificil.

É só isso, mais nada, que está, para mim, em causa.

E lá estivemos os dois, e algumas vezes, segundo me lembro, em operações conjuntas.

Um abraço forte e camarigo para ti e para todos

Manuel Reis disse...

Amigos e ou Camaradas:

Só hoje fui alertado para toda esta polémica, embora o e-mail do Luís fosse um indicativo que algo de muito polémico se estava a passar.

Não vou fazer qualquer alusão ao que foi proferido, apesar de visado em alguns comentários.

Força Beja Santos, admiro e elogio o teu trabalho. Continua.

Um abraço para todos.

Manuel Reis
Um abraço.

Anónimo disse...

Problemas vários impediram-me de seguir com a devida atenção o Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné.

Tal como o meu camarada e amigo Manuel Reis, também eu fui alertado por um mail que chegou à minha caixa do correio "anunciando" mais um comentário às notas de leitura do Mário Beja Santos.

Tinha lido a sinopse do livro, como leio religiosamente as intervenções de camaradas que fazem o favor de preparar a " papinha", para que cada um de nós leia ou não a obra que é analisada e ido à minha vida!

O Mário Beja Santos tem, sob esse ponto de vista, sido um trabalhador incansável e já trouxe até nós dezenas e dezenas de análises que só um homem de elevada cultura e de companheirismo assumido nos pode proporcionar.

Ele não é o autor dos livros!

Como fiz parte dos que fecharam a guerra, regressei a Portugal em finais de Agosto de 1974, e conheço bem o que é embrulhar no arame e fora do arame,sei o que é ver morrer camaradas, sei o que são minas pisadas, sei o que a minha Companhia sofreu sobretudo no ano de 1973, estive nos roncos que conseguimos e na porrada que apanhámos, sei da união entre todos os meus combatentes; só não conheço embaixadores nem aceito a linguagem, a roçar o insulto,que aqui foi utilizada por alguns camaradas meus, tendo como alvo um homem da cultura, um apaixonado da Guiné, um camarada com vastíssima obra publicada fora deste contexto,a merecer o respeito igual a todos os outros!

Onde estão as recensões feitas por outros camaradas que tanto se abespinham agora?

Façam-nas, que eu não tenho estaleca para tal!

Dá muito trabalho? Pois dá!

Por favor não transformem o Blogue do Luís Graça num Porto/Benfica.

Eu, que não sou da opinião do tal sr.embaixador das hecatombes, peço, tal como outro camarada, "Por favor não matem os mensageiros", sobretudo quando os "mensageiros" são deste calibre intelectual!

Por favor, não matemos o Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné!

A morte de um e de outro daria gozo a muita gente, mas só prejudicaria os combatentes da Guiné.

Vasco Augusto Rodrigues da Gama

armando pires disse...

È raio, camarada Vasco da Gama. Isto é que é falar. Não fora eu saber (pensar...) que entre "os nossos" não há quem seja capaz de tal e diria cheirar-me tudo isto a uma manobra concertada para cortar o poilão(blog)pela raíz.
armando pires

antonio graça de abreu disse...

O nosso blogue está cheio de gente pura e boa.
Eu sou um bocado mais para o casmurro. Vou tentar corrigir-me
e embarcar na nau das boas almas.

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Ironia por ironia

Sarcasmo por sarcasmo

Das naus tratou outro Gama
Das almas tratou mestre Gil Vicente.

E como diz mestre Graça, o Henriques fundador, no seu/nosso Blogue "não há irãs maus".

Sem casmurrice etambém com um abraço do,

Vasco Augusto Rodrigues da Gama

Luís Graça disse...

Como editor tenho que olhar (é a minha obrigação!) com equidistância e imparcialidade para todos os comentários de todos os leitores, e aceitá-los desde que respeitem as nossas regras do jogo...

Todos merecem o meu apreço, independentemente do seu conteúdo, e do facto de alguns leitores, autores de comentários, não estarem sequer formalmente registados no blogue. O que importa é que todos e cada um enriqueçam o nosso blogue (o mesmo é dizer, o nosso património memorialístico e documental) e que contribuam igualmente para reforçar a coesão da nossa Tabanca Grande, sem que com isso seja sacrificada a saudável e rica heterogeneidade e pluralidade de "cabeças" e suas "sentenças"...

Mas permitam-me que, de vez em quando, fale aqui também a título pessoal, como simples membro desta Tabanca Grande que conta já com mais de meio milhar de membros, amigos e camaradas da Guiné...

E para quê ? Para saudar o regresso ou o reaparecimento do ex-Cap Mil Vasco da Gama, um "tigre do Cumbijã", que fechou com coragem e dignidade a "porta da guerra" na mítica Região de Tombali... (Aliás, temos aqui diversos bravos que andaram por aquelas paragens nos idos anos de 1973/74).

Julgo estar a ser assertivo, imparcial e objectivo, se disser que ele, Vasco da Gama, é uma voz respeitada entre nós...

Foi a pensar no seu apelo à inteligência, à serenidade e à ponderação de todos nós, que somos "homens grandes", que tomei a decisão de fazer chegar o seu (dele, Vasco) comentário à caixa de correio de todos os nossos 500 e tal "tabanqueiros"...

Discriminação pela positiva, acrescentarei eu. Não faço isso a todos os comentários, por ser técnica, ética e humanamente impraticável... Não gosto, de resto, de abusar da lista de emails dos amigos e camaradas da Guiné que, quais irãs bons, se acolhem à sombra protectora e inspiradora do mágico poilão da nossa Tabanca Grande...

Como se sabe, os irãs também têm as suas horas de recolhimento, meditação, descanso, repouso... A cronobiologia dos irãs deve ser respeitada...

E para acabar, há duas frases que eu gosto de citar quando falo da nossa querida Tabanca Grande e do seu poilão:

(i) O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

(ii) No nosso poilão (e, por extensão, na nossa Tabanca Grande) não há irãs maus...

Amigos e cmaaradas da Guiné:

Boa continuação da semana, da última semana que antecede "o nosso querido mês de Agosto", o mês mais querido e apetecido dos portugueses, de dentro e de fora...

Saudações quentes, q.b.

Vosso amigo e camarada, Luis Graça.

Joaquim Mexia Alves disse...

Meu caro Vasco da Gama

Por um momento tenho net hoje e vi, para além de outros o teu comentário.

Concordo com ele, excepto no que me diz respeito, quando ao "matar o mensageiro".

O mensageiro neste caso tem a sua escrita, "própria, dele, pessoal, individual", onde faz os seus considerandos e continua a expôr a sua teoria.

Foi isso que referi no meu comentário.

Ninguém, pelo menos eu, quer matar o mensageiro, mas se o mensageiro exprime opinião, ela pode ser contestada e criticada.

Desculpa meu caro e amigo Vasco, mas eu não tenho que fazer recenssões ou escrever livros, ou pintar quadros, ou compor músicas, mas posso seguramente criticar esse trabalho, como outros me criticam a mim.

Mas, como não quero alimentar polémicas, calo-me e afasto-me.

Os amigos são para mim mais importantes do que o resto.

Alguém já se perguntou se com tantas criticas aos criticos da recenssão, também não se pretende calar esses criticos, porque há alguém que deverá estar acima da critica?

Eu não voltarei a fazer qualquer critica a qualquer recenssão do Mário Beja Santos, e muito provavelmente a mais coisissima nenhuma.

Sempre o forte e camarigo abraço para todos, especialmente este para o Vasco da Gama

Pardete Ferreira disse...

Não fazia tensão de me meter nesta "guerrinha" inútil. No entanto, tendo escrito no meu "O Paparratos" que a perda do poder aéreo condicionada pelos mísseis terra-ar russos tinha desequilibrado a luta, fui contrariada, no decurso de um almoço da Turma do Gil, com o Pedroso de Almeida, ao tempo dos mísseis Major Piloto Aviador e Oficial de Operações da Esquadrilha de Fiats, comandada pelo extinto Ten. Coronel Brito, que conhecera durante a minha Comissão com o posto e a função que O Pedroso de Almeida tinha desde que começou a haver torbulência aérea, associado ao Comentário supra do Camarigo António Graça Abreu, sou obrigado a dar a mão à palmatória.
Com efeito, desde o aparecimento dos primeiros incidentes com os mísseis, a FAP, após um curto período de surpresa (?) ou procura de soluções, estabeleceu um Plano de Contingência para contrariar a acção dos mísseis, tanto mais que eles se autodestruiam ao fim de 16 segundos, se não me engano, caso não atingissem o alvo.
Não esdtou a par de todo esse Plano, mas sei que passou pela utilização de um tipo diferente de munições, algumas restantes da segunda Guerra Mundial e pela tal forma de voar diferente do Graça Abreu, com Fiats aos pares e a altitudes diferentes e, sobretudo, a proibição absoluta de fazer uma segunda passagem pelo objectivo. O desrespeito desta norma custou a vida ao Tenente Coronel Brito.
Bem, penso que j´´a me alonguei mas vou concluir: procuramos no blogue, penso, sobretudo factos, por nós vividos ou ouvidos de fonte credível; cada um tem o direito de fazer as suas impressões pessoais, sem pretender ser o único senhor da verdade, impressões essas que têm de ser respeitadas; excepcionalmente, podem surgir apenas bocas que não devem ser levadas muito a sério.
Sou um Piriquito no Blogue mas penso que captei o seu espírito.
Alfa Beta a todos.
José Pardete Ferreira

Anónimo disse...

Cheguei agora mesmo de outras guerra mais prazeirosas e pasmei de ver de novo o palavreado que julgava desaparecido do nosso convívio. Pensei (também penso): nem meto bedelho nesta coisa do ganharíamos ou perderíamos porque me parece, esta sim, uma batalha perdida.
Como sabem, porque o tenho repetido (lol)mas sobretudo porque todos vocês sabem muito bem que guerras destas, em regra, nem se ganham, nem se perdem. Os dois lados vão-se encontrando, um dia ganho, um dia perdido, desequilibram-se os pratos para depois se reequilibrarem, infindavelmente, até que alguém sensato diz, alto e para o baile.
Ora se diz-se que o PAIGC iria ganhar, ora se diz que o PAIGC não tinha condições de ganhar. Tendo em conta o inegável cansaço de dez anos de mata, em condições de vida deploráveis, sem maiores bases para recrutamento, sempre acossados nos seus ninhos por um exército com algumas tropas realmente bem treinadas e determinadas, e se falarmos a "termo certo", não me custa nada acreditar na teoria de incapacidade do PAIGC para vencer. Tendo em conta que também no puto estavam esgotadas as condições para comprar material, o recrutamento era já incapaz de responder às solicitações de "mais homens", o descrédito internacional e as portas de apoio se cruzavam em sentidos opostos, quanto maior aquele, menor estas, posso também acreditar que o PAIGC podia encurralar-nos em situação melindrosa.
De resto, a recusa de Marcelo de fornecer mais homens e mais armas, terá sido uma das razões que levaram Spínola à demissão, se bem que se possa especular com outras boas razões.
Mas, camaradas, devo dizer que a mim, que também me bati por lá e que também vi morrer gente, que também vi heroísmos e cobardias, valentias e medos, a mim, a questão perderíamos ou ganharíamos militarmente falando, pouco me interessa, se o que me preocupam são outras vitórias mais fincadas em valores de um humanismo muito mais próximo da ideia que temos de Deus ou de um ideal de relações entre todos os cidadãos do mundo.
Estou seguro que, se aguentássemos mais um pouco de sacrifício até a uma hipotética vitória militar, esta não seria mais do que situação transitória para novas lutas, novos sacrifícios, mais mortes e desolação.
O caminho do mundo não era aquele que teimávamos conservar.
Depois, os tempos que perigosamente nos percorrem hoje estão muito propícios aos que se julgam com razão apenas fincados nas saudades de passados...que passaram, quer queiram, quer não.
Errar o alvo, claramente, este actual e persistente ataque a Beja Santos, apenas porque ele se dá ao trabalho de juntar peças, venham de onde vierem (e têm vindo dos mais variados quadrantes).
José Brás

Anónimo disse...

A todos os Camaradas da Guiné

Apenas uma pequena nota para,
publicamente, enviar um abraço ao meu camarada e amigo Joaquim Mexia Alves, homem culto e inteligente que faz da tolerância e da condescendência uma prática de vida e a quem em momento algum vi ofender quem quer que fosse!

Sempre com respeito defende a sua opinião e peço-lhe o favor de continuar a comentar, pois se o não fizer ficarei para sempre convencido de que me poderá ser assacada culpa que eu não saberei expiar.

Também para mim os amigos são mais importantes que todo o resto e se a tua voz se calar, calar-se-á também a minha, pela consideração, respeito e amizade que te devoto!

Prefiro com clareza dizê-lo aqui,no nosso espaço ao alcance de
todos os combatentes da Guiné !

Vasco Augusto Rodrigues da Gama

Joaquim Mexia Alves disse...

Meu caro amigo, camarada, camarigo Vasco da Gama

Nem eu nunca me poderia sentir ofendido com palavras tuas, porque te conheço e sei, de antemão, que as tuas palavras nunca poderiam ter esse cunho de ofensa.

Não te devolovo o abraço, porque o teu fica comigo!

Antes te dou um novo e forte abraço, agradecendo-te o que dizes de mim e que cabe em ti também por inteiro.

Meu caro José Brás

Tudo bem, excepto, se me permites, esta passagem:
«Errar o alvo, claramente, este actual e persistente ataque a Beja Santos, apenas porque ele se dá ao trabalho de juntar peças, venham de onde vierem (e têm vindo dos mais variados quadrantes).»

Já o disse e volto a repetir, mas não sei como explicar melhor.

O Beja Santos, que eu estimo e definitivamente não quero calar, nem ele se deixaria calar, faz recenssões de livros.

Tudo bem! Óptimo!
Embora em meu entender devessem ser mais espaçadas.

Quanto à opinião, recenssão que o Beja Santos faz sobre os livros, é de sua autoria, de sua competência, da sua lavra.

Não discuto os livros que escolhe, (que me parece serem todos), mas posso com certeza opinar, criticar, (no sentido construtivo), a sua opinião, recenssão sobre esse livro.

Aliás o Beja Santos tem um texto inicial em cada recenssão, em que expende a sua opinião.
Foi esse texto que eu critiquei.

Mas posso criticar também a escolha feita de determinados paragrafos, ou capítulos de um livro, para fazer chegar a sua mensagem.

Veja-se o caso do livro do Moura Calheiros, em que a recenssão se baseou num documento anexo que punha em causa o que o autor do livro tinha dito, embora esse anexo não merecesse crédito apreciável, para não dizer mais.

Volto a repetir, já me estou a repetir muito, que com tantas criticas aos criticos do trabalho do Beja Santos, parece que afinal o que se pretende é calar os criticos do Beja Santos.

Como já não sei como explicar melhor, e libertando o meu amigo Vasco da Gama de toda e qualquer "culpa" no assunto, que não a tem, faço-vos a vontade e repito não mais criticarei, opinarei, nem sequer lerei, (para que não me dê a vontade de criticar), qualquer recenssão de qualquer livro do Mário Beja Santos, a quem envio um abraço.

Um grande abrço para ti José Brás e para todos os camrigos.

Este assunto morreu neste momento para mim, com toda a consideração que tenho a todos e cada um.

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... a todos os leitores deste weblog, e a cada um dos habituais comentadores, proponho que visitem o sítio
www.ahs-descolonizacao.ics.ul.pt/guine.htm

Exponham, depois, aqui, as vossas recensões...

Anónimo disse...

Já sabemos da mente torpe de alguns diplomatas (que até não foram grandes diplomatas) nem todos podem ser bons, não é verdade?Quanto ao Mário Beja Santos eu até não concordo com ele, mas como já alguém escreveu não matem o mensageiro.O pior pior é alguns dos nossos camaradas atacarem outros camaradas à "pala" destes desencontros linguísticos.Como diz o Eduardo Magalhães Ribeiro e com razão quanto aos comentários que determinado camarada faz aos seus.Eu e os meus camaradas da FAP jã estamos todos negros de tanto nos denegrirem.Pois que estivemos todos de férias e tal.Que os aviões e helicópteros não voavam.Os que morreram foi por acidente tal como diz a Liga.Vamos tentar manter algum humor e serenidade perante estas ondas, umas um tanto ou quanto ingénuas.Pois para quem viveu dentro de um quadrado, o horizonte não é tão visível e, os outros não tão puros, certamente porque gostariam de estar do outro lado /mas só sentados no sofá) e de preferência pertencendo à classe dirigente.Nada de quadros baixos.E será que gorvenariam a Guiné melhor como o fazem de língua.Um abraço a todos os que serviram dando o corpo ao manifesto sem rebuscos de consciência.A todos os que voaram infringindo as normas de segurança para que outros se salvassem (mesmo pertencendo ao então IN)`´As corajosas mulheres da boina verde que cumpriram para além do dever.O resto são lérias de quem vem para aqui com os ses, e as certezas de que a guerra estava perdida etc..Enfim.Um abraço.CGASPAR