segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Guiné 63/74 - P7784: Em marcha, a ideia de um próximo encontro da malta que passou por Bedanda (António Teixeira)

1. Dois comentários do António Teixeira [, foto à esquerda], inseridos no poste P7778 (*)

(i) Caro [José] Figueiral:

Vamos a notícias. Este fim de semana tive aqui em casa a companhia da família [Pinto de ] Carvalho. Como te disse as nossas famílias ficaram muito unidas e é com frequência que nos visitamos.



Ele, que está a par destes acontecimentos, referiu-me que já falou pessoalmente com o Dr. Nuno, com o Dino e com o Luis Nicolau (era o cabo que tratava do correio). Todos eles confirmaram a vontade no nosso encontro. Vai tentar entrar em contacto com o Capitão que te substitui, o Gastão Silva, que parece que está no Algarve.


Também enviei um mail ao Cap [Carlos] Ayala Botto e ele teve a gentileza (eu não o conheci) de me enviar o mesmo mail que te enviou.


Quanto ao Baltazar, parece que vai ser possível. O Vasco [Santos] já esteve com ele há uns tempos e parece que tem o telemóvel dele. Vamos esperar.


E já agora quanto à memória, nunca esqyeceria aquela noitada, pois foi a minha primeira acção militar. E até teve piada.


Quanto às batatas, como me lembro, assim como o sabor do vinho que nos enviavam, daqueles ovos com sabor a químicos e da bianda e marmelada quando já não havia mais nada.

Um grande abraço, companheiro
[António Teixeira]

(ii) Caro Rui [Santos]:

Foi com imenso prazer que li e reli o seu comentário, sobretudo porque temos mais um Bedandense entre nós. Melhor, o Rui é que encontru mais Bedandenses pois pelos vistos está há mais tempo aqui no Blog do que nós.



E é também com muito prazer que lhe comunico que está em marcha a realização de um encontro de Bedandenses, e claro está, contamos consigo. Nesta fase, estamos a tentar encontrar mais pessoal para engrossar o grupo (que já não é pequeno).


Quanto ao seu comentário em que faz a descrição da Bedanda do seu tempo, creio eu que pouco mudou para o quando lá etivemos. A Companhia lá em cima, com o Capitão e mais 4 Alferes (um deles destacado no "Pelotão"), a casa do chefe de posto, etc. Nós tinhamos felizmente mais um alferes médico e outro alferes artilheiro. Mesmo a sua descrição do Pelotão foi minunciosa e eu quase que me vi lá.


Quanto á operação representadas nas fotografias, tratava-se de uma operação de rotina executada todos os meses. Limitava-se ao patrulhamento das margens do rio para a passajem do comboio fluvial, já ele de si patrulhado por 2 LDM  (ou LDP  ?) e alguns sintex dos Fuzileiros e também com proteção aérea dos Dakotas. Assim, até dava para levar a máquina fotográfica (Tenho quase a certeza absoluta de que nunca houve problemas nestes patrulhamentos, pelo menos durante o meu tempo. Quanto ás outras operações, essas já eram bem mais complicadas e por várias vezes tivemos "embrulhanços", isto para não falar dos ataques ao aquartelamento que eram habituais).


Quando referi a noitada passada no rio Ungariuol para controle das canoas junto ao Nhai, realmente há um erro aqui. Não se tratava do Ungariuol, mas sim de um outro afluente do Cumbijã (se é que realmente se pode chamar aquilo afluente). Referi Nhai, mas é preciso ter em conta que nós consideravamos 2 Nhais: o Nhai Grande e o Nhai Pequeno, e eu referia-me a este, que ficava um pouco acima de Incala.

Quanto a fotos, ainda tenho por aqui bastantes, que irei postando com o tempo. Como disse noutro lado, tive a sorte de herdar do Furriel Vago Mestre um laboratório de fotografia que ficava nas traseiras do posto médico e que foi responsável pela minha paixão pela fotografia.



Muito mais havia a falar, mas ficará para outra oportunidade. Para já fica a grande alegria de encontrar um novo amigo. Daqui lhe envio um grande abraço e com ele segue a minha amizade.

António Teixeira


_________________


Nota de L.G.:


(*) Vd. poste de 14 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7778: Memória dos lugares (139): Bedanda no meu tempo (Rui Santos, ex-Alf Mil, Op Esp, 4ª CCAÇ, 1963/65)

6 comentários:

Anónimo disse...

Olá Camarigos Bedandenses, saudações guinéuas.

Bedanda é nas proximidades de Empada, o IN brindava-nos alternadamente.

O meu amigo de infância José Júlio Franco, ex-Fur. Mil. pertenceu à C.Caç 6, Bedanda 1969/70, está na foto 9 do meu Postado P6373 e sendo o que tem a camisola vermelha.

Por várias vezes tentei o seu contacto 963484246 mas não atende, dado que em tempo disse-me que fazia a contabilidade da Associação Casa NªSª da Conceição, em Portimão e será por ai que o irei contactar para o informar da vossa pretensão.

Com um Abraço
Arménio Estorninho

Anónimo disse...

Olá Camarigos Bedandenses, saudações guinéuas.

Bedanda é nas proximidades de Empada, o IN brindava-nos alternadamente.

O meu amigo de infância José Júlio Franco, ex-Fur. Mil. pertenceu à C.Caç 6, Bedanda 1969/70, está na foto 9 do meu Postado P6373 e sendo o que tem a camisola vermelha.

Por várias vezes tentei o seu contacto 963484246 mas não atende, dado que em tempo disse-me que fazia a contabilidade da Associação Casa NªSª da Conceição, em Portimão e será por ai que o irei contactar para o informar da vossa pretensão.

Com um Abraço
Arménio Estorninho

Anónimo disse...

Caro Teixeira
Aproveito para lembrar as outras povoações que quiz referir, são elas Bobedé e Samenhinte, a Flaque Hailá (para amigo Mário Fitas), fica para sul quase junto de Caboxanque.
Quanto a nhai verifiquei que sim que há dois Nhai, no entanto ou teriam barcos rápidos (o que não era o nosso caso), para percorrer cerca de 14 quilómetros Cumbijã acima, e um bom poder de fogo para estqar ao norte de Incala num riozito chamado Bundo Hairé e ter passado a sul do Chugué, antigo destacamento da 4ª Ccaç, comandado pelo alferes Gonçalves e abandonado em principios de Setembro 1963, por estratégia militar!Nada ficou para que o IN o aproveitasse, mas que se tornou forte reduto do IN!
Rui Santos

Anónimo disse...

Amigo Teixeira,quanto à «operação» ao Nhai para controle das canoas,eu penso que era o Nhai Grande,pois nunca ouvi falar no Nhai Pequeno.Fui lá algumas vezes com o Ayala Botto e,nas nossas conversas preparatórias,dizia-se sempre Nhai Grande.Um abraço.José Figueiral.

Anónimo disse...

Caro António Teixeira

Não sei se já saudei a tua entrada.

Caso não, aqui fica pois registada a minha satisfação por tal decisão. É que todos não seremos demais para procurar preservar estas memórias e passá-las a quem delas quiser fazer uso.
Caso sim, releva o facto, pois como a idade já vai avançando...

No entanto esta minha pequena intervenção é para te agradecer teres reavivado a minha memória, a minha lembrança, relativamente ao sabor dos ovos.

Nunca mais me tinha lembrado disso e não é que ao ler-te me recordei disso? Era uma das coisas que mais me custava e por isso devo ter feito uma obstrução mental qualquer.

Aqui já foram relembradas várias coisas relacionadas com as comidas ou as bebidas, como as ostras, as frutas, as 'bazucas', várias marcas de wishky, alimentos exóticos como 'macaco-cão' ou até iguana, mas dos ovos não tinha reparado.
Ficou aqui então.

Abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

Olá Camarigo António Teixeira, saudações guinéuas.

Hoje pelas 12h e 30m, finalmente entrei em contacto com o ex-Fur. Mil. José Júlio Franco, pondo-o ao corrento da ideia de um próximo encontro da malta que passou por Bedanda e ficou receptivo.

Com um Abraço
Arménio Estorninho