quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Guiné 63/74 - P7185: Memória dos lugares (104): O enigma de Gadamael e a influência colonial francesa (Salvador Nogueira)

1. Mensagem do nosso leitor (e camarada, ex-oficial pára-quedista) Salvador Nogueira:

 Data: 27 de Outubro de 2010 15:41

Assunto: Poste 7179


... Acrescento isto em comentário ao  P7148 do qual já ninguem parece lembrar-se (a malta quer é passatempo, não quer saber):

No post CCLXXXV, de 12NOV2005, [I Série do blogue],  fala-se de Elisée Turpin e de como terá sido empregado na Sociedade Comercial Oeste Africana, de origem francesa - Société Commerciale de l'Ouest Africain- cujo acrónimo SCOA é um curioso anagrama de ASCO!



Ou querem ver [lá] que um cómico qualquer colocou uma escada e trocou a posição do A , dando assim largas à sua alegria por ter sido colocado em Gadamael?! (Era coisa que qualquer um facilmente podia ter feito lá na Guiné, se lhe tivesse dado pr'aí...);


Ou, e de acordo com o que se pode ler em http://poldev.revues.org/120... 

"La présence française sur les côtes de l'Afrique de l'Ouest date de 1787, mais ne s'est enracinée qu'au XIXe. siècle avec plusieurs missions d'exploration commerciale organisées par le Ministère de la marine à partir de 1838. Ainsi les Français, à partir des sociétés originaires de Bordeaux et de Marseille, installèrent plusieurs maisons commerciales le long de la côte. Ces sociétés se sont transformées par la suite pour donner naissance à de nouvelles entreprises commerciales, dont les plus importantes sont la Société Commerciale de l'Ouest Africain (SCOA) et la Compagnie Française d'Afrique Occidentale (CFAO), ainsi qu'à toute une panoplie de sociétés qui en découlent" (*)...

ASCO poderia ser uma sigla 'em corruptela', engendrada por um comerciante local em representação.

(PS - Uma pesquisa com "Société Commerciale de l'Ouest Africain" dará leituras interessantes de que destaco http://www.cn2sv.cnrs.fr/article77.html )

SNogueira
____________

Notas de L.G.:

(**) Versão portuguesa:

"A presença francesa na costa da África Ocidental data de 1787, mas não se enraizou  senão  no  século XIX, com várias missões de exploração comercial,  organizadas pelo Ministério da Marinha a partir de 1838. 

"Assim, os franceses, a partir de empresas originárias de Bordéus e de Marselha, instalaram diversas casas comerciais ao longo da costa. Estas empresas  transformaram-se a seguir, dando origem a novas sociedades,  das quais as mais importantes são a Sociedade de Comércio Oeste-Africana (SCOA) e a  Companhia Francesa da África Ocidental (CFAO), a par de uma panóplia de outras empresas daí resultantes ".

3 comentários:

Cherno Baldé disse...

Na minha modesta opinião, acho que no dito acrónimo falta uma ou mais letras a sua esquerda como de resto alguém já sugeriu, que deveriam completar o puzle.

Para verificar esta hipotese, bastaria alguém observar mais de perto e os sinais ainda poderiam lá estar. O pessoal da AD que frequenta mais vezes o local bem que poderia fazer este pequeno favor, para acabar com o enigma.

Existem em Bissau, no perimetro da antiga Bolola (perto do Porto de Bissau)onde aliás funciona, provisoriamente, o nosso Ministério e também na zona portuária de Ziguinchor, grandes armazens com inscrições de nomes de sociedades em cima das paredes, designadamente a já referida SCOA, com as mesmas dimensoes.

Estou mesmo a supor que foram feitas na mesma época e quem sabe, até podiam ser desenhadas pelas mesmas mãos de mestre.

Saudações,

Cherno Baldé

Anónimo disse...

Caro Cherno Baldé,
usando as fotografias publicadas para aferir, pareceu-me que uma vertical tirada da cumeada do telhado passa pelo ponto de abreviatura da letra 'S', indiciando assim que o acrónimo A.S.C.O. está centrado naquela parede.

SNogueira

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Ora aqui está uma intervenção bem positiva dum nosso leitor atento e contribuidor frequente.

Para além das achegas para a tentativa de se encontar uma resposta credível à questão colocada, ressalvo a observação irónico/crítica contida na frase
"Acrescento isto em comentário ao P7148 do qual já ninguém parece lembrar-se (a malta quer é passatempo, não quer saber)"...

Esta observação, em jeito de desabafo, mas ao mesmo tempo contendo uma crítica ao facto de considerar que as pessoas, de um modo geral, não se interessam muito pelo que as rodeia, tem muito sentido, embora possa ter várias leituras.

Vamos lá então a ver se o pessoal se interessa mais em aprofundar as coisas....

Um abraço
Hélder S.