quarta-feira, 13 de maio de 2009

Guiné 63/74 - P4335: O mundo é pequeno e a nossa Tabanca... é grande (9): Sinofilias (Jorge Picado / António Graça de Abreu)

Guiné> Fortim e Ponte Alferes Nunes entre Teixeira Pinto e Bachile, sobre o Rio Costa (Pelundo). c. 1968/69. Será que esta ponte ainda existia no princípio da década de 1070, no tempo do Jorge Picado, do José Martins e do António Graça de Abreu ?

Foto do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro, CCS/BCAÇ 2845 (
Teixeira Pinto, Jolmete, Olossato, Bissorã,1968/70). Num poste, aqui publicado, em 17 de Novembro de 2007, o Albino diz-nos que a sua " primeira participação em escoltas foi com o pelotão da CCAÇ 2313, aquartelada em Teixeira Pinto, e para o Bachile, com a duração de 7 horas sem problemas" (*). Antes já hava explicado, por que razão fazia serviço noutras subunidades:

" (...) devido à escassez de Enfermeiros, a partir de certa altura da comissão, era a CCS do BCAÇ 2845 que fornecia às outras Companhias, sempre que requisitado, o pessoal do Serviço de Saúde. Havia uma Escala na Enfermaria, mas quase sempre me tocava a mim a alinhar, talvez porque o meu número era baixo ou então por começar na letra A, sei lá".

Foto (e legenda): ©
Albino Silva (2007). Direitos reservados.
1. Mensagem do Jorge Picado, de hoje, às 16h:

Assunto - Reencontro telefónico com o Cmdt da CCaç 16

Luís: Acabo de falar com o José Martins (**). Era de facto o Cap da CCaç 16 [, que esteve em Bachile,] e terminou essa comissão uns meses depois de eu ter regressado ao Continente.

É espantoso, pois disse-me que me reconheceu logo que viu a foto no Blogue e daí o ter procurado nas listas o meu contacto telefónico, mas só foi parar à Costa Nova. Falou-me nos nomes da maioria dos Oficiais do CAOP 1.

Possivelmente o Graça de Abreu já não o terá de facto encontrado.

Lê sempre o Blogue. Por isso já sabia do comentário e, quando acabou de falar comigo, disse que ia tentar ligar para o Abreu.

Também é casado com uma chinesa, médica se percebi bem e vive em Macau.

Era Miliciano e seguiu a carreira, sendo do CPC do Rui Alexandrino que o deve conhecer.

Antes do CPC fez a 1.ª comissão em Angola e, depois dessa na Guiné, voltou a ir outra vez para Angola.

É portanto Ten Cor, se bem entendi, mas já está reformado, depois de ter ido para Macau onde esteve em algo de Segurança.

Perguntei-lhe se não tinha endereço da Net, com o intuito de o "aliciar" para o Blogue, mas respondeu-me que não está familiarizado com a "máquina".

Talvez o Graça de Abreu consiga saber mais.

Abraço
Jorge

2. O António Graça de Abreu deixou, hoje de manhã, o seguinte comentário ao poste P4334 (*):

Caro Luís:

Obrigado pelos mails transversais. Cheguei a Teixeira Pinto em Junho de 1972 e logo depois estive no Bachile. Confirmo completamente, havia lá uma CCaç 16, comandada por um capitão do QP. Creio que já não era esse José Martins, agora na China. O alferes Rocha que no meu Diário ponho a comandar essa companhia, desempenhou as funções na ausência (férias?) do capitão.

Vou para Macau,(apresentação de mais um livro meu,) Hong Kong e Zuhai dia 22 de Maio, regresso a Portugal a 5 de Junho. Depois, com a minha família chinesa e meia chinesa, sigo para Xangai, Pequim e mais China a 3 de Julho e só estarei de volta a Portugal no dia 3 de Setembro. Vai ser um Verão cheio de China.

Gostava de conhecer esse José Martins. Dá-lhe as minhas coordenadas, telf 214671920 ou 933572581, ou reenvia-lhe este mail.

Um forte abraço,

António Graça de Abreu

3. Comentário de L.G.:

Duas palavras breves, para:

(i) Saudar o nosso camarada José Martins, que bons ventos e monções o mantenham bem, de boa saúde, por essa parte do Oriente que há séculos nos fascina;

(ii) Reiterar o convite feito já pelo Jorge Picado para ele se ligar, mais formalmente, ao nosso blogue e à nossa Tabanca Grande (que é já uma rede social com mais de 320 camaradas e amigos da Guiné);

(iii) Desejar ao querido camarada António Graça de Abreu (extensivo à sua família luso-chinesa) um belo périplo pela China, de cuja cultura ele é um reputado estudioso e especialista... (E que, no verão não se esqueça de nós, mandando-nos ao menos umas postais e uns poemas; antes disso, esperamos encontrá-lo, a 20 de Junho, em Monte Real, no nosso IV Encontro);

(iv) Agradecer ao Jorge Picado a gentileza de nos ter contactado, tão célere como gentilmente...

Se esta história tem um mural... ao fundo, ela só pode acabar com esta palavra de ordem: O mundo é pequeno eo nosso blogue... é grande. (O blogue , leia-se: as pessoas que nele escrevem, que o animam, que o comentam, que o lêem, que o criticam, que o divuklgam, que acarinham... Em suma, os nossos camaradas e amigos da Guiné!).
__________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 17 de Novembro de 2007 Guiné 63/74 - P2275: Estórias avulsas (11): Saídas frequentes para o mato (Albino Silva)

(**) 13 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4334: O mundo é pequeno e o nosso blogue... é grande (8): Da China, em busca do Jorge Picado (José Martins, CCAÇ 16, Bachile, 1971)

1 comentário:

Luís Graça disse...

E a propósito de Oriente, aqui fica uma sugestão cultural: uma visita ao Museu do Oriente, magnífico, que acaba de fazer 1 ano e já conta com 120 mil visitantes (menos que o nosso blogue..., mas mesmo assim, uma cifra respeitável, num país onde os museus estão às moscas...). É um espaço onde vou com gosto e regularidade...

Além das exposições temporárias, tem sempre outras actividades culturais: cinema, música, dança, teatro, gastronomia, etc....

Amigos e camaradas, devíamos ter orgulho, como povo, pela nossa presença no mundo e pelo vastíssimo património (!) com que enriquecemos a humanidade...

A nossa ignorância sobre a nossa própria história e cultura não nos fica bem e não nos ajuda a aumentar a tão necessária auto-estima e a auto-confiança para enfrentar os problemas do presente e vencer os desafios do futuro...

Na página na Net deste museu, pode ler-se:

"O Museu do Oriente define-se como uma unidade museológica permanente, aberta ao público, tutelada pela Fundação Oriente, tendo por missão a valorização dos testemunhos quer da presença portuguesa na Ásia quer das distintas culturas asiáticas.

"Trata-se de um museu de âmbito territorial internacional e de carácter transdisciplinar, que procura, através do cruzamento de pontos de vista emergentes dos campos temáticos da História, da Arte e da Antropologia, proporcionar aos Portugueses e aos que nos visitam uma memória viva e actuante das culturas asiáticas e da relação secular que foi estabelecida entre o Oriente e o Ocidente, principalmente através de Portugal.

"A esses campos temáticos corresponde um diversificado património cultural de interesse histórico, artístico, documental, etnográfico e antropológico relacionado tanto com a cultura popular e as religiões orientais como com os mais variados aspectos da presença portuguesa na Ásia ao longo de cinco séculos".

Disponível em: http://www.museudooriente.pt/