quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2564: Prisioneiros: Havia um tratamento decente, no meu tempo (António Santos, Nova Lamego, Pel Mort 4574, 1972/74)


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Foto: © António Santos (2007). Direitos reservados.



1. Mensagem, com data de hoje, do António Santos (ex-Sold Trms, Pel Mort 4574/72, Nova Lamego, 1972/74)

Assunto - Prisioneiro

Amigos e Camaradas.
Luís, Vinhal e Briote:

Antes de começar este pequeno texto, e porque o assunto é sondagens, gostaria de dizer porque não votei na anterior: 1º só uma vez escrevi uma carta e recebi duas de uma madrinha que me arranjaram, como foi tão esporádico achei que não devia contar como tal, mas em contrapartida o Brandão tinha umas trinta (30), passava as horas vagas a escrever.

Acabei de votar no blogue, na sondagem nº 7 e, como o que vale é o que vimos e passamos, só podia ser: CONCORDO.

Já agora será oportuno dizer e tem tudo a ver com o assunto, que nunca vi nenhuma referência no blogue relacionado com o facto de que se houvesse uma agressão de algum elemento das nossas tropas na pessoa de um civil (assuntos entre militares havia o RDM), a pena mínima era de dez (10) dias para esse militar. Pelo menos era assim no chão Fula onde vivi nos anos de 72 a 74. E penso que em toda a Guiné. Fazia parte da acção psicológica então desenvolvida.

Quanto ao tratamento dado aos elementos do PAIGC, concordo também com o Rebocho, apesar de só ter visto um prisioneiro militar e quatro ou cinco mulheres da população do outro lado, todos foram muito bem tratados (inclusive com rancho melhorado), até saírem do nosso quartel. O homem foi para Bissau. As mulheres não sei.

Para provar aqui está em anexo uma foto do militar do PAIGC, logo após ter sido feito prisioneiro depois de uma flagelação com foguetões a Nova Lamego.

Um alfa bravo

António Santos
SPM 2558
Pel Mort 4574
Nova Lamego
1972/74

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